'Meu filho foi enterrado e só me avisaram 2 anos depois': como Brasil prolonga sofrimentocomo fazer aposta personalizada no pixbetfamíliascomo fazer aposta personalizada no pixbetdesaparecidos:como fazer aposta personalizada no pixbet
A família não sabia, mas Robson já tinha sido encontrado. Um dia depoiscomo fazer aposta personalizada no pixbetsaircomo fazer aposta personalizada no pixbetcasa, foi resgatado no Rio Tietê,como fazer aposta personalizada no pixbetSão Paulo, e levado para o Hospital Santa Casacomo fazer aposta personalizada no pixbetMisericórdia, onde teria ficado internado como desconhecido, "em estado não comunicativo", por 33 dias. Lá, faleceu. Seu corpo foi encaminhado para o IML e depois enterrado.
Tanto o hospital como o IML tiraram fotoscomo fazer aposta personalizada no pixbetRobson, colheramcomo fazer aposta personalizada no pixbetdigital e encaminharam o material para o institutocomo fazer aposta personalizada no pixbetidentificação da Secretaria da Segurança Públicacomo fazer aposta personalizada no pixbetSão Paulo. A pasta também tinha fotos do desaparecido e seu RG, fornecidos pela família. As informações, contudo, não foram cruzadas.
Apenascomo fazer aposta personalizada no pixbetabril deste ano, quase dois anos depois, a família foi comunicada do ocorrido pela Delegaciacomo fazer aposta personalizada no pixbetHomicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). A identificação (tardia)como fazer aposta personalizada no pixbetRobson ocorreu após a verificação da impressão digital. Os pais, então, foram chamados para ver as fotografias tiradas no hospital e no IML e reconheceram o filho.
Hoje, a família tem nas mãos uma certidãocomo fazer aposta personalizada no pixbetóbito com o nome "desconhecido". A mortecomo fazer aposta personalizada no pixbetRobson entrou para as estatísticas como "morte suspeita". As causas do falecimento ainda não foram informadas aos pais.
"Tudo ficou oculto, ninguém se manifestou. É uma falha muito grave, um desinteresse pelas famílias. Por mais que o Brasil não seja um paíscomo fazer aposta personalizada no pixbetprimeiro mundo, está aí a tecnologia e não usam. Está faltando amor ao próximo", diz Leonardo.
Entre as tecnologias disponíveis, está o sistemacomo fazer aposta personalizada no pixbetidentificaçãocomo fazer aposta personalizada no pixbetdigitais, o Afis, parecido com o usado nos Estados Unidos. O Brasil também conta com um sofisticado bancocomo fazer aposta personalizada no pixbetdadoscomo fazer aposta personalizada no pixbetDNA, presentecomo fazer aposta personalizada no pixbetquase todos os Estados do país, que usa um sistema criado pelo FBI.
Já Leonardo só tinha seus cartazes e esperança. "Se eu ficasse vivo mais 50 anos, mais 50 anos eu iria procurar pelo meu filho".
Questionada sobre o motivo da demoracomo fazer aposta personalizada no pixbetum ano e nove meses para comunicar a famíliacomo fazer aposta personalizada no pixbetRobson, a Secretariacomo fazer aposta personalizada no pixbetSegurança Públicacomo fazer aposta personalizada no pixbetSão Paulo afirmou que "a Superintendência da Polícia Técnico-Científica vai apurar os fatos". Declarou ainda que,como fazer aposta personalizada no pixbetmarço, foi criado um grupo "para aperfeiçoamento da atuação das instituições responsáveis pelas investigações sobre desaparecidos no Estado".
Brasil não sabe quantas pessoas estão desaparecidas
A históriacomo fazer aposta personalizada no pixbetRobson não é incomum. O Ministério Público do Riocomo fazer aposta personalizada no pixbetJaneiro, por exemplo, encontrou um casocomo fazer aposta personalizada no pixbetum homem dado como desaparecido pela família, mas sobre o qual o Estado tinha muitas informações: ele havia sido preso e, depois, vítimacomo fazer aposta personalizada no pixbethomicídio no próprio presídio. Seu corpo foi enterrado na condiçãocomo fazer aposta personalizada no pixbetnão reclamado pela família, que nunca foi comunicada.
