Impeachmentbr sportingbetTemer não é hoje uma saída real, diz analista:br sportingbet
"A relação familiar com Moreira Franco é parte essencial desse processo, e proximidade dele com Temer ajuda", afirma Coimbra.
Como presidente da Câmara, a decisãobr sportingbetprosseguir com o pedidobr sportingbetimpeachment é do democrata.
"Maia não vai acatar os pedidosbr sportingbetjeito nenhum. Ele vai seguir o script, não vai fazer um movimentobr sportingbettraição contra Temer, mas também não vai assumir a defesa dele, será um aliado formal", diz ele, que é advogado e especialistabr sportingbetpolítica.
Tempo
Outra questão é o tempo que um impeachment demanda. O pedido contra Dilma Rousseff, por exemplo, foi aceito pelo então presidente da Câmara, o hoje preso Eduardo Cunha (PMDB-RJ),br sportingbetdezembrobr sportingbet2015, mas o processo só foi totalmente finalizado, com o afastamento definitivo dela,br sportingbetagostobr sportingbet2016.
"Um impeachment é um processo longo e doloroso que mexeria muito com as estruturas políticas do Brasil", avalia o professor.
No casobr sportingbetqueda do presidente a essa altura do mandato, a Constituição prevê uma eleição indireta, o que levaria mais três meses, levando o processo total a ser concluído às vésperas das eleiçõesbr sportingbet2018. "É um calendário que não faz muito sentido no mundo político."
Temer acumulou pedidosbr sportingbetimpeachment após a revelação, feita pelo jornal O Globo, do acordobr sportingbetdelação premiada dos donos do grupo JBS.
Em pronunciamento na noite desta quinta-feira, o presidente disse que não vai renunciar ao cargo e que não "comprou o silênciobr sportingbetninguém", referindo-se à gravaçãobr sportingbetque, segundo Joesley Batista, teria dado aval ao pagamentobr sportingbetpropina a Cunha.
Segundo Coimbra, Temer conseguiu "estancar a sangria" combr sportingbetfala.
"Temer fez a coisa certa politicamente, foi enfático, falou com indignação e convicção e foi para o embate", afirma o professor.
"Em um momento agudo da crise, ele estancou a sangria, manteve o apoio mesmo que tímido dos partidos e assim conseguiu manter a credibilidade política. Mas se as provas mostrarem que ele não é inocente, vai ficar sem alternativa."
Duas vias
Coimbra acredita que, caso as provas contra Temer sejam "contundentes" e ele perca a liderança política completamente, há duas vias mais prováveis que o impeachment: renúncia ou cassação da chapa pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O PSDB entrou com o pedidobr sportingbetcassação da chapabr sportingbetDilma e Temer aindabr sportingbet2014 e o processo já está pronto para ir a julgamentobr sportingbet6br sportingbetjunho.
A cassação poderia sofrer entraves - um ministro pode entrar com um pedidobr sportingbetvistas do processo e paralisar o julgamento por tempo indefinido e o próprio Temer pode entrar com um recurso contra.
"Se não houver mais ambiente político pra ele governar até o final do julgamento ele pode não recorrer, acatar a decisão do TSE, se for contrária a ele, e iniciar um processobr sportingbetsucessão", diz o professor.
Se Temer cair, quem assume interinamente é Rodrigo Maia, que deveria convocar eleições indiretasbr sportingbetaté 30 dias, segundo a Constituição.
Na semana que vem, uma PEC (Propostabr sportingbetEmenda Constitucional)br sportingbetautoria do deputado Miro Teixeira (Rede-RJ) que altera a Constituição para permitir a eleição direta nesse cenário começará a ser analisada na CCJ (Comissãobr sportingbetConstituiçãobr sportingbetJustiça) da Câmara.
Para Coimbra, no entanto, o cenáriobr sportingbeteleições diretas é pouco provável.
"Os políticos teriam que reformar a Constituição para tirar o poder da mão deles e dar ao povobr sportingbetmeio à Lava Jato, sendo que você precisabr sportingbetdois terçosbr sportingbetaprovaçãobr sportingbetdois turnos", afirma.
"Não vai haver eleições diretas."