A Espanha vai embora da Copa, mas fica o legadocasino hunterseu futebol:casino hunter

Iniesta, Casillas e Torres (Getty)

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Legenda da foto, Eliminação do atual campeão na primeira fase mostra que é mesmo o "fimcasino hunterum ciclo"

O sistema espanhol/catalão se notabilizou por tomar conta do jogo, controlá-lo com a bola no pé. Passescasino hunterprimeira, associações e criaçãocasino huntermaiorias por todas as partes do campo. A melhor defesa era simplesmente não deixar o adversário ter a bola. Foi uma evolução histórica do que o Brasil sempre fez até os anos 80 (ter a bola, gostar dela, priorizar a técnicacasino hunterfunção da força) e do que a Holanda inventou a partir dos anos 70 (futebol total, jogadores atuando com múltiplas funçõescasino huntercampo).

A partir do que Barcelona e Espanha fizeram, foi novamente possível ver que no futebol, após anoscasino huntertrevas, podia-se vencer com técnica. Ao longo dos anos, muitos treinadores, liderados por um certo José Mourinho, foram aprendendo a combater tal sistema que, entre 2008 e 2012, parecia simplesmente insuperável. Derrotas apareceram aqui e ali.

Mas, nessas, e isso é muito bom, mentalidades mudaram por todo o planeta. Treinadores passaram a agircasino hunterforma diferente, jogadores e crianças, idem. O futebol mudou, esse é o legado. O fatocasino hunteresta Copa do Mundo estar sendo tão boa, com ótimos jogos, é por si só o legado. Até mesmo escolas historicamentecasino hunterfutebol força deixaram isso um poucocasino hunterlado para jogar bola.

O Chile, que colocou a pácasino huntercal nesta quarta-feira, é um exemplo disso. Com o técnico argentino Marcelo Bielsa, que tem conceitos futebolísticos parecidos, passou a jogar um futebolcasino hunterposse e técnica. Com Jorge Sampaoli, um homem que fez da Universidadcasino hunterChile o time sul-americano mais legalcasino hunterse assistir, prosseguiu com a ideia. Guardiola, é bom lembrar, nunca fez questãocasino hunteresconder a influênciacasino hunterBielsa emcasino huntermaneiracasino hunterver o futebol. O Chile atual joga um futebol que já é uma evolução do que os espanhóis mostraram ao mundo nos últimos seis, sete anos.

Chile comemora (Getty)

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Legenda da foto, Seleção chilena mudou mentalidade: time passou a jogar futebolcasino hunterposse e técnica

A Alemanha e o Bayerncasino hunterMunique, por exemplo, já há tempos usam Bastian Schweinsteiger, um atacante, como primeiro volante. Um sinalcasino huntercomo passou-se a considerar importante ter jogadorescasino hunterqualidade iniciando o jogo - enquanto aqui no Brasil técnicos insistiam, alguns ainda insistem,casino huntervolantes brucutus e destruidores. Na Itália, Pirlo passou a ser mais valorizado do que nunca. Tudo isso é legado do futebol visto nos últimos anos.

Muitos no Brasil se recusam a ver isso. Alguns não gostam da Espanha por simples inveja das vitórias. Outros não gostam porque sentem faltacasino hunter"fantasia" no jogo deles, que virou mecânico demais. Outras pessoas os chamamcasino hunterarrogantes - o que não é condizente com a realidade. Conheci todos esses jogadores, entrevistei a maioria deles e acusá-loscasino hunterfaltacasino hunterhumildade e excessocasino hunterarrogância simplesmente é um equívoco.

Se existiu arrogância, foi no fatocasino hunterachar que os feitos do passado garantiriam sucesso no futuro.

Como tudo na vida, o tempo passa. O mundo gira, as coisas mudam. No caso da Espanha e do Barcelona, isso tudo foi acentuado pela aposentadoriacasino hunterPuyol (o coração defensivo) e pelo peso nas pernascasino hunterXavi. O arquiteto, o cérebrocasino huntertoda essa ideia dentrocasino huntercampo. E que, podem anotar, será um enorme treinadorcasino hunterfutebol.

A questão é se Xavi, e os próximos técnicos que virão antes dele, saberão como fazer o futebol da Espanha evoluir. Outros já evoluíram. A Espanha e o Barcelona, não.

A tentativacasino hunterusar Diego Costa no ataque nesta Copa foi válida. Mas o atacante parecia um peixe fora d'água. Um jogador direto, vertical, que não recebeu um passe sequer do jeito que gosta. Claro, porque o time simplesmente jogacasino hunteroutro jeito. Não fizeram um gol sequercasino hunterbola rolando na Copa! Encontrar jeitoscasino hunterganhar é o grande desafio dessa escola, que terácasino huntermostrar agora se viveu um contocasino hunterfadas ou se pode continuar entre as top do mundo do futebol.

Eu vi a Espanha ao vivo, nos estádios da Áustria, Suíça, África do Sul. Vi o Barcelona por toda a Europa. Vi e nunca me esquecerei do que vi, porque nunca tinha visto nada igual antes. E, quando vejo o futebol que vejocasino hunter"nossa" Copa, me lembrocasino huntercomo os Aragonés, Xavi, Iniesta e Guardiolas da vida foram importantes e fizeram bem ao esporte.

Muitos se divertem e dizem agora um sarcástico adiós. Eu apenas digo um humilde gracias.