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Ex-presidente do Peru tem prisão decretada; Lava Jato avança no exterior e põe governos da América Latina sob suspeita:smash slot
smash slot Prestes a completar três anos, a operação Lava Jato começa a alcançar políticossmash slotpesosmash slotdiferentes países da América Latina, investigados sob a suspeitasmash slotterem sido beneficiados pelo esquemasmash slotpropinassmash slotempreiteiras brasileiras.
Nesta quinta-feira, a Justiça peruana expediu ordemsmash slotprisão preventiva do ex-presidente do país Alejandro Toledo - sob acusaçãosmash slotter recebido cercasmash slotUS$ 20 milhões para facilitar a aprovação da construção da rodovia Transoceânica, que liga o norte do Brasil à costa peruana, enquanto estava no governosmash slot2001 a 2006.
A ordem partiu do juiz Richard Concepción. Segundo a assessoriasmash slotToledo, o ex-presidente está fora do país - supostamentesmash slotParis - e nega qualquer irregularidade. Ele também tem residência na Califórnia, Estados Unidos, onde trabalha na Universidadesmash slotStanford.
No último sábado, o ex-presidente tevesmash slotcasa vasculhada e documentos apreendidos por uma equipe da Procuradoria e da Polícia Nacional do Peru, que fizeram o pedidosmash slotprisão.
Na Colômbia, as autoridades anunciaram nesta terça suspeitarsmash slotque a campanha do presidente atual, o Nobel da Paz Juan Manuel Santos, teria recebido, por meiosmash slotum intermediário, propina paga pela Odebrecht.
Ambos negam qualquer ilegalidade.
Alto escalão
Representantes do Ministério Público e da Políciasmash slotdiferentes países da América Latina têm trocado informações com investigadores brasileiros por meiosmash slotacordossmash slotcooperação internacional para apurar supostos esquemassmash slotcorrupção, lavagemsmash slotdinheiro, fraudesmash slotcontratos e doações irregularessmash slotcampanha.
Alémsmash slotSantos e Toledo, estão sendo investigados outros políticossmash slotalto escalão e ex-representantes dos governos colombiano e peruano e suspeitossmash slotenvolvimentosmash slotesquemassmash slotoutros países da região: Argentina, Chile, República Dominicana, Venezuela, Panamá, México, Guatemala e Equador.
A Odebrecht já admitiu ao Departamentosmash slotJustiça dos EUA ter pago US$ 788 milhõessmash slotpropina, entre 2001 e 2016, a funcionáriossmash slotgoverno, representantes desses funcionários e partidos políticos do Brasil esmash slot11 países (os citados acima, exceto o Chile - que está ligado a delaçõessmash slotoutra empreiteira -, mais Angola e Moçambique).
Procurada pela BBC Brasil para comentar as investigações que detalhamos abaixo, a Odebrecht informou que "não se manifesta sobre o tema, mas reafirma seu compromissosmash slotcolaborar com a Justiça, tanto no Brasil quanto no exterior".
"A exemplo do acordo anunciadosmash slotdezembro com autoridades do Brasil, dos Estados Unidos e da Suíça, a Odebrecht também está disposta a contribuir com as investigações realizadas pela Justiçasmash slotoutros países", esclareceu.
A OAS, investigada no Chile, afirmou à reportagem que não comentaria o caso.
Ordemsmash slotprisão no Peru
No Peru, a investigação estásmash slotestágio avançado. O pedidosmash slotprisão preventiva acatado pela Justiça nesta quinta-feira era parte da investigação que apurava o pagamentosmash slotpropina feito pela Odebrecht a integrantes do governosmash slotdiferentes mandatos.
As investigações no país estão ligadas à construção da rodovia Interoceânica - que liga o Brasil ao oceano Pacífico -, obra comandada pela Odebrecht. O Ministério Público peruano suspeita que a empresa brasileira pagou US$ 29 milhõessmash slotpropina no país entre 2005 e 2014.
De Paris, Toledo, que foi presidente do Peru entre 2001 e 2006, deu uma entrevista por Skype nesta semana ao programasmash slotTV peruano Cuarto Poder e negou a acusação.
Antes das suspeitas levantadas com a Lava Jato, o ex-presidente já vinha sendo investigado por suspeitasmash slotlavagemsmash slotdinheiro.
Diante do escândalo, o atual presidente do Peru, Pedro Pablo Kuczynski, quer que a Odebrecht deixesmash slotatuar no país.
Em entrevista à emissora local RPP, ele afirmou que o grupo está "manchado pela corrupção". "Eles têm que ir embora. Acabou."
Em comunicado, a Odebrecht pediu desculpas à sociedade peruana e seus trabalhadores por "erros graves" cometidos por executivos da empresa.
"A empresa está fazendo todo o possível para expor e esclarecersmash slotdetalhes todos os fatos para que a Justiça chegue a todos os envolvidos, permitindo também o pagamentosmash slotuma compensação justa para o Estado", diz a nota, na qual a empresa se disse determinada a manter os projetossmash slotcurso.
Busca e apreensão no Chile
A Políciasmash slotInvestigações do Chile esteve nesta terçasmash slottrês escritórios da construtora OASsmash slotSantiago para cumprir mandadossmash slotbusca e apreensão, segundo a agênciasmash slotnotícias Efe.
Alvo da Lava Jato, a empresa, cujos principais representantes assinaram acordossmash slotdelação nos quais detalharam o esquemasmash slotcorrupção, também é investigada por supostas contribuições irregulares para campanhas políticas no Chile.
Os policiais, ainda conforme noticiou Efe, procuraram por registros contábeis da empresasmash slot2012 a 2015, e a operação faz parte da investigação que apura suspeitas na campanha presidencialsmash slotMarco Enríquez-Ominamismash slot2013, derrotado por Michelle Bachelet e que teria usado um avião da empresa brasileira.
