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Impeachmentbet365 5Temer não é hoje uma saída real, diz analista:bet365 5
"A relação familiar com Moreira Franco é parte essencial desse processo, e proximidade dele com Temer ajuda", afirma Coimbra.
Como presidente da Câmara, a decisãobet365 5prosseguir com o pedidobet365 5impeachment é do democrata.
"Maia não vai acatar os pedidosbet365 5jeito nenhum. Ele vai seguir o script, não vai fazer um movimentobet365 5traição contra Temer, mas também não vai assumir a defesa dele, será um aliado formal", diz ele, que é advogado e especialistabet365 5política.
Tempo
Outra questão é o tempo que um impeachment demanda. O pedido contra Dilma Rousseff, por exemplo, foi aceito pelo então presidente da Câmara, o hoje preso Eduardo Cunha (PMDB-RJ),bet365 5dezembrobet365 52015, mas o processo só foi totalmente finalizado, com o afastamento definitivo dela,bet365 5agostobet365 52016.
"Um impeachment é um processo longo e doloroso que mexeria muito com as estruturas políticas do Brasil", avalia o professor.
No casobet365 5queda do presidente a essa altura do mandato, a Constituição prevê uma eleição indireta, o que levaria mais três meses, levando o processo total a ser concluído às vésperas das eleiçõesbet365 52018. "É um calendário que não faz muito sentido no mundo político."
Temer acumulou pedidosbet365 5impeachment após a revelação, feita pelo jornal O Globo, do acordobet365 5delação premiada dos donos do grupo JBS.
Em pronunciamento na noite desta quinta-feira, o presidente disse que não vai renunciar ao cargo e que não "comprou o silênciobet365 5ninguém", referindo-se à gravaçãobet365 5que, segundo Joesley Batista, teria dado aval ao pagamentobet365 5propina a Cunha.
Segundo Coimbra, Temer conseguiu "estancar a sangria" combet365 5fala.
"Temer fez a coisa certa politicamente, foi enfático, falou com indignação e convicção e foi para o embate", afirma o professor.
"Em um momento agudo da crise, ele estancou a sangria, manteve o apoio mesmo que tímido dos partidos e assim conseguiu manter a credibilidade política. Mas se as provas mostrarem que ele não é inocente, vai ficar sem alternativa."
Duas vias
Coimbra acredita que, caso as provas contra Temer sejam "contundentes" e ele perca a liderança política completamente, há duas vias mais prováveis que o impeachment: renúncia ou cassação da chapa pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O PSDB entrou com o pedidobet365 5cassação da chapabet365 5Dilma e Temer aindabet365 52014 e o processo já está pronto para ir a julgamentobet365 56bet365 5junho.
A cassação poderia sofrer entraves - um ministro pode entrar com um pedidobet365 5vistas do processo e paralisar o julgamento por tempo indefinido e o próprio Temer pode entrar com um recurso contra.
"Se não houver mais ambiente político pra ele governar até o final do julgamento ele pode não recorrer, acatar a decisão do TSE, se for contrária a ele, e iniciar um processobet365 5sucessão", diz o professor.
Se Temer cair, quem assume interinamente é Rodrigo Maia, que deveria convocar eleições indiretasbet365 5até 30 dias, segundo a Constituição.
Na semana que vem, uma PEC (Propostabet365 5Emenda Constitucional)bet365 5autoria do deputado Miro Teixeira (Rede-RJ) que altera a Constituição para permitir a eleição direta nesse cenário começará a ser analisada na CCJ (Comissãobet365 5Constituiçãobet365 5Justiça) da Câmara.
Para Coimbra, no entanto, o cenáriobet365 5eleições diretas é pouco provável.
"Os políticos teriam que reformar a Constituição para tirar o poder da mão deles e dar ao povobet365 5meio à Lava Jato, sendo que você precisabet365 5dois terçosbet365 5aprovaçãobet365 5dois turnos", afirma.
"Não vai haver eleições diretas."
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