Os desafios do PSDB para fazer a candidaturawebslotsAlckmin decolar e evitar a 5ª derrota seguida:webslots

Geraldo Alckminwebslotsdiscurso pelo PSDB

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Legenda da foto, Alckmin teráwebslotssuperar faltawebslotscarisma e se projetar melhor nacionalmente para conseguir vencer eleição, segundo especialistas

1. Superar a baixa projeção nacional

Alckmin construiuwebslotscarreira políticawebslotsSão Paulo, onde já foi eleito três vezes governador -webslots2014, mostrou força ao vencer ainda no primeiro turno, com 57% dos votos.

Seu perfil sério tem funcionado com o eleitorado paulista, mas não conseguiu empolgar o nacionalwebslots2006,webslotsprimeira tentativawebslotschegar ao Planalto. Na ocasião, viu seus votos encolherem no segundo turno (de 39,9 milhões para 37,5 milhões), algo raro na política.

Geraldo Alckmin e a bandeirawebslotsSão Paulo

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Legenda da foto, Alckmin tem uma base eleitoral fortewebslotsSão Paulo, mas não conseguiu alcançar o resto do país

"Ele não é um mestre do carisma. O apelido picoléwebslotschuchu não éwebslotstodo injusto com o vigor da figura dele", afirma o cientista político Fábio Wanderley Reis, da Universidade FederalwebslotsMinas Gerais (UFMG).

Para o sociólogo Sérgio Abranches, o fatowebslotster uma base eleitoral fortewebslotsSão Paulo, o maior colégio eleitoral do país, somado ao apoio que o PSDB costuma ter na região Sul, dá a Alckmin chanceswebslotsalcançar o patamarwebslots20% dos votos no primeiro turno, passando para a segunda etapa.

Ele acredita, no entanto, que o tucano teria bastante dificuldadewebslotsum eventual segundo turno, quando teria que conquistar votoswebslotsMinas Gerais, RiowebslotsJaneiro e no Nordeste do país.

"O principal obstáculo que eu observo é político. Estamoswebslotsum momentowebslotsque os extremos estão tomando conta da cena, e o governador Geraldo ocupa o oposto disso, que é o equilíbrio, a tentativawebslotsfazer algo mais voltado para a administração", avalia o deputado tucano Pedro Cunha Lima (PB).

O parlamentar diz que Alckmin teráwebslotsbuscar votos com propostas concretas para a região Nordeste. Um dos trunfos do governadorwebslotsSão Paulo, por exemplo, é ter cedido sem custos bombas e tubos da Sabesp para ajudar a combater a seca, lembra o parlamentar. A iniciativa atendeu à população dos Estados do Ceará, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte.

2. Unir a centro-direita

Para Maria Hermínia Tavares, professorawebslotsCiências Políticas da USP, a principal dificuldadewebslotsAlckmin estáwebslotsconstruir alianças e consolidar-se como principal candidatowebslotscentro.

"Ele não vai disputar votos à esquerda nem disputará votos à extrema-direita, que esses vão para o Bolsonaro. Então, o que mais pode atrapalharwebslotscandidatura é ter muitos competidores nawebslotsraia, o centro e a centro-direita", observa.

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles (PSD), e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), são dois potenciais candidatos com perfil semelhante aowebslotsAlckmin. Eles, no entanto, não parecem opções mais fortes - jamais disputaram uma eleição majoritária e tampouco são nomes com apelo popular.

"Esses nomes não são, obviamente,webslotspartida mais viáveis que o Alckmin. O apelido picoléwebslotschuchu acaba se aplicando a todos", afirma Reis.

Lula

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Legenda da foto, Alckmin enfrentou Lulawebslots2006 e pode voltar a enfrentá-lo na eleiçãowebslots2018

No entanto, outros concorrentes ainda podem surgir no caminho do tucano, ressalta o cientista político Fernando Abrucio, da Fundação Getulio Vargas (FGV-SP). AlémwebslotsMarina Silva, pré-candidata da Rede, Abrucio acredita que, caso Lula não possa concorrer, "outsiders" (nomeswebslotsfora política) vão se animar ainda mais a entrar na disputa, como o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa (que vem sendo sondado pelo PSB) e o apresentadorwebslotsTV Luciano Huck.

"Para Alckmin, o melhor cenário é Lula sair candidato", acredita.

As alianças também são essenciais para o tucano ampliar seu tempowebslotspropaganda na TV. Seu partido lhe garante apenas 1 minuto e 20 segundoswebslotscada blocowebslots12 minutos e meio, que serão transmitidos a partirwebslots31webslotsagosto, duas vezes ao dia, nas terças, quintas e sábados, no caso dos candidatos presidenciais.

"Ele precisa ter cinco minutoswebslotstelevisão para expor o que ele temwebslotsSão Paulo. Se tiver três minutos, perde a eleição", avalia o deputado estadual Campos Machado (PTB), fervoroso aliadowebslotsAlckmin.

3. Vencer o fogo amigo

Secretário-geral nacional do PTB, Machado está à frente do "esquadrão 2018", como batizou a iniciativa para mobilizar as bases do seu partidowebslotsapoio a Alckmin, principalmente no Nordeste.

