Após críticas e bons resultados, militares prometem investirbet jogosformaçãobet jogosbase:bet jogos

"De jeito nenhum foi uma crítica ao que os militares fazem para o esporte. Não fiz queixa, dei minha opinião pessoal. Hoje fiquei sabendo que existem alguns projetos que fomentam o esporte. É uma alegria saber disso", disse ele.

Em entrevista à BBC Brasil, o vice-almirante Paulo Zuccaro, diretorbet jogosDesporto Militar do Ministério da Defesa, disse que, alémbet jogosincorporar atletas já renomados através do PAAR, as Forças Armadas estão elaborando uma nova estratégia para apoiar a formaçãobet jogosatletas que competirão nas duas próximas edições das Olimpíadas e dos Jogos Mundiais Militares e para identificar talentos esportivosbet jogosescolas públicas.

"Para o próximo ciclo nós estamos contando com a ajuda das confederações para nos orientarem tecnicamente desde já na identificação das principais promessas das respectivas modalidades", afirmou Zuccaro.

Porém, para 2024 haverá uma dificuldade adicional: muitos dos jovens que competirão nesses jogos não terão idade suficiente para entrar nas Forças Armadas embet jogosfasebet jogospreparação.

Por isso, a ideia é identificar talentos esportivosbet jogosescolas públicas atravésbet jogosoutro programa: o Forças no Esporte, ou Profesp.

Trata-sebet jogosum programa social conjunto dos ministérios da Defesa, do Esporte e do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, onde 21 mil alunos do ensino público praticam esportes, atividades educacionais e recebem atendimentobet jogossaúde dentro das unidades militares.

"Para o ciclobet jogos2024, nós estamos buscando parcerias com universidades e centrosbet jogospesquisa esportiva para aplicaçãobet jogosferramentasbet jogosrevelaçãobet jogostalentos olímpicosbet jogosnosso programabet jogosinclusão social por meio do esporte, denominado Forças no Esporte", afirmou Zuccaro.

Outro desafio será lidar com o fatobet jogosque, após oito anos nas forças, os militaresbet jogosquadro temporário (profissionais formadosbet jogosáreas civis que entram nas Forças Armadas para exercer funções específicas) têm que se desligar das suas instituições. Quem entrou para a vida militar no início do programa já se aproxima desse prazo e pode ainda estarbet jogosidadebet jogosparticiparbet jogosmais competições.

A solução estudada, segundo o Ministério da Defesa, é que eles se desliguem e depois voltem a prestar concurso para um novo período nas Forças Armadas. Mas esse processo pode levar até um ano.

Entenda o PAAR

Mas como funciona o programa que trouxe nove medalhas para o Brasil na Rio 2016 até agora?

Os ministérios da Defesa e do Esporte se basearam na experiência internacional para criar seu Programabet jogosAtletasbet jogosAlto Rendimento. Ele foi inspiradobet jogosexperiências semelhantesbet jogospaíses como Itália, Rússia, China e Alemanha.

O programa foi iniciadobet jogos2008 com o objetivobet jogostornar o Brasil mais competitivo para a 5º edição dos Jogos Mundiais Militares, que ocorreram no Riobet jogosJaneirobet jogos2011.

O Exército e a Marinha abriram concursos para incorporar às forças atletas civis que já tinham bom desempenhobet jogoscompetições reconhecidas (mais tarde a Aeronáutica entrou no programa também).

Os esportistas selecionados se tornam sargentos temporários dessas forças e recebem treinamento básico militar. Também passam a ganhar um soldo mensal (cercabet jogosR$ 3,2 mil atualmente), recebem equipamentos esportivos e podem treinar nas instalações das Forças Armadas ─ entre elas o Centrobet jogosCapacitação Física do Exército, na Urca, no Riobet jogosJaneiro, que possui instalações especializadasbet jogosmodalidades como atletismo, lutas e esportes coletivos.

Além disso, eles passam a ter acesso a acompanhamento médico, psicológico, fisioterapeutas e outros profissionais relacionados fornecidos pelas Forças Armadas e pelo Comitê Olímpico Brasileiro.

"Quando eu entrei no Exércitobet jogos2009 eu já tinha começado a competir internacionalmente com o judô. A gente tem o dojo (localbet jogostreinamento), o rancho (restaurante sem custos), sessõesbet jogosfisioterapia, academia, ou seja, instalações fundamentais na caminhadabet jogosum atleta para pensarbet jogosuma medalha", disse o judoca Victor Penalber.

