Como a mais nova ilha do mundo ajuda a explicar a forma como os japoneses encaram a vida:slot bingo grátis

Larslot bingo grátiscercaslot bingo grátis10% dos vulcões ativos do mundo e que sofre cercaslot bingo grátis1.500 terremotos a cada ano,slot bingo grátismuitos aspectos, o Japão é um laboratório geológico estrondoso e opressor, moldado por forças poderosas.

E ao longo dos séculos, as mesmas forças que o moldaram fisicamente também moldaram aslot bingo grátisvisãoslot bingo grátismundo única.

O Japão é uma naçãoslot bingo grátisilhas. Embora seja composto por quatro ilhas principais ligadas por pontes e trem-balas, o arquipélago japonês contém maisslot bingo grátis14.000 ilhas – incluindo 7.000 que foram descobertas no início deste ano.

Vulcões subaquáticos levantam novas massasslot bingo grátisterra regularmente. Às vezes, essas novas ilhas sofrem erosão e desaparecem sob as ondas.

Outras vezes, elas se fundem com ilhas existentesslot bingo grátisformas engraçadas. E, ocasionalmente, estes vulcões voláteis continuam a expelir cinzas e rochas que atingem uma alturaslot bingo grátisaté 200 metros, uma década após aslot bingo grátisformação – como aconteceu há apenas algumas semanas.

Assim, não é necessário dizer que o Japão nem sempre foi o lugar mais fácil para se viver.

Há um século, maisslot bingo grátis100.000 pessoas morreram e quase metadeslot bingo grátisTóquio foi destruída numa única tarde durante o Grande Terremotoslot bingo grátisKantoslot bingo grátis1923.

Desde então, apesar do Japão ter sido pioneiro na construção dos edifícios mais à provaslot bingo grátisdesastres do mundo, inundações repentinas, ciclones, tsunamis , tufões, nevascas, terremotos, deslizamentosslot bingo grátisterra e vulcões já mataram maisslot bingo grátis55 mil pessoas no país.

Apesar – ou talvez por causa – daslot bingo grátishistóriaslot bingo grátisviver no toposlot bingo grátisuma falha geológica altamente ativa, os japoneses tendem a ter um forte sensoslot bingo grátisresiliência, um profundo respeito pela natureza e uma crença no poder da impermanência.

A beleza na imperfeição

Existe uma frase comum no Japão, "shou ga nai", que poderia ser traduzida como "não há o que fazer".

Você pode ouvir alguém dizer isso quando é pego por uma tempestade sem guarda-chuva, quando há gelo na estrada ou quando um pequeno tremor atrasa o trem.

Embora seja fácil comparar esta frase ao francês "c'est la vie" ou ao inglês "it is what it is", "shou ga nai" expressa um sentimento universalslot bingo grátisuma forma especialmente japonesa: não podemos controlar o nosso ambiente, mas podemos controlar nossas reações ao que não podemos controlar.

Em uma nação onde a harmonia social tem sido tradicionalmente fundamental e onde a natureza reina suprema, há algo quase libertadorslot bingo grátisaceitar situações ruinsslot bingo grátisvezslot bingo grátiscombatê-las constantemente.

"Acho que às vezes os japoneses são criticados por não serem mais proativos, e esta expressão reflete isso. Mas os japoneses são muito resilientes e procuram maneirasslot bingo grátislidar com o meio ambiente", disse Susan Onuma, ex-presidente da Associação Nipo-Americanaslot bingo grátisNovos York.

"O povo japonês sente um forte sentimentoslot bingo grátisunidade porque [os eventos naturais imprevisíveis] que acontecem na nação insular tendem a acontecer apenas com eles."

A aceitação e a apreciação do Japão pelas vontades do mundo natural podem ter origimeslot bingo grátisduasslot bingo grátissuas religiões mais populares: a fé xintoísta indígena e o budismo.

O xintoísmo é amplamente baseado no relacionamento do indivíduo com os padrões e o poder da natureza e já foi centrado na adoração direta da própria natureza.

Os devotos acreditamslot bingo grátismilhõesslot bingo grátisdivindades (chamadas kami) que vivemslot bingo grátisflorestas, montanhas e animais.

