Moro condena Lula a 9 anos e meiobaixar aplicativo blazeprisão por caso do tríplex no Guarujá:baixar aplicativo blaze

Lulabaixar aplicativo blazefotobaixar aplicativo blaze10baixar aplicativo blazejulho

Crédito, Paulo Pinto/AGPT

Segundo o juiz, Lula "tinha um papel relevante no esquema criminoso, pois cabia a ele indicar os nomes dos Diretores ao Conselhobaixar aplicativo blazeAdministração da Petrobrás e a palavra do governo federal era atendida".

Na tarde desta quarta, os advogadosbaixar aplicativo blazedefesa do ex-presidente criticaram a condenação.

"Lula é inocente. Por maisbaixar aplicativo blazetrês anos, Lula tem sido sujeitado a uma investigação com motivações políticas. Nenhuma evidência crívelbaixar aplicativo blazeculpa foi produzida, e provas esmagadorasbaixar aplicativo blazesua inocência foram ignoradas", diz nota assinada pelos advogados Cristiano Zanin Martins e Valeska Teixeira Zanin Martins, divulgadabaixar aplicativo blazeinglês pelo assessor internacional do ex-presidente. "Provaremos a inocênciabaixar aplicativo blazeLulabaixar aplicativo blazecortes judiciais não enviesadas, incluindo nas Nações Unidas", finaliza a nota.

Sérgio Moro

Crédito, AFP

Legenda da foto, Moro diz que caso comprova relação entre Lula e esquema na Petrobras

Apartamento

Moro diz que, para obter vantagens na estatal, a OAS presenteou o petista com o apartamento no Guarjuá.

O juiz diz que Lula não apresentou justificativas para a cessão do imóvel, "restando nos autos, como explicação única, somente o acertobaixar aplicativo blazecorrupção decorrentebaixar aplicativo blazeparte dos contratos com a Petrobrás".

O juiz absolveu Lula, porém, da acusaçãobaixar aplicativo blazeter se beneficiado com a armazenagembaixar aplicativo blazepresentes que recebeu na Presidência.

É a primeira vez que o petista é condenado num processo ligado à Operação Lava Jato. Ele é réubaixar aplicativo blazeoutras quatro ações.

Na ação julgada nesta quarta, Lula era acusadobaixar aplicativo blazeter recebido da OAS um apartamentobaixar aplicativo blazetrês andares (tríplex) no Guarujá, imóvel que também teria sido reformado pela empreiteira sem custos para o ex-presidente. O MPF estimoubaixar aplicativo blazeR$ 2,4 milhões os valores do imóvel e da reforma somados.

O Edifício Solaris, onde fica o apartamento, era um empreendimento da Bancoop (Cooperativa Habitacional dos Bancários).

Com a falência da Bancoop,baixar aplicativo blaze2009, a OAS assumiu o prédio e deu aos cooperados o prazobaixar aplicativo blaze30 dias para optar pelo recebimento do valor investido ou pela continuação dos pagamentos.

Lula ebaixar aplicativo blazeesposa, Marisa Letícia, morta neste ano, tinham cotas no empreendimento, mas não fizeram qualquer opção, segundo o MPF. Eles já haviam pago R$ 209 mil pelo apartamento e deixarambaixar aplicativo blazequitar as parcelas quando a OAS assumiu a obra.

O MPF diz que não há registrosbaixar aplicativo blazeque Lula e Marisa tenham recebidobaixar aplicativo blazevolta o valor.

Após a conclusão das obras ebaixar aplicativo blazevisitasbaixar aplicativo blazeLula e Marisa ao apartamento, a OAS instalou um elevador privativo, uma cozinha e outras benfeitorias no imóvel.

Executivos da empreiteira - entre os quais seu ex-presidente Léo Pinheiro - disseram à Justiça que a unidade pertencia a Lula.

O executivo afirmou ainda que o valor da unidade seria abatidobaixar aplicativo blazecréditos que o PT tinha a receber por propinas baseadasbaixar aplicativo blazecontratos firmados pela OAS com a Petrobras quando Lula era presidente, entre os quais a construção das refinarias Abreu e Lima e Presidente Getúlio Vargas.

Preso desde setembrobaixar aplicativo blaze2016 e condenado a 26 anosbaixar aplicativo blazeprisão por crimes investigados pela Operação Lava Jato, Pinheiro atualmente negocia um acordobaixar aplicativo blazedelação premiada com o MPF.

Já a defesabaixar aplicativo blazeLula afirma que o executivo mentiu sobre o episódio para atenuarbaixar aplicativo blazepena.

Em depoimento a Moro após a mortebaixar aplicativo blazeMarisa, Lula afirmou que nunca foi dono do imóvel e que o contrato que previa a aquisição da unidade estavabaixar aplicativo blazenomebaixar aplicativo blazesua mulher.

