'Grito muito, mas quero eco', diz Elza Soares sobre combate ao racismo:jogo do galo blaze
Elza diz que o "grito" das mulheres já vemjogo do galo blazemuitos anos, mas está sendo mais ouvido agora.
"O momento é propício para o grito. Esse grito não pode ser silenciando. Tem que continuar gritando, e muito", afirma.
Elza recebe a BBC Brasil sentada com uma almofada firme nas costas, e permanece na mesma posição até irmos embora, reflexo dos problemas na coluna que a obrigam a fazer fisioterapia três vezes por semana e apresentar todos os shows também sentada. A cantora é avó e bisavó, com sete netos e quatro bisnetos.
Com um medalhão douradojogo do galo blazeSão Jorge no peito, Elza fala sobre as lutas às quais emprestajogo do galo blazevoz rouca e potente, reforçadas pela imagem "guerreira"jogo do galo blazequem superou a pobreza, o preconceito, a mortejogo do galo blazetrês filhos e a violência do ex-parceiro, o jogador Mané Garrincha.
Quando eram casados, Elza viveu desde os tempos áureos, com os títulos das Copasjogo do galo blaze1958 e 1962, à derrocada do jogador para o alcoolismo no fim da carreira, quando começou a bater nela e chegou a quebrar seus dentesjogo do galo blazeum ataque.
Uma das músicas do último álbum virou um hino denunciando a violência contra mulheres. Maria da Vila Matilde conclama mulheres a ligar para o 180 e denunciar seus parceirosjogo do galo blazecasosjogo do galo blazeagressão, com as palavrasjogo do galo blazeordem: "cê vai se arrependerjogo do galo blazelevantar a mão pra mim".
Elza se separou após 17 anosjogo do galo blazecasamento - e diz gostarjogo do galo blazepensar apenas nos bons momentos com Garrincha, sem querer remoer o sofrimento.
Batizada Elza da Conceição, a cantora nasceujogo do galo blazeum sítiojogo do galo blazePadre Miguel e cresceujogo do galo blazeÁgua Santajogo do galo blazemeio à pobreza. Casou-se aos 12 anos. Aos 13 anos, já mãe, perdeu um dos dois filhos para uma pneumonia. Aos 21 tornou-se viúva do primeiro marido,jogo do galo blazequem herdou o sobrenome Soares.
A jovem Elza carregou caixa d'água na cabeça e foi doméstica, faxineira, empacotadora - tudo menos cantora. Apesar da inclinação que sentia desde criança, aquele caminho não era uma opção para a família. Quando os dois filhos pegaram uma pneumonia grave e não havia dinheiro para antibióticos, o desespero a levou a se inscrever escondida da família no programajogo do galo blazecalourosjogo do galo blazeAry Barroso na Rádio Tupi. Vestiu uma roupa larga demais da mãe e enfiou alfinetes onde sobrava pano. O visual ficou tão peculiar que Ary Barroso, ao vê-la, perguntoujogo do galo blazeque planeta ela vinha.
A respostajogo do galo blazeElza, que pesava "30 e poucos quilos", cortou os risos debochados do auditório. "Do planeta fome", rebateu. Ela saiu do programa com um prêmiojogo do galo blazedinheiro, correu para a farmácia e medicou os filhos. Um deles reagiu, mas o outro morreu poucos dias depois.
Neste ano,jogo do galo blazehistóriajogo do galo blazevida vai virar uma biografia escrita pelo jornalista Zeca Camargo (Ed. Leya) e um musical para o teatro. Um filme também estájogo do galo blazefasejogo do galo blazeplanejamento, com a atriz Taís Araújo vivendo a protagonista.
Elza se mostra avessa a perguntas que tematizem o passado e a velhice. Medo da morte? "Nunca conversei com ela não. Deixo ela distante."
Uma mesa na sala reúne alguns dos muitos prêmios acumulados pela cantora, que ganhou o Grammy Latino na categoriajogo do galo blazemelhor discojogo do galo blazemúsica popular brasileira por A Mulher do Fim do Mundo,jogo do galo blaze2016.
