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Umfree bet bônuscada dois brasileiros não se exercita o suficiente, diz OMS:free bet bônus
Para chegar à estimativa, o órgão da ONU computou dadosfree bet bônus168 países e revisou 358 pesquisas populacionais feitas entre 2001 e 2016, sondando 1,9 milhãofree bet bônuspessoas.
No contexto global, o Brasil se encontra no grupofree bet bônuspaíses onde há maior ociosidade, superando nações como os Estados Unidos (40%), o Reino Unido (36%).
O estudo define como "atividade física insuficiente" o descumprimento da recomendação padrão da OMS, que aconselha que seja praticado pelo menos duas horas e meiafree bet bônusesforço moderado por semana ou 75 minutosfree bet bônusatividade intensa.
Em nível mundial, a faltafree bet bônusexercícios é um mal que atinge 32% das mulheres e 23% dos homens adultos.
Essa discrepância entre os sexos é um problema cultural, segundo os médicos da OMS, e revela uma questãofree bet bônusdesigualdade. "Mulheres enfrentam mais barreiras sociais e culturais para participarfree bet bônusatividades físicas, particularmente nas horasfree bet bônuslazer", afirma Melody Ding, da Universidadefree bet bônusSydney, na Austrália, coautora do estudo.
As tendências foram organizadas por regiões e, no caso da América Latina e Caribe, o estudo concluiu que houve uma piora significativa no intervalofree bet bônus15 anos pesquisado.
De 2001 a 2016, a parcela ociosa da população saltoufree bet bônus33,4% para 39,1%.
A Oceania, onde apenas 16,3% da população se exercita pouco, foi a região mais bem colocada. Só foi registrada melhora, contudo, no leste e sudeste da Ásia, onde a proporçãofree bet bônuspessoas inativas caiufree bet bônus26%free bet bônus2001 para 17% 15 anos depois. A boa notícia se deve principalmente à popularização do hábitofree bet bônusse exercitar entre os chineses.
Os países ocidentais ricos,free bet bônusmaneira geral, apresentaram piora nos níveisfree bet bônussedentarismo, que passoufree bet bônus30,9%free bet bônus2001 para 36,8%free bet bônus2016.
Inatividade física e dinâmicafree bet bônusdesenvolvimento
"Diferentementefree bet bônusoutros grandes riscos à saúde, os níveis insuficientesfree bet bônusatividade física não estão diminuindo mundialmente. Na média, um quarto dos adultos não está alcançando os níveisfree bet bônusatividade física recomendados para uma boa saúde", alertou a principal autora do estudo, a médica Regina Guthold.
Citado no estudo da OMS, o pesquisador brasileiro e reitor da Universidade Federalfree bet bônusPelotas, Pedro Hallal, acredita que o conceitofree bet bônus"atividade física insuficiente" não é a melhor formafree bet bônustentar expressar o nívelfree bet bônusociosidade físicafree bet bônusuma determinada população.
Ele avalia que o mais correto seria falarfree bet bônus"inatividade física", e questiona as conclusões do estudo, que classifica como redundantes quando confrontados com levantamentos anteriores feitos pelo professor James F. Sallis, da Universidade da Califórniafree bet bônusSan Diego.
Hallal reconhece, porém, que o documento da OMS tem o méritofree bet bônusdestacar que "efetivamente não estamos conseguindo lidar com a pandemiafree bet bônusinatividade física".
"A população não está se tornando mais ativa com o passar do tempo, e isso é extremamente preocupante, ainda mais pelo fatofree bet bônusque 5,3 milhõesfree bet bônusmortes por ano no mundo são causadas pela inatividade física", disse à BBC News Brasil, citando estudofree bet bônusI-Min Lee,free bet bônusHarvard, publicado na revista The Lancetfree bet bônus2012.
