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Brasil levará 95 anos para alcançar igualdadepix estrela betgênero, diz Fórum Econômico Mundial:pix estrela bet
O país ficou na 79ª posição no ranking globalpix estrela bet2016 da igualdadepix estrela betgêneros. Em 2015, havia ficado na 85ª posição. Mas a pontuação do país subiu apenas marginalmente: 0.687, sendo 1 o desempenho ideal.
As brasileiras têm um desempenho melhor que os brasileiros nos indicadorespix estrela betsaúde e educação, mas ainda enfrentam acentuada discrepânciapix estrela betrepresentatividade política e paridade econômica, destaca o relatório.
O Índice Globalpix estrela betDesigualdadepix estrela betGênero levapix estrela betconsideração estatísticaspix estrela bet144 países, que avaliam as condições enfrentadas por mulheres nas áreaspix estrela betsaúde, educação, paridade econômica e participação política.
Situação pior
Em 2016, a estimativa é que a lacunapix estrela betdesigualdade entre homens e mulheres leve 170 anos para ser preenchida no mundo.
A situação mundial pioroupix estrela betforma geral, mas houve melhora na região da América Latina e do Caribe.
O Brasil, entretanto, é o pior colocado entre as grandes economias do continente, atrás da Argentina (33º), México (66º) e Chile (70º). Ficou, porém, à frente do Uruguai (91º).
Entre os mais bem posicionados, há apenas um representante latino, a Nicarágua,pix estrela bet10º lugar.
Mais especificamente, as brasileiras sofrem com faltapix estrela betrepresentação política e salários baixos. Isso apesarpix estrela betterem desempenho melhor que os homenspix estrela betsaúde e educação.
Para cada estudante homem do ensino superior brasileiro, elas ocupam 1,3 vaga. É uma situação que se reproduz no mundo, já que elas são a maioria dos estudantes universitáriospix estrela bet95 dos 144 países pesquisados.
Na saúde, as brasileiras também têm melhores indicadores: vivempix estrela betmédia cinco anos a mais que os brasileiros. A expectativapix estrela betvida feminina épix estrela bet68 anos, frente a 63 anos da masculina.
Liberação
Mas se os indicadorespix estrela betbase são fundamentalmente bons, por que o Brasil não consegue deslanchar na igualdadepix estrela betgênero?
Saadia Zahidi, chefe para iniciativaspix estrela betgênero e emprego do Fórum WEF, explica que é necessário adotar estratégias pragmáticas que promovam a inclusão das mulheres no mercadopix estrela bettrabalho bem remunerado e na política.
"Para mudar isso, é necessário uma abordagem consciente, do pontopix estrela betvista econômico, para o aproveitamento desses talentos. Já temos mais mulheres se graduando na universidade do que homens, não se trata do futuro, isso já é o presente. Precisamos agora empregar essa força produtivamente", afirma.
Zahidi explica que a percepção geral épix estrela betque as mulheres devem cuidar da família. Nas camadas sociais mais elevadas, há recursos para bancar a ajudapix estrela betbabás para crianças e enfermeiras para idosos.
No caso das camadas intermediárias e baixas da sociedade, essas responsabilidades recaem sobre as mulheres, o que as impedepix estrela bettrabalhar.
"Também é necessário mudar as percepções. Diversidade precisa ser vista como um motor para crescimento, propiciando investimento maiorpix estrela betinfra-estruturaspix estrela betcuidado. Mulherespix estrela betalta renda conseguem pagar para ter ajuda para as crianças e os idosos, mas mulherespix estrela betclasse média e baixa não conseguem. É necessário oferecer a elas uma redepix estrela betapoio social que as liberte para o trabalho", diz.
Política
O ranking do WEF considerapix estrela betseu cálculo, entre outros fatores, o tempo que uma mulher liderou o país e a porcentagempix estrela betrepresentação feminina nas posições políticas mais altas.
Em maio passado, a organização preparou a pedido da BBC Brasil uma simulação do impacto que o novo gabinete do - então interino - governo Temer teria sobre o índice, uma vez que não havia mulheres entre os ministros convocados.
Na simulação, o Brasil chegou a retroceder da 89ª para 139ª posição no sub-índice Empoderamento Político. No índice geral, que inclui saúde, educação e poder econômico, a queda fora da 85ª para a 107ª posição.
Zahidi destaca que o retrocessos previstos não chegaram a se materializar na ediçãopix estrela bet2016, porque os dados utilizados como basepix estrela betcálculo são repassados pela União Inter-Parlamentar, organização que compila estatísticas e políticaspix estrela betparlamentos no mundo.
Essas informações são repassadas com defasagempix estrela betcercapix estrela betum ano ao WEF. Zahidi estima que a próxima edição do ranking deverá ser mais sombria para o Brasil, por conta desta futura atualização negativa.
Ciente da escassezpix estrela betlideranças femininas nos altos escalõespix estrela betpoder brasileiro, Zahidi avalia o que acredita ser necessário para mudar essa realidade.
"Em uma democracia é necessário haver representatividade. As mulheres são metade da população e deveriam ter representação política semelhante. A presençapix estrela betmulherespix estrela betposiçãopix estrela betliderança tem um impacto expressivo sobre o empoderamento, pois estabelece papéis modelo aos quais novas gerações aspiram."
Esse fenômenopix estrela betfomentopix estrela betinspiração, chamadopix estrela betinglêspix estrela betrole modelling, serviria para incentivar uma maior atuação engajadapix estrela betmulheres na política, gerando um ciclo virtuoso na qual o númeropix estrela betlideranças femininas seria multiplicado ao longo das próximas gerações.
"Estudos da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) mostram que mulherespix estrela betposiçõespix estrela betliderança política influenciam positivamente a distribuiçãopix estrela betrecursos públicos. Elas tendem a fazer escolhas mais solidárias, alocando orçamento para partes da sociedade anteriormente negligenciadas, o que resultapix estrela betreduçãopix estrela betdesigualdadepix estrela betrenda", diz.
'Desperdíciopix estrela bettalentos'
No topo do ranking ficaram Islândia (1º), Finlândia (2º), Noruega (3º), Suécia (4º), Ruanda (5º), Irlanda (6º), Filipinas (7º), Eslovênia (8º) e Nova Zelândia (9º).
Os técnicos do Fórum admitem que pode parecer surpreendente que paísespix estrela betdesenvolvimento, como Ruanda e Filipinas, figurem entre os primeiros da lista, mas dizem que muito se deve ao peso econômico que as mulheres exercempix estrela betsuas sociedades.
No caso das Filipinas, por exemplo, há uma grande massapix estrela bettrabalhadoras domésticas que vive fora do país e colabora decisivamente para a geraçãopix estrela betriqueza, com remessaspix estrela betdividendos importantes para a economia do país.
Segundo a análise do WEF, o mundo enfrenta um "desperdício agudopix estrela bettalentos", ao não propiciar às mulheres oportunidades profissionais equivalentes às dos homens.
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