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Abertura paralímpica quer 'cegar' plateia para estimular outros sentidos e aproximá-lahack arbetyrealidadehack arbetyatletas:hack arbety
"Este é um ponto central da cerimônia desde o início do processo criativo. Queremos derrubar essa coisa da necessidade da visão, do 'ver para crer'. O público vai ser instigado a usar todos os sentidos", diz.
O designer, que criou a logomarca multisensorial dos Jogos, diz que desligar todas as luzes do estádio causou estranheza às equipeshack arbetytransmissão das imagens para as emissorashack arbetyTV ao redor do mundo, mas a ideia foi mantida.
"A necessidadehack arbetyusar outros sentidos é a sensação cotidiana do atleta paralímpico. Para eles é emocionante ver isso contemplado para todos", explica Gelli, acrescentando que outros recursos, como as projeções já usadas na abertura olímpica, devem ser usados para ampliar essa experiência.
Universalidade e convivênciahack arbetyvezhack arbetysuperação e inclusão
Para Leo Caetano, diretorhack arbetycerimônias do Comitê Rio 2016, a intenção da abertura é que o público tenha contato com "coisas incríveis" que devem "desmontar o preconceito".
"Vamos ter um casalhack arbetybailarinos e o espectador só se dará contahack arbetyque são cegos no final. Num dado momento haverá o saltohack arbetyuma megarrampa, e será feito por um cadeirante. O objetivo é que o público veja que se tratamhack arbetycoisas espetaculares, mas não porque são feitas por pessoas com deficiências. São coisas incríveis porque são coisas incríveis, ponto", diz.
A americana Amy Purdy, atleta paralímpica do snowboard e bailarina, que teve as duas pernas amputadas, deve ser a "Gisele Bündchen da abertura dos Jogos Paralímpicos", segundo os organizadores.
Caetano diz que os diretores criativos sempre pautaram o trabalho com essa perspectivahack arbetysurpreender os espectadores sem focar nas deficiências. "A festa transcende esse discurso, essa narrativahack arbetysuperação. Não se fala dissohack arbetymomento algum. Fala-sehack arbetyadaptação e universalidade, o mesmo acesso, o mesmo projeto, a mesma entradahack arbetyque todos possam conviver,hack arbetyque todos possam passar, todos tenham direito à mesma experiência", explica.
Fred Gelli relembra que os conceitoshack arbetyinclusão e superação não foram trabalhados.
"Quando você pensa esse universo, não faz sentido destacar a pessoa com uma deficiência com a necessidadehack arbetyuma solução só para ela. É mais lógico imaginar soluçõeshack arbetyque ela conviva com todos os outros, soluções universais. Falarhack arbetyinclusão remete à ideiahack arbetyalguém excluído que precisa ser absorvido. Não é isso, todos querem conviver", explica.
A frase "Everybody has a heart" ("Todo mundo tem um coração") também norteou o trabalho da equipe criativa com o lemahack arbetyque apesar das diferenças, todos têm algohack arbetycomum.
"É com essa base que falamos da diversidade e da diferença. Não só as pessoas com deficiência, mas todos somos diferentes. Todos nós somos imperfeitos e deficienteshack arbetyum certo grau. E podemos desenvolver grandes eficiências e alta performance assim como esses atletas", explica Flavio Machado, produtor-executivo da cerimôniahack arbetyabertura e vice-presidente da Cerimônias Cariocas, uma união entre a agência brasileira SRCOM e a italiana Filmmaster Group, responsáveis pelas cerimônias olímpica e paralímpica.
Seu Jorge, Maria Rita, João Carlos Martins e Vik Muniz
Além do conceitohack arbetyuniversalidade e do estímulo à multisensorialidade, a cerimôniahack arbetyabertura deve contar com artistas como Seu Jorge e Maria Rita, alémhack arbetysambistas como Diogo Nogueira e Pretinho da Serrinha (que se apresentará junto com o filhohack arbetynove anos).
"Seu Jorge deve levantar o estádio no final da festa, convidando todos a participarem. Também teremos um momento da rodahack arbetysamba, uma homenagem à ideia da roda, simbolizada desta forma", diz Fred Gelli.
Maishack arbety4,5 mil pessoas estão envolvidas no espetáculo, que deve durar pouco maishack arbetytrês horas e contará com 11 segmentos e um elencohack arbety25 artistas. Já o hino nacional ficará a cargo do pianista e maestro João Carlos Martins, tido como um dos maiores pianistas do mundo e que passou por diversas cirurgias após ter uma das mãos paralisadas.
"Quanto à parte técnica, é muito semelhante à abertura da Olimpíada. Fogos, sistemashack arbetyluz, som, projeções, isso tudo é muito parecido. O palco vai mudar, no entanto, e os atletas entram logo no começo, para poderem acompanhar toda a festa", explica Leo Caetano.
Cada atleta que entra no estádio recebe uma peça que aos poucos vai formando uma obra idealizada pelo artista Vik Muniz, um dos diretores criativos da cerimônia.
Ao final da entrada, uma grande obra será visível no gramado do Maracanã, composta pelos rostoshack arbetytodos os 4.022 atletas paralímpicoshack arbety161 países.
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