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O brasileiro que ficou paraplégico7 casino onlinetentativa7 casino onlinesequestro e virou 'guru' do turismo para cadeirantes:7 casino online
O pior é que não se tratou7 casino onlineum incidente isolado, afirma Ricardo, mas7 casino onlinealgo que ocorre com frequência com cadeirantes7 casino onlinevoos no Brasil.
'Não são vistos como consumidores'
Uma das principais diferenças com os Estados Unidos e países europeus é que os aeroportos brasileiros não têm um serviço para ajudar quem usa cadeira7 casino onlinerodas.
A tarefa cabe às companhias aéreas, e as equipes7 casino onlinealgumas delas são mal treinadas. Por isso, ser bem atendido vira uma questão7 casino onlinesorte. "No Brasil, a acessibilidade é muito precária", resume Ricardo.
E não são apenas os aeroportos e aviões que estão abaixo dos padrões internacionais. Toda a infraestrutura7 casino onlineturismo é precária, mesmo7 casino onlinegrandes cidades como São Paulo e Rio7 casino onlineJaneiro.
Ricardo conta ter recebido um pedido7 casino onlinepacote para um grupo7 casino online22 pessoas vindas7 casino onlineIsrael - 10 das quais eram cadeirantes.
"Não há uma empresa7 casino onlinetransporte no Brasil que atenda 10 pessoas7 casino onlinecadeiras7 casino onlinerodas ao mesmo tempo. Nenhum hotel conseguiria hospedar a todos. Tivemos7 casino onlinedividi-los entre três hotéis, que ficavam distantes uns dos outros. Nunca mais o grupo entrou7 casino onlinecontato comigo", afirma Ricardo.
Por outro lado, se as mesmas pessoas quisessem ir para a França, Ricardo poderia oferecer um atendimento bem melhor.
Ele tem um roteiro para grupos7 casino onlineaté 14 cadeirantes,7 casino onlineque todos são transportados no mesmo ônibus, visitam as atrações juntas e passam a noite no mesmo hotel.
'Obrigação ou pena'
A luta por melhorias acabou fazendo parte7 casino onlineseu trabalho. Para poder oferecer bons pacotes turísticos, depende da estrutura existente7 casino onlineaeroportos, empresas7 casino onlineônibus ou hotéis.
O contato com empresários e autoridades para pedir melhorias é constante - e Ricardo já ganhou prêmios por causa do seu trabalho.
"No Brasil, pessoas com deficiência só recebem ajuda por obrigação ou pena. Ninguém as vê como consumidores, como ocorre no exterior. Outros países faturam bilhões7 casino onlinedólares oferecendo serviços para esse público. Mas aqui não."
Estima-se que mais7 casino online24 milhões7 casino onlinepessoas tenham algum tipo7 casino onlinedeficiência no Brasil. As estatísticas mostram que elas têm uma situação econômica delicada - a taxa7 casino onlinedesemprego é maior entre elas e os níveis7 casino onlineeducação, mais baixos.
"Mesmo que você tenha dinheiro, muitas coisas são negadas a quem tem deficiência", diz Andrea Koppe, da Unilehu, organização sem fins lucrativos dedicada a pessoas com deficiência.
"Algumas escolas não aceitam crianças com necessidades especiais, dizendo não ter o preparo ou a especialização necessários. Pais precisam pagar uma taxa extra por um tutor especial, no caso7 casino onlineestudantes com problemas7 casino onlinevisão."
Ação afirmativa
O Brasil vem tentando mudar essa situação com ações afirmativas. Desde 1991, a lei exige que,7 casino onlineempresas com mais7 casino onlinecem funcionários, ao menos 2% sejam pessoas com deficiência.
Andrea Koppe diz que, ao longo7 casino online20 anos, isso ajudou a transformar várias pessoas com deficiência, que antes eram ignoradas por lojas e companhias,7 casino onlineem consumidores7 casino onlinefato. O número7 casino onlinepessoas com deficiência no mercado7 casino onlinetrabalho subiu7 casino online15 mil para 350 mil.
Ainda assim, ela diz que, se a legislação fosse seguida à risca, esse número deveria ultrapassar 1 milhão. Há 11 milhões7 casino onlinepessoas com deficiência7 casino onlineidade7 casino onlinetrabalho, e a maioria está desempregada.
Ricardo diz que ainda há muito trabalho a ser feito. Ele tenta convencer autoridades sobre a importância7 casino onlinecriar regulamentações.
O país está prestes a privatizar alguns7 casino onlineseus aeroportos. O agente7 casino onlineturismo gostaria que os contratos7 casino onlineconcessão exigissem a presença7 casino onlineempresas especializadas7 casino onlineatender passageiros com deficiência, como7 casino onlineoutros lugares.
Mas, com base em7 casino onlineprópria experiência, a maioria dos negócios não estão dispostos a promover mudanças.
A cadeira7 casino onlinerodas que ele usa foi dada por uma empresa área como compensação, após a cadeira que tinha ter sido danificada porque a equipe7 casino onlinevoo não tinha preparo nem meios para transportá-la adequadamente.
"Tentei dialogar com eles", conta Ricardo. "Mas,7 casino onlinevez7 casino onlinetreinar seus funcionários, eles acharam mais fácil comprar uma cadeira nova. Eles não querem mudar."
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