Tambémcomo fazer aposta personalizada no pixbetSão Paulo, um idosocomo fazer aposta personalizada no pixbet72 anos, com episódioscomo fazer aposta personalizada no pixbetesclerose, ficou meses internado, sem o conhecimento da família, que havia feito boletimcomo fazer aposta personalizada no pixbetocorrênciacomo fazer aposta personalizada no pixbetdesaparecimento. Apenas 14 anos depois os parentes foram comunicados que o idoso morrera e fora enterrado. A história só foi descoberta após pressão do Ministério Públicocomo fazer aposta personalizada no pixbetSão Paulo para que fossem buscados desaparecidos entre as pessoas enterradas como não reclamadas.
A não comunicação da família é só uma parte do problema, segundo esta reportagem exclusiva da BBC News Brasil. As informações sobre pessoas desaparecidas no Brasil são todas desencontradas.
Para começar, não se sabe quantas são. O Brasil tem números precisoscomo fazer aposta personalizada no pixbethomicídios, rouboscomo fazer aposta personalizada no pixbetcelular, vítimascomo fazer aposta personalizada no pixbetacidentecomo fazer aposta personalizada no pixbettrânsito, mas não sabe quantas são as pessoas desaparecidas. Também não sabe quantas pessoas são enterradas oficialmente como indigentes ou não reclamadas - entre as quais parte dos desaparecidos poderia ser encontrada.
A primeira tentativacomo fazer aposta personalizada no pixbetdimensionar o desaparecimento ocorreu no ano passado, pelo Fórum Brasileirocomo fazer aposta personalizada no pixbetSegurança Pública. Para isso, a instituição questionou todos os Estados do país - responsáveis pela segurança - quantos boletinscomo fazer aposta personalizada no pixbetocorrênciacomo fazer aposta personalizada no pixbetdesaparecimentos foram registrados nos últimos anos.
É um dado diferente do númerocomo fazer aposta personalizada no pixbetdesaparecidos remanescentes hoje. Primeiro, porque muitas dessas pessoas voltam. De acordo com pesquisa do Institutocomo fazer aposta personalizada no pixbetSegurança Pública do Riocomo fazer aposta personalizada no pixbetJaneiro com base nos desaparecidos do Estadocomo fazer aposta personalizada no pixbet2007, 7 entre 10 retornaram para casa ou foram encontrados - entre eles, adolescentes que fugiram da família e depois reapareceram.
Em segundo lugar, especialistas acreditam que muitas famílias não fazem boletimcomo fazer aposta personalizada no pixbetocorrênciacomo fazer aposta personalizada no pixbetdesaparecimento - por medocomo fazer aposta personalizada no pixbetgrupos criminosos que podem estar envolvidos no caso, por exemplo.
Apesar dessas limitações, os números do Fórum Brasileirocomo fazer aposta personalizada no pixbetSegurança Pública mostram o gigantismo do problema no Brasil: 662 mil pessoas foram registradas como desaparecidas nos últimos dez anos,como fazer aposta personalizada no pixbet2008 a 2017.
Não se tem a menor ideiacomo fazer aposta personalizada no pixbetquantas delas continuam desaparecidas. Se fossem 3 entre 10 (como no Riocomo fazer aposta personalizada no pixbetJaneirocomo fazer aposta personalizada no pixbet2007), seriam impressionantes 200 mil pessoas. O México, por exemplo, tomado pela guerra ao tráfico, sequestros e tráficocomo fazer aposta personalizada no pixbetpessoas, registrou cercacomo fazer aposta personalizada no pixbet36 mil desaparecidos desde 2008.