Como esses espíritos estãoslot bingo grátisconstante mudança, existe a crençaslot bingo grátisque os seguidores vivemslot bingo grátisum estado permanenteslot bingo grátisimpermanência.

Quando o Budismo começou a se espalhar por todas as classes sociais no Japão nos séculos XII e XIII, os japoneses começaram a incorporar mais estritamente o sentido budistaslot bingo grátistransitoriedade no ambiente natural e nas práticas culturais.

Hoje, tudo, desde xilogravuras japonesas (conhecidas como ukiyo-e,slot bingo grátisuma palavra budista que expressa impermanência) até kintsugi (literalmente: "juntar-se ao ouro", mas na verdade um lembrete para permanecer otimista quando as coisas desmoronam) até wabi-sabi ( que nos lembra que há beleza na imperfeição) está enraizado nesta ideiaslot bingo grátistransitoriedade e aceitação daquilo que você não pode mudar.

Existe até um termo para a filosofia japonesaslot bingo grátisabraçar a impermanência: "mono-no aware".

O conceito significa "a natureza efêmera da beleza", mas abrange um sentido mais amploslot bingo grátissazonalidade e transitoriedade e talvez seja melhor explicado pela obsessão do Japão pelas floresslot bingo grátiscerejeira.

Todos os anos, no início da primavera, os moradores das cidades dirigem-se para os verdes subúrbios para observar essas lindas flores rosas e brancas antes que elas caiam no chão.

No entanto, mesmo numa nação que abraça as mudançasslot bingo grátishumor do mundo natural, uma onda contínuaslot bingo grátisdesastres naturais foi capazslot bingo grátistestar essa visãoslot bingo grátismundo única do Japão.

Em 2011, o terremoto mais forte que já atingiu o país desencadeou um tsunami que matou maisslot bingo grátis18 mil pessoas, varrendo cidades inteiras do mapa. O terremotoslot bingo grátismagnitude 9,0 foi tão forte que deslocou a Terraslot bingo grátisseu eixo e afetou a psique daqueles que o vivenciaram.

"Muitas pessoas ainda estãoslot bingo grátischoque com o que ocorreu e ainda hoje há evidências deste desastre", disse Tomohiro Ito, que trabalha na cidadeslot bingo grátisSendai, 130 quilômetros a leste do epicentro.

Ito estavaslot bingo grátisseu escritório, no sétimo andarslot bingo grátisum edifício quando, lembra ele, "o chão tremeu com mais força do que eu já tinha experimentado antes; parecia que a qualquer momento o teto iria desabar e seria o fim pra mim!"

Embora a maioria dos edifícios no centroslot bingo grátisSendai tenha sido poupada, as casas nas áreas baixas próximas foram destruídas pelo tsunami que se seguiu e milharesslot bingo grátispessoas morreram.

Como explicou Ito, a mentalidade da população local mudou para sempre. "É comum que as pessoas até hoje pensem nas coisasslot bingo grátistermosslot bingo grátisse algo aconteceu antes ou depois do terremoto."

Hoje, o portoslot bingo grátisSendai está completamente reconstruído, e a cidade resplandecente tem uma população crescenteslot bingo grátiscercaslot bingo grátisum milhãoslot bingo grátispessoas.

Ito explicou que, no entanto, muitos moradores locais passaram a manter um suprimento extraslot bingo grátiscomidaslot bingo grátiscasa suficiente para uma semana e o carro sempre com o tanque cheioslot bingo grátisgasolina porque aqui, comoslot bingo grátisgrande parte do Japão, nunca se sabe o que pode acontecer amanhã.

A mais nova ilha do mundo pode ser vista do espaço, mas os especialistas ainda não sabem se ela manterá o tamanho atual, se expandirá à medida que o vulcão continuar a entrarslot bingo grátiserupção ou simplesmente desaparecerá no mar por erosão.

Mas numa naçãoslot bingo grátisconstante mudança e que ainda está – literalmente –slot bingo grátisformação, uma coisa é certa: a mais nova ilha do Japão não será a última.