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O que se sabe sobre explosão que deixou mortossabetesportehospitalsabetesporteGaza:sabetesporte
Esta reportagem está sendo atualizadasabetesporteacordo com novos desdobramentos.
Uma explosãosabetesporteum hospitalsabetesporteGaza na noite da última terça-feira (17/10) inflamou ainda mais as tensões na região e gerou uma guerrasabetesporteversões entre Israel e grupos palestinos
O Hamas imediatamente acusou Israel pelo ataque e as autoridadessabetesportesaúdesabetesporteGaza afirmaram que centenas pessoas teriam sido mortas no local.
Segundo Israel, a explosão teria ocorrido na áreasabetesporteestacionamento do hospital após um foguete lançado pelo grupo extremista Jihad Islâmica que tinha como alvo seu território ter falhado e atingido o local. Israel também afirma que o númerosabetesportemortos no incidente teria sido inflado pelo Hamas.
A Jihad Islâmica, porsabetesportevez, negou responsabilidade pelo incidente.
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Israel apresentou vídeos e um áudio para reforçarsabetesporteversão dos fatos.
A BBC continua tentando verificarsabetesportemaneira independente o que aconteceu na noitesabetesporteterça-feira. Esse esforço inclui uma equipe baseadasabetesporteGaza, mas o acesso ao local do incidente é limitado.
Explosão
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A explosão no hospital Al-Ahli Arab, na CidadesabetesporteGaza, ocorreu por voltasabetesporte19hsabetesporteterça-feira, horário local.
Imagens ao vivo da redesabetesportemídia Al-Jazeera, transmitidas às 18h59, horário local, mostraram uma luz brilhante subindo nos céus acimasabetesporteGaza. Ele pisca duas vezes antessabetesportemudarsabetesportedireção e então explodir. Uma explosão estão pode ser vistasabetesportesolosabetesporteum local mais distante, seguidasabetesporteuma explosão maior pertosabetesporteonde está o operadorsabetesportecâmera.
Pouco depois, vídeos divulgados pela mídia local e internacional mostraram o caos fora do hospital. Imagens mostravam vítimas cobertassabetesportesangue e gravemente feridas sendo carregadassabetesportemacas no escuro.
Em um primeiro momento, surgiram relatossabetesporteque partes da estrutura do hospital teriam sido destruídas, mas essas informações não foram posteriormente confirmadas.
Com o passar do tempo, a repercussãosabetesportetorno do incidente começou a crescer:
- O Ministério da Saúde da FaixasabetesporteGaza afirmou que as mortes chegavam às centenas; posteriormente falaramsabetesportequase 500 até anunciarem 471 vítimas;
- A ONG Médicos Sem Fronteiras, que tem profissionais no hospital, descreveu a explosão como "um massacre";
- A Jordânia anunciou o cancelamentosabetesporteuma reuniãosabetesporteAmã na qual deveriam participar o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o presidente da Autoridade Palestina (AP), Mahmoud Abbas, opositor do Hamas.
O episódio ocorreusabetesportemeio aos ataques aéreos israelenses à FaixasabetesporteGaza que até agora deixaram maissabetesporte4 mil mortos, segundo o Ministério da SaúdesabetesporteGaza.
O Hamas e outros grupos extremistas como a Jihad Islâmica, por outro lado, continuam a lançar foguetes contra o território israelense.
A nova ondasabetesporteconflitos na região teve início após um brutal ataque sem precedentes do Hamas no último dia 7sabetesporteoutubro ter matado maissabetesporte1.400 israelenses, incluindo idosos, mulheres e crianças. Segundo o governosabetesporteIsrael, 199 pessoas também foram tomadas como reféns.
O que se sabe e o que não se sabe?
Não é a primeira vez que Israel e Hamas apresentam versões conflitantes sobre incidentes.
A BBC entrousabetesportecontato com 20 centrossabetesportepesquisas, universidades e empresas com capacidadesabetesporteanalisar armamentos para que avaliassem o incidente. Nove ainda não responderam, cinco não quiseram comentar, mas a reportagem ouviu especialistas dos seis restantes.
Foi perguntado se os indícios disponíveis – incluindo o tamanho da explosão e os sons ouvidos anteriormente – poderiam ser usados para determinar a causa do ocorrido no hospital.
Até agora, as avaliações são inconclusivas. Três especialistas dizem que a explosão não é consistente com o que se esperariasabetesporteum típico ataque aéreo israelense com munição pesada.