"Eu não olho para trás. Eu olho para a frente. Eu olho o hoje. É o que eu digo sempre, my name is now", afirma, repetindo o bordão ("meu nome é agora") que deu nome a um documentário sobrejogo do galo blazetrajetória, lançadojogo do galo blaze2015.
"Deus É Mulher" será lançado ainda neste ano, e a cantora continuajogo do galo blazeturnê com o show A Voz e a Máquina - uma boa metáfora desse corpo que, esteja com 80 anos ou 87, segue enfileirando um projeto atrás do outro. "Meu futuro está aí. Deixa o futuro vir. O passado já foi."
Leia abaixo os principais trechos da entrevista.
jogo do galo blaze BBC Brasil - Elza, existe um conflito sobre ajogo do galo blazedatajogo do galo blazenascimento. Qual é a verdadeira?
jogo do galo blaze Elza Soares - Não comento. Não se pergunta sobre idade a mulher. Esse negóciojogo do galo blazeidade... não tem idade, cara. Sou atemporal.
jogo do galo blaze BBC Brasil - Você teve um ressurgimento surpreendente depois do lançamentojogo do galo blaze jogo do galo blaze A Mulher do Fim do Mundo jogo do galo blaze . Como é se tornar um ícone pop najogo do galo blazeidade?
jogo do galo blaze Elza Soares - Gente, eu não sei sobre esse negóciojogo do galo blazeidade, o que que tem idade, idade... Você tem o tempo, a matéria, o espírito, entendeu? Acho que quando você resiste, você está bem, aguentando tudo, é maravilhoso. Eu vejo meninos aí não aguentando nada, meninas não aguentando nada.
jogo do galo blaze BBC Brasil - Então como você se sente na fasejogo do galo blazevidajogo do galo blazeque está hoje?
jogo do galo blaze Elza Soares - Completamente bem, fantástica, maravilhosa, trabalhando, viajando muito. Sucesso absoluto. Feliz.
jogo do galo blaze BBC Brasil - O que inspirou a escolha do nome jogo do galo blaze Deus É Mulher jogo do galo blaze para o novo disco? Em que sentido você quer dizer que Deus é mulher?
jogo do galo blaze Elza Soares - Com A Mulher do Fim do Mundo a gente veio denunciar tudo que não presta. Como os problemas não tiveram fim, aliás, é muito difícil acabarem, a gente volta agora com Deus É Mulher. Acho que as mulheres, com o empoderamento todo que têm agora, graças a Deus, elas podem muito bem liderar e pode haver Deus dentrojogo do galo blazecada umajogo do galo blazenós. Por que não? Por que Deus não pode ser mulher? Deus é mulher.
Eu vim protestando com A Mulher do Fim do Mundo e volto com o mesmo protesto, mas dando mais força às mulheres. Pondo mais a mulher na frente. Nós mulheres sabemos que podemos ficar à frente. Acho que é por aí.
jogo do galo blaze BBC Brasil - Você já passou por muitas dificuldades na vida. Como ajogo do galo blazetrajetória influenciou ajogo do galo blazecarreira e o seu jeitojogo do galo blazecantar?
jogo do galo blaze Elza Soares - Garra. Vontade. Entendeu? Acreditar. Tudo isso você tem que ter contigo. Eu acredito. Eu tenho garra. Eu tenho persistência. Eu acho que isso faz acontecer.
jogo do galo blaze BBC Brasil - Em seu último disco você tocajogo do galo blazetemas sensíveis, e um deles é violência doméstica, com a música jogo do galo blaze Maria da Vila Matilde jogo do galo blaze , que virou uma espéciejogo do galo blazehino pela causa. Você sofreu esse problema no passado - o que fez com que,jogo do galo blaze2015, você quisesse falar no assunto?
jogo do galo blaze Elza Soares - Eu já vinha falando sobre isso há muito tempo. Eu falojogo do galo blazepolítica desde que comecei a cantar. De ser mulher,jogo do galo blazeser negra. De ser mulher negra.
