Cinco mitos sobre a crise na Venezuela (e o que acontecenovibet betverdade):novibet bet

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Legenda da foto, Guarda Nacional monitora a vendanovibet betovosnovibet betCaracas

1. "Na Venezuela há fome"

Em algumas regiões da Venezuela se passa fome, mas não a maioria da população.

90% dos venezuelanos dissenovibet bet2015 ao levantamento Encovi que está comendo menos e com menor qualidade.

De fato, a crise alimentar se aprofundounovibet bet2016; se veem mais filas e são relatados mais casosnovibet betsubnutrição, com mais pessoas que comem duas ou menos vezes por dia.

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Legenda da foto, Escasseznovibet betalimentos nas famílias énovibet bet43% e se tratanovibet betprodutos básicos, como arroz, farinha ou leite

Mas a situação não se enquadra no que o Programa Alimentar Mundial das Nações Unidas define como uma escassez generalizadanovibet betalimentos: que pelo menos 20% das famílias sofram escassez severa; que a desnutrição sejanovibet betmaisnovibet bet30% e que ao dia morram 2 pessoas a cada 10.000.

De acordo com Datanalisis, instituiçãonovibet betpesquisa mais citada a esse respeito, 43% das famílias sofremnovibet betescassez, masnovibet betprodutos básicos, como arroz, farinha ou leite.

E por mais caros que sejam, os venezuelanos têm frutas e verduras disponíveisnovibet betcada esquina.

De acordo com a Fundación Bengoa, especialista nesta área, a desnutrição está entre 20% e 25%.

Mas duas mortes (de fome) por dia a cada 10 mil pessoas não parece um número factível neste momento.

Os números mais graves que têm sido relatados sobre este assunto foram dados pela oposiçãonovibet betjunho: 28 mortes por dianovibet betdesnutrição.

Masnovibet betacordo com a ONU, uma situaçãonovibet betescassez geral na Venezuela, onde há 30 milhõesnovibet betpessoas, implicarianovibet bet6 mil mortes por dia devido à desnutrição.

Especialistas venezuelanos concordam que o que acontece no país não é o mesmo que na Etiópia nos anos 80 ou na Coreia do Nortenovibet bet1990.

Mas muita gente tem alertado: "estamos à beira da fome."

2. "Venezuela é igual a Cuba"

Em geral, três elementos permitem que argumentar que "a Venezuela se cubanizou", como alguns dizem: as filas para comprar produtos racionados, novibet bet a dualidade da economia e novibet bet da militarização do governo (onde a inteligência e o governo cubano têm influência).

Mas essa comparação só pode ser feita até aí.

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Legenda da foto, Maduro tem procurado manter uma relação especial com Cuba, que começou no governonovibet betChávez

A Venezuela é um país capitalista onde o setor privado tem certa atividade, apesar das restrições e expropriações do Estado - que adquire cada vez mais controle sobre a economia. Em Cuba, o setor privado é mínimo.

Na Venezuela, a internet é a mais lenta da região, mas quase todos têm conexão com acesso ao Facebook, Netflix e meiosnovibet betcomunicação internacionais críticos ao governo. Em Cuba não.

O McDonald's - que não estánovibet betCuba - tem problemas para importar batatas fritas, mas ele está lá, cheionovibet betpessoas comendo sorvete aos domingos.

Na Zara e Bershka quase não tem roupas ou elas são impagáveis, mas existem no país,novibet betum shopping enorme do qual os cubanos não têm nem uma versão pequena.

Os últimos modelosnovibet betcarros são vendidos apenasnovibet betdólares, mas há pessoas que os compram. E estão nas ruas. Em Cuba, apenasnovibet betfilmesnovibet betHollywood.

No país há espanhóis e norte-americanos, sucursais das multinacionais mais importantes do mundo e meiosnovibet betcomunicação independentesnovibet bettodo o mundo. Nãonovibet betCuba.

Além disso, a Venezuela é um país produtornovibet betpetróleo, com enormes reservas, e não é uma ilha, dois elementos decisivosnovibet betsua condição, que por mais trágica que se torne, gerará situações que não podem acontecernovibet betCuba: por exemplo, o contrabando na fronteira.

3. "A Venezuela é uma ditadura"

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Legenda da foto, Ainda é possível obter bensnovibet betluxo na Venezuela

É um debate acadêmico que leva alguns anos: se na Venezuela há uma "ditadura moderna" ou um "regime híbrido".

Mas são poucos os especialistas, no país e no exterior, que falamnovibet betuma ditadura tradicional.

Primeiro, eles dizem, porque há oposição, por mais que não tenha acesso a recursos que o partido governista tem - e apesar das prisões e restrições a que representantes seus tenham sido sujeitados.

E há eleições, embora tenham removido alguns poderes da Assembleia Nacional - eleita com votos - quando ela passou a ser controlada pela oposição.

Em segundo lugar, a imprensa independente na Venezuela, apesar dos problemas - faltanovibet betpapel, pressão do governo e com muitosnovibet betseus jornalistasnovibet betjulgamento ou na prisão - existe.

O graunovibet betdemocracia no país parece ser medidonovibet betacordo com a posição política da pessoa que o faz: se poucos analistas falamnovibet bet"ditadura total", somente uma minoria também acredita que haja "uma plena democracia".

4. "Todo mundo odeia Maduro"

Muitos fora do país perguntam como é possível que Maduro aiunda esteja no poder.

De acordo com várias pesquisas, ele tem entre 20% e 30%novibet betapoio.

Há venezuelanos que se consideram chavistas, que dizem apoiar Maduro nas pesquisas, mas que, quando falam à imprensa, soltam uma sérienovibet betinsultos contra o presidente.

Estas são as pessoas que o sentimentonovibet betapreço pelos benefícios sociais do passado impedenovibet betcriticar abertamente o governo.

Ou as pessoas com medonovibet betperder a casa, pensão ou vales-alimentação que recebem do governo.

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Legenda da foto, Apesarnovibet betcriticado na Venezuela, Nicolas Maduro tem entre 20% e 30%novibet betaprovação; Chavez tem 60%

Há também milharesnovibet betvenezuelanos que estão "enchufaos", como se diz no país,novibet betreferência à redenovibet betcorrupção que se beneficia economicamente do governo.

Em todo o caso, o apoionovibet bet30% é mais do que tem os presidentesnovibet betChile e Colômbia.

Alguns dizem que o chavismo é doente terminal, mas Chavez continua a registrar 60%novibet betaprovação, por isso, é difícil pensar no fim do chavismo, por mais aguda que seja crise.

5. "Você não pode sairnovibet betcasa"

A criminalidade desenfreada e o medo levou alguns a preferirem assistir a um filmenovibet betcasa do que ir a um bar à noite.

Mas ainda há muitos, não sónovibet betCaracas, masnovibet bettodo o país, que vão a discotecas, bares e restaurantes.

Paradoxalmente, no lugar onde há mais assassinatos, nos bairros populares, a noite é tão ativa comonovibet betqualquer cidade, mas nas áreasnovibet betclasse média e alta as ruas ficam desertas após as 21h.

Na Venezuela deve-se ter um perfil discreto, não falar no celular nem mostrar uma câmera na rua. Quanto mais velho for o carro e as roupas que se veste, melhor.

Ter guarda-costas ou carro blindado às vezes pode ser contraproducente.

Apesar disso, os centros das cidades e vilarejos são durante o dia são tão ou mais agitados do quenovibet betqualquer outro lugar na América Latina.