O pesquisador gaúcho observa que há um contraste entre países muito pobres e ricos. Nos primeiros, os indivíduos são fisicamente ativosfree bet bônussuas tarefas diárias, fazendo deslocamentos a pé oufree bet bônusbicicleta para o trabalho e se engajandofree bet bônustarefas domésticas intensas.
Jáfree bet bônusboa parte dos países mais desenvolvidos, os hábitosfree bet bônustransporte estão relacionados ao usofree bet bônusveículos motorizados e o trabalho não envolve esforço. Isso leva a uma situaçãofree bet bônussedentarismo que, se não for compensada com a práticafree bet bônusesportes, resultafree bet bônusproblemasfree bet bônussaúde.
"Quando os países começam a se desenvolver, essas atividades físicas que são mais obrigatórias do que voluntárias diminuem, e permanece apenas a atividade físicafree bet bônuslazer. Acontece que a atividadefree bet bônuslazer ainda é procurada por muito pouca gente no mundo", diz.
"Por isso a tendência é que esses dados piorem ao longo dos anos, porque, quando as pessoas dos países pobres começarem a ter mais recursos financeiros, elas vão sair da ocupação que exige atividade".
Hallal pondera, porém, que elas não adotarão necessariamente a prática da atividade recreacional se não houver um incentivo a isso.
Políticas públicas e norma cultural
A OMS teme que o objetivo globalfree bet bônusreduzir os níveisfree bet bônusinatividadefree bet bônus10% até 2025 não será atingido se novas medidas não forem implementadas - políticas públicas para a promoçãofree bet bônusatividade física regular, por exemplo, que impulsionem mudançasfree bet bônushábitos.
"A gente precisa que a população incorpore a prática no seu cotidiano, e não como uma coisa pontual, só antes do verão", diz Hallal. "Não adianta dizer: 'eu jogo futebol com meus amigos às terças-feiras'. Isso não é ser ativo fisicamente", critica.
"Precisamos que as pessoas incorporem o hábitofree bet bônusfazer atividade regularmente. Esse é o grande desafio da população brasileira nesse sentido. As grandes medidas que têm eficácia para aumentar o nívelfree bet bônusatividade física são estruturais e ambientais", afirma o reitor.
A construçãofree bet bônusparques, academias populares, calçadõesfree bet bônusorla e ciclovias são alguns exemplosfree bet bônuspolíticas públicas citados por Hallal como medidas que comprovadamente trazem resultados.
"Não vamos resolver o problema da inatividade física com academias privadas. Isso vai melhorar a vida dos 5% mais ricos da população. Para atingir os 95% restantes, precisamos mesmo éfree bet bônuspolíticas coletivas, especialmente as que atingem a questão do meiofree bet bônusque vivemos".
A brasileira Fabiana Rodriguesfree bet bônusSousa Mast, doutorafree bet bônusciências esportivas pela Universidadefree bet bônusBasileia, pesquisou o uso desse tipofree bet bônusinfraestrutura pelas mulheres na comunidade da Cidadefree bet bônusDeus no Riofree bet bônusJaneiro.
Ela concluiu que instalações públicas, ainda quefree bet bônuscondições precárias, nitidamente favorecem uma maior práticafree bet bônusexercícios e melhoram a qualidadefree bet bônusvida da população.
"Precisamos focarfree bet bônusconstruir um ambiente, particularmentefree bet bônusáreas sociais vulneráveis, se quisermos atingir os níveisfree bet bônusatividade física necessários para conquistar indicadoresfree bet bônussaúde desejáveis", diz Sousa Mast.
"Quando falamos da promoçãofree bet bônusatividade física na esfera global, falamosfree bet bônuspolítica pública efree bet bônusnorma cultural. É como no casofree bet bônusAmsterdã, por exemplo. Hoje a norma culturalfree bet bônusAmsterdã é andarfree bet bônusbicicleta. No dia que a gente chegar a um estágio onde a atividade está incorporada na rotina, o problema já vai ter diminuído consideravelmente", conclui Hallal.
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