11 perguntas para entender novo inquérito contra Aécio Neves:bônus de aposta grátis
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes autorizou na segunda-feira a aberturabônus de aposta grátisum inquérito pela Procuradoria-Geral para investigar o senador e presidente do PSDB Aécio Neves.
Também serão investigados o prefeito do Riobônus de aposta grátisJaneiro, Eduardo Paes (PMDB), e o ex-senador Clésio Andrade (PSDB-MG).
A suspeita ébônus de aposta grátisque eles tenham agido para "maquiar" informações do Banco Rural enviadas à chamada CPI dos Correios para esconder a relação entre o banco e o esquema conhecido como "mensalão mineiro".
Os três negam ilegalidades.
A BBC Brasil explica o caso:
1) Por que Aécio está sendo investigado?
A suspeita ébônus de aposta grátisque Aécio tenha atuado para "maquiar" dados enviados à chamada CPI dos Correios e esconder a relação entre o Banco Rural e o esquema conhecido como "mensalão mineiro" ou "mensalão tucano".
A CPI dos Correios foi uma comissãobônus de aposta grátisinquérito parlamentar mista instauradabônus de aposta grátismaiobônus de aposta grátis2005 para investigar denúnciasbônus de aposta grátiscorrupçãobônus de aposta grátisestatais,bônus de aposta grátisparticular nos Correios. A CPI era presidida pelo então senador Delcídio do Amaral (PT - MS). No âmbitobônus de aposta grátissuas investigações, surgiram denúncias que acaram levando à investigaçãobônus de aposta grátisoutro escândalo, o do mensalão.
À época da CPI dos Correios, entre 2005 e 2006, Aécio era governadorbônus de aposta grátisMinas Gerais. Ao justificar a decisãobônus de aposta grátisinvestigá-lo, o ministro do STF Gilmar Mendes diz que "suas condutas foram classificadas pelo Ministério Público como potencialmente configuradorasbônus de aposta grátiscrimesbônus de aposta grátisgestão fraudulentabônus de aposta grátisinstituição financeira e falsidade ideológica praticada por funcionário público, alémbônus de aposta grátiscrimes contra a administração pública e lavagembônus de aposta grátisdinheiro".
2) O que foi o "mensalão mineiro"?
De acordo com o Ministério Público Federal, o mensalão mineiro foi um esquemabônus de aposta grátisdesviobônus de aposta grátisdinheirobônus de aposta grátisempresas públicas para financiar a campanhabônus de aposta grátisreeleição do então governadorbônus de aposta grátisMinas, Eduardo Azeredo (PSDB),bônus de aposta grátis1998.
Esse esquema é visto pelo MPF como "origem e laboratório" do mensalão petista, que começou a ser investigado pela CPI dos Correios.
O esquemabônus de aposta grátisMinas envolve alguns dos principais personagens do mensalão petista, como o publicitário Marcos Valério, e teria usado mecanismos semelhantes para desviar dinheiro e ocultarbônus de aposta grátisorigem ilícita.
No mensalão tucano, porém, não há indíciosbônus de aposta grátiscomprabônus de aposta grátisapoio parlamentar - como ocorreu no caso do PT.
3) E o que isso tem a ver com Aécio?
A investigação se baseia na delação premiada do ex-senador Delcídio do Amaral (ex-PT-MS, hoje sem partido), que presidiu a CPI dos Correios.
Segundo ele, Aécio e outros líderes do PSDB se incomodaram com o pedidobônus de aposta grátisquebrabônus de aposta grátissigilo fiscal do Banco Rural.
Delcídio afirma que Aécio enviou emissários para pedir que o prazo para a entregabônus de aposta grátisdocumentos do banco fosse prolongado, com a justificativabônus de aposta grátisque não haveria tempo hábil para prepará-los.
Segundo Delcídio, o objetivo dessa extensão era apagar informações comprometedoras da gestão tucana que ligariam o Rural ao mensalão mineiro. O ex-senador afirma que o próprio Aécio disse que os dados foram maquiados.
"A maquiagem consistiriabônus de aposta grátisapagar dados bancários comprometedores que envolviam Aécio Neves, Clésio Andrade, a Assembleia Legislativabônus de aposta grátisMinas Gerais, Marcos Valério e companhia", disse Delcídio.
4) Mas qual a ligação entre o Banco Rural e o mensalão mineiro?
De acordo com a acusação, o Banco Rural teria sido usado para disfarçar pagamentos do esquema.
