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Rio 2016: Festas e viagens atraíam clientes ricosvaidebet mobile'máfia dos ingressos', diz polícia:vaidebet mobile
A britânica THG, que também foi citada no caso da Copa, não estava credenciada para a compravaidebet mobileingressos diretamente com o Comitê Olímpico Internacional (COI). Outra empresa, a Cartan Global, baseada nos EUA, fazia a intermediação.
A origem dos ingressos ainda não foi esclarecida. Além dos que eram obtidos por meio da Cartanvaidebet mobileforma supostamente idônea, acredita-se que outros estivessem destinados à "família olímpica", como é chamado o grupovaidebet mobiledirigentes e personalidades ligadas ao Movimento Olímpico.
Segundo o jornal britânico The Guardian, parte dos ingressos apreendidos pela polícia continha o nome do Comitê Olímpico Irlandês. Em nota ao jornal, a entidade negou ter conhecimento disso e disse que faria uma investigação imediata para averiguar o assunto.
Investigação
Supeitosvaidebet mobileligação com a THG, o irlandês Kevin James Mallon e a brasileira Barbara Carnieri foram transferidos para o presídiovaidebet mobileBangu, na Zona Oeste do Rio, e devem enfrentar processo.
A THG não estava credenciada para revender ingressos do COI nos Jogos do Rio, embora tivesse obtido acordos para isso nos Jogosvaidebet mobileLondres 2012 e nas Olimpíadasvaidebet mobileInvernovaidebet mobileSochi (Rússia) 2014.
O dono da THG seria o britânico Marcus Evans, dono do timevaidebet mobilefutebol inglês Ipswich Town. Kevin Mallon portava um crachá do grupovaidebet mobileEvans. Com 69 escritórios e milharesvaidebet mobilefuncionários, a THG é uma das maiores empresas mundiaisvaidebet mobileingressos e pacotesvaidebet mobilehospitalidade esportivos.
O irlandês Mallon é suspeitovaidebet mobileassociação criminosa, marketingvaidebet mobileemboscada (como é chamada a estratégiavaidebet mobilese associarvaidebet mobileforma indevida a um evento para obter benefíciosvaidebet mobileum patrocinador oficial) e facilitaçãovaidebet mobilecambismo. Já a brasileira é investigada por marketingvaidebet mobileemboscada. A reportagem não conseguiu localizar seus advogados.
O delegado Barbosa disse que o trabalho está "apenas começando" e que mais detalhes da operação devem vir à tona nos próximos dias. "Há muitas evidências contra o grupo, que já atuou no mesmo esquemavaidebet mobilevários eventosvaidebet mobilediferentes países, mas no Brasil teve insucesso nas atividades criminais pela segunda vez, tanto na Copa do Mundo quanto na Olimpíada."
Cambismo
Segundo Barbosa, havia sete clientes na festa no momento do flagrante, entre estrangeiros e brasileiros. "São pessoasvaidebet mobilepoder aquisitivo muito alto,vaidebet mobiletodos os cantos do mundo. Algumas compravam apenas ingressos, outras, os pacotes completosvaidebet mobilehospitalidade. As sete prestaram depoimento como vítimas e foram liberadas", afirmou.
"Eles ficaram muito surpresos, mas decidiram colaborar com a investigação. Houve muita frustração, já que todos acreditavam estar comprando algo válido e dentro da lei. Em seu site, a THG expunhavaidebet mobileforma ilegal o logotipo Rio 2016, dando a entender que estava acreditada a revender ingressos, o que era mentira", disse Barbosa.
Em uma outra investigação, que correvaidebet mobileparalelo, a Polícia Civil do Rio realizou prisões e apreendeu ingressos e cartõesvaidebet mobilecrédito clonados para comprar ingressosvaidebet mobilealto valor e revendê-los a um preço menor,vaidebet mobileforma ilegal.
Somando os dois inquéritos, os policiais realizaram 25 prisões e apreenderam cercavaidebet mobile1,2 mil ingressos que foram devolvidos ao COI para serem cancelados.
A segunda investigação apura um tipovaidebet mobilecambismo mais tradicional evaidebet mobilemenor escala. Ingressos com valor realvaidebet mobileR$ 4.600, para a cerimôniavaidebet mobileabertura, eram vendidos a cercavaidebet mobileR$ 3 mil e cada integrante da quadrilha esperava ter lucro entre R$ 40 mil e R$ 50 mil até o final dos Jogos.
"Em comum, as duas investigações têm como alvo o cambismo, mas a primeira envolve valores muito mais altos e as estratégiasvaidebet mobilehospitalidade que buscavam agregar mais valor aos ingressos ilegais, incluindo-osvaidebet mobilepacotes voltados a empresáriosvaidebet mobilealto poder aquisitivovaidebet mobiletodo o mundo", afirma Barbosa.
Comitê Rio 2016 e Copa do Mundo
Donovan Ferreti, diretorvaidebet mobileingressos do Comitê Rio 2016, disse que os organizadores montaram um grupo com a polícia dois anos atrás com o objetivovaidebet mobilecombater as vendas ilegais.
"Abrimos nossa basevaidebet mobiledados à polícia e cooperamos com as investigações. Neste momento, não temos todas as informações, mas estamos mais do que dispostos a ajudar, exatamente porque queremos garantir que os ingressos estejam nas mãos dos torcedores a preços justos", disse.
Em 2014, o CEO da THG, James Sinton, chegou a ser preso no Riovaidebet mobileJaneiro por suspeitavaidebet mobileenvolvimentovaidebet mobileesquema ilegalvaidebet mobilevendavaidebet mobileingressos da Copa do Mundo, mas pagou fiança e respondevaidebet mobileliberdade.
Tambémvaidebet mobile2014, o britânico Raymond Whelan foi detido com o franco-argelino Mohammadou Lamine Fofana, sob suspeitavaidebet mobilechefiar uma quadrilhavaidebet mobilevenda ilegalvaidebet mobileingressos da Copa. Whelan era CEO da Match Services, empresa que detinha exclusividade na revendavaidebet mobileingressos da Fifavaidebet mobilepacotesvaidebet mobilehospitalidade, incluindo hotéis, passeios e traslados.
Entradas para a final da Copa, no Maracanã, chegaram a ser comercializadas por até R$ 35 mil, o grupo chegava a lucrar R$ 1 milhão por partida. Presovaidebet mobile14vaidebet mobilejulhovaidebet mobile2014, Whelan foi solto dias depois e aguardou o julgamentovaidebet mobileliberdade.
Em fevereirovaidebet mobile2015, a Justiça do Rio entendeu que as acusações deveriam ser retiradas, e o processo contra ele foi arquivado, embora outros dez acusados continuem respondendo pelo caso.
*Dois dias após a publicação desta reportagem, a THG Sports divulgou nota à imprensa negando a existênciavaidebet mobileinvestigações ou acusações contra a empresa anteriores à prisão do irlandês Kevin James Mallon, na última sexta-feira.
Além disso, os advogados da THG Sports no Brasil disseram que não há evidências contra a empresa. "A ação da polícia foi realizadavaidebet mobileresposta às alegações relatadas por um indivíduo particular. Não há nenhuma evidência que comprove estas afirmações e algumas delas já foram comprovadas como sendo falsas".
A THG reafirma que coopera com as investigações.
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