A Espanha vai embora da Copa, mas fica o legadocasa de apostas aplicativoseu futebol:casa de apostas aplicativo
- Author, Julio Gomes
- Role, Editor da BBC Brasilcasa de apostas aplicativoSão Paulo
casa de apostas aplicativo A Espanha, quem diria, é a primeira seleção eliminada da Copa do Mundo. Atual campeã, deu o mesmo vexame da Itália na Copa passada, da Françacasa de apostas aplicativo2002: campeões que não chegam nem nas oitavascasa de apostas aplicativofinal. "Fim do ciclo", "fimcasa de apostas aplicativouma era", é o que mais leremos e ouviremos nos próximos dias.
Tem sentido. É mesmo o fimcasa de apostas aplicativoum ciclo. Mas há algo que vai muito além disso: o legado que o tal ciclo deixou.
Não é possível dissociar os feitos da seleção espanhola dos feitos do Barcelona, ainda que, por lá, eles façam questãocasa de apostas aplicativotentar o convencer todo mundo que foram coisas "completamente diferentes". Claro, por razões políticas.
O Barcelona, capitaneado por Ronaldinho, Deco e Eto'o, começa a ter impacto na Europa, com a escola holandesacasa de apostas aplicativotoda vida, a partircasa de apostas aplicativo2004. Com o passar dos anos, vão ganhando espaço jogadores como Xavi e Iniesta. A partir da derrota na Copacasa de apostas aplicativo2006, o então treinador da seleção espanhola, Luis Aragonés, um apaixonado pelo futebol dos quatro cantos do mundo, decide que o time jogaria à la Barça. Priorizando a possecasa de apostas aplicativobola, o bom trato dela, a técnica. Ganha a Eurocopa assim. Um mês depois, Guardiola assume o Barcelona e leva a escola à perfeição. A Espanha se beneficia disso, fortalece o sistema defensivo e ganha Copa-2010 e Euro-2012 levando pouquíssimos gols.
O sistema espanhol/catalão se notabilizou por tomar conta do jogo, controlá-lo com a bola no pé. Passescasa de apostas aplicativoprimeira, associações e criaçãocasa de apostas aplicativomaiorias por todas as partes do campo. A melhor defesa era simplesmente não deixar o adversário ter a bola. Foi uma evolução histórica do que o Brasil sempre fez até os anos 80 (ter a bola, gostar dela, priorizar a técnicacasa de apostas aplicativofunção da força) e do que a Holanda inventou a partir dos anos 70 (futebol total, jogadores atuando com múltiplas funçõescasa de apostas aplicativocampo).
A partir do que Barcelona e Espanha fizeram, foi novamente possível ver que no futebol, após anoscasa de apostas aplicativotrevas, podia-se vencer com técnica. Ao longo dos anos, muitos treinadores, liderados por um certo José Mourinho, foram aprendendo a combater tal sistema que, entre 2008 e 2012, parecia simplesmente insuperável. Derrotas apareceram aqui e ali.
Mas, nessas, e isso é muito bom, mentalidades mudaram por todo o planeta. Treinadores passaram a agircasa de apostas aplicativoforma diferente, jogadores e crianças, idem. O futebol mudou, esse é o legado. O fatocasa de apostas aplicativoesta Copa do Mundo estar sendo tão boa, com ótimos jogos, é por si só o legado. Até mesmo escolas historicamentecasa de apostas aplicativofutebol força deixaram isso um poucocasa de apostas aplicativolado para jogar bola.
O Chile, que colocou a pácasa de apostas aplicativocal nesta quarta-feira, é um exemplo disso. Com o técnico argentino Marcelo Bielsa, que tem conceitos futebolísticos parecidos, passou a jogar um futebolcasa de apostas aplicativoposse e técnica. Com Jorge Sampaoli, um homem que fez da Universidadcasa de apostas aplicativoChile o time sul-americano mais legalcasa de apostas aplicativose assistir, prosseguiu com a ideia. Guardiola, é bom lembrar, nunca fez questãocasa de apostas aplicativoesconder a influênciacasa de apostas aplicativoBielsa emcasa de apostas aplicativomaneiracasa de apostas aplicativover o futebol. O Chile atual joga um futebol que já é uma evolução do que os espanhóis mostraram ao mundo nos últimos seis, sete anos.
A Alemanha e o Bayerncasa de apostas aplicativoMunique, por exemplo, já há tempos usam Bastian Schweinsteiger, um atacante, como primeiro volante. Um sinalcasa de apostas aplicativocomo passou-se a considerar importante ter jogadorescasa de apostas aplicativoqualidade iniciando o jogo - enquanto aqui no Brasil técnicos insistiam, alguns ainda insistem,casa de apostas aplicativovolantes brucutus e destruidores. Na Itália, Pirlo passou a ser mais valorizado do que nunca. Tudo isso é legado do futebol visto nos últimos anos.
Muitos no Brasil se recusam a ver isso. Alguns não gostam da Espanha por simples inveja das vitórias. Outros não gostam porque sentem faltacasa de apostas aplicativo"fantasia" no jogo deles, que virou mecânico demais. Outras pessoas os chamamcasa de apostas aplicativoarrogantes - o que não é condizente com a realidade. Conheci todos esses jogadores, entrevistei a maioria deles e acusá-loscasa de apostas aplicativofaltacasa de apostas aplicativohumildade e excessocasa de apostas aplicativoarrogância simplesmente é um equívoco.
Se existiu arrogância, foi no fatocasa de apostas aplicativoachar que os feitos do passado garantiriam sucesso no futuro.
Como tudo na vida, o tempo passa. O mundo gira, as coisas mudam. No caso da Espanha e do Barcelona, isso tudo foi acentuado pela aposentadoriacasa de apostas aplicativoPuyol (o coração defensivo) e pelo peso nas pernascasa de apostas aplicativoXavi. O arquiteto, o cérebrocasa de apostas aplicativotoda essa ideia dentrocasa de apostas aplicativocampo. E que, podem anotar, será um enorme treinadorcasa de apostas aplicativofutebol.
A questão é se Xavi, e os próximos técnicos que virão antes dele, saberão como fazer o futebol da Espanha evoluir. Outros já evoluíram. A Espanha e o Barcelona, não.
A tentativacasa de apostas aplicativousar Diego Costa no ataque nesta Copa foi válida. Mas o atacante parecia um peixe fora d'água. Um jogador direto, vertical, que não recebeu um passe sequer do jeito que gosta. Claro, porque o time simplesmente jogacasa de apostas aplicativooutro jeito. Não fizeram um gol sequercasa de apostas aplicativobola rolando na Copa! Encontrar jeitoscasa de apostas aplicativoganhar é o grande desafio dessa escola, que terácasa de apostas aplicativomostrar agora se viveu um contocasa de apostas aplicativofadas ou se pode continuar entre as top do mundo do futebol.
Eu vi a Espanha ao vivo, nos estádios da Áustria, Suíça, África do Sul. Vi o Barcelona por toda a Europa. Vi e nunca me esquecerei do que vi, porque nunca tinha visto nada igual antes. E, quando vejo o futebol que vejocasa de apostas aplicativo"nossa" Copa, me lembrocasa de apostas aplicativocomo os Aragonés, Xavi, Iniesta e Guardiolas da vida foram importantes e fizeram bem ao esporte.
Muitos se divertem e dizem agora um sarcástico adiós. Eu apenas digo um humilde gracias.