Greve geral: o que você precisa saber sobre a tentativaroleta de prendasparar o país pela 1ª vezroleta de prendas20 anos:roleta de prendas

Bancários erguem cartazroleta de prendasgreveroleta de prendasfrente a sede do Banco Central,roleta de prendasBrasília,roleta de prendas2014

Crédito, Marcello Casal Jr./Agência Brasil

Legenda da foto, A greve foi convocada para fazer oposição às reformas Trabalhista e da Previdência

1. Qual será o tamanho da greve?

Embora muitas categorias tenham confirmado a adesão, é impossível saberroleta de prendasantemão. Por um lado, a pautaroleta de prendasreivindicações une todos esses trabalhadores. Por outro, décadas se passaram desde a última paralisação geral da dimensão pretendida, ocorridaroleta de prendas1996.

O presidente da CUT, Vagner Freitas, afirma que esta "será a maior greve da nossa história", mas ele próprio reconhece que houve, no passado, tentativas frustradas. "Tivemos uma grande greveroleta de prendas1989, outras greves tentamos fazerroleta de prendaslá para cá. Essa acho que vai ter uma adesão muito grande, todos os setores."

Especialistaroleta de prendasSociologia do Trabalho, o professor da USP Ruy Braga diz acreditar que a paralisação serároleta de prendasfato grande, mas lembra que é comum que ocorram deserçõesroleta de prendasúltima hora. "Muitos sindicatos ficam reticentes", afirma, citando medoroleta de prendasmultas ou outras formasroleta de prendaspunição.

Para ele, a Reforma da Previdência tem particularmente o potencialroleta de prendasatrair muitas pessoas para a greve.

"Segundo dados IBGE (Instituto Brasileiroroleta de prendasGeografia e Estatística), 80% dos lares brasileiros têm alguém que recebe algum benefício continuado ou Previdência. Isso tem um potencialroleta de prendasgerar indignação muito mais agudo que as outras reformas que foram propostas", argumentou.

Já Hélio Zylberstajn, professor do Departamentoroleta de prendasEconomia da USP, acredita que o movimento terá o mesmo tamanho das greves mais recentes. "Acho que vai ser igual a todas as outras que eles fizeram:roleta de prendasmanhã vai ser muito forte e, lá pelas 10h, eles começam a liberar. Na hora do almoço, está tudo normal."

Ele argumenta que os organizadores conseguem fazer o transporte coletivo parar, montam piquetes e fecham as principais avenidas. "Não é uma paralisação maciça porque as pessoas todas param. É porque as pessoas são impedidasroleta de prendasir trabalhar", diz.

Apesar disso, Zylberstajn reconhece que as reformas propostas pelo governo Michel Temer são mesmo muito impopulares, dando força para a greve.

Professores da rede públicaroleta de prendasensinoroleta de prendasgreveroleta de prendas2015

Crédito, Paulo Pinto/Fotos Públicas

Legenda da foto, Trabalhadores do transporte público, aeronautas, bancários, funcionários públicos e professores, entre outros, dizem que vão parar

2. Quais setores vão aderir?

Os organizadores esperam que a greve inclua trabalhadores do transporte público, aeronautas, bancários, funcionários públicos e professores das redes públicas e privada, entre outros. Profissionais da indústria, como químicos e metalúrgicos, também prometem parar - incluindo aqueles que trabalhamroleta de prendasunidades da Petrobrasroleta de prendaspelo menos oito Estados.

Grandes aeroportos, como os das cidadesroleta de prendasSão Paulo, Campinas (SP), Rioroleta de prendasJaneiro, Brasília e Porto Alegre podem ser afetados. Rodoviários dizem que irão pararroleta de prendascidadesroleta de prendaspelo menos 13 Estados - na capital paulista eroleta de prendasGuarulhos, a ideia é que apenas 30% da frota esteja operando a partir da 0h desta sexta. Metroviários já acordaram pararroleta de prendascidadesroleta de prendasao menos cinco Estados.

Portuários estão previstos para pararroleta de prendasmenos três Estados - um dos portos que pode parar é oroleta de prendasSantos, o principal do país. Nos Correios, a greve já foi aprovada por pelo menos oito Estados.

Servidores públicos municipais, estaduais e federais, do Judiciário e comerciários também prometem aderir. Bancários já contabilizam adesãoroleta de prendasno mínimo 23 Estados, mas nem todas as unidades fechariam.

Professores municipais, estaduais, universitários eroleta de prendasescolas particulares são algumas das categorias mais esperadas, embora a adesão varie muitoroleta de prendasEstado para Estado.