"A situação é muito séria. Ficamos um pouco assustados com as estatísticas", diz Marianne Pecassou, coordenadoracomo fazer aposta personalizada no pixbetproteção do Comitê Internacional da Cruz Vermelha no Brasil, que já atuou na Colômbia, país com um alto númerocomo fazer aposta personalizada no pixbetdesaparecidos no confronto com as Farc. Diante dessa realidade, o órgão tem feito um trabalhocomo fazer aposta personalizada no pixbetacolhimento a famíliascomo fazer aposta personalizada no pixbetdesaparcidos no Brasil.
Sistemas não são interligados, dificultando a busca
Uma maneiracomo fazer aposta personalizada no pixbetsaber quantos são os desaparecidos no Brasil seria ter um cadastro nacional. Porém, isso não existe. Há, sim, cadastros estaduais, que não conversam entre si - deixando invisíveis os casoscomo fazer aposta personalizada no pixbetpessoas que desaparecemcomo fazer aposta personalizada no pixbetum Estado e podem ir pararcomo fazer aposta personalizada no pixbetoutro.
Já houve tentativascomo fazer aposta personalizada no pixbetcriar um cadastro nacional, mas elas falharam. Desde 2009, por exemplo, uma lei determina a implantaçãocomo fazer aposta personalizada no pixbetum cadastro específico para crianças e adolescentes. Porém, o site do cadastro tem apenas 368 nomes. Os desaparecimentos mais recentes são do primeiro semestrecomo fazer aposta personalizada no pixbet2015. Segundo o Ministério dos Direitos Humanos, responsável pelo cadastro, o bancocomo fazer aposta personalizada no pixbetdados está sendo reformulado por uma consultoria. Não há previsãocomo fazer aposta personalizada no pixbetquando ficará pronto.
"Como a gente vai agir para resolver o problema se a gente não sabe quem está desaparecendo no Brasil?", questiona Dijaci Davidcomo fazer aposta personalizada no pixbetOliveira, que pesquisa o assunto e coordena o Núcleo sobre Violência e Criminalidade da Universidade Federalcomo fazer aposta personalizada no pixbetGoiás.
Dentrocomo fazer aposta personalizada no pixbetum mesmo Estado, também há problemascomo fazer aposta personalizada no pixbetintegraçãocomo fazer aposta personalizada no pixbetdados. O casocomo fazer aposta personalizada no pixbetRobson, por exemplo, havia gerado informaçõescomo fazer aposta personalizada no pixbetdiversos sistemas paulistas: o da Polícia Civil (que fez o boletimcomo fazer aposta personalizada no pixbetocorrência do desaparecimento), da equipecomo fazer aposta personalizada no pixbetresgate, do hospital, do IML, do cemitério e do institutocomo fazer aposta personalizada no pixbetidentificação. A informação existia, circulou, mas não foi cruzada a tempocomo fazer aposta personalizada no pixbetinformar a família enquanto o desaparecido ainda estava vivo.
"Hoje, se some seu carro, você vai ser recebida imediatamente na delegacia e vai ter um serviçocomo fazer aposta personalizada no pixbetseguro. A polícia e a seguradora vão procurar seu carro. Se acharem, mesmocomo fazer aposta personalizada no pixbetoutro Estado, vão te ligar imediatamente. Mas, se o seu filho some, não acontece nada na maior parte dos Estados", continua o especialista.
Segundo Marianne, do Comitê Internacional da Cruz Vermelha, é importante que o país crie "um mecanismo nacional que ajude a coordenar os esforços das diferentes instituições que trabalham com a temática dos desaparecidos".
Um bom exemplo que poderia ser seguido pelo Brasil é o do México. Em janeiro deste ano, entroucomo fazer aposta personalizada no pixbetvigor no país uma lei sobre desaparecimentos forçados, elogiada pelas Nações Unidas. O tema, inclusive, virou pauta nas eleições presidenciais mexicanas deste ano. Já nas eleições brasileiras, nenhum dos planoscomo fazer aposta personalizada no pixbetgovernos dos 13 candidatos cita o problema.
