Cidade que se uniu com vitórias ajudará Chapecoense a se reerguer, diz torcedor:caça niquel cassino

Torcedores da Chapecoense

Crédito, AFP

Legenda da foto, Jornalistas que acompanham time dizem que Chapecoense mudou clima da cidade

"A cidade respira a Chapecoense hojecaça niquel cassinodia. O clube mudou a rotina dos moradores aqui, criou um clima difícilcaça niquel cassinodescrever", diz.

"Antes, a cidade era dividida entre torcedores do Grêmio e do Internacional, até pela proximidade com o Sul e com Porto Alegre. Mas hoje isso não acontece mais, todo mundo virou torcedor da Chapecoense."

Nesta terça-feira, porém, a cidade amanheceucaça niquel cassinoluto após a tragédia que matou pelo menos 71 pessoas, segundo a Polícia do Departamento (equivalente aos nossos Estados) colombianocaça niquel cassinoAntióquia, com o avião que seguia para Medellín, onde o clube disputaria uma inédita final da Copa Sul-Americana.

A equipe da Chapecoense antescaça niquel cassinoum jogo

Crédito, Rodrigo Gourlart, Diário do Iguaçu

Legenda da foto, Time surgiu há 43 anos e chegou elite do futebol brasileirocaça niquel cassino2014

Os moradores, que estavam ansiosos para protagonizar o momento ápice do clube, disputando um título internacional contra o atual campeão da Libertadores, agora estãocaça niquel cassinochoque com a notícia da morte da grande maioria dos 22 jogadores que viajavam, do técnico ecaça niquel cassinoboa parte da diretoria responsável pelo auge do clube nos últimos anos.

"A cidade está sentindo muito tudo isso e vai sentir mais, porque tem uma ligação muito forte com o clube, com os jogadores. A ficha ainda não caiu. Isso vai ser lembrado para o resto da vida", disse Piccini, que acompanhou toda a trajetóriacaça niquel cassinoevolução do time desde a disputa da Série D até o acesso à primeira divisão do Campeonato Brasileiro, no fimcaça niquel cassino2013, e a disputa da Sul-Americana.

Para o jornalista e torcedor, mais do que tristeza, a tragédia despertará um sentimentocaça niquel cassinosolidariedade.

"Tenho certezacaça niquel cassinoque a cidade vai dar força para o clube se reconstruir, dar a volta por cima", diz.

"Tem que começar tudo do zero agora, porque todas as pessoas que faziam parte desse trabalho se foram. E o time era importante não só para quem é daqui, mas para a região toda do Oeste Catarinense. Mas as pessoas aqui são muito solidárias e acho que elas vão se unir ao clube para fazê-lo ressurgir nesse momento."

Torcedores da Chapecoense se abraçam após a tragédia

Crédito, Reuters

Legenda da foto, Torcedores se reuniramcaça niquel cassinofrente ao estádio da cidade depois das notícias do acidente

Xodó

Até poucos anos atrás, a Chapecoense nem sequer disputava competições nacionais.

A rotina dos que se atreviam a ser torcedores fiéis do clube se resumia a acompanhar a equipe apenas por quatro meses ou menos no início do ano na disputa do Campeonato Catarinense.

Até havia algumas alegrias ali, comocaça niquel cassino2007, quando o time foi campeão estadual pela terceira vez, após 11 anoscaça niquel cassinojejum.

Mas no restante do ano, a maioria dos fãscaça niquel cassinofutebol da cidade acompanhava outros timescaça niquel cassinomaior impacto nacional, como o Grêmio e Internacional.

A história começou a mudarcaça niquel cassino2009, quando a Chapecoense passou a disputar a Série D e logo foi ascendendo nas competições nacionais - subiu para a Série C (terceira divisão) naquele mesmo ano, depois para a Série B (segunda divisão) e finalmente para a elite do futebol brasileiro, que disputa desde 2014.

"Quando a Chapecoense começou a disputar a Série D, todo mundo começou a cobrar dos gremistas, dos colorados, que não era mais para ir ao estádio com outra camisa, que era para ir com a da Chapecoense. Alterou muito a rotina das pessoas que moram aqui", conta Piccini.

Rodrigo Goulart, jornalista do jornal Diário do Iguaçu, que cobre a Chapecoense há 15 anos, conta que o momento do acesso do time para a Série C foi o grande pontocaça niquel cassinovirada na relação dos torcedores com o clube - e o momento mais marcante do time, que daícaça niquel cassinodiante não parou maiscaça niquel cassinosurpreender nas competições nacionais e até internacionais.

Chapecoense antescaça niquel cassinoum jogo

Crédito, Reuters

Legenda da foto, Com sucesso recente do time, torcedores do país inteiro adotaram a equipe na disputa da Sul-Americana

"O primeiro acesso nacional foi o momento mais marcante. Em 2009, a primeira edição da Série D, a Chapecoense já na primeira chance subiu para Série C. Naquele jogo do acesso caiu granizocaça niquel cassinoChapecó, o estádio estava cheio, ele não era tão grande na época, mas tinha lá 5 mil pessoas torcendo embaixocaça niquel cassinogranizo", conta.

"O gramado ficou branco, choveu pedra, os torcedores tentavam se proteger do jeito que dava, jogadores foram para o bancocaça niquel cassinoreservas para se proteger. A Chapecoense perdeucaça niquel cassino1 a 0 para o Araguaia do Mato Grosso, mas conseguiu o acesso porque tinha vencido por 2 a 1 foracaça niquel cassinocasa. Eles esperaram 10 minutos para voltar o jogo por causa do granizo. A comemoração foi no barro, porque continuou chovendo, mas a festa foi enorme."

Daícaça niquel cassinodiante, foi praticamente "só alegria" para o torcedor da Chapecoense.

Se normalmente clubescaça niquel cassinocidades menores costumam penar para permanecer na elite do futebol brasileiro, a equipecaça niquel cassinoChapecó não saiu mais da Série A desde o acesso,caça niquel cassino2014.

Em 2015, o time passou a encantar até mesmo torcedorescaça niquel cassinoforacaça niquel cassinoSanta Catarina ao chegar nas quartascaça niquel cassinofinal da Sul-Americana, quando acabou perdendo para o tradicional River Plate, da Argentina.

Neste ano, voltou a surpreender ao eliminar times tradicionais do continente, como os argentinos Independiente - nos pênaltis, nas oitavascaça niquel cassinofinal -, e o San Lorenzo, campeão da Libertadorescaça niquel cassino2014 e conhecido como "time do Papa Francisco", chegando a uma final inédita.

Com esse sucesso recente do clube carinhosamente apelidadocaça niquel cassinoChape, torcedores do país inteiro "adotaram" a torcida pela equipe na final da Sul-Americana contra o Atlético Nacional, da Colômbia.

Após a tragédia, as manifestaçõescaça niquel cassinohomenagem ao time vieramcaça niquel cassinotodo o Brasil.

Torcedores no estádiocaça niquel cassinoChapecó

Crédito, Reuters

Legenda da foto, Jornalista afirma que clube transformou rotina da cidade

"É bem complicado, porque além do clube, tem a história dos jogadores, da diretoria, todo mundo gosta muito dessa diretoria que trilhou toda essa trajetóriacaça niquel cassinosucesso. Quando você imagina que todo mundo estava lá, todo mundo morreu, é uma situação muito triste. A gente foca no trabalho, na cobertura, não se dá conta do que está acontecendo", contou Piccini.

"O clube transformou a rotina da cidade. Teve um impacto enorme para todo mundo e agora será preciso ajudar a reerguer essa história."