Professores do DFroleta de prendasgreveroleta de prendas2015

Crédito, (Antonio Cruz/Agência Brasil)

Legenda da foto, Há protestos confirmadosroleta de prendasCampo Grande, Florianópolis, Fortaleza, Goiânia, Macapá, Maceió, Palmas, Porto Alegre, Rioroleta de prendasJaneiro, São Paulo e Rio Branco

3. Quais setores fazem uma greve ter sucesso?

Segundo Braga, da USP, os setores-chave são os mais disruptivos para a sociedade. Ou seja, trabalhadores que lidam com circulaçãoroleta de prendaspessoas (ônibus, metrô, trem, aeroportos), bancários e funcionários públicos.

O professor também explicou que os professores, quando aderemroleta de prendasmassa, também têm uma influência muito grande, uma vez que muitos pais acabam não tendo com quem deixar os filhos para sair para trabalhar. E como são numerosos, aumentam a massaroleta de prendasmanifestantes quando participamroleta de prendasprotestos.

"No casoroleta de prendastrabalhadores industriais, como metalúrgicos e petroleiros, acredito que o potencial disruptivo seja pequeno", afirmou.

Zylberstajn diz que os professores da rede particular aderiram para defender os próprios privilégios.

"Professoras no Brasil se aposentam depoisroleta de prendascontribuir 25 anos para a Previdência, independentemente da idade. Uma professora que começa a trabalhar aos 20 anos se aposenta com 45. Onde a greve vai ser mais forte? Nos colégios privados: todos os colégios estão anunciando que não vai ter aula na sexta-feira", afirma.

A proposta atualroleta de prendasReforma da Previdência estipula uma idade mínima para aposentadoria - 65 anos para homens e 62 para mulheres.

4. O que querem os grevistas?

A greve vem sendo articulada há cercaroleta de prendasum mês para fazer oposição às reformas Trabalhista e da Previdência e para protestar contra uma nova regra, sancionadaroleta de prendasmarço, que libera a terceirizaçãoroleta de prendastodas as atividades.

"(Marcamos a greve geral) Fundamentalmente por causaroleta de prendasretiradaroleta de prendasdireitos, por causaroleta de prendasdesmonte da Previdência, desmonte trabalhista, terceirização", diz Freitas, da CUT.

Algumas entidades que convocaram a paralisação são críticas ao governo Michel Temer como um todo, entre elas a CUT e a CTB, que foram contrárias ao impeachmentroleta de prendasDilma Rousseff.

Greve dos bancáriosroleta de prendasBrasíliaroleta de prendas2016

Crédito, Wilson Dias/Agência Brasil

Legenda da foto, Setores mais disruptivos para a sociedade são os trabalhadores que lidam com circulaçãoroleta de prendaspessoas, bancários, funcionários públicos e professores

Mas a greve também tem a participaçãoroleta de prendasentidades mais próximas do governo. É o caso da Força Sindical, que tem vínculo com o Solidariedade, partido que faz parte da base aliadaroleta de prendasTemer.

Miguel Torres, vice-presidente da Força, comparou a paralisação marcada para esta sexta-feira com a realizada há exatos cem anos,roleta de prendas1917.

"Naquela época, era tudo desregulamentado (em relação a questões trabalhistas). Boa parte do empresariado quer que a gente retorne a 1917", argumenta.

A BBC Brasil procurou o governo federal para saber seu posicionamento diante da paralisação e se mandará cortar o ponto dos servidores grevistas, mas o Palácio do Planalto informou que não comentará o assunto.

A gestão Temer tem defendido as reformas como uma formaroleta de prendasrecuperar a economia - e negado que elas irão tirar direitos do trabalhador.

5. Vai ter protesto?

Há protestos confirmadosroleta de prendasdiversas cidades, como Campo Grande (MS), Florianópolis (SC), Fortaleza (CE), Goiânia (GO), Macapá (AP), Maceió (AL), Palmas (TO), Porto Alegre (RS), Rioroleta de prendasJaneiro (RJ), São Paulo (SP) e Rio Branco (AC).

O tamanho dessas manifestações também é incerto.

Na capital paulista, a ideia é caminhar do Largo da Batata,roleta de prendasPinheiros, até a frente da casaroleta de prendasTemer na cidade, que fica no Altoroleta de prendasPinheiros, na zona oeste.

O ato é organizado pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, agrupamentosroleta de prendaspartidos, entidades sindicais e outros grupos que têm vínculos com movimentos sociais - principais organizadores dos protestos contra o impeachment.