Eleições 2018: Por que debate sobre segurança não deve dominar 2º turno, segundo professoraposta final copa do mundoCambridge:aposta final copa do mundo

Para ele, se o petista quiser atrair o eleitor que não votou nele, vai precisar ter uma retórica mais ampla - que, por isso, dificilmente vai incluir alguma questão potencialmente polêmica - por exemplo, a violência policial.

Para resolver o problema da segurança pública, o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) elenca como primeiro itemaposta final copa do mundosuas propostas "redirecionar a políticaaposta final copa do mundodireitos humanos, priorizando a defesa das vítimasaposta final copa do mundoviolência". Também defende penas mais severas para criminosos, a ampliação do direito a posse e porteaposta final copa do mundoarmas e o fim da punição para policiais que mataremaposta final copa do mundoconfronto.

Já Fernando Haddad (PT) prometeu redistribuir as responsabilidades entre as prefeituras, governos estaduais e o governo federal, aumentar o poder da Polícia Federal no combate ao crime organizado, retomar investimentos nas Forças Armadas e colocar um civil para ocupar o Ministério da Defesa - atualmente o general Joaquim Luna e Silva responde pela pasta.

No ano passado, segundo o Fórum Brasileiroaposta final copa do mundoSegurança Pública, disparou a quantidadeaposta final copa do mundomortos pela polícia. Foram 5.144aposta final copa do mundo2017, uma médiaaposta final copa do mundo14 mortos por dia, um aumentoaposta final copa do mundo20%aposta final copa do mundorelação a 2016. Foram contabilizadas 367 mortesaposta final copa do mundopoliciais no mesmo período, um recuo equivalente a 5%aposta final copa do mundorelação ao ano anterior.

Ainda assim, os embates deixam policiais feridos com frequência. Reportagem do jornal Folhaaposta final copa do mundoS. Paulo analisou 491 registrosaposta final copa do mundoviolência contra policiais militaresaposta final copa do mundo2006 a 2013aposta final copa do mundoSão Paulo e constatou, por exemplo, que policiais militares saem ilesosaposta final copa do mundoapenas 8% dos casos.

Graham Willis lembra que a polícia do Brasil tradicionalmente sempre foi muito violenta e que a discussãoaposta final copa do mundopolíticas para a segurança precisa passar necessariamente pelo controle interno e externo da atividade policial.

Mas, segundo ele próprio admite, não há clima para um debate como esse,aposta final copa do mundoespecial porque os policiais também são vítimas e isso tem um certo apeloaposta final copa do mundoboa parte do eleitorado.

Para o professor Anthony Pereira, diretor do Brazil Institute da Universidade King's College London, as propostasaposta final copa do mundoBolsonaro para a áreaaposta final copa do mundosegurança pública não são avalizadas por nenhum acadêmico que estuda o tema.

"Pessoalmente, acho que as soluções dele não eficazes. Não acho esse tipoaposta final copa do mundolibertação do poder letal dos policiais uma política pública efetiva", afirma o professor, ponderando que Bolsonaro se coloca como uma alternativa, ainda que radical, para o eleitorado que sofre com a deterioração da segurança pública.

Mas Graham Willis lembra que pesquisas mostram que, quando um líder tende a criticar o discurso do politicamente correto ou sugere uma ação mais repressiva contra o crime, há uma tendência das estatísticasaposta final copa do mundoviolência aumentarem. É o que aconteceu no Rioaposta final copa do mundoJaneiro, onde númeroaposta final copa do mundotiroteios eaposta final copa do mundomortes aumentou após intervenção federal comandada por militares.

Willis afirma ainda que o protagonismo dos militares na áreaaposta final copa do mundosegurança pública tende a continuar. Apesaraposta final copa do mundoBolsonaro ser um ex-capitão e contar com um general que acabouaposta final copa do mundoaposentar a farda como vice, ele acredita que mesmoaposta final copa do mundouma possível gestão petista as Forças Armadas continuariam fortes.

"Os militares sempre foram muito poderosos mesmo logo depois da ditadura. Nos últimos anos eles estão falando mais abertamente, o que não acontecia", observa.

Além do debate sobre a eficácia do papel das Forças Armadas para conter violência urbana num longo prazo - criticada até mesmo pelo comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas -, Willis defende que se discuta o avanço do crime organizado eaposta final copa do mundoorganizações como o PCC.

Ele acompanhou a rotinaaposta final copa do mundoinvestigadoresaposta final copa do mundohomicídiosaposta final copa do mundoSão Paulo e argumenta no livro PCC - The Killing Consensus: Police, Organized Crime and the Regulation of Life and Death in Urban Brazil (O Consenso Assassino: Polícia, Crime Organizado e a Regulação da Vida e da Morte no Brasil Urbano,aposta final copa do mundotradução livre),aposta final copa do mundoque descreve os resultados da investigação, que o responsável pela quedaaposta final copa do mundohomicídios no Estado é o próprio crime organizado, no caso o PCC.

O governo paulista classificou hipóteseaposta final copa do mundoridícula.