Os grandes desafios do plano do 'dia seguinte' que Israel quer impor à Faixasport bet365 netGaza:sport bet365 net

É quando o plano aborda o que chamasport bet365 net"os quatro esquinas da praça civil" que as coisas ficam um pouco confusas.

O controle rígidosport bet365 netIsrael sobre a entradasport bet365 netmercadorias na Faixasport bet365 netGaza - uma realidade nas últimas duas décadas - continuaria.

Israel, Egito e Estados Unidos trabalhariam juntos para encontrar maneirassport bet365 netgarantir a fronteira porosa entre o Egito e Gaza - algo que envolveria resolver o problema dos túneissport bet365 netuma vez por todas.

No entanto, o plano prevê um papel importante para atores estrangeiros - os Estados Unidos, alémsport bet365 netgovernos europeus e árabes - na criaçãosport bet365 netuma "força-tarefa multinacional" com responsabilidade pelo que é eufemisticamente chamadosport bet365 net"reabilitação da Faixasport bet365 netGaza".

Em outras palavras, espera-se que esses países reconstruam toda a área devastada. E paguem por isso.

Para esses países, especialmente da União Europeia e dos Estados do Golfo, que viram seus investimentos anteriores - hospitais, escolas e universidades - serem reduzidos a destroços nos últimos três meses, isso está longesport bet365 netser uma perspectiva tentadora.

Mesmo que Israel tenha sucessosport bet365 netseu objetivosport bet365 neteliminar o Hamas como uma ameaça, quem garante que a violência não surgirá no futuro, desencadeando mais uma rodadasport bet365 netdestruição?

O secretáriosport bet365 netEstado dos EUA, Antony Blinken, está emsport bet365 netmais recente visita à região - a quarta desde 7sport bet365 netoutubro. À medida que ele viajasport bet365 netuma capital árabe para outra, quanto entusiasmo ele provavelmente encontrará entre líderes chocados com as cenassport bet365 netsofrimento infligidas a Gaza?

Até agora, a visão árabe tem sido que, até que haja um cessar-fogo e as devastadoras consequências humanitárias da guerra sejam adequadamente abordadas, é impossível falar sobre "o dia seguinte".

Mas, escrevendo para o think tank britânico Chatham House, Sanam Vakil e Neil Quilliam instam os governos árabes a não esperarem.

"Sem um planejamento regional sério e investimentosport bet365 netGaza", eles escrevem, "um resultado potencial que poderia se materializar é a faltasport bet365 netlei e ordem e um vácuo político na Palestina, ao lado da triste realidadesport bet365 netfome, doenças e morte."

E quanto a esse "vácuo político na Palestina"?

No plano das "quatro esquinas"sport bet365 netGallant, o componente palestino é talvez o mais vago.

"Diz que a entidade que controla o território", continua, "vai construir sobre as capacidades do mecanismo administrativo existente (comitês civis)sport bet365 netGaza - atores locais não hostis."

De acordo com relatos da mídia, todas as nomeações para comitês locais teriam que ser aprovadas por Israel.

Não há papel para o Hamas, obviamente, mas também nenhum - pelo menos por enquanto - para a Autoridade Palestina, sediada na Cisjordânia, e seu presidente Mahmoud Abbas.

Para os palestinos, o plano ecoa um esforço israelense fugaz, no final da décadasport bet365 net1970, para promover "Ligassport bet365 netVilarejos" não políticas para administrar os assuntos locais na Cisjordânia e na Faixasport bet365 netGaza (e assim reduzir a influência da Organização para a Libertação da Palestina).

"Israel não pode conceber uma ideiasport bet365 netque os palestinos tenham agência política", diz Amjad Iraqi, editor sênior da revista israelense independente +972.

"Basicamente, eles estão tentando replicarsport bet365 netGaza o modelo que têm na Cisjordânia, mas com alguém que não seja uma facção política organizada."

A utilizaçãosport bet365 netcomitês locais compostos por notáveissport bet365 netGaza teria também o efeitosport bet365 netseparação política da Faixasport bet365 netGazasport bet365 netrelação à Cisjordânia.

Os palestinos sempre foram cautelosossport bet365 netrelação ao que veem como uma política israelense deliberadasport bet365 netdividir e conquistar, visando,sport bet365 netparte, impedir o estabelecimentosport bet365 netum estado palestino viável.

