Guerra na Ucrânia: as mães que vão até a Rússia resgatar seus filhos:freebet usada inválida

Legenda da foto, Filhofreebet usada inválidaTetyana Kraynyuk, Sasha, foi uma das 13 crianças levadas pelas tropas russasfreebet usada inválidasua escolafreebet usada inválidasetembro passado

Conduzidos a um ônibus aos gritosfreebet usada inválida"rápido!", eles desapareceram por semanas sem deixar vestígios.

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Quando as crianças, todas com necessidades especiais, finalmente foram autorizadas a ligar para casa, estavamfreebet usada inválidaum distante território ocupado pela Rússia.

Para recuperá-las, seus pais foram forçados a fazer viagens extenuantesfreebet usada inválidamilharesfreebet usada inválidaquilômetros até o país que declarou guerra contra eles.

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Apenas oito das crianças retornaram a Perevalsk até agora, e Artem foi um dos últimos, resgatado porfreebet usada inválidamãe no último mês.

Quando falei com a diretora da escola por telefone, ela disse não ter visto nenhum problemafreebet usada inválidavestir as crianças ucranianas com o uniformefreebet usada inválidaum exército invasor.

"E daí?", Tatyana Semyonova retrucou. "O que posso fazer? O que isso tem a ver comigo?"

Eu respondi que o Z representava a guerra contra o próprio país das crianças. "E daí?", a diretora perguntou novamente.

"Que tipofreebet usada inválidapergunta é essa? Ninguém forçou eles."

Ao entrar no site da Escola Especial Perevalsk, encontrei a fotografiafreebet usada inválidaArtemfreebet usada inválidauma apresentação. Foi tiradafreebet usada inválidafevereirofreebet usada inválida2023, um ano após a invasão da Ucrânia pela Rússia,freebet usada inválidauma aula para marcar o Dia dos Defensores da Pátria.

A aula foi dedicada a aprender "gratidão e respeito" pelos soldados russos.

Tentei questionar a diretora um pouco mais, mas a ligação telefônica caiu abruptamente.

O criminosofreebet usada inválidaguerra procurado

Crédito, PEREVALSK SPECIAL SCHOOL

Legenda da foto, Crianças ucranianas foram retiradasfreebet usada inválidasuas casas, vestidas com uniformes militares russos e ensinadas um currículo russo

Para a Ucrânia, a história da Escola Especialfreebet usada inválidaKupyansk é mais uma prova para classificar Vladimir Putin como suspeitofreebet usada inválidacrimesfreebet usada inválidaguerra.

O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu um mandadofreebet usada inválidaprisão contra o presidente da Rússiafreebet usada inválidamarço, acusando ele e a Comissária Presidencial para os Direitos das Crianças, Maria Lvova-Belova,freebet usada inválidadeportação ilegalfreebet usada inválidacrianças ucranianas.

A Rússia insiste que seus motivos são puramente humanitários, evacuando crianças para protegê-las do perigo. Altos funcionários desprezam a acusação do TPI, ameaçando até mesmo prisões retaliatórias contra os representantes do tribunal.

O TPI não tornou públicos os detalhes do caso e nem a Ucrânia, mas autoridadesfreebet usada inválidaKiev afirmam que maisfreebet usada inválida19 mil crianças foram retiradasfreebet usada inválidaáreas ocupadas desde a invasãofreebet usada inválidagrande escala. Entende-se que muitos vieramfreebet usada inválidaorfanatos e colégios internos.

Investigamos vários casos, incluindofreebet usada inválidaoutra escola especialfreebet usada inválidaOleshki, no sul da Ucrânia, e descobrimos que todas as vezes as autoridades russas fizeram o mínimo ou nenhum esforço para localizar os pais dos alunos.

As crianças ucranianas eram frequentemente informadasfreebet usada inválidaque não havia nadafreebet usada inválidaseu país para onde voltar e eram submetidas,freebet usada inválidavários graus, a uma educação russa "patriótica".

Os detalhes e as nuances variam, pois há tanto caos na guerra quanto más intenções.

Mas há também uma ideologia clara e predominante: a Rússia, liderada por Vladimir Putin, declara abertamente que tudo nas áreas ocupadas da Ucrânia é seu, incluindo as crianças.