O PTB foi o único partido até agora a anunciar apoio ao tucano na disputa ao planalto. Nawebslotsleitura, o maior obstáculo para o tucano é próprio PSDB, um "partido desunido".

Em outubro, o ex-governador paulista Alberto Goldman chegou a dizerwebslotsuma palestra que Alckmin "não é uma grande figurawebslotsexpressão, não é uma liderança nacional, mas é o que se tem", segundo o jornal Valor Econômico.

Em recente entrevista ao jornal EstadowebslotsS. Paulo, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso afirmou que o PSDB deve apoiar o candidatowebslotscentro que tenha uma "mensagem que pegue no povo" e pareça mais viável eleitoralmente, não necessariamente um tucano.

"O que o Fernando Henrique disse foi uma grande bobagem. Pesquisa é retrato do momento. Dou o exemplo do (João) Doria (prefeitowebslotsSão Paulo). Tinha 1% na prévia e acabou se elegendo no primeiro turno. Por forçawebslotsquem? Do governador (padrinho da candidatura)", diz Machado.

"O Fernando Henrique faria muito mais se trabalhasse, corresse o país, defendendo o nome do Geraldo."

Doria e Alckmin

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Legenda da foto, Apadrinhado por Alckmin, Doria venceu a eleição para a PrefeiturawebslotsSão Paulo

4. Afastar riscos emwebslotsbase

Outro desafio para Alckmin é a incerteza sobre a sucessão emwebslotsprópria base. Para disputar o pleito presidencial, o tucano é obrigado a renunciar ao cargo no governo paulista até o iníciowebslotsabril. Em seu lugar assume o vice, Márcio França (PSB), que pretende usar os meses que terá no comando do Estado para se projetar e disputar a eleição para governador.

O problema é que o PSDB, há maiswebslotsvinte anos governando São Paulo, dificilmente abrirá mãowebslotster um candidato, que pode vir a ser o senador José Serra, o prefeito paulistano, João Doria, ou outra liderança do partido. Diante disso, França já anunciou a intençãowebslotsdesalojar todos os tucanos das secretarias estaduais.

"AquiwebslotsSão Paulo estamos dissociando a candidatura Geraldo Alckmin à Presidência da candidatura a governador, porque o Márcio França vai ser candidatowebslotsqualquer jeito, ele está chamando tudo que é prefeito. E o PSDB não abre mãowebslotscandidatura. O problema vai ser conciliar o candidato do PSDB com o candidato Marcio França", diz Campos Machado.

Em entrevista publicada pelo jornal FolhawebslotsS.Paulo neste domingo, França se mostrou fiel a Alckmin e compreensivo com o desejo do PSDBwebslotstambém ter candidato ao governo. Deixa claro, porém, que seu partido mantém conversas com Joaquim Barbosa e que o apoio da sigla à candidatura presidencial tucana dependewebslots"gestos" do PSDB, ou seja, apoio a candidatos do PSB nos estados.

"Se você tem uma candidatura à Presidência, tudo tem que servir a ela. Acho que muita gente, até do PSDB, pode não achar isso, pode achar que é mais importante São Paulo do que o Brasil", disse França.

Para Alckmin, é importante ter controle sobre esse processo e, por isso, o governador terá que se dedicar nos próximos meses à articulação política dentro do PSDB e com outros partidos, acredita Abrucio.

"Com isso, ele ainda deve aparecer pouco para o eleitor nos próximos meses e vai chegarwebslotsabril provavelmente com os mesmos 8% (de intençãowebslotsvoto) que tem hoje. É o cenário que cria a possibilidadewebslotsoutros candidatos mais ao centro também colocarem as manguinhaswebslotsfora", observa.

5. Descolar-sewebslotsTemer e da Lava Jato

Alckmin também terá pela frente como desafio dissociarwebslotscandidatura do presidente Michel Temer (MDB), cujo governo é impopular, e do senador Aécio Neves (PSDB-MG).

Temer e Alckmin

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Legenda da foto, PSDB apoiou governowebslotsMichel Temer após o impeachment

Embora o governador não tenha embarcado com força no impeachment ou na defesa do presidente após a delação da JBS, o PSDB foi um forte apoiador do governo.

Já Aécio, ex-presidente a sigla, tevewebslotsreputação fortemente atingida após ser grampeado solicitando R$ 2 milhões ao empresário Joesley Batista. Ele nega irregularidades, e diz ter sido um pedidowebslotsordem pessoal.

Alckmin também foi alvowebslotsdenúncias da operação Lava Jato, mas aindawebslotsgrau muito menor que Aécio ou o senador José Serra, por exemplo. Após ser acusadowebslotsreceber caixa dois da Odebrecht, no finalwebslots2017 a mesma empreiteira e a Camargo Corrêa admitiram ao Conselho AdministrativowebslotsDefesa Econômica (Cade) que formaram cartéis para vencer obras públicaswebslotsSão Paulo durante seu governo.

Em relação àswebslotscampanhas, o governador nega ter pedido recursos irregulares ou autorizado outras pessoas a fazê-lowebslotsseu nome. Sobre o caso conhecido como "cartel do metrô", diz

"A Lava Jato está perdendo muito a força, mas ainda assim há um grauwebslotsincerteza, para várias pessoas, não só o Alckmin", acredita Abrucio.