A violência doméstica, por mais que você fale e tente combater, ainda é muito presente. É triste que você ainda tenha a necessidadejogo do galo blazefazer músicas falando da violência contra a mulher, que é uma coisa horrível. Isso você vai ter que falar a vida toda? É um câncer, né?
A gente fala da negritude, tem que falar da corjogo do galo blazepele, que é uma coisa absurda, né, tem que estar toda hora gritando, "olha!", "olha!", como um pregão, sempre.
jogo do galo blaze BBC Brasil - Como você vê o movimento atual do feminismo, com tantas mulheres quebrando o silêncio sobre violência sexual e gerando um efeito-dominójogo do galo blazedenúnciasjogo do galo blazeassédio?
jogo do galo blaze Elza Soares - Acho que valeu o passado. Acho que para esse presentejogo do galo blazeagora, valeu o passado. Porque tudo se copia, né? Eu acho que essa cópia aí é maravilhosa, porque as mulheres estão podendo falar mais, estão podendo gritar mais.
Mas isso já vemjogo do galo blazeum passadojogo do galo blazeque as mulheres vinham gritando, queimaram sutiãs, foram queimadas. Então você vê que a mulher já vem com um gritojogo do galo blazemuitos anos. Talvez sejamos ouvidas agora. Agora. Mas esse grito já vemjogo do galo blazelonge. Acho que o eco está sendo agora, mas o grito vemjogo do galo blazelonge.
jogo do galo blaze BBC Brasil - O que é diferente no momento atual? Acha que é um momento propício para o grito?
jogo do galo blaze Elza Soares - O momento é propício para o grito, lógico. Esse grito não pode ser silenciado, tem que continuar gritando, e muito. Gritar mesmo, sem interrupção.
jogo do galo blaze BBC Brasil - Você costuma dizerjogo do galo blazeseus shows que o Brasil é negro. O que você acha que falta para a sociedade encararjogo do galo blazefrente a desigualdade racial?
jogo do galo blaze Elza Soares - Deixa eu te contar. Eu recebi uma homenagem no Memorial (da América Latina)jogo do galo blazeSão Paulo com uma orquestra sinfônica maravilhosa (a Jazz Sinfônica), grande maestro, grandes músicos, uma homenagem belíssima. No momento que eu vi a Sinfônica, senti uma coisa meio estranha. Não vi um negro nessa Sinfônica. Então eu pergunto, onde estão meus negros? O que eles estão fazendo? Por favor, lutem, busquem, porque vocês têm o direito também. Aliás, temos o direito.
Quando eu cantei "a carne mais barata no mercado é a carne negra" - não é a carne negra. Foi a carne negra, entendeu? Cantei (a música A Carne) e fui muito aplaudida quando falei que sentia faltajogo do galo blazeum negro naquela Sinfônica.
jogo do galo blaze BBC Brasil - Sua história com o Garrincha teve momentos muito difíceis. É deles que você se lembra mais quando pensa nele?
jogo do galo blaze Elza Soares - Eu penso nos momentosjogo do galo blazeamor. Procuro esquecer os momentosjogo do galo blazeódio, porque a coisa pior do mundo é o ódio, né? Então penso no momentojogo do galo blazeamor, que foi lindo.
jogo do galo blaze BBC Brasil - Você já disse que o futebol brasileiro morreu com ele. Foi isso que causou o 7x1 na Copajogo do galo blaze2014?
jogo do galo blaze Elza Soares - Eu acho que morreu mesmo. É faltajogo do galo blazeGarrincha, né? Garrincha nunca ganhou dólar, nunca ganhou euro, era canela, pé, aquelas pernas tortas maravilhosas. E aquele menino brincandojogo do galo blazejogar futebol, né? Brincando sério.
jogo do galo blaze BBC Brasil - Você viveu a ditadura e chegou a ir para o exílio com o Garrincha. Como você vê o momento político atual do país à luz do que viveu naquela época?
jogo do galo blaze Elza Soares - Eu tenho muito medo da palavra ditadura. O Brasil não merece essa palavra. A gente tem que pensar muito antesjogo do galo blazefalar sobre política, porque está tudo tão conturbado. O momento pede consciência. Saber o que está acontecendo.