J. Andres Gannon, professor assistente da Universidade Vanderbilt, nos EUA, diz que as explosões terrestres pareceram ser pequenas, o que significa que o calor gerado pelo impacto pode ter sido causado por sobrassabetesportecombustívelsabetesportefoguetes, e não pela explosãosabetesporteuma ogiva.
Justin Bronk, pesquisador sênior do Royal United Services Institute, com sede no Reino Unido, concorda.
Embora seja difícil ter certezasabetesporteum estágio tão inicial, diz ele, indícios parecem indicar que a explosão foi causada pela partesabetesporteum foguete que falhou e atingiu o estacionamento, causando um incêndiosabetesportecombustível.
Gannon diz que não é possível determinar se o projétil atingiu o alvo pretendido a partir das imagens que viu. Ele acrescenta que os flashes no céu provavelmente indicam que o projétil era um foguete com motor que superaqueceu e parousabetesportefuncionar.
Valeria Scuto, analista-chefesabetesporteOriente Médio na Sibylline, uma empresasabetesporteavaliaçãosabetesporteriscos, observa que Israel tem capacidade para realizar outras formassabetesporteataque aéreo por drones, podendo utilizar mísseis do tipo Hellfire.
Esses mísseis geram uma quantidade significativasabetesportecalor, mas não deixariam necessariamente uma grande cratera.
Mas ela diz que imagens mostram um padrãosabetesporteincêndios no hospital que não era consistente com esta explicação.
Indícios nas imagens do local
A BBC combinou detalhes dos edifícios e a estrutura do hospital Al-Ahli com imagenssabetesportesatélite para tentar estabelecer qual parte do hospital foisabetesportefato o local da explosão.
As evidências disponíveis sugerem que a explosão ocorreu no pátio que faz parte do complexo hospitalar.
Imagens do solo após a explosão não mostram danos expressivos aos edifícios vizinhos. O que as imagens mostram são marcas causadas por calorsabetesportechamas e carros queimados.
O hospital pertence e é administrado pela Igreja Anglicana.
O cônego Richard Sewell, reitor do St. George's CollegesabetesporteJerusalém, disse à BBC que cercasabetesporte1.000 pessoas deslocadas pelos conflitos estavam abrigadas no pátio quando a explosão ocorreu, e cercasabetesporte600 pacientes e funcionários estavam dentro do prédio.
As vítimas
O repórter da BBC Rushdi Abualouf esteve no hospital Al-Ahli horas depois do incidente. Testemunhas relataram a ele cenassabetesportedevastação e disseram que corpos ainda estavam sendo recolhidos.
A BBC ainda está analisando imagens e filmagens das vítimas para determinar o que elas podem revelar sobre a explosão a partir da natureza dos ferimentos.
A reportagem da BBC teve acesso a imagens extremamente violentassabetesportevítimas e sobreviventes no local da explosão, que mostram ferimentossabetesportealtíssima gravidade.
O patologista Derrick Pounder, membro fundador da Physicians for Human Rights no Reino Unido e especialistasabetesportelesõessabetesporteconflito, viu algumas das imagens.
"O padrão geralsabetesporteferimentos dispersos é o que seria esperadosabetesporteestilhaços resultantessabetesporteuma explosão", disse ele.
Mas ele também disse que não era possível distinguir claramente todos os ferimentos com número limitadosabetesporteimagens disponíveis.
O Ministério da Saúde palestino disse na quarta-feira que 471 pessoas morreram na explosão.
As ForçassabetesporteDefesasabetesporteIsrael afirmaram que este número foi deliberadamente inflado, mas não divulgou asabetesporteprópria avaliaçãosabetesportequantos morreram.
Devido à faltasabetesporteacesso ao local por partesabetesporteorganizações independentes, é difícil confirmar o númerosabetesportemortos.
Dúvidas e indícios
Um dos indícios mais relevantes do incidente é a cratera deixada pela explosão.
As forças armadassabetesporteIsrael afirmam que a ausênciasabetesporteuma grande cratera, ou danos causados pela explosãosabetesporteedifícios adjacentes, provaria que a explosão não foi causada pelas suas armas.
Outra parte importante das evidências que não puderam ser analisadassabetesportemaneira independente são possíveis fragmentossabetesportemísseis.
Os projéteis são frequentemente identificáveis pelos destroços e podem ser usados para determinarsabetesporteorigem. Mas, neste caso, a BBC não teve acesso a esses indícios.
O governosabetesporteIsrael divulgou uma gravação do que afirmou ser uma conversa interceptada entre dois militantes do Hamas reconhecendo que o hospital foi atingido por um projétil disparado pela Jihad Islâmica.
Não é possível confirmar a veracidade desta gravaçãosabetesporteforma independente.
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