A históriafreebet usada inválidaSasha

freebet usada inválida Kupyansk, nordeste da Ucrânia

Legenda da foto, Sasha (à direita) disse à BBC que era muito angustiante falar sobre a separaçãofreebet usada inválidasua mãe

Sasha é um garoto alto e tímido com uma longa franja que ele gostafreebet usada inválidaalisar, como muitos outros adolescentesfreebet usada inválidasua idade.

A separação forçada da família seria perturbadora para qualquer criança. Para alguém vulnerável, como Sasha, foi uma experiência ainda mais traumática.

Sua mãe, Tetyana Kraynyuk, me disse que ele ainda está retraído, meses depoisfreebet usada inválidater voltado para casa. O garotofreebet usada inválida15 anos também desenvolveu cabelos grisalhosfreebet usada inválidatanto estresse.

Eles agora vivem na cidadefreebet usada inválidaDinklage, no oeste da Alemanha, como refugiados. Depois da escola, Sasha passa a maior parte do dia deitado na cama, jogando no telefone.

Mas ele se lembra muito claramente do momentofreebet usada inválidaque os soldados russos o levaram embora.

"Para ser honesto, foi assustador", Sasha admitefreebet usada inválidavoz baixa, esfregando as mãos para frente e para trás nas coxas. "Eu não sabia para onde eles iriam nos levar."

Quando pergunto sobre a saudade da mãe, ele faz uma longa pausa, diz que é muito angustiante relembrar o tema e pergunta se pode mudarfreebet usada inválidaassunto.

Antes da guerra, Sasha frequentava a Escola Especial Kupyansk, no nordeste da Ucrânia. Ele passava a semana no local, voltando para casa nos finsfreebet usada inválidasemana.

Mas quando a Rússia invadiu o paísfreebet usada inválidafevereirofreebet usada inválida2022, grande parte da regiãofreebet usada inválidaKharkiv foi ocupada e Tetyana decidiu manter o filhofreebet usada inválidacasa por segurança.

Por voltafreebet usada inválidasetembro, quando começa o ano escolar na Europa, Moscou passou a insistir que todas as crianças voltassem à escola, agora com um currículo russo.

Uma campanha similar foi organizadafreebet usada inválidatodas as áreas ocupadas, muitas vezes usando professores da Rússia para substituir os locais, que se recusaram a colaborar.

Tetyana estava relutantefreebet usada inválidamandar Sashafreebet usada inválidavolta, mas o adolescente parecia entediado depoisfreebet usada inválidasete meses emfreebet usada inválidaaldeia. Então,freebet usada inválida3freebet usada inválidasetembro, ela o deixoufreebet usada inválidaKupyansk.

Dias depois, as forças ucranianas lançaram uma operação relâmpago para retomar a região.

"Ouvimos o barulho a quilômetrosfreebet usada inválidadistância. Os estrondos. Depois os helicópteros e os disparos. Foi um barulho terrível. Então vi os tanques e a bandeira ucraniana", lembra Tetyana sobre a contra-ofensiva.

Incapazfreebet usada inválidaentrarfreebet usada inválidacontato com o filho, ela estava desesperada. "Quando chegamos à escola, só restava o zelador. Ele disse que as crianças haviam sido levadas e ninguém sabia para onde", diz Tetyana.

Legenda da foto, Tetyana passou semanas sem saber o que havia acontecido com seu filho

Um professor viu o que aconteceu naquele dia, quando até 10 soldados russos fortemente armados "invadiram" a escola.

"Eles não se importaramfreebet usada inválidapegar nenhum documento ou entrarfreebet usada inválidacontato com os pais", relatou Mykola Sezonov, quando nos encontramosfreebet usada inválidaKiev. "Eles apenas enfiaram as criançasfreebet usada inválidaum ônibus com alguns refugiados e foram embora."

Apresentei a ele a defesa da Rússia nesses casos: que o país estava afastando as crianças do perigo.

"Vivi sob a ocupação russa e sei a diferença entre o que eles dizem e o que eu vejo pela janela", foi a resposta do professor.

Por seis semanas, não houve notícias das crianças.

