Com grande aumentobetsbola bolaataquesbetsbola bolaursos, Japão quer facilitar caça e abatebetsbola bolaanimais:betsbola bola

As consequências da conjunção destes dois eventos são perigosas, embora, na maioria dos casos, os encontros dos animais com seres humanos resultembetsbola bolaferimentos e nãobetsbola bolamorte.

De acordo com a lei atual, caçadores licenciados só podem disparar suas armasbetsbola bolaáreas residenciais após a aprovaçãobetsbola bolaum policial.

O governo planeja rever a lei para que as armas possam ser usadas com mais liberdade.

A ideia que prevalece ébetsbola bolaque os caçadores possam atirar se houver riscobetsbola bolaalguém ser atacado, como no casobetsbola bolaum urso entrarbetsbola bolaum prédio.

Mas os próprios caçadores demonstram cautela. “É assustador e muito perigoso encontrar um urso pela frente. Nunca é garantido que possamos matar um urso atirando”, disse Satoshi Saito, diretor executivo da Associaçãobetsbola bolaCaçadoresbetsbola bolaHokkaido.

“Se não atingirmos o ponto vital para impedir que o animal se mova... ele fugirá e poderá atacar outras pessoas”, acrescentou. “E se o urso atacar alguém, quem será o responsável?”

A ilhabetsbola bolaHokkaido é um bom exemplo do crescente problema dos ursos no Japão.

A maior ilha da região norte do Japão, com pouco maisbetsbola bola5 milhõesbetsbola bolahabitantes, não possui grandes concentrações populacionais — mas o númerobetsbola bolaursos que vivem na ilha mais que dobrou desde 1990,betsbola bolaacordo com dados do governo.

Atualmente, vivembetsbola bolaHokkaido cercabetsbola bola12 mil ursos pardos, conhecidos por serem mais agressivos do que os ursos negros, que são cercabetsbola bola10 mil indivíduos no Japão, segundo estimativasbetsbola bolaespecialistas.

Os governos locais vêm tentando estratégias diferentes para manter os ursos distantes.

Alguns adotaram estranhas medidas tecnológicas, como o usobetsbola bolalobos robôs, com olhos vermelhos e uivos assustadores para afugentar os ursos.

Em outras cidades, autoridades optaram por alarmes acionados por inteligência artificial para alertar a população local sobre a possibilidadebetsbola bolaum ataque.

A cidadebetsbola bolaNaie,betsbola bolaHokkaido, está oferecendo 10.300 ienes (cercabetsbola bolaR$350) por dia a caçadores que queiram patrulhar as ruas, colocar armadilhas e matar os animais, se necessário.

Mas poucos se interesseram pela oferta - é um trabalhobetsbola bolaalto risco, o salário não é atraente o suficiente e muitos dos caçadores são idosos.

“Não vale a pena, porque confrontar um urso colocará nossas vidasbetsbola bolarisco”, disse um caçadorbetsbola bola72 anos da região ao jornal The Asahi Shimbun.

Ele disse que enfrentar um urso pardo é como “lutar contra um comando militar dos EUA”.

Em maio, dois policiais da provínciabetsbola bolaAkita, no norte do país, foram gravemente feridos por um ursobetsbola bolauma floresta quando tentavam resgatar o corpobetsbola bolasuposta vítimabetsbola bolaum ataque fatalbetsbola bolaurso.

“Os ursos sabem que os humanos estão por perto e atacam para se alimentar, eles veem as pessoas como comida”, disse Mami Kondo, funcionária do governo local.

“Há um alto riscobetsbola bolaque um único urso cause uma sériebetsbola bolaincidentes.”

À medida que o númerobetsbola bolaursos cresceu, mais animais se deslocaram das montanhas para as planícies onde vivem as pessoas.

Com o tempo, eles se habituaram a conviver com as imagens e os sons dos centros urbanos e passaram a sentir menos medo das pessoas.

Também há menos gente vivendo nos vilarejos pois os jovens se mudam para grandes cidadesbetsbola bolabuscabetsbola bolaemprego, deixando vilarejos inteiros praticamente vazios.

Quando os ursos encontram seres humanos nesses locais, eles podem se tornar violentos.

“Os ursos que entrambetsbola bolaáreas urbanas tendem a ficarbetsbola bolapânico, aumentando o riscobetsbola bolaferimentos ou mortebetsbola bolapessoas”, disse Junpei Tanaka, do Centrobetsbola bolaPesquisa da Vida Selvagem Picchio, no Japão.

A presençabetsbola bolaursos nesses centros urbanos, e,betsbola bolaconsequência, os incidentes entre animais e seres humanos, geralmente ocorrembetsbola bolatornobetsbola bolaabril, quando os ursos acordam da hibernaçãobetsbola bolabuscabetsbola bolaalimento.

Eles também podem ser vistosbetsbola bolasetembro e outubro, quando se alimentam para armazenar gordura para enfrentar os mesesbetsbola bolainverno.

Mas os deslocamentos dos animais se tornaram imprevisíveis à medida que a produçãobetsbola bolabolota — fruto do carvalho e a maior fontebetsbola bolaalimento dos ursos — vai sendo reduzida por conta das mudanças climáticas.

“Essa revisão da lei é inevitável, mas é apenas uma medida provisória para casosbetsbola bolaemergência”, disse Tanaka.

“Capturar e matar os animais não é o caminho a seguir”, acrescenta. “Em vez disso, o governo precisa proteger o habitat dos ursos para que eles não sejam obrigados a se aventurar muito longe”.

“No longo prazo, é necessário implementar uma política nacional para mudar o ambiente florestal, criando florestas com alta biodiversidade.”

Ele acrescentou que o governo também precisa definir se são as autoridades locais ou os caçadores que devem assumir a responsabilidade pelos ursos que vagam por zonas residenciais.

“Idealmente, o governo deveria contar com caçadores treinados, prontos para agirbetsbola bolaemergências, mas atualmente não existem empregos desse tipo no Japão.”

“As áreas residenciais são um terreno muito diferente para os caçadores, que estão acostumados a matar ursosbetsbola bolaregiões despovoadas”, disse Saito.

“Se não atirarmos, as pessoas vão nos criticar e dirão: 'Por que você não atirou se tinha uma espingarda?' E se atirarmos, tenho certezabetsbola bolaque ficarão com raiva e dirão que podemos atingir alguém.”

“Acho que não é razoável pedir a caçadores, que provavelmente são apenas assalariados comuns, que tomem essa decisão.”

Esta reportagem foi traduzida e revisada por nossos jornalistas utilizando o auxíliobetsbola bolaIA na tradução, como partebetsbola bolaum projeto piloto.