Desaparecimento não é crime, mas pode ser causado por atos criminosos
Uma das razões para o descaso das autoridades é que o desaparecimento não é considerado crime. Assim, não costuma ser visto pelas polícias como algo a ser investigado.
Porém, há diversos crimes que culminam no desaparecimento: tráficocomo fazer aposta personalizada no pixbetcrianças para adoção, tráficocomo fazer aposta personalizada no pixbetpessoas para retiradacomo fazer aposta personalizada no pixbetórgãos, tráficocomo fazer aposta personalizada no pixbetmulheres para exploração sexual, homicídios únicos oucomo fazer aposta personalizada no pixbetsérie, tribunais do crime organizado e açãocomo fazer aposta personalizada no pixbetgruposcomo fazer aposta personalizada no pixbetextermínio.
Investigar os desaparecimentos e analisar os dados das ocorrências seria, então, uma formacomo fazer aposta personalizada no pixbettentar desvendar esses crimes. Há algum local onde somem mais crianças? Há alguma semelhança entre os desaparecimentoscomo fazer aposta personalizada no pixbetmeninas e mulheres? Há uma concentraçãocomo fazer aposta personalizada no pixbetsumiçoscomo fazer aposta personalizada no pixbethomens jovenscomo fazer aposta personalizada no pixbetáreas controladas por facções criminosas? Há um padrão nos confrontos da polícia que resultam na mortecomo fazer aposta personalizada no pixbetpessoas não identificadas?
Além do desaparecimento não ser considerado crime, pesa sobre quem some um estigmacomo fazer aposta personalizada no pixbetque são pessoas "problemáticas". Foi essa a palavra usada por um delegado responsável por desaparecimentos no Centro-Oeste, ouvido pela BBC News Brasil.
"Todo mundo é doido, então sobram poucos casos para a gente investigar", disse ele, citando entre os desaparecidos usuárioscomo fazer aposta personalizada no pixbetdrogas, pessoas com problemas mentais, jovens que fugiramcomo fazer aposta personalizada no pixbetcasa, criminosos. "São desaparecimentos, mas não é ocorrênciacomo fazer aposta personalizada no pixbetcrime".
Especialistas e familiares entrevistados pela reportagem disseram que essa visão é preconceituosa, e comum nas políciascomo fazer aposta personalizada no pixbettodo o país. Alémcomo fazer aposta personalizada no pixbetmarginalizar as famílias, esse tipocomo fazer aposta personalizada no pixbetpensamento "faz com que não se valorize o desaparecimento como se fosse possibilidadecomo fazer aposta personalizada no pixbetcrime", fala Dijaci.
"Se o seu filho some, você não sabe qual foi a razão. Quem está treinado para fazer investigação é a polícia", diz ele.
Sem contar que muitas pessoas desaparecidas, mesmo que não sejam vítimascomo fazer aposta personalizada no pixbetcrimes, são consideradas vulneráveis pela legislação - é o casocomo fazer aposta personalizada no pixbetcrianças e adolescentes, idosos e pessoas com doenças mentais. Há ainda diversos casoscomo fazer aposta personalizada no pixbetmulheres que fogem por serem vítimascomo fazer aposta personalizada no pixbetviolência doméstica.
Ministérios Públicos do país estão se juntando às buscas
O quadro é negativo, mas há esperanças. Aguarda votação no Senado um projetocomo fazer aposta personalizada no pixbetlei para instituir a Política Nacionalcomo fazer aposta personalizada no pixbetBuscacomo fazer aposta personalizada no pixbetPessoas Desaparecidas e criar um cadastro nacional.
Outra boa notícia é que,como fazer aposta personalizada no pixbetnovembro do ano passado, o Conselho Nacional do Ministério Público assinou um acordo para implementar no âmbito dos Ministérios Públicos estaduais o Sistema Nacionalcomo fazer aposta personalizada no pixbetLocalização e Identificaçãocomo fazer aposta personalizada no pixbetDesaparecidos (Sinalid).