"Eu chorava todos os dias, ligava para a linha direta e dizia que havia perdido meu filho e escrevia para a polícia. Tentamos encontrá-lo por meiofreebet usada inválidavoluntários", diz Tetyana.

Passou-se um mês inteiro antes que um amigo visse um vídeo nas redes sociais, datado do iníciofreebet usada inválidasetembrofreebet usada inválida2022. Ele informava que 13 crianças da Escola Especial Kupyansk haviam sido transferidas para o leste, para uma instalação semelhantefreebet usada inválidaSvatove, ainda sob controle russo.

Quinze dias depois disso, o telefonefreebet usada inválidaTetyana tocou com uma mensagem: Sasha estavafreebet usada inválidauma escola especialfreebet usada inválidaPerevalsk efreebet usada inválidamãe poderia ligar para falar com ele.

"Ele ficou felizfreebet usada inválidame ouvir, é claro. Mas chorou muito", lembra Tetyana sobre o momentofreebet usada inválidaque conversaram. "Eles disseram a ele que nossa casa havia sido destruída e ele estava com medofreebet usada inválidaque nós também tivéssemos ido embora."

A comunicação com áreasfreebet usada inválidacombate intenso não é fácil, mas as criançasfreebet usada inválidaKupyansk passaram por três instituições antes que alguém tentasse entrarfreebet usada inválidacontato com algum parente.

"Ninguém fez nada. Apenasfreebet usada inválidaPerevalsk, e mesmo assim não imediatamente. Acho que eles fizeram issofreebet usada inválidapropósito", diz Tetyana.

Mas a luta não acabou aí.

Ela ainda precisava ir buscar Sasha pessoalmente, mas a rota direta até o local cruzava a linhafreebet usada inválidafrente da guerra.

Em vez disso, Tetyana viajou pela Polônia e pelo Báltico antesfreebet usada inválidacruzar a pé para a Rússia, onde o Serviçofreebet usada inválidaSegurança da FSB (órgãofreebet usada inválidasegurança do Estado) a interrogou sobre os movimentos das tropas ucranianas.

Ela não tinha nada para contar.

"Estava escuro, havia postosfreebet usada inválidacontrole, homens com balaclavas e armas. Fiquei tão assustada que tomei comprimidos para me acalmar", lembra Tetyana sobre o resto da viagem ao leste da Ucrânia ocupada.

Ela tinha outro motivo para estar com medo. A essa altura, a Rússia estava abertamente tirando criançasfreebet usada inválidalaresfreebet usada inválidaidososfreebet usada inválidaáreas ocupadas e colocando-as para viver com famílias russas.

Crédito, PEREVALSK SPECIAL SCHOOL

Legenda da foto, A Rússia mudou suas leis para facilitar a adoçãofreebet usada inválidacrianças ucranianas

O canal no Telegram da Comissária Presidencial para os Direitos das Crianças está repletofreebet usada inválidavídeosfreebet usada inválidaque ela aparece escoltando gruposfreebet usada inválidacrianças ucranianas através da fronteira, onde jovens perplexos são recebidos por pais adotivos russos com presentes e abraços enquanto são filmados.

Enviamos dois pedidosfreebet usada inválidaentrevista para Maria Lvova-Belova e não obtivemos resposta. Mas a mensagemfreebet usada inválidatodas as suas postagens é clara: a Rússia é o mocinho na situação que ainda se recusa a chamar o que está ocorrendo na Ucrâniafreebet usada inválidaguerra. A Rússia afirma estar salvando crianças ucranianas.

Na épocafreebet usada inválidaque Sasha desapareceufreebet usada inválidaKupyansk, Vladimir Putin já havia alterado a lei para tornar mais fácil para as crianças ucranianas obterem a cidadania russa e serem adotadas.

No finalfreebet usada inválidasetembro, ele anunciou a anexaçãofreebet usada inválidaquatro regiões da Ucrânia, incluindo Luhansk, onde Sasha estava localizado.

Em público e online, Maria Lvova-Belova referiu-se repetidas vezes às crianças daquelas regiões como "nossas". Ela adotou um adolescentefreebet usada inválidaMariupol, postando fotos com o novo passaporte russo dele.

