Estudo confirma casoestrategia do 0 na roletabebê sem microcefalia, mas com lesões provocadas por zika:estrategia do 0 na roleta

Crédito, Fundação Altino Ventura

Legenda da foto, Pesquisadora Camila Ventura diz que microcefalia não deveria ser critérioestrategia do 0 na roletacorte para investigação sobre zika: "É uma síndrome e tem um espectro"

Masestrategia do 0 na roletatexto divulgado na revista científica The Lancet na noite desta terça-feira, médicos da Fundação Altino Ventura, do Hospital dos Olhosestrategia do 0 na roletaPernambuco e do Instituto da Visão da Universidade Federalestrategia do 0 na roletaSão Paulo (Unifesp) descrevem o casoestrategia do 0 na roletauma criança pernambucana que nasceu com 38 semanas, 3,5 kg e perímetro cefálico medindo 33 cm - normal paraestrategia do 0 na roletaidade, portanto - mas apresentou outras lesões características do que os pesquisadores já chamamestrategia do 0 na roletaSíndrome Congênita da Zika.

"A extensão da doença é muito maior. Não dá para excluir a zika só porque a microcefalia não está presente. Isso piora muito o problema", disse à BBC Brasil o oftalmologista Rubens Belfort, da Unifesp, um dos responsáveis pelo estudo.

Crédito, The Lancet

Legenda da foto, Em janeiro, médicosestrategia do 0 na roletaSão Paulo e Pernambuco documentaram lesões ocularesestrategia do 0 na roletabebês com Síndrome Congênita da Zika

Quadro neurológico

Desde o nascimento, o bebê apresentou espasmos musculares nos braços e pernas. Examesestrategia do 0 na roletaimagem mostraram calcificaçõesestrategia do 0 na roletaseu cérebro - cicatrizes causadas por infecções, que impedem o desenvolvimento cerebral.

Em exames oftalmológicos, os médicos também encontraram nele lesões oculares semelhantes às encontradasestrategia do 0 na roletabebês com microcefalia.

A mãe da criança não apresentou sintomas da doença, mas, após serem descartadas outras infecções, um exame do líquor - líquido cérebro-espinhal - da criança mostrou a existênciaestrategia do 0 na roletaanticorpos para o vírus da zika.

A oftalmologista Camila Ventura, que conduziu os exames da criançaestrategia do 0 na roletaPernambuco, diz que outros dois casos semelhantes estão sendo estudados.

Crédito, Getty

Legenda da foto, Mesmo quando não apresentam microcefalia, bebês afetados por zika podem ter sintomas como choro persistente, lesões nos olhos e convulsões

Segundo a médica, a descoberta mostra a importânciaestrategia do 0 na roletaque pediatras e pais observem com atenção o desenvolvimento dos bebês nascidos após surtosestrategia do 0 na roletazika, especialmente se suas mães tiveram sintomas durante a gravidez.

"É preciso levarestrategia do 0 na roletaconsideração o quadro neurológico da criança, não só o tamanho da cabeça. Em qualquer suspeitaestrategia do 0 na roletaque existam lesões no cérebro tem que se levantar a Síndrome Congênita da Zika, dentro do guarda-chuvaestrategia do 0 na roletapossibilidades", disse à BBC Brasil.

"Queremos mostrar que isso é uma síndrome e tem um espectro. A criança pode ou não ter microcefalia, lesões oculares, auditivas, espasmos, convulsões. Como o Ministério da Saúde tem colocado a microcefalia como critério para continuar investigando os casos, você pode acabar excluindo crianças que têm lesões neurológicas. E muitas dessas mães são do interior, demoram a chegar até nós."

Atualmente, o Brasil tem 1.551 casos confirmadosestrategia do 0 na roletamicrocefalia e 3.017 aindaestrategia do 0 na roletainvestigação.

Em nota, o Ministério da Saúde afirmou que "está investigando todos os casosestrategia do 0 na roletamicrocefalia e outras alterações do sistema nervoso central informados pelos Estados, e a possível relação com o vírus Zika e outras infecções congênitas".