'Mantemos compromisso com Michel Temer', diz líder do PSDB sobre caso Geddel:mais apostas
"O encontro já estava marcado, não tem a ver com Geddel", afirmou Imbassahy.
Auxiliares do partido, entretanto, afirmam que o pedidomais apostasdemissão do ex-ministro, acusado pelo ex-ministro da Cultura, Marcelo Calero,mais apostaspressioná-lo para liberar uma obramais apostasque tem interesse pessoal, "inevitavelmente" será pauta do almoço.
"Digamos que agora eles terão mais um assunto pra discutir", diz um deles, reservadamente.
O propósito inicial do almoço era aproveitar um encontro nacionalmais apostasprefeitos tucanos,mais apostasBrasília, para "revelar ao presidente a força nacional do partido", que elegeu 803 prefeitos na última eleição.
'Excelente conteúdo'
Depoismais apostasCalero, Romero Jucá (Planejamento), Henrique Alves (Turismo), Fábio Osório (AGU) e Fabiano Silveira (Transparência), Geddel é o sexto ministro a deixar o governo Temermais apostassete meses.
A situação dele se complicou quando o ex-ministro da Cultura prestou depoimento à Polícia Federal dizendo que foi pressionado para liberar a construçãomais apostasum prédio embargado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
Geddel assume que comprou uma unidade no prédio, mas nega pressão.
O próprio presidente da República, segundo Calero, teria intervindo a favormais apostasGeddel, "enquadrando" o ex-ministro da Cultura a resolver o impasse.
Na avaliaçãomais apostasImbassahy, o ministro recém-afastado "fez uma cartamais apostasdemissãomais apostasexcelente conteúdo".
No texto, dirigido ao "fraterno amigo Michel Temer", Geddel afirma que as críticas se "avolumaram" e pede desculpas pela "dimensão" alcançada pelo caso.
"Sigo como ardoroso torcedor do nosso governo, capitaneado por um presidente sério, ético e afável no trato com todos", prossegue Geddel.
Para o líder tucano, Temer agiu bem ao não afastar Geddel assim que as denúncias vieram à tona.
"O presidente tem experiência suficiente e conhece bem os seus amigos. Certamente soube avaliar o quadro da situação e tomou a melhor decisão."
O ex-ministro Calero,mais apostasoutro lado, é alvomais apostasdeclarações públicasmais apostasdesconfiança das principais lideranças do PSDB.
"Se ele realmente gravou o presidente, é uma coisa condenável. Merece uma investigação e também ser submetido às consequências legais", avalia Imbassahy.
Aécio e Alckmin
Mais cedo, Aécio Neves adotou tom similar.
"Não acho adequado, não acho compreensível que um ministromais apostasEstado entre com um gravador para gravar uma conversa com o presidente da república. Não me parece algo ético", afirmou o líder.
O senador tucano prosseguiu,mais apostasdefesa do presidente peemedebista. "Na minha avaliação, do PSDB, nemmais apostaslonge esse episódio atinge o senhor presidente Michel Temer."
A afirmação contraria especulações sobre uma eventual pressãomais apostastucanos sobre Temer, que depende do apoio do partido para manter maioria no Congresso.
Na última segunda-feira, três dias antes da demissão, líderes tucanos emais apostasoutros 12 partidos escreveram uma cartamais apostasapoio irrestrito a Geddel.
Fernando Henrique Cardoso foi mais comedido. "(Temer) É o que temos", disse na saída do encontromais apostasprefeitos na Câmara. "Não adianta fazer muita especulação."
Para Geraldo Alckmin, "substituiçãomais apostascargomais apostasconfiança é normal".
"(Temer) conta integralmente (com o PSDB) nas medidas todasmais apostasinteresse do povo brasileiro."