'Perdi até fotos dos meus filhos', diz venezuelana que deixou família para trásfutebol nordeste netbuscafutebol nordeste netsustento no Brasil:futebol nordeste net

Legenda do vídeo, Os venezuelanos que perderam até foto dos filhos nos conflitosfutebol nordeste netPacaraima

futebol nordeste net Aos 29 anos, Analis Magallanes é mãefutebol nordeste nettrês crianças – um meninofutebol nordeste net12 anos e duas meninas,futebol nordeste net7 anos e 11 meses.

As lágrimas lhe vêm aos olhos sempre que falafutebol nordeste nettê-los deixado para trás, morando comfutebol nordeste netmãe na Venezuela. Sua esperança é que,futebol nordeste netlonge, consiga fazer o que é melhor para eles: ganhar algum dinheiro e enviar para casa para alimentá-los. “Queria tê-los aqui comigo, mas não pude. É isso que me dói”, diz, esperançosafutebol nordeste netum dia poder trazê-los para o Brasil.

No fimfutebol nordeste netsemana, brasileiros da cidade fronteiriçafutebol nordeste netPacaraima, entre Brasil e Venezuela, protestaram contra a presençafutebol nordeste netvenezuelanos ali, incendiando acampamentos e queimando seus pertences.

Analis chegou a Pacaraima domingo, com duas malas carregando todos os pertences que conseguiu trazer, e cruzou a fronteira temerosa ao saber dos ataques do dia anterior.

Na cidade, um princípiofutebol nordeste netconfusão levou a uma correria. Quando viu, umafutebol nordeste netsuas malas havia sumido. Lá estavam suas melhores roupas, telefone celular, dinheiro, itensfutebol nordeste nethigiene, as fotosfutebol nordeste netseus filhos. Ela mostra a única foto que lhe restou na carteira,futebol nordeste netuma das filhas, Anabela, e diz não ter dinheiro nem para comprar uma nova escovafutebol nordeste netdentes.

“Nunca pensamos que isso poderia acontecer. Que a Venezuela poderia ficar assim”, diz. “Não vejo perspectivafutebol nordeste netmudanças tão cedo.”

No centrofutebol nordeste nettriagemfutebol nordeste netPacaraima, Analis esperava para embarcar para a capital do Estado, Boa Vista. Oscar Rojas,futebol nordeste net33 anos, aguardava o mesmo ônibus.

“Sinto-me triste demais”, diz ele. “Em meu país eu passava fome, mas estavafutebol nordeste netcasa. Agora não tenho comida, trabalho nem possibilidades. Não queria sair da minha casa para passar pelo que estou passando agora.”

Oscar cruzou a fronteira para chegar a Pacaraima,futebol nordeste netRoraima, há maisfutebol nordeste netum ano, e estava morando dentrofutebol nordeste netuma das bancas do mercado produtor da cidade, dormindofutebol nordeste netuma camafutebol nordeste netpapelão com outros conterrâneos que improvisaram moradias no local.

No sábado, quando um protesto na cidade se transformoufutebol nordeste netataques contra os imigrantes, todos os seus pertences efutebol nordeste netseus vizinhos foram retirados do local, jogados na rua e queimados, ele conta.

Perdeu todo o pouco que havia conseguido adquirir no Brasil trabalhandofutebol nordeste netPacaraima como empacotador e ajudante na construção civil – suas roupas, comida, seu telefone e, com ele, todos os seus contatos –futebol nordeste netseus familiares efutebol nordeste netum ex-patrão que vivefutebol nordeste netBrasília e era uma esperança para um futuro emprego.

Perdeu também o número da conta bancária da mãe,futebol nordeste netque depositava dinheiro sempre que podia.

“Eram coisas materiais, mas coisas que eu tinha batalhado para conseguir”, contou à BBC News Brasil.

Com medofutebol nordeste netcontinuarfutebol nordeste netPacaraima, Oscar foi pedir ajuda no centrofutebol nordeste netacolhimento e triagem montado pelo governo federal, ONGs e organizações internacionais para receber os imigrantes que chegam na fronteira, e estava prestes a embarcarfutebol nordeste netum ônibus para Boa Vista, onde conseguira vagafutebol nordeste netum abrigo e esperava poder recomeçar – mais uma vez.

“Não creio que as coisas melhorem na Venezuela. A coisa está muito feia. Acho que sófutebol nordeste netmuitos anos vai melhorar.”

(Reportagemfutebol nordeste netJúlia Dias Carneiro e vídeofutebol nordeste netAna Terra Athayde)