A ideia é expandir para todos os Estados a experiência dos Ministérios Públicos do Riocomo fazer aposta personalizada no pixbetJaneiro ecomo fazer aposta personalizada no pixbetSão Paulo com o Programacomo fazer aposta personalizada no pixbetLocalização e Identificaçãocomo fazer aposta personalizada no pixbetDesaparecidos (Plid). Lançadacomo fazer aposta personalizada no pixbet2010, no Rio, ecomo fazer aposta personalizada no pixbet2013,como fazer aposta personalizada no pixbetSão Paulo, a iniciativa já conseguiu identificar milharescomo fazer aposta personalizada no pixbetpessoas. "Já perdemos a contacomo fazer aposta personalizada no pixbetquantas foram", diz a promotora Eliana Vendramini, responsável pelo programacomo fazer aposta personalizada no pixbetSão Paulo.
A identificação foi possível, principalmente, por meiocomo fazer aposta personalizada no pixbetmudançascomo fazer aposta personalizada no pixbetpráticas da polícia ecomo fazer aposta personalizada no pixbetoutros órgãos públicos, instigadas pelo Ministério Público.
Desde o início do programacomo fazer aposta personalizada no pixbetSão Paulo, por exemplo, foi impulsionada a comunicação entre o IML e a polícia, para que pessoas não sejam enterradas como indigentes antescomo fazer aposta personalizada no pixbetuma consulta a bancoscomo fazer aposta personalizada no pixbetdadoscomo fazer aposta personalizada no pixbetdesaparecidos. Além disso, foram feitos acordos para alavancar o cumprimento da lei que torna obrigatório que hospitais comuniquem órgãoscomo fazer aposta personalizada no pixbetsegurança sobre pacientes não identificados.
"É preciso mudar toda uma cultura das instituições públicascomo fazer aposta personalizada no pixbetrelação ao desaparecimento. O país passou por isso na época da ditadura e então silenciou, como se isso não ocorresse mais", diz a promotora Eliana Vendramini.
A sugestão do Conselho Nacional do Ministério Público é que os Estados iniciem o trabalho pela identificaçãocomo fazer aposta personalizada no pixbetpessoas desaparecidas e jácomo fazer aposta personalizada no pixbetóbito - casos como ocomo fazer aposta personalizada no pixbetRobson, mencionado no início da reportagem.
"O problema é gigante e não dá para resolver rapidamente. Mas é possível melhorar. Em vários países do mundo, não há recursos e capacidade. No Brasil, não é o caso. A capacidade está aqui, os recursos também, mesmo que não sejam tantos", conclui Marianne, do Comitê Internacional da Cruz Vermelha.
Brasil tem bancocomo fazer aposta personalizada no pixbetDNA, mas famílias não são encaminhadas para coleta
Um exemplocomo fazer aposta personalizada no pixbetcomo o Brasil tem tecnologia e capacidade técnica para lidar com o problema dos desaparecidos é o bancocomo fazer aposta personalizada no pixbetDNA - seu nome completo é Rede Integradacomo fazer aposta personalizada no pixbetBancoscomo fazer aposta personalizada no pixbetPerfis Genéticos. Gerida pelo Ministério da Segurança Pública, a rede armazena perfis genéticoscomo fazer aposta personalizada no pixbetinteresse da Justiça, obtidoscomo fazer aposta personalizada no pixbetlaboratórios oficiaiscomo fazer aposta personalizada no pixbetperícia, já presentescomo fazer aposta personalizada no pixbet17 Estados e no Distrito Federal.