Embora a Cisjordânia e Gaza estejam fisicamente separadas desde a criação do Estadosport bet365 netIsraelsport bet365 net1948, os palestinos consideram ambas as regiões como partes integrantessport bet365 netsua identidade nacional e resistirão firmemente a qualquer tentativasport bet365 netromper essa conexão.

"A Faixasport bet365 netGaza não é um país separado", afirma a analista e ex-porta-voz da Autoridade Palestina, Nour Odeh. "Eles têm as mesmas aspirações à autonomia e à liberdade do controle e ocupação israelenses."

Autoridades dos EUA, que afirmam estar examinando ainda o planosport bet365 netGallant (e destacam que ainda não é uma proposta oficial israelense), parecem não estar muito entusiasmadas com o plano.

Há semanas, a administração Joe Biden insiste que deve haver um papel para a Autoridade Palestina, apesar da oposiçãosport bet365 netNetanyahu, que argumenta que a Autoridade Palestina se desqualificou ao não condenar os ataques do Hamassport bet365 net7sport bet365 netoutubro.

Viajando com Blinken, um alto funcionário do Departamentosport bet365 netEstado disse que os EUA ainda querem ver a Autoridade Palestina governando os territórios palestinos - ou seja, a Cisjordânia e a Faixasport bet365 netGaza.

Ele também afirmou que seria difícil para os EUA conseguir que parceiros árabes concordassemsport bet365 nettrabalhar com Israel quando alguns membros do governosport bet365 netNetanyahu estavam pedindo abertamente que os palestinos fossem reassentados forasport bet365 netGaza.

Esse continua sendo o maior receio dos palestinos, alimentado por retórica inflamadasport bet365 netalguns aliados políticossport bet365 netNetanyahu e documentossport bet365 netpolíticassport bet365 netpartes obscuras do governo.

Nos últimos dias, esses medos foram intensificados por relatossport bet365 netque o governo estaria conduzindo negociações secretas com países africanos para aceitar migrantessport bet365 netGaza.

Com uma grande proporção da população civilsport bet365 netGaza agora aglomerada na parte sul da Faixa, alguns deles tendo se deslocado várias vezes desde 7sport bet365 netoutubro, a ideiasport bet365 netque possam ser forçados a buscar refúgio forasport bet365 netGaza - sem a certezasport bet365 netpoderem retornar - é profundamente alarmante.

Mas não são apenas os palestinos que são céticos quanto ao planosport bet365 netGallant.

Alguns dos opositores são membros linha-dura da própria coalizão tumultuadasport bet365 netNetanyahu.

Alguns deles acreditam que foi um erro fundamental para Israel se retirar da Faixasport bet365 netGazasport bet365 net2005. A única maneirasport bet365 netgarantir a segurança, argumentam, é para Israel reocupar toda a área e permitir o retornosport bet365 netcolonos judeus.

Sobre isso, Gallant parece bastante direto.

"Não haverá presença civil israelense na Faixasport bet365 netGaza."

Mas para os linha-dura, reconstruir Gaza e permitir que os palestinos permaneçam é "apenas criar problemas."

"Voltaremos a 7sport bet365 netoutubro, talvezsport bet365 netdois anos, cinco anos, 10 anos", diz Ohad Tal, um deputado do linha-dura Partido Sionista Religioso.

"Permitir que dinheiro do mundo inunde Gaza para reconstruir as casas basicamente significa que eles pegarão todo o dinheiro e, como antes,sport bet365 netvezsport bet365 nettransformar Gazasport bet365 netuma Singapura, eles a transformaram no maior ninhosport bet365 netterror do mundo."

O amplamente divulgado desentendimento na reunião do gabinetesport bet365 netgoverno na noitesport bet365 netquinta-feira, sobre a questão separada, mas relacionada,sport bet365 netquando e como o exército israelense deveria examinar as circunstâncias envolvendo os ataquessport bet365 net7sport bet365 netoutubro, foi uma poderosa demonstração das nítidas divisões dentro do governosport bet365 netNetanyahu.

Essas divisões provavelmente se aprofundarão à medida que Israel e o mundo lidam com o que fazer com Gaza quando esta guerra finalmente terminar.