O ataque russo com míssil que criou vilarejocasa da roletinhaórfãos na Ucrânia:casa da roletinha

O ataque foi o incidente mais fatal para civis ucranianos desde o início da invasãocasa da roletinhagrande escala da Rússia, há dois anos.

A Rússia nunca comentou diretamente o ataque, mas suas forças afirmaram ter realizado ataques contra alvos militares na região, segundo a mídia estatal russa.

A Ucrânia disse que não havia alvos militares ali e um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) endossou: “Não havia indicaçãocasa da roletinhatropas militares oucasa da roletinhaquaisquer outros alvos militares legítimos”.

Dima levava uma vida normalcasa da roletinhaadolescente antes da guerra. Morava com os pais, saia com os amigos, estava frequentemente no telefone e às vezes brigava com as irmãs.

Agora,casa da roletinhaum cemitério nos arredorescasa da roletinhaseu vilarejo, Dima observa as coroascasa da roletinhaflorescasa da roletinhacores vivas cobrirem os túmulos recém cavadoscasa da roletinhaseus pais e avós paternos. Eles ainda não têm lápides, mas têm cruzescasa da roletinhamadeira com fotos suas sorrindo.

Há poucos visitantes aqui. O vilarejocasa da roletinhaDima fica na regiãocasa da roletinhaKharkiv, na Ucrânia, muito próximo da fronteira com a Rússia, e a cercacasa da roletinha30 km dali o combate é intenso no entornocasa da roletinhaKupyansk. Flores nas cores nacionais ucranianas, azul e amarelo, destacam-se e a quietude só é interrompida pelas explosões ao longe.

Devastados ecasa da roletinhaluto, Dima e suas irmãs pediram ajuda aos avós maternos.

"Muitas pessoas foram mortas pelo ataque. O vilarejo ficou subitamente vazio", ​​explica Valeriy, avôcasa da roletinhaDima,casa da roletinha62 anos. "A dor nunca será esquecida. Tivemos quatro caixõescasa da roletinhacasa. Minha mente entende o que aconteceu, mas meu coração ainda não consegue acreditar."

Ele me mostra a última foto tirada da filha Olga e do marido, Anatoliy. “Eles se amavam muito”, lembra Valeriy. “Era um bom lar”.

Valeriy conta que Anatoliy uma vez brincou que se ele morresse antescasa da roletinhaOlga, ela seguiriacasa da roletinhafrente rapidamente e se casariacasa da roletinhanovo. “Mas Olga disse: 'Não, querido Anatoly, morreremos no mesmo dia.' Foi como se ela tivesse visto o futuro”, diz Valeriy, enquanto enxuga as lágrimas.

Valeriy descreve as consequências do ataquecasa da roletinhaoutubro como “um filmecasa da roletinhaterror acelerado”. Ele correu para encontrar a filha, mas não conseguiu chegar a tempo. Uma mulher que estava com Olga quando ela morreu disse: “Suas últimas palavras foram: ‘Quero continuar vivendo’”.

Valeriy ecasa da roletinhaesposa Lubov adotaram Dima, a irmã mais velha Daryna,casa da roletinha17 anos, e a irmã mais nova Nastya,casa da roletinha10 anos. "Meus netos tiveram que ficar comigo aqui. Eu não podia permitir que a família se separasse," diz, acrescentando que temia que as crianças pudessem acabarcasa da roletinhaorfanatos.

Embora Valeriy admita que cuidar dos netos nem sempre seja fácil, ele diz que eles estão presentes um para o outro neste momento difícil. "Dima é prestativo no jardim, cuidando dos porcos da família. Daryna aprendeu a cozinhar e Nastya é muito atenciosa e gentil."

Catorze crianças do vilarejo perderam pelo menos um dos pais no ataque, incluindo oito que perderam ambos. Em todos os casos, os avós ou outros familiares decidiram cuidar das crianças para que não fossem enviadas para orfanatos.

A maioria das pessoas ainda está aterrorizada pelo que aconteceu. “Nunca esquecerei os funerais, quando essas crianças estavam ali,casa da roletinhasilêncio e solitárias,casa da roletinhamãos dadas”, conta Diana Nosova, que mora na área. "Partiu meu coração."

Após o ataque, alguns órfãos decidiram mudar-se para uma área mais segura, incluindo Vlad,casa da roletinha14 anos. Ele foi morar no oeste da Ucrânia com a tia depois que a mãe, o avô, o tio e o primocasa da roletinhaoito anos morreram.

“Estou com muitas saudadescasa da roletinhavocê”, ele diz à avó Valentynacasa da roletinhauma videochamada. “Eu também”, ela responde.

Valentyna decidiu permanecer, apesarcasa da roletinhater perdido a maior parte da família no ataque, incluindo o marido, a filha, o filho e o neto.

Caminho com a senhoracasa da roletinha57 anos pelo vilarejo onde ela viveu toda uma vida. As coisas são diferentes agora.

“Este lugar é muito assustador”, ela me diz enquanto passamos por um prédio destruído por um míssil. "É difícil. Quando você sabe que seus filhos estavam caídos aqui no chão. A morte deles está aqui."

"Quanto mais o tempo passa, pior me sinto. Não tenho ninguém. Quase ninguém sobreviveu."

Valentyna diz que encontra confortocasa da roletinhaseus animaiscasa da roletinhaestimação, dois cachorros e um gato chamado Stephan, e diz quecasa da roletinhaprioridade agora é Vlad.

Ela quer que ele tenha uma boa educação. Eles se falam por videochamada com frequência, e ela pagou para ele frequentar aulas extrascasa da roletinhainformática. Mas o mais importante é que Vlad esteja seguro. E ela diz que está feliz por ele não estar mais na regiãocasa da roletinhaKharkiv.

Kharkiv teve pouco descanso da violência desde o início da guerracasa da roletinhafevereirocasa da roletinha2022. A região, incluindo Hroza, foi capturada pelas forças russas no início da invasão. Após uma grande contra-ofensivacasa da roletinhasetembrocasa da roletinha2022, foi reconquistada pela Ucrânia. Mas o enfrentamento continua, e a região é frequentemente alvocasa da roletinhaataquescasa da roletinhadrones, bombas e mísseis russos.

O serviçocasa da roletinhasegurança da Ucrânia suspeita que dois ex-cidadãos ucranianos, que desertaram para o lado russo, informaram aos militares sobre o velório planejadocasa da roletinhaHroza.

A BBC não conseguiu verificar a informação, mas sabe-se que ucranianos já foram condenados por fornecer informações à Rússiacasa da roletinhaoutros casos,casa da roletinhaque viviamcasa da roletinhaterritórios próximos da linha da frente anteriormente ocupados pela Rússia.

De volta à casacasa da roletinhaDima,casa da roletinhairmã mais velha colocou fotos dos familiares na parede. Enquanto tentam reconstruir suas vidas, o avô Valeriy permanece positivo: “Está tudo bem”, diz ele.

Isto pode ser apenas um desejo, já que o fim da guerra não parece próximo e a Rússia está reunindo mais tropas na cidade vizinhacasa da roletinhaKupyansk.

Mas apesarcasa da roletinhatudo o que aconteceu aqui, Valeriy insistecasa da roletinhaser otimista: “Se vejo que meus netos estão bem, que sorriem, fico aliviado”, diz ele. "Enquanto você estiver vivo, você deve ter esperança."

Reportagem adicionalcasa da roletinhaDmytro Vlasov e Helen Devlin