PIB cai 0,6%: por que o Brasil pode ser o 'doente’bonus na betanorecuperação do G20:bonus na betano

"Investidores e agentes econômicos veem as luzes no fim do túnel da crise política. Tambémbonus na betanotermos da crise econômica vemos o começobonus na betanosinais positivos na economia. Estamos prevendo que a crise vai arrefecer no fim deste ano", diz Beñat Bilbao-Osorio, diretor-regionalbonus na betanoAmérica Latina e Caribe do Economist Intelligence Unit, centrobonus na betanopesquisa da publicação inglesa.

O cenário internacional, com incertezas políticas na Europa e nos Estados Unidos, também pode destacar o Brasil, caso a promessabonus na betanoestabilidade seja cumprida, afirma Christopher Garman, chefebonus na betanoanálses para o Brasil da consultoria Eurasia Group.

"Os problemas políticos estão escalando por todos os lados, com partidos conservadores na Europa e o Brexit (saída do Reino Unido da União Europeia), como sinal disso, além do Trump nos Estados Unidos. Sebonus na betanofato essa agendabonus na betanoreformas for encaminhada, o país fica numa posição muito interessante."

Para o professor Antonio Carlos Alves do Santos, da PUC-SP, mesmo ruim, o resultado do PIB pode ser usado por Temer no encontro para reforçar esse otimismo. No primeiro trimestre do ano, o indicador foi pior: caiu 5,4% na comparação com o mesmo períodobonus na betano2015.

"A economia brasileira está se recuperando, mas aquém do que esperávamos. Ele pode chegar dizendo que as dificuldades estão sendo superadas, que estamos reagindo. O fatobonus na betanoa equipe econômica ter estudado nas melhoras instituições americanas ajuda (lá fora)."

Estrela do G20

Mas nem sempre o Brasil precisou convencer os outros paísesbonus na betanoque era bom para fazer negócios - esse é o principal objetivo do grupo: trabalhar para a cooperação econômica entre os países.

Se no ano passado, a economia brasileira foi a que menos cresceu entre os membros do G20 (com quedabonus na betano3,8%),bonus na betano2011 ficou à frentebonus na betanoEstados Unidos, Reino Unido e Alemanha. Naquele ano, o PIB cresceu 3,9%.

Nos anos Lula, o Brasil foi uma das estrelas do grupo. Mais do que o desempenho econômico, parte do sucesso veio da figura do ex-presidente, diz o professor da PUC-SP.

Lula, explica Santos, era capazbonus na betanotransitar entre líderesbonus na betanovariados espectros políticos, do conservadorismo à esquerda. Ele teria conseguido se aproximarbonus na betanograndes potências como os Estados Unidos (foi chamadobonus na betano"o cara" por Obama) e tambémbonus na betanoemergentes, a exemplo da África.

"No caso do Lula, é importante pensar na política americana, que teve presidentes vindosbonus na betanofamílias mais pobres, como Clinton e Obama. Esse histórico acabou sendo um referencial sobre o petista."

No entanto, com a chegadabonus na betanoDilma, que tem um perfil mais técnico, e os sucessivos resultados ruins da economia, o Brasil foi perdendo brilhantismo e lugar no G20.

"Nos últimos dois anos, ele se tornou como a economia 'doente' dos mercados emergentes, por causa da crise econômica e política. Mas não é justo dizer que seu papel tenha sido tomado. O Brasil ainda é um importante jogador no comércio mundial e especialmente para a América Latina", afirma Bilbao-Osorio, da The Economist Inteligence Unit.

"É uma das economias globais que faz o mercado funcionar. Não acho que vá ser substituído pela África do Sul, que também tem problemas econômicos e políticos, ou a vizinha Argentina, que não tem o tamanho nem a importância do Brasil."

Recepção a Temer

Mas se uma percepçãobonus na betanomelhora na economia no exterior é um ponto comum, a atuaçãobonus na betanoTemer no encontro é uma incógnita. A dúvida dos analistas está na forma como o peemedebista, se confirmado no cargo após o processobonus na betanoimpeachment, será tratado pelos outros líderes.

A reunião das 20 maiores economias é considerada um teste do pontobonus na betanovista econômico e político. O interino precisa passar o recado da recuperação do Brasil e também abonus na betanoque seu governo, mesmo considerado ilegítimo pelos críticos, trará estabilidade. Essas mensagens são cruciais para que os outros países queiram firmar acordos com o Brasil no futuro.

"Temer procura legitimidade num governo que não saiu das urnas. Mas existem muitas questões no impedimento e a dúvida que fica (para os membros) é: o Brasil ébonus na betanofato uma democracia consolidada? Essa resposta vai aparecerbonus na betanopequenos detalhes, como a posição que ele vai ter na fotografia oficial", afirma Silva, da PUC-SP.

O professor acrescenta que Temer não é um grande líder político como Fernando Henrique Cardoso e Lula, mas uma figurabonus na betanobastidores. Isso poderia prejudicar o protagonismo do Brasil nas negociações.

A história do impeachment pode até prejudicar a abordagem mais simpática ao mercado que o governo Temer começa a encabeçar, diz Fernando Sarti, professor do Institutobonus na betanoEconomia da Unicamp. Mesmo que a seja mais atrativa para os investidores, pondera Sarti, fica a pergunta: num cenário conturbado, ele terá capacidade ou legitimidade para colocar as medidasbonus na betanoprática?

"Os países podem dizer 'gostei, mas acho que esse cara não vai entregar o produto'."