Dizem que a voz do povo é a vozjogo do galo blazeDeus. Quando o povo quer, a coisa acontece. Tem que ter consciência do momento que estamos atravessando. Por favor, a eleição vem aí, povo, por favor. Olha esse Brasil como é que está. Esse país que, lá fora, às vezes vira brincadeira, vira chacota. Você não quer ver teu país sendo falado dessa maneira tão triste.
Eu sou muito otimista. Eu acredito que isso é um momento que nós estamos atravessando, e vai passar. Acredito. Acredito nesse povo brasileiro sofrido, que isso vai passar. É um momento trágico, um momento ruim, mas acho que vai vir um momento bom para gente também. Assim como veio para a Elza Soares, hájogo do galo blazevir para o Brasil.
jogo do galo blaze BBC Brasil - É um momento difícil para o Rio também, com a crise e a ondajogo do galo blazeviolência que o Estado está enfrentando.
jogo do galo blaze Elza Soares - Ah, eu vejo esse Rio chorando. O Rio que é um Riojogo do galo blazealegria. A gente tem uma cidade tão maravilhosa. E passar por esses momentos cruéis assim. Eu vejo o Rio pedindo socorro, pedindo misericórdia, "help me". Assim eu vejo o Riojogo do galo blazeJaneiro, pedindo socorro.
jogo do galo blaze BBC Brasil - Quais são as coisasjogo do galo blazeque você se agarra para ter fé?
jogo do galo blaze Elza Soares - Deus, lógico, primeiramente Deus. Acredito muitojogo do galo blazeDeus e me agarro nos meus santinhos maravilhosos. Nossa Senhorajogo do galo blazeAparecida, São Jorge, sempre pedindo misericórdia. Não peço só para mim, não. Peço misericórdia para a nação.
jogo do galo blaze BBC Brasil - Com toda essa rotinajogo do galo blazeshows, como é seu dia a dia, suajogo do galo blazecuidar da saúde?
jogo do galo blaze Elza Soares - Eu sou muito tranquila. Cuido muito bem do meu corpo. Três vezes por semana tenho fisioterapia. Cuido da minha saúde, da minha alimentação, eu sei que preciso me cuidar. Por isso que eu digo, cuidem do Brasil porque o Brasil precisa se cuidar.
jogo do galo blaze BBC Brasil - As pessoas às vezes te associam a cirurgias plásticas, às intervenções que você fez. Como você vê a vaidade feminina e a imagem que você tem?
jogo do galo blaze Elza Soares - Adoro um espelho. E para adorar um espalho adoro cirurgia plástica, adoro tudo. Acho que a mulher merece tudo, tem que ser linda, vaidosa. Mulher. Bons vestidosjogo do galo blazeseda, boas camisolas lindas, maravilhosas. Olhar no espelho e dizer, sou feliz comigo mesma. É muito bom.
jogo do galo blaze BBC Brasil - Mas a mulher sofre uma objetificação muito forte, a ideia do corpo sarado, das capasjogo do galo blazerevista com mulheres perfeitas. Você acha que isso tem que ser questionado nesse novo movimentojogo do galo blazefeminismo?
jogo do galo blaze Elza Soares - Não sei. Eu sei que eu gostojogo do galo blazemim, gostojogo do galo blazemalhar, gostojogo do galo blazeestar bem. Gostojogo do galo blazefazer uma cirurgia plástica se precisar. Eu não vou fazer mais.
