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Eleições 2018: Em Londres, eleitores enfrentaram 2h30estratégia apostas desportivasfila e bate-boca para votar:estratégia apostas desportivas
Enquanto as duas aguardavam na fila, um homem deixava a Embaixada após votar gritando "Bolsonaro na cabeça, morte aos bandidos".
Era Adriano Lima, entregador, há 14 anos morandoestratégia apostas desportivasLondres. Ele é um dos 9 mil eleitores que transferiram o título recentemente para votar no exterior. De 2014 para 2018, o númeroestratégia apostas desportivaseleitores registrados no Reino Unido passouestratégia apostas desportivas17.000 para 25.927, tornando o país o segundo maior colégio eleitoral na Europa, atrás apenasestratégia apostas desportivasPortugal.
"Fiz questãoestratégia apostas desportivasvotar para ver se as coisas mudam. O país precisa disso, quero voltar para lá um dia", fala, na companhia da mulher, a esteticista Angela, também eleitoraestratégia apostas desportivasBolsonaro. Os dois são frequentadores da Igreja Universal do Reinoestratégia apostas desportivasDeus, cujo líder, Edir Macedo, dono da emissora Record, declarou apoio ao candidato do PSL.
A doutorandaestratégia apostas desportivasdireito Moniza Rizzini, 32, há quatro anos vivendoestratégia apostas desportivasLondres, também transferiu o título para votar na cidade. "É uma eleição determinante, não dava para não votar porque é EleNão", afirma ela,estratégia apostas desportivasreferência ao movimento organizado por mulheres contrárias à eleiçãoestratégia apostas desportivasBolsonaro, que realizou atosestratégia apostas desportivasprotesto contra o ex-capitão no Brasil e no exterior no dia 29estratégia apostas desportivassetembro.
Aguardando maisestratégia apostas desportivas2h na fila, Rizzini esperavaestratégia apostas desportivasvez para votarestratégia apostas desportivasCiro Gomes, do PDT. "Sou a favor do EleNão porque não acredito nessa polarização que ele prega, nesse climaestratégia apostas desportivasódio que ele incita. Não acredito que são dois lados opostos, os contra a corrupção e os contra o fascismo."
Em meio a um movimento nunca visto antesestratégia apostas desportivasdiaestratégia apostas desportivasvotaçãoestratégia apostas desportivasLondres, as vendedorasestratégia apostas desportivassalgadinhos Nicole Lilbrenz, 20, e Laraestratégia apostas desportivasLima, 20,estratégia apostas desportivasGoiânia, comemoravam o bom resultado das vendas. Cercaestratégia apostas desportivas2 mil coxinhas, quibes e pãesestratégia apostas desportivasqueijo tinham sido vendidos, a 3 libras cada (cercaestratégia apostas desportivasR$ 15), e suas mães, as quituteiras responsáveis pela produção, estavam a caminho com uma nova leva.
A parceria nos negócios, entretanto, não se dá na política. Lilbrenz, que transferiu o título para Londres, votouestratégia apostas desportivasBolsonaro, enquanto Lima optou por Ciro.
Caboestratégia apostas desportivasguerra
Do outro lado da calçada, a polarização que tomou conta do Brasil nesta eleição estava explicitada - e praticamente desenhada pela rua que dividiu dois grupos. De um lado, eleitores que apoiam Bolsonaro e entoam gritos contra o PT. Na calçada oposta, uma turma, emestratégia apostas desportivasmaioriaestratégia apostas desportivasmulheres, pede, aos gritos, o EleNão.
Muitos dos que apoiam Bolsonaro fazem o gestoestratégia apostas desportivasuma arma com a mão e carregam cartazes elogiando, entre outras coisas, o Exército. Do lado do EleNão, uma bandeira grande lembra a vereadora carioca Marielle Franco, assassinadaestratégia apostas desportivasmarço,estratégia apostas desportivasum crime até hoje não esclarecido.
Os dois grupos gritam slogans ao mesmo tempo. O do EleNão não citaestratégia apostas desportivasnenhum momento candidatos ou partidos políticos. Gritam palavras como "machista" e cantam uma música que diz que as mulheres "não vão fraquejar" - referência a uma declaraçãoestratégia apostas desportivasBolsonaro sobre ter uma filha mulher se dever a uma "fraquejada".
Do lado dos apoiadoresestratégia apostas desportivasBolsonaro, muitos gritos contra o PT e Lula. Também há ataques às mulheres do EleNão, a quem chamamestratégia apostas desportivas"feminazi" eestratégia apostas desportivas"defensoras do aborto".
A enfermeira Elda Cardos, 42, há 19 anos no Reino Unido, segura um coração com os dizeres EleNão, enquanto explica os motivos que a levam a não querer Bolsonaro na Presidência. "Ele é machista, racista, fascista", afirma ela, eleitoraestratégia apostas desportivasFernando Haddad, do PT. "Haddad é o oposto dele. E voto nele porque os governos do PT tiraram maisestratégia apostas desportivas30 milhõesestratégia apostas desportivaspessoas da miséria e isso não é pouca coisa."
Carregando cartazes com os dizeresestratégia apostas desportivasinglês que diziam "Chegaestratégia apostas desportivaspão e circo" e "Viva o Exército" (numa tradução livre), mãe e filha, Marta Batista, 48, e Sarah, 21, ambas frequentadoras da igreja Assembleiaestratégia apostas desportivasDeus, entoavam cantos a favorestratégia apostas desportivasBolsonaro, apesarestratégia apostas desportivasnão terem votado.
"Perdi o prazo para transferir meu título, mas vim apoiar o Bolsonaro. Porque sou contra a pedofilia, o aborto e a favor da intervenção militar", diz a estudante Sarah, que nasceuestratégia apostas desportivasLondres. Sua mãe, que viveestratégia apostas desportivasLondres há 28 anos, desde que deixou Guarulhos, na Grande São Paulo, conta apoiar o candidato do PSL porque os últimos governos no Brasil apoiaram "o pão e circo, o Carnaval, a maconha e o casamento gay".
Uma mulherestratégia apostas desportivasóculos escuros pega um megafone e grita, misturando inglês e português: "A nossa bandeira jamais será vermelha" e "Go to Cuba! Go to Venezuela" (Vão pra Cuba, vão pra Venezuela) e agradece a Sérgio Moro, o juiz da 13ª Vara Federal que conduz a operação Lava-Jato no Paraná.
Agressão à imprensa
Ao ser abordada pela reportagem da BBC News Brasil, a mulher, que se identifica como Divina e diz ser goiana, aceita ser entrevistada e começa a fornecer algumas informações como, por exemplo, há quanto tempo mora no Reino Unido. No meio da conversa, mudaestratégia apostas desportivasideia, tenta rasgar o blocoestratégia apostas desportivasanotações e dá um tapa no peito da repórter. "Petista", grita, até ser controlada por outros apoiadoresestratégia apostas desportivasBolsonaro.
Observando a movimentaçãoestratégia apostas desportivaslonge, a aposentada Izabel Bicalho, 68, seguravaestratégia apostas desportivasbengala incrédula com o que via. Há 35 anos na Inglaterra, conta nunca ter visto tanta gente votando e um ambiente "hostil" na rua. "Estou horrorizada com esses apoiadoresestratégia apostas desportivasBolsonaro. Eles não tiveram parentes torturados na ditadura. Estou morrendoestratégia apostas desportivasmedo desse clima no Brasil, do que vai acontecer com nosso país."
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