Os escritórios alvos da operação estão localizados nas comunassmash slotSantiago, Huechuraba e Lampa.
Autoridades chilenas já solicitaram ao Brasil acesso a depoimentos e mensagenssmash slotWhatsApp do ex-presidente da OAS, Leo Pinheiro, e do publicitário Duda Mendonça, que mencionam contato pessoas ligadas a políticos chilenos,smash slotacordo com reportagem do jornal El Mercurio.
Acredita-se que esses documentos podem ajudar a esclarecer colaborações suspeitas feitas pela empresa brasileira às campanhassmash slotEnríquez-Ominami e Bachelet - ambos negam qualquer irregularidade.
Doação na Colômbia
Autoridades da Colômbia investigam se a campanha presidencialsmash slotJuan Manuel Santos foi abastecidasmash slot2014 com aproximadamente US$ 1 milhãosmash slotrecursos oriundossmash slotpropina paga pela Odebrecht.
As suspeitas envolvem uma complicada transação financeira na qual o repasse à campanha teria sido feito por meiosmash slotuma empresa do ex-senador colombiano Otto Nicolás Bula.
"Do US$ 1 milhão, teria sido descontada uma comissãosmash slot10% a favorsmash slotterceiros já identificados", assinala comunicado do Ministério Público colombiano.
Investiga-se se essa cifra faz parte dos US$ 4,6 milhõessmash slotpropinas que teriam sido pagas pela empresa brasileira para construir a Rota do Sol, uma estrada que liga as cidades colombianassmash slotOcaña e Gamarra, por meiosmash slotum contrato assinado o ex-senador Bulasmash slot2013.
Ele está preso por causa desse caso desde janeiro. O ex-gerente da campanha presidencialsmash slotSantos, Roberto Prieto, negou conhecer o ex-senador. Santos rechaça as acusações.
Nomesmash slotargentinos
Nesta semana, o presidente da Argentina, Mauricio Macri, pediu que a mais alta corte brasileira revele os nomes dos argentinos envolvidos no esquema da Lava Jato.
O pedido foi feito diretamente à presidente do Supremo Tribunal Federal, Cármen Lúcia, durante encontro nesta terça, segundo o jornal argentino Clarín.
Aindasmash slotacordo com a publicação, o Ministério da Economia da Argentina está elaborando uma listasmash slottodas as reuniões que assessores da área econômica esmash slotplanejamento tiveram com representantes da construtora brasileira Odebrecht nos últimos 10 anos.
O pedido foi feito por uma deputada e devem incluir políticos do governosmash slotCristina Kirchner esmash slotMacri.
A própria Odebrecht admitiu que pagou na Argentina pelo menos US$ 35 milhõessmash slotpropinas durante a gestão da ex-presidente.
E o jornal La Nacion revelou que foram identificados cinco repasses que ultrapassam a cifrasmash slotmeio milhãosmash slotdólares feitossmash slot2013 por um ex-sócio do doleiro brasileiro Alberto Youssef a Gustavo Arribas, indicado por Macri para comandar o serviçosmash slotinteligência da Argentina.
À época, Arribas vivia no Brasil e se dedicava a negociar jogadoressmash slotfutebol. Ele nega se tratarsmash slotdinheiro frutosmash slotpropina.
Republica Dominicana e Venezuela
No finalsmash slotjaneiro, a Venezuela anunciou que abriria uma investigação sobre a atuação da Odebrecht no país.
A apuração foi motivada pelo documento divulgado pelo Departamentosmash slotJustiça dos EUA no qual a empresa brasileira afirmou ter pago US$ 98 milhões a funcionários venezuelanos e intermediários para obter contratos.
Na República Dominicana, porsmash slotvez, já houve execuçãosmash slotmandadosmash slotbusca e apreensãosmash slotescritório da Odebrecht no país e as autoridades locais se preparam para interrogar o ex-ministrosmash slotobras públicas sobre a propina milionária paga pela empresa brasileira naquele país.
As investigações também foram motivadas pelo acordo firmado pela Odebrecht nos EUA.
Cooperações internacionais
Em setembrosmash slot2015, o secretáriosmash slotCooperação Internacional do Ministério Público Federal, Vladimir Aras, disse à BBC Brasil que investigação da Lava Jato no exterior ainda estava no início, mas que avançaria contra políticos.
Pouco maissmash slotum ano depois da declaraçãosmash slotAras,smash slotdezembro do ano passado, o Ministério Público Federal já acumulava 120 pedidossmash slotcooperação com autoridades estrangeiras para obter documentos, rastrear contas e transferências bancárias e trocar informações e evidências.
A listasmash slotacordos incluiu maissmash slot30 países, entre eles Peru, Colômbia, Argentina, República Dominicana e Angola, onde há negócios sob suspeita, e ainda paraísos fiscais como Antígua, Ilhas Virgens Britânicas e Cayman, usados pelos suspeitos para manter o dinheiro no exterior pagando menos tarifas.
Ao todo, 18 países pediram ajuda do Ministério Público Federal brasileiro para conduzir investigações relacionadas à Lava Jato.
As investigações no exterior devem ser impulsionadas pelo acordosmash slotdelação premiada da Odebrecht, já homologado pelo Supremo Tribunal Federal e que conta com depoimentossmash slot77 funcionários da empresa brasileira detalhando como operacionalizavam fraudessmash slotlicitações e pagamentossmash slotpropina.
Até o momento, contudo, sabe-se o conteúdo do depoimentosmash slotapenas um dos executivos - o ex-vice-presidentesmash slotRelações Institucionais Cláudio Melo Filho.
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