Lula disse que ouviu falar do apartamentobaixar aplicativo blaze2005, quando passou a pagar as cotas, e que só voltou a tratar do temabaixar aplicativo blaze2013.

Ele disse que nunca pensoubaixar aplicativo blazeadquirir o imóvel, pois, sendo figura pública, só conseguiria visitar a praiabaixar aplicativo blazefrente ao edifício "na segunda-feira ou na Quarta-feirabaixar aplicativo blazeCinzas".

Mas Lula afirmou quebaixar aplicativo blazemulher cogitava comprar o apartamento como um investimento.

Segundo Moro, a defesa do ex-presidente fez "uma aparente tentativabaixar aplicativo blazetransferir a responsabilidade para a falecida Marisa Letícia Lula da Silva".

Porém, diz o juiz, "é evidente que se tratavabaixar aplicativo blazeuma iniciativa comum ao casal, pois a propriedade imobiliária transmite-se ao cônjuge,baixar aplicativo blazeregimebaixar aplicativo blazecomunhãobaixar aplicativo blazebens".

Em suas alegações finais, a defesa do presidente apresentou ainda documentos mostrando que os direitos econômicos e financeiros do apartamento foram cedidos,baixar aplicativo blaze2010, a um fundo da Caixa Econômica Federal como garantiabaixar aplicativo blazedebêntures (títulosbaixar aplicativo blazeempréstimo) emitidas pela OAS.

Mas Moro afirmou que se tratavabaixar aplicativo blazeuma "operação normalbaixar aplicativo blazefinanciamento da OAS"baixar aplicativo blazeque foram oferecidos como garantia não só o apartamento atribuído a Lula, mas todos os imóveis do edifício.

Ao definir a penabaixar aplicativo blazeLula, o juiz diz que o petista tem, "orientado por seus advogados, adotado táticas bastante questionáveis, comobaixar aplicativo blazeintimidação do ora julgador, com a propositurabaixar aplicativo blazequeixa-crime improcedente, ebaixar aplicativo blazeintimidaçãobaixar aplicativo blazeoutros agentes da lei, Procurador da República e Delegado".

Por essas razões, diz Moro, "até caberia cogitar a decretação da prisão preventiva"baixar aplicativo blazeLula.

Mas ele avaliou que, "considerando que a prisão cautelarbaixar aplicativo blazeum ex-presidente da República não deixabaixar aplicativo blazeenvolver certos traumas, a prudência recomenda que se aguarde o julgamento pela Cortebaixar aplicativo blazeApelação", o Tribunal Regional Federal.

Presentes presidenciais

Em outra parte do processo, da qual foi absolvido, Lula era acusadobaixar aplicativo blazeter se beneficiado por gastosbaixar aplicativo blazeR$ 1,3 milhão da OAS com a armazenagem e o transportebaixar aplicativo blazepresentes que recebeu quando presidente.

Segundo Moro, "apesar das irregularidades no custeio do armazenamento do acervo presidencial, não há provabaixar aplicativo blazeque ele envolveu um crimebaixar aplicativo blazecorrupção oubaixar aplicativo blazelavagem, motivo pelo qual devem ser absolvidos desta imputação o ex- Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Paulo Tarciso Okamoto e José Adelmário Pinheiro Filho".Em outubrobaixar aplicativo blaze2010, poucos meses antes da possebaixar aplicativo blazeDilma Rousseff, o atual diretor-presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto*, pediu à transportadora Granero um orçamento para a armazenagembaixar aplicativo blazebens.

Porém, o contrato pelo serviço, ao custo mensalbaixar aplicativo blazeR$ 21,5 mil, foi firmado entre a Granero e a OAS, que passou a arcar com os pagamentos.

O MPF diz que o propósito do contrato foi ocultado, já que nele se afirmava que o objeto seria a "armazenagembaixar aplicativo blazemateriaisbaixar aplicativo blazeescritório e mobiliário corporativobaixar aplicativo blazepropriedade da Construtora OAS".

O contrato foi encerradobaixar aplicativo blaze2016.

Lula diz que jamais tratou do tema e que os objetos não eram presentes pessoais, mas sim itens do "acervo presidencial", que precisavam ser guardadosbaixar aplicativo blazeárea climatizada.

A defesa do presidente diz que não houve qualquer intençãobaixar aplicativo blazeocultar a transação entre a Granero e a OAS.

Advogadosbaixar aplicativo blazeLula citam o depoimento do empresário Emerson Granero à Justiça, na qual ele afirmou que, ao redigir o contrato, a empresa foi desatenta e usou os termosbaixar aplicativo blazeum contrato padrão.

Segundo a defesa do petista, a OAS se ofereceu para pagar a armazenagem sem que isso envolvesse qualquer contrapartida passada ou futura.

Os objetos foram confiscados e hoje estãobaixar aplicativo blazeposse da Polícia Federal.

*Esta reportagem originalmente afirmou erroneamente que Paulo Okamotto foi condenado nesta quarta. Na verdade ele foi absolvido