"Eu temia que, se eles levassem Sasha para a Rússia, eu nunca o encontraria. Eu tinha medofreebet usada inválidaque ele fosse colocadofreebet usada inválidauma família adotiva, simplesmente", Tetyana me conta.

"O que nossos filhos têm a ver com isso? Por que eles fizeram isso conosco? Talvez seja apenas para nos causar dor, como com todo o resto."

Quando ela finalmente chegou a Perevalsk, depoisfreebet usada inválidaexaustivos cinco dias na estrada, Tetyana abraçou seu filho com força. Sasha não disse uma palavra. Ele apenas choravafreebet usada inválidafelicidade.

A históriafreebet usada inválidaDanylo

freebet usada inválida Kherson, sul da Ucrânia

Legenda da foto, A BBC acompanhou Alla Yatsenyuk e um grupofreebet usada inválidaoutras mães enquanto elas se dirigiam à Rússia para salvar seus filhos

Durante seis meses, Alla Yatsenyuk viveu com a sensaçãofreebet usada inválidaque uma partefreebet usada inválidasi mesma estava faltando.

Quando ela enviou seu filhofreebet usada inválida13 anos para um acampamento na Crimeia, ela pensou que Danylo iria passar duas semanas perto do mar. Era para ser uma pausa do estresse da guerra: outras criançasfreebet usada inválidaKherson tinham visitado o acampamento e voltaram, então Alla não estava preocupada.

Além disso, a cidade deles estava ocupada desde o início da invasão e,freebet usada inválidaoutubrofreebet usada inválida2022, ela começou a pensar que a Rússia controlaria Kherson para sempre, embora ela não desejasse isso.

Mas dias depoisfreebet usada inválidaAlla deixar Danylo no acampamento, os funcionários responsáveis por ele anunciaram que as crianças não voltariam. Os russos começaram a se retirarfreebet usada inválidaKherson. Se os pais das crianças os quisessemfreebet usada inválidavolta, eles deveriam vir buscá-los.

Alla implorou à administração regional, mas foi informadafreebet usada inválidaque só devolveriam as crianças "quando Kherson voltasse a ser russa".

Ela ligou para o Ministério Público na Crimeia, mas eles insistiram que ela mesma deveria ir buscar Danylo.

E assim, durante semanas, Alla continuou prometendo ao filho que iria buscá-lo, mesmo sem saber exatamente como.

A distânciafreebet usada inválidaKherson a Yevpatoria é curta, mas a rota direta foi fechada pelos militares russos e o caminho mais longo por Zaporizhzhia era muito perigoso. "Havia menosfreebet usada inválida5%freebet usada inválidachancefreebet usada inválidachegar lá e voltar com segurança", disse Alla.

Ela também precisaria juntar cercafreebet usada inválidaUS$ 1,5 mil (R$ 7,5 mil) para pagar um motorista, bem como tirar seu primeiro passaporte e toda a papelada que os russos exigem para provar seu vínculo com o filho.

Alla já estava começando a se desesperar quando Danylo disse que os funcionáriosfreebet usada inválidaseu acampamento estavam ameaçando colocar as crianças sob custódiafreebet usada inválidaoutras famílias se os pais não se apressassem.

"As crianças estão nos ligandofreebet usada inválidapânico, dizendo que não querem acabarfreebet usada inválidaoutras casas", conta Alla. "E a Rússia é enorme! Como iríamos encontrá-los?"

Nós nos conhecemos quando ela finalmente partiufreebet usada inválidaum vagãofreebet usada inválidatrem cheiofreebet usada inválidaoutras mães e avós na jornada mais angustiantefreebet usada inválidasuas vidas.

As mulheres estavam sendo ajudadas por um grupo chamado Salve a Ucrânia, que interveio quando se descobriu que centenasfreebet usada inválidacrianças ucranianas poderiam estar presas.

Algumas delas pertenciam a famílias disfuncionais ou menos abastadas, que tiveram dificuldade para acertar a logística e financiar a viagem. Outros pais estavam hesitantesfreebet usada inválidalevar os filhosfreebet usada inválidavolta para as suas cidades, atacadas constantemente pelos russos.