"Ter essa estrutura por trás foi fundamental para eu ter mais tranquilidade e pensar só no tatame", disse.

Alguns atletas dizem que a experiência militar também influenciaria o comportamento e a disciplina.

"O sentimentobet jogoscumprimentobet jogosdever que o Exército passa para todos os atletas no momento que eles entram pode ser refletido no esporte como num campobet jogosbatalha. É o momentobet jogosque a pessoa, independente do estresse, do fragor da batalha, tem que representar muito bem o nosso Brasil", disse o major Cássio Rippel, que representou o país no tiro esportivo na Rio 2016.

Faltabet jogospatrocínio

Mas o PAAR foi adotado por muitos atletas fundalmentalmente por questões econômicas. Boa parte deles não tinha patrocínio ou capacidade financeira para se dedicar exclusivamente ao esporte.

O resultado inicial do programa foi que o Brasil ficoubet jogosprimeiro lugar nos Jogos Mundiais Militaresbet jogos2011, realizados no Riobet jogosJaneiro. Quatro anos depois, nos Jogos Mundiais Militares da Coreia, o Brasil ficoubet jogossegundo lugar (perdendo apenas para a Rússia).

Os resultados fizeram o programa continuar e se focar tambémbet jogoscompetições civis, como os Jogos Panamericanos do Canadá, a Olimpíadabet jogosLondres e do Rio, alémbet jogostorneios mundiaisbet jogosvárias modalidades.

bet jogos Como foi o resultadobet jogosLondres 2012? Quantos atletas militares ganharam medalhas?

Segundo Zuccaro, o objetivo do PAAR é contribuir com esportes que não atraem tanto dinheiro e visibilidade como o futebol, o tênis e o basquete.

O programa abrange 34 modalidades, sendo 26 delas olímpicas e cinco exclusivamente militares, como o paraquedismo e o pentatlo naval. Ao todo são 670 atletas beneficiados (594 deles civis incorporados por terem bons índices esportivos e 76 militaresbet jogoscarreira).

Mas o focobet jogosatenção estábet jogosalgumas modalidades. Elas são: lutas, atletismo, natação, tiro e vela.

O Ministério da Defesa considera o programa relativamente barato, se comparado aos resultados que propicia,bet jogosacordo com o vice-almirante. Ele custa cercabet jogosR$ 18 milhões por ano ao Ministério da Defesa ─ sendo R$ 15 milhões para o pagamentobet jogossoldos e R$ 3 milhões para a comprabet jogosequipamentos esportivos e financiamentobet jogosviagens para torneios internacionais.

Propaganda?

O fato da maioria dos atletas militares baterem continência no pódio após receberem suas medalhas vem levantando polêmica entre os críticos do programa.

Muitos atletas militares dizem que se sentem parte das forças e querem honrá-las.

Já para o professor Márcio Antonio Scalercio, da PUC-Rio e da Universidade Cândido Mendes, as forças incorporam os atletas profissionais como "uma estratégiabet jogosmarketing" e atrás dos mesmos benefícios que levam empresas a patrociná-los: "ganhar um olhar positivo da sociedade".

"As Forças Armadas brasileiras já desfrutambet jogosum elevado conceito no seio da sociedade e não dependembet jogoscampanhas específicasbet jogosmarketing para melhorá-lo", avalia Zuccaro.

Segundo ele, além dos objetivosbet jogosmelhorar o desempenho nos Jogos Mundiais Militares e ajudar o Brasil a se tornar uma potência esportiva, o programa tem outros objetivos diretos. Um deles é que as instalações e equipamentos esportivos adquiridos sejam usados para a melhoria da capacitação física dos outros combatentes.

O vice-almirante também disse que o programa ajuda a acumular conhecimentos nas ciências do esporte, entre eles medicina, biomecânica, nutrição e fisioterapia.

"Estamos nesta jornada há muito tempo, com planejamento e objetivos muito claros. Estamos, agora, colhendo os primeiros frutos da dedicação e do profissionalismobet jogostodas as pessoas (envolvidas)", disse.

Colaborou Fernando Duarte, enviado da BBC Brasil ao Riobet jogosJaneiro