Ministério Público reabre investigação sobre babásgreenbet gobrancogreenbet goclubes paulistanos:greenbet go

Babágreenbet gobranco

Crédito, BBC Brasil

Legenda da foto, Clubes paulistanos obrigam babásgreenbet gocrianças sócias a usar uniforme branco
Roberta Loria,greenbet gofilha e a babá

Crédito, Mariana Chama

Legenda da foto, Advogada Roberta Loria fez denúncia após babágreenbet gosua filha ser constrangida no Clube Pinheiros

Babá sem branco

O caso começou há um ano, quando uma sócia do Esporte Clube Pinheiros (zona oeste paulistana) resolveu acionar o Ministério Público após se revoltar com o fatogreenbet goo local dificultar a entrada da babágreenbet gosuas filhas por ela não estar com uniforme branco.

Roberta Loria contou à BBC Brasil, na época, que decidiu agir por acreditar que essa exigência do clube era um casogreenbet go"discriminação revoltante".

A reportagem voltou a falar com Roberta nesta quinta-feira. Ela disse estar satisfeita com a reabertura do caso, visto que seu clube segue com a exigência.

"O caso já se arrasta há um ano. É claro que eu esperava entraves desde o começo, mas é frustrante. O modo como ele está sendo tratado, essa demora, mostra como o preconceito está enraizado na sociedade paulistana e como o uniforme branco é só a ponta desse iceberg", opinou.

Ilustraçãogreenbet gobabágreenbet gobranco

Crédito, Daniel Kondo

Legenda da foto, Clubes serão investigados individualmente, segundo o Ministério Público paulista

'Moda do politicamente correto'

O caso estava sendo investigado, mas foi "trancado" após dois clubes entrarem com um recurso e terem seus pedidos acatados pelo Conselho do Ministério Públicogreenbet godezembro - quando o órgão era formado por outros promotores.

Foi então que a promotora Beatriz Fonseca pediu que o caso fosse reaberto, afirmando que havia conflitogreenbet gointeresses. Isso porque um dos conselheiros que votaram no caso - o promotor Álvaro Augusto Fonsecagreenbet goArruda, que presidiu a sessãogreenbet gojulgamentogreenbet godezembro - integra a direção do Clube Atlético Paulistano, um dos clubes investigados.

Em entrevista à BBC Brasil na época, o promotor confirmou que é secretário da Comissãogreenbet goSindicância do Paulistano, mas disse que isso não influenciava seu julgamentogreenbet goum casogreenbet goque o mesmo clube é investigado.

"Faço parte, sim, dessa comissão do Paulistano, mas issogreenbet gomaneira nenhuma impacta na lisura do processo. Não há nenhum conflitogreenbet gointeresse. Me parece uma aberração a pessoa se insurgir contra um uniformegreenbet gobabá. Hoje está na moda dizer que tudo é politicamente incorreto."

Os novos conselheiros, que votaram nesta terça-feira, entenderam que Álvaro realmente não era impedidogreenbet govotar, mas decidiram que o caso deveria ser destrancado mesmo assim para que se voltasse a investigar se há práticagreenbet godiscriminação social.

Na época, os clubes negaram a acusaçãogreenbet godiscriminação. Alguns argumentaram que a exigência era uma norma interna do clube, enquanto outros afirmaram que era uma questãogreenbet gosegurança - a regra visaria identificar a babágreenbet goáreas exclusivasgreenbet gosócios.

Desde então, surgiram outras polêmicas envolvendo a mesma exigência ou práticas semelhantesgreenbet gooutros Estados.

No Rio, um caso provocou debate no mês passado, quando o jornal O Globo noticiou que no Country Club,greenbet goIpanema (zona sul da cidade), havia uma placa no banheiro feminino proibindo a entradagreenbet gobabás, que são instruídas a usar o banheiro infantil.

Em fevereiro, o jornal mineiro O Tempo trouxe a discussão à tona ao publicar uma reportagem sobre a polêmica, dizendo que,greenbet goao menosgreenbet goseis clubes da cidade, babás são obrigadas a usar uniforme ou coletes brancosgreenbet goidentificação.

"Quando eu visto este colete, é como se eu usasse uma roupa invisível. É como se eu não existisse para as pessoas que estão aqui. Os sócios passam por mim, mas não falam nada comigo. Apenas olham e me ignoram", disse uma das babás ao jornal.