Mas faria cirurgia plástica maravilhosamente bem, não sei se precisa; se precisar, também faço. Eu acho que é por aí. Se o espelho me questionar, vou. Eu falo até para o espelho, pode esperar que eu volto amanhã para você.
jogo do galo blaze BBC Brasil - Você casou com 12 anos. Como foi para você casar tão cedo, e como ajogo do galo blazesexualidade se desenvolveu ao longo dajogo do galo blazevida?
jogo do galo blaze Elza Soares - Eu soltava pipa, jogava bolajogo do galo blazegude, com filho no colo. Pegava balão, corria muito, brincava com eles. Foi assim que foi a minha vida. Era criança e mãe. Tanto que meus filhos me chamamjogo do galo blazeConceição até hoje. Era como se fôssemos amigos.
jogo do galo blaze BBC Brasil - Com tudo o que você sofreu, o que você diria se pudesse falar com a Elza do passado, ainda meninajogo do galo blazeÁgua Santa?
jogo do galo blaze Elza Soares - Não sei. É muito gozado, eu não olho para trás. Eu olho para a frente. Eu olho o hoje. Eu digo sempre, my name is now ("meu nome é hoje"). Eu não gosto muito do passado. O passado já foi, já sei. O futuro não sei o que virá. Então, eu vivo hoje.
jogo do galo blaze BBC Brasil - Como era ajogo do galo blazecasa da infânciajogo do galo blazeÁgua Santa?
jogo do galo blaze Elza Soares - Era bem pobrezinha, mas tinha muita riqueza lá dentro. Tinha toda a minha família. Éramos seis irmãos.
jogo do galo blaze BBC Brasil - Quando você se descobriu cantora? Seus pais eram contra?
jogo do galo blaze Elza Soares - Eu sempre soube. Por incrível que pareça. Sempre gosteijogo do galo blazecantar, desde pequenininha. Ser cantora na época era uma coisa pejorativa. Meu pai queria que eu estudasse muito, que não falassejogo do galo blazeser cantora, nada disso. Mas ele tocava violão e pedia para eu cantar com ele... Mas ele queria que eu fosse professora. Olha onde ele queria me jogar, professora. Eu não ia conseguir ser uma boa professora porque não iam me pagar, e eu ia brigar muito. Ia ficar essa coisa horríveljogo do galo blazesempre ter uma greve.
jogo do galo blaze BBC Brasil - Quando você era criança e adolescente, que música chegava aos seus ouvidos?
jogo do galo blaze Elza Soares - Era só rádio, né? Eu me lembrojogo do galo blazeOrlando Silva, que chegava para a gente, ejogo do galo blazeGlenn Miller. O Brasil era todo americano. O Brasil não era Brasil, era Brasil americano.
O Brasil não gosta muito do Brasil. Eu não sei o que acontece. Você liga o rádio ainda hoje e escuta muito pouca música brasileira.
jogo do galo blaze BBC Brasil - O que você acha que você representa como um símbolo musical?
jogo do galo blaze Elza Soares - Cara, é porque eu grito muito, entendeu? Talvez seja pela minha luta, pelas minhas guerras, minhas buscas. Mas eu queria eco dos meus gritos. Pela raça, buscando, falando, brigando por eles. Brigando por nós, né?
jogo do galo blaze BBC Brasil - Você tem medo da morte, Elza?
jogo do galo blaze Elza Soares - Nunca conversei com ela não, entendeu? Deixo ela distante. Não tenho muita confiança com ela não. Deixa ela pra lá.
jogo do galo blaze BBC Brasil - Você não parajogo do galo blazefazer planos para o futuro.
jogo do galo blaze Elza Soares - Não, lógico, meu futuro está aí. My name is now. E deixa o futuro vir. Como deveria ser. O passado já foi.
jogo do galo blaze BBC Brasil - O que você diria que é a mulher do fim do mundo?
jogo do galo blaze Elza Soares - É uma mulher que tem coragemjogo do galo blazedizer,jogo do galo blazelutar,jogo do galo blazebuscar. Uma mulher que luta, sozinha. Mulher.