Guerra na Ucrânia: Putin está disposto a jogar 'roleta russa nuclear'?:aposta ganha everton

Não sei se o presidente Biden lê a revista russa Profile - mas ela serve para entender as raízes dessa preocupação.

Na semana passada, o periódico publicou um artigo do proeminente especialistaaposta ganha evertonpolítica externa eaposta ganha evertondefesa da Rússia, Sergei Karaganov, que também é presidente honorário do Presidium do Conselhoaposta ganha evertonPolítica Externa eaposta ganha evertonDefesa. Karaganov é próximo a muitos generais poderosos da Rússia.

Para ele, "para frear o Ocidente, a Rússia terá que tornar a discussão sobre armas um argumento convincente novamente, diminuindo o limite para o uso dessas armas".

"O inimigo deve saber que estamos prontos para desferir um ataque preventivoaposta ganha evertonretaliação a todos os seus atosaposta ganha evertonagressão atuais e passados, a fimaposta ganha evertonevitar uma guerra termonuclear global. Mas e se eles não recuarem? Nesse caso, teremos que atingir um monteaposta ganha evertonalvosaposta ganha evertonvários países para trazer à razão aqueles que perderam a cabeça”, escreveu Karaganov.

Desde o ano passado, o mundo se acostumou com Moscou falando novamente sobre armas nucleares.

E o presidente Putin confirmou que a Rússia já estacionou um primeiro loteaposta ganha evertonarmas nucleares táticas na Bielorrússia.

Segundo ele, o objetivo do movimento é lembrar qualquer um que "pensaaposta ganha evertonnos infligir uma derrota estratégica".

Mas e discutir as vantagensaposta ganha evertonum ataque nuclear preventivo no Ocidente? Esse é um nível totalmente novo.

Claramente, nem todos na Rússia concordam com essa ideia.

Uma edição recente do jornal econômico Kommersant veiculou um artigo intitulado "A guerra nuclear é uma maneira ruimaposta ganha evertonresolver problemas".

O texto sugere que o debate interno na Rússia sobre o usoaposta ganha evertonarmas nucleares na guerra na Ucrânia já começou.

Consequências imprevistas

Escrito por outro grupoaposta ganha evertonespecialistasaposta ganha evertonpolítica externa eaposta ganha evertondefesaaposta ganha evertonMoscou, o artigo do Kommersant explica por que eles acreditam que Sergei Karaganov estava "perigosamente errado."

"A ideiaaposta ganha evertonque o usoaposta ganha evertonarmas nucleares pode interromper a escalada e resolver problemas estratégicos que os meios militares convencionais falharam é extremamente duvidosa e, provavelmente, equivocada", escrevem Alexei Arbatov, Konstantin Bogdanov e Dmitry Stefanovich, membros do Centroaposta ganha evertonSegurança Internacional — parteaposta ganha evertonum think tank da Academia Russaaposta ganha evertonCiências.

"Na história moderna, há muitos exemplosaposta ganha evertonoperações militares que levaram a consequências imprevistas. Mas elas ocorreram sem o usoaposta ganha evertonarmas nucleares. Um ataque nuclear elevaria o conflito a um nível totalmente novoaposta ganha evertonimprevisibilidade e aumentaria muitas vezes as apostas do confronto”, escreveram.

"As ruínas radioativasaposta ganha evertonuma 'roleta nuclear' provavelmente são a pior base para um futuro brilhante. Os fãsaposta ganha evertonideias sensacionalistas e jogosaposta ganha evertonazar perigosos devem se lembrar disso."

O que nos leva a outra pergunta que temos feito desde o início da guerra da Rússia na Ucrânia: o que está acontecendo?

É possível que a propostaaposta ganha evertonKaraganov para um ataque nuclear preventivo tenha sido tão chocante que outros acadêmicos russos acharam que não podiam ficar calados.

Em caso afirmativo, isso mostra que, embora o cenário da mídia russa seja agora fortemente controlado pelo Estado, mesmo dentro dos limites atuais, ainda há espaçoaposta ganha evertonalgumas plataformas para debate e discussão sobre determinados tópicos. Especialmente tópicos cruciais como a guerra nuclear.

Ou pode ser que todo esse debate seja planejado para chamar a atenção do Ocidente, para fazer o presidente Putin parecer um "bom policial".

Afinal, o próprio líder do Kremlin não pediu um ataque nuclear preventivo contra o Ocidente. E assim — continua o argumento — é melhor sentar e fazer as pazes com ele, antes que os generais linha-dura pressionem o botão nuclear.

Uma coisa é certa: com a retórica anti-Ocidente crescendo na Rússia e com a contra-ofensiva do Exército ucranianoaposta ganha evertonandamento, a questão nuclear não vai desaparecer do debate tão cedo.