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Da depressão ao Olimpo: as cinco fases da Odisséiaapostas espotivasPhelps:apostas espotivas
As primeiras três faseapostas espotivassua carreira não davam nenhuma pista do que viria a seguir.
Na Olimpíadaapostas espotivas2000, ele era "o garoto". Tinha apenas 15 anos, mas ficouapostas espotivasquinto na final dos 200 m borboleta. Era o menino com transtornoapostas espotivasdéficitapostas espotivasatenção que encontrou seu foco perfeito, detentorapostas espotivasum recorde mundial antes dos 16 anos.
Na segunda fase ele era "o estranho" - fazia uma dietaapostas espotivas10 mil calorias por dia, tinha uma envergaduraapostas espotivas2,08 metros, calcanhares hipermóveis, pulmões com o dobro do tamanho do homem adulto médio. Na Olimpíadaapostas espotivasAtenas, ele perdeu a "disputa do século" para o rival australiano Ian Thorpe, mas ganhou outros seis ouros.
Olimpíadaapostas espotivas2008, a terceira fase: Phelps era "o superstar"; oito ouros, vários recordes batidos, o mundo aos seus pés. Ele chegou a se definir, olhando para trás, como deslumbrado.
E aí chega a quarta fase, Londres 2012: Phelps, "o cético".
Essa fase começouapostas espotivas2009, com o escândalo causado pela foto que mostrava o herói fumando maconha. E segue por três mesesapostas espotivassuspensão, o abandonoapostas espotivastreinos e a perdaapostas espotivasfoco - umapostas espotivasseus fortes, ele era tão focado nas provas que contava braçadasapostas espotivascada final para que, caso entrasse água nos seus óculosapostas espotivasnatação, ele soubesse a distância até a borda.
"Eu não estava nem aí", disse ele mais tarde, refletindo sobre esse período. "Não queria nada com a água. Nada."
Phelps ainda ganhou seis medalhasapostas espotivasLondres, quatroapostas espotivasouro. Mas foi derrotado nos 200 m borboleta por Chad le Clos, um fã dele na infância que se tornou seu algoz.
A aposentadoria deveria ter trazido alívio. Ela trouxe noitadas e novos amigos, alémapostas espotivasum recomeço com a antiga parceira Nicole. Mas a paz não veio - nem nada para substitutir a angústia que o acompanhava desde a infância.
Então, assim como Thorpe havia feito, ele ensaiou um retorno. E, também como Thorpe, achou difícil reacender a velha chama.
No campeonato nacional americanoapostas espotivas2014, ele não venceu uma única final. Depois, foi parado pela polícia dirigindo acima do limiteapostas espotivasvelocidade e condenado por dirigir sob efeitoapostas espotivasálcool. Foi suspenso da natação por seis meses.
E o Rio? O Rio não poderia estar mais distante a esta altura.
"Ele não tinha ideia do que fazer com o resto da vida dele", disse o técnico Bill Bowman ao jornal americano The New York Times.
"Um dia eu disse: 'Michael, você tem o dinheiro que qualquer pessoa daapostas espotivasidade gostaria ou precisaria; você tem um grande influência no mundo; você tem tempo livre - e você é a pessoa mais triste que eu conheço."
E aí teve início a quinta fase.
Começou com seis semanasapostas espotivasuma clínicaapostas espotivasreabilitação no Arizona. Phelps, que já havia sido o atleta mais famoso do país, ali era apenas outro paciente, fazendo a mesma terapiaapostas espotivasgrupo, ficando nos mesmos quartos espartanos e forçado a confrontar seu passado como a relação difícil com o pai, que se separouapostas espotivassua mãe quando Phelps tinha nove anos.
Assim como Thorpe, ele descobriu que medalhas não trazem felicidade, assim como a natação, coisa que ele fazia melhor do que qualquer um.
Esse era um mal que parecia afligir outros nadadores. Thorpe, por exemplo, acabou revelando que tinha problemas com depressão e álcool e pensamentosapostas espotivasautomutilação.
Na clínicaapostas espotivasreabilitaçãoapostas espotivasPhelps havia uma pequena piscina, que o atraía instintivamente. Mas a natação não era a raízapostas espotivasseus problemas? Esse buraco naapostas espotivasvida não poderia ser preenchido com outra coisa?
"Para mim, o problema é que eu não tinha equilíbrio", diz Leisel Jones, que ganhou nove ouros para a Austrália antesapostas espotivascairapostas espotivasdepressão. "Não tinha mais nada, e isso me apavorava."
Phelps começou a procurar esse equilíbrio. Fez contato com seu pai Fred, com quem não falava desde 2004. Se comprometeu com Nicole. Lia livrosapostas espotivasautoajuda e, com o auxílioapostas espotivasBowman, veio a maior decisãoapostas espotivastodas: voltaria a nadar e a buscar uma medalhaapostas espotivasouro.
Com isso, ele voltou a se apaixonar pela natação.
Com a inspiração, voltou também um pouco da antiga velocidade. Seu corpo, que tinha 13%apostas espotivasgorduraapostas espotivasLondres, passou a ter apenas 5% no Rio. Treinando mais do que havia treinado para Pequim oito anos antes, ele chegou ao time olímpico. As pessoas começaram a falar, e então acreditar: será que o homem que havia chegado mais longe que qualquer outro poderia avançar ainda mais?
Bowman continuou com ele e Phelps teve um filho, Boomer, com a agora noiva Nicole.
Mas esse não é o velho Phelps, que tiraria qualquer coisa (e qualquer um) do caminho para não atrapalharapostas espotivasconcentração.
No Rio, ele fica feliz com distrações. Nicole e Boomer estão assistindo todas as suas competições. Ele ainda nada, claro. Mas, no quinto atoapostas espotivasvida, há coisas mais importantes para Phelps.
"Nunca achei que ele mudaria", diz Bowman. "Ele escondeu tudo que o tornava humano por 12 anos."
Phelps ainda é tão competitivo quanto sempre foi. Mas, no Rio, se vê um Phelps diferente, com um sorriso largo e a aparênciaapostas espotivasquem está realmente feliz.
Na quinta fase, Phelps é "o renascido".
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