Mas Alla não podia esperar mais.

"Ainda tenho essa preocupação persistentefreebet usada inválidaque algo vai dar errado. Não vai passar até que eu tenha meu filho ao meu lado. Só então poderei respirar novamente."

Maisfreebet usada inválidauma semana depois, Alla foi uma das últimas mães a cruzar a fronteirafreebet usada inválidaBelarus,freebet usada inválidavolta para a Ucrânia arrastando uma mala e com Danylo ao seu lado, sorrindo.

Legenda da foto, Danylo (centro) ao cruzar a fronteira da Bielorrússia para a Ucrânia depoisfreebet usada inválidameses longefreebet usada inválidacasa

Houve momentosfreebet usada inválidaque ela pensou que não conseguiria.

A organização Salve a Ucrânia instruiu que as mulheres desligassem seus telefones quando entrassem na Rússia, então os detalhesfreebet usada inválidasua jornada traumática só foram conhecidos pelos demais familiares e amigos quando ela retornou.

"Eles nos mantiveram como gado, separadosfreebet usada inválidaqualquer outra pessoa. Catorze horas sem água, sem comida, nada", descreveu Alla sobre períodofreebet usada inválidaque ficou detida pelo serviçofreebet usada inválidasegurança FSB da Rússiafreebet usada inválidaum aeroportofreebet usada inválidaMoscou.

"Eles continuaram nos perguntando que equipamento militar tínhamos visto, verificaram nossos telefones um milhãofreebet usada inválidavezes e perguntaram sobre todos os nossos parentes."

As mulheres continuaram a viagemfreebet usada inválida24 horas para o sul até a Crimeia. Ao se aproximarem, pararam para descansar e Olha Kutova,freebet usada inválida64 anos, deu alguns passos, desmaiou e morreu na beira da estrada. Após dias apertadafreebet usada inválidaum micro-ônibus,freebet usada inválidaestadofreebet usada inválidaestresse, seu coração havia parado.

Agora a Salve a Ucrânia está tentando devolver as cinzasfreebet usada inválidaOlha para a Ucrânia, assim comofreebet usada inválidaneta.

Eventualmente, Alla chegou ao acampamento.

"No momentofreebet usada inválidaque vi meu filho correndofreebet usada inválidaminha direçãofreebet usada inválidalágrimas, compensou tudo o que passamos", Alla descreveu sobre seu reencontro com Danylo.

O filho dela me disse que foi "simplesmente brilhante!"

A Salve a Ucrânia conseguiu resgatar 31 crianças naquele dia e várias confirmaram que a equipe do acampamento havia ameaçado colocá-las para adoção, o que as assustou.

Eles falaram sobre serem levadosfreebet usada inválidaexcursões no início e serem razoavelmente alimentados e vestidos. Masfreebet usada inválidaterritório controlado pela Rússia, eles foram tratados e ensinados como russos. Quando os inspetores vinhamfreebet usada inválidaMoscou, os ucranianos tinham que se alinhar ao lado da bandeira russa e cantar o hino russo.

Em outubro, a administração que controla Kherson postou um vídeo no Telegramfreebet usada inválidaum desses momentos. O hino da Rússia ressoa nos alto-falantes e a bandeira tricolor é hasteada.

Mas, olhando um pouco maisfreebet usada inválidaperto, fica claro que nenhum dos lábios das crianças está se movendo.

O operador da câmerafreebet usada inválidarepente percebe que uma garota está com as mãos sobre os ouvidos para bloquear o som e desvia rapidamente a imagem.

A volta para casa

Algumas semanas após seu retorno, entreifreebet usada inválidacontato com Allafreebet usada inválidaKherson por telefone.

"Finalmente tudo acabou, assim que chegamos aqui", ela me diz alegremente.

Legenda da foto, Danylo finalmente se reencontrou comfreebet usada inválidamãe Alla

Alla admite que, no início, sentiu entre a população local um ressentimentofreebet usada inválidarelação às mães que enviaram seus filhos a acampamentosfreebet usada inválidaverão, vistas como "colaboradoras" por mandar as crianças para instalações administradas pelos russos. Mas Alla sente que esse sentimento desapareceu.

