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Por que os militares ficaramcupom estrela bet cadastrofora da Reforma da Previdência?:cupom estrela bet cadastro
Apesarcupom estrela bet cadastroo governo citar questões técnicas para explicar o fatocupom estrela bet cadastroter mantido os militarescupom estrela bet cadastrofora da reforma ecupom estrela bet cadastroregime diferenciado, especialistas ouvidos pela BBC Brasil afirmam que há razões políticas para não se "mexer" na previdência militar.
Reforma x aposentadoria
O governo afirma que os militares ficaramcupom estrela bet cadastrofora da proposta porque não são regidos pelas diretrizes comuns da Previdência, uma vez que não se "aposentam", mas entram para a reserva, e podem,cupom estrela bet cadastrotese, ser chamados para as atividades a qualquer momento.
Ou seja: o benefício não é considerado uma aposentadoria, mas uma continuidade do pagamento do salário já que eles continuariam disponíveis para servir às Forças Armadascupom estrela bet cadastrosituaçõescupom estrela bet cadastroconflito - o que é considerado pelos militares como uma dedicação exclusiva ao país.
O vice-almirante reformado Paulo Frederico Soriano Dobbin, presidente do Clube Naval, um dos três principais clubes militares do país, afirma que essa dedicação é muito diferente da que os trabalhadores comuns apresentamcupom estrela bet cadastrosuas carreiras.
"Os militares são diferentes dos funcionários públicos. Nós e os diplomatas somos funcionárioscupom estrela bet cadastroEstado. Trabalhamos exclusivamente para as Forças Armadas, não temos hora extra, podemos ficar semanas sem aparecercupom estrela bet cadastrocasa sem ganhar nada a mais por isso", diz ele.
"Não podemos nos sindicalizar nem nos vincular a partidos políticos. É diferentecupom estrela bet cadastroum funcionário público. Seria injusto. Isso (a Reforma da Previdência) tem que ser trabalhadacupom estrela bet cadastroforma diferente (em relação aos militares)."
Pelas regras atuais, os militares têm uma contribuição mensalcupom estrela bet cadastro7,5%cupom estrela bet cadastrosuas remunerações. O montanto, no entanto, não serve para pagar a aposentadoria, mas as pensões as quais os familiares têm direitocupom estrela bet cadastrocasocupom estrela bet cadastromorte. Os membros das Forças Armadas, homens e mulheres, podem entrar para a reserva depoiscupom estrela bet cadastro30 anoscupom estrela bet cadastroserviço militar.
Segundo Dobbin, "não há privilégio nenhum" nisso.
"Eu, por exemplo, contribuo com o fundocupom estrela bet cadastropensão dos militares desde 1960, estou reformado desde 2005, mas continuo contribuindo para o fundo. Não estão tirando esse dinheiro do erário público, esse dinheiro foi pago. Mas é um fundo que foi usado (pelo governo) para outras coisas, mas ele saiu do nosso bolso", argumenta.
'Não é aposentadoria'
O professor da USP Luis Eduardo Afonso explica que esse é o argumento mais comum usado pelos militares para justificar a diferenciação dos benefícios e recolhimentos.
"Há um entendimento da parte dos militarescupom estrela bet cadastroque eles não se aposentam, passam para reserva - podem ser chamados a qualquer momento para defender o país. Se não se aposentam, não é necessário um planocupom estrela bet cadastrocusteio. Se não tem contribuição, não tem deficit, não é aposentadoria".
Além dessa diferença, o professor da Faculdadecupom estrela bet cadastroEconomia, Administração e Contabilidade da USP José Roberto Savoia afirma que há outra distinção importante: o valor dos salários.
Para ele, seria necessário ajustar algumas condições antescupom estrela bet cadastroincluir os militares na reforma previdenciária.
"Existe uma diferença salarial muito grande entre militares e funcionários do Executivo. Você quer fazer uma regra equitativa, mas está partindocupom estrela bet cadastropremissas diferentes - salário muito menor do quecupom estrela bet cadastrofunções do Executivo, do Legislativo, do Judiciário para funções correspondentes."
O peso da política
Apesar dos argumentos técnicos, o cientista social especialistacupom estrela bet cadastroeconomia da longevidade Jorge Félix cita questões políticas por trás da decisão do governocupom estrela bet cadastronão incluir a categoria na reforma previdenciária.
"Os argumentos destacam a desigualdade da visão que estão tendo sobre os servidores. Não está mexendo com os militares, porque se mexer ele (Temer) cai, perde o apoio dos militares", diz.
"O lobby dos militares é muito grande dentro do Congresso. O deputado (Jair) Bolsonaro sobe na tribuna e fala. E legitimamente, porque está defendendo os eleitores dele. É uma reforma que mantém privilégios patrocinados por aqueles que dominam o Estado."
O professor da USP Luis Eduardo Afonso concorda que a decisão do governocupom estrela bet cadastroexcluir os militares da reforma se deu para evitar um mal-estar com a categoria, o que poderia ser potencialmente prejudicial ao presidente Michel Temer.
"Muito provavelmente a estratégia do governo se pautou para evitar um confronto com o setor. Se o sentido é uniformizar regras, deveria ter uma aproximação das regras dos militares das regras do INSS. É um tratamento diferente demais, e o deficit é muito grande para não ser incluído nesse pacote."
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