A Procuradoria diz que duas estatais e um banco público (Copasa, Comig e Bemge) repassaram - com autorizaçãobônus de aposta grátisAzeredo - R$ 3,5 milhõesbônus de aposta grátispatrocínios a três eventos esportivos promovidos por uma das agências publicitáriasbônus de aposta grátisMarcos Valério, personagem conhecido do mensalão petista.
Valério então teria feito empréstimos fraudulentosbônus de aposta grátisR$ 11 milhões no Banco Rural com o objetivobônus de aposta grátisdissimular a fonte ilícita dos recursos e disfarçar o uso deste dinheiro na campanha do PSDB.
O Banco Rural também foi envolvido no mensalão petista.
5) Mas se isso aconteceu há tanto tempo, ainda é possível investigar?
Gilmar Mendes entendeu que, mesmo se tiver ocorrido, a prestaçãobônus de aposta grátisinformações falsas pelo Banco Rural não poderia mais ser levada a julgamento, porque ocorreu há maisbônus de aposta grátisoito anos e o crime já estaria prescrito.
Mesmo assim, ele afirmou que é preciso investigar o crime, porque ele "se inseririabônus de aposta grátisuma sériebônus de aposta grátispráticas criminosas, ainda passíveisbônus de aposta grátispersecução penal".
O ministro escreveu que a "representação se reporta a elementos indicando que o Estadobônus de aposta grátisMinas Gerais e o Banco Rural teriam atuado juntosbônus de aposta grátisum esquema que envolveu crimes contra o sistema financeiro, contra a administração pública ebônus de aposta grátislavagembônus de aposta grátisdinheiro, conhecido por 'mensalão mineiro'".
6) E o que vai acontecer agora?
O STF vai solicitar ao Banco Central que sejam liberadas informações sobre os dados encaminhadas pelo Banco Rural à CPI dos Correios.
O Supremo quer saber se o dado era "autêntico, consistente, íntegro" ou se enseja "crítica" ou "suspeição".
Gilmar Mendes também pediu que as caixas da CPI sejam lacradas no Senado.
7) Quem mais está sendo investigado?
O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), e o ex-senador Clésio Andrade (PSDB-MG).
À época, Paes era secretário-geral do PSDB e sub-relator da CPI. Segundo Delcídio, ele teria sido um dos emissáriosbônus de aposta grátisAécio e teria agido para postergar o pedidobônus de aposta grátisquebrabônus de aposta grátissigilo do Rural.
Já Andrade era vice-governadorbônus de aposta grátisMinas.
A Procuradoria-Geral da República também pediu ao STF que o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP) fosse investigado, mas Mendes considerou que não havia elementos suficientes contra ele.
8) Essa é a única investigação contra Aécio?
Não. Há uma outra investigaçãobônus de aposta grátisque o senador e presidente do PSDB é acusadobônus de aposta grátisreceber propinabônus de aposta grátisFurnas.
Este inquérito também tem como base a delaçãobônus de aposta grátisDelcídio, alémbônus de aposta grátisinformações dadas pelos doleiro Alberto Youssef.
Segundo o doleiro, Aécio recebia valores, por meiobônus de aposta grátissua irmã,bônus de aposta grátisuma empresa contratada por Furnas.
9) Isso significa que Aécio é investigado na operação Lava Jato?
Não. Apesarbônus de aposta grátisas citações a Aécio terem sido feitas no âmbito da Lava Jato, o relator da operação, Teori Zavascki, entendeu que não há conexão entre esses fatos e a Petrobras.
Por isso, os pedidosbônus de aposta grátisinvestigação foram redistribuídos e estão a cargo do ministro Gilmar Mendes.
10) O que Aécio diz sobre as suspeitas?
Aécio nega todas as acusações.
Em nota, ele afirmou que tem absoluta convicçãobônus de aposta grátisque "os esclarecimentos a serem prestados demonstrarãobônus de aposta grátisforma definitiva a improcedência e o absurdobônus de aposta grátismais essa citação feita ao seu nome pelo ex-senador Delcídio".
Ele também disse que "jamais interferiu ou influenciou nos trabalhosbônus de aposta grátisqualquer CPI" e que as investigações são a melhor formabônus de aposta grátisdemonstrar isto.
Ele também nega ter recebido propinabônus de aposta grátisFurnas.
11) E os outros investigados?
O prefeito do Rio, também por meiobônus de aposta grátisnota, afirmou que "em nenhum momento Aécio solicitou qualquer tipobônus de aposta grátisbenefício nas investigações da CPI" e que está à disposição da Justiça para prestar esclarecimentos.
Já Clésio Andrade, por intermédiobônus de aposta grátisseu advogado, disse que não tinha conhecimento dos autos, mas que tratava-se "de matéria requentada, cuja pertinência já foi afastada anteriormente".