Na própria família, Danylo voltou a brigar com o irmão caçula e a estudar online,freebet usada inválidaucraniano. Mas sem internetfreebet usada inválidacasa, ela tem que correr para o centro da cidadefreebet usada inválidabuscafreebet usada inválidaWi-Fi para baixar os trabalhos escolares. E isso é arriscado.

Desde que os russos foram forçados a recuar, abandonando Kherson, eles vêm se vingando da cidade do outro lado do rio.

"Eles estão bombardeandofreebet usada inválidamanhã à noite", confirma Alla, embora diga quefreebet usada inválidacasa está relativamente longe das posições russas. Eles não têm planosfreebet usada inválidapartir.

Danylo ainda participafreebet usada inválidaum grupofreebet usada inválidamensagens com as outras crianças do acampamento e a maioria que ficou já foi resgatada. Mas ele diz que cinco foram transferidos para um orfanatofreebet usada inválidaalgum lugar da Rússia.

Alla me enviou uma fotografia do quarto das crianças, com fileirasfreebet usada inválidacamasfreebet usada inválidasolteiro, um tapete barato e uma planta. Não está claro para onde as crianças deixadas para trás serão enviadasfreebet usada inválidaseguida.

As crianças desaparecidas

Na zona rural da Alemanha, Sasha teve tempofreebet usada inválidase adaptar à vida e a outra nova escola, mas Tetyana está achando a adaptação um pouco mais difícil.

Em seu apartamento, ela explica que seu filho mais velho ainda está na Ucrânia esperando ser convocado para lutar a qualquer momento. Tetyana não quer nada alémfreebet usada inválidair para casa e para o marido, mas Kupyansk está sob fogo pesado novamente.

No finalfreebet usada inválidaabril, mísseis russos destruíram o museufreebet usada inválidahistória local, matando duas mulheres. Antes disso, a velha escolafreebet usada inválidaSasha na cidade foi seriamente danificada quando mísseis caíram nas proximidades.

Oito meses após ele e as outras crianças serem levadosfreebet usada inválidalá, cinco ainda permanecemfreebet usada inválidaterritório controlado pela Rússia. Tatyana Semyonova, a diretora da escola onde foram parar, confirmou a informação.

Legenda da foto, Repórter da BBC Sarah Rainsford conseguiu falar com diretora da escola por telefone

Fiquei surpresa por ela ter concordadofreebet usada inválidafalar, mas o número russo que usei deve tê-la confundido. Assim como minhas perguntas.

A diretora alegou que ninguém havia entradofreebet usada inválidacontato sobre as cinco crianças, o que sabemos não ser verdade, e insistiu que ela os liberaria "imediatamente" assim que seus responsáveis legais viessem buscá-los.

Mas isso é improvável: várias fontes me dizem que as crianças são tratadas como "órfãos sociais", cujos pais ainda estão vivos, mas não podem cuidar deles.

Quando perguntei por que a Rússia poderia levar crianças sem permissão da Ucrânia, mas exigir uma papelada para devolvê-las, Tatyana Semyonova foi curta na resposta.

"O que isso tem a ver comigo? Eu não os trouxe aqui."

No site da escola que ela comandafreebet usada inválidaPerevalsk, Sasha identificou mais duas das crianças desaparecidasfreebet usada inválidaKupyansk entre as fotos disponíveis: Sofiya e Mikita,freebet usada inválida12 anos, estão fantasiadas e enfileiradosfreebet usada inválidahomenagem ao Exército russo.

Pergunto à mãefreebet usada inválidaSasha o que ela acha do mandadofreebet usada inválidaprisão emitido para o presidente da Rússia.

"Não apenas Putin, mas todo o seu pessoal — todos os comandantes — deveriam ser julgados pelo que fizeram com as crianças", responde Tetyana Kraynyuk, sem hesitar.

"Que direito eles tinham [de levar as crianças]? Como esperavam que fôssemos recuperá-las? Eles simplesmente não se importam."

Produçãofreebet usada inválidaMariana Matveichuk

Fotosfreebet usada inválidaMatthew Goddard e Sarah Rainsford

- Este texto foi publicadofreebet usada inválidahttp://vesser.net/articles/clwdlwg917vo