Alémcomo fazer aposta personalizada no pixbetinvestigar crimes, a rede tem entre suas tarefas ajudar a identificar pessoas desaparecidas. Como funciona? "O examecomo fazer aposta personalizada no pixbetDNA é comparativo. Eu não consigo dar a identidade da pessoa sem comparar com alguma coisa. Se tenho uma pessoa com Alzheimer, uma criança, ou um resto mortal não identificado, tenho que comparar o material genético com ocomo fazer aposta personalizada no pixbetuma família, por exemplo", explica a perita da Polícia Federal Aline Costa Minervino, coordenadora do comitê gestor da rede.
O bancocomo fazer aposta personalizada no pixbetdados da rede está disponível para as famíliascomo fazer aposta personalizada no pixbetdesaparecidos inserirem seus perfis genéticos. A inclusão é voluntária e o material genético é usado somente para finscomo fazer aposta personalizada no pixbetidentificaçãocomo fazer aposta personalizada no pixbetdesaparecidos. Os órgãos estaduais também podem enviar para o banco perfis genéticoscomo fazer aposta personalizada no pixbetcorpos não identificados ou restos mortais. Todos os dias, o software roda os dados e vê se há alguma coincidência genética entre os materiaiscomo fazer aposta personalizada no pixbetqualquer lugar do país.
Até agora, o banco é pequeno. No casocomo fazer aposta personalizada no pixbetdesaparecidos, tem 1,2 mil perfis genéticoscomo fazer aposta personalizada no pixbetfamiliares e 1,5 milcomo fazer aposta personalizada no pixbetrestos mortais não identificados. Com esse material, foi possível identificar 29 pessoas desaparecidas. Conforme o banco cresça, o númerocomo fazer aposta personalizada no pixbetcoincidências também deve subir.
Para aumentar o uso do bancocomo fazer aposta personalizada no pixbetDNA na buscacomo fazer aposta personalizada no pixbetdesaparecidos, foi criadocomo fazer aposta personalizada no pixbetjulho deste ano um grupocomo fazer aposta personalizada no pixbettrabalho entre os ministérios dos Direitos Humanos e Segurança Pública e peritos da Polícia Federal. Um dos objetivos é fomentar a ida "das famílias até a segurança pública para que seja feita a coleta voluntária do material genético".
"Será que as famílias não conhecem ou as instituições não estão orientando?", questiona a perita.
Para a famíliacomo fazer aposta personalizada no pixbetRobson, a resposta é não. Não sabia da existência do banco, nem o IML coletou o perfil genético do corpo do filho. "Você pode ter a melhor tecnologia do mundo, mas não vai adiantar se não conseguir juntar as pontas", comenta Marianne, da Cruz Vermelha Internacional.
Mesmo assim, Leonardo, o pai, diz que "o coração tranquilizou". "Pelo menos colocou um ponto final. Tantas outras famílias continuam buscando os filhos, algumas há cinco, dez, quinze anos".
Na manhã da última quinta-feira (por coincidência, o Dia Internacional dos Desaparecidos), este senhorcomo fazer aposta personalizada no pixbetquase 70 anos fez um pequeno périplocomo fazer aposta personalizada no pixbetnome do filho. Saiucomo fazer aposta personalizada no pixbettrem da Grande São Paulo para a capital, onde foi recebido no IML,como fazer aposta personalizada no pixbetseguida direcionado a um cartório, compareceu ao Ministério Público e descobriu que precisaria se dirigir à Defensoria Pública na semana seguinte.
Sua peregrinação só acabacomo fazer aposta personalizada no pixbetverdade quando o "desconhecido" da certidãocomo fazer aposta personalizada no pixbetóbito do filho for substituído pelo nome Robson Roberto da Cruz.
* As fotografiascomo fazer aposta personalizada no pixbetMarizilda Cruppe publicadas nessa reportagem fazem parte da exposição A Falta que Você Faz, organizada pelo Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) no Museu da Imagem e do Som,como fazer aposta personalizada no pixbetSão Paulo. A abertura écomo fazer aposta personalizada no pixbet11como fazer aposta personalizada no pixbetsetembro. A visitação ocorrecomo fazer aposta personalizada no pixbet12 a 30como fazer aposta personalizada no pixbetsetembro.