Guerra na Ucrânia: prisioneiros libertados pela Rússia para lutar com grupo Wagner são acusadoscasas de apostas inglesasnovos crimes:casas de apostas inglesas

Confirmamos que os suspeitoscasas de apostas inglesascercacasas de apostas inglesas20 crimes graves recentes, incluindo estupros e assassinatos, são combatentes que foram recrutados pelo grupo Wagner na prisão e libertados antecipadamente para servir na Ucrânia.

Kevorkyan foi um dos 150 prisioneiros recrutadoscasas de apostas inglesas31casas de apostas inglesasagostocasas de apostas inglesas2022, quando o chefe do grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, visitou a prisãocasas de apostas inglesasque ele estava,casas de apostas inglesasacordo com o relatocasas de apostas inglesasum outro ex-presidiário.

A BBC foi informadacasas de apostas inglesasque Kevorkyan foi vistocasas de apostas inglesasseu vilarejo natal, Pridorozhnaya,casas de apostas inglesasKrasnodar, no sudoeste da Rússia, dizendo às pessoas que ele havia acabadocasas de apostas inglesasvoltar dos camposcasas de apostas inglesasbatalha na Ucrânia.

Uma das pessoas que ele é acusadocasas de apostas inglesasmatar é Tatyana Mostyko,casas de apostas inglesas19 anos, uma animadora infantil.

A mãe da jovem, Nadezhda, mostrou-nos um vídeocasas de apostas inglesasTatyana vestida com um macacão rosa e azul dançando e organizando jogoscasas de apostas inglesasuma festa.

"Ela adorava aquele trabalho", diz Nadezhda. "Quando ela voltava do trabalho, ela ria sobre o que eles tinham feito,casas de apostas inglesascomo ela os divertia."

Mas o último trabalho que Tatyana fez foicasas de apostas inglesas28casas de apostas inglesasabril.

O chefe dela, Kirill Chubko, estava levando-a para casa quando percebeu que o pneu purou e parou na beira da estrada, perto da cidadecasas de apostas inglesasBerezanskaya.

A esposacasas de apostas inglesasKirill, Darya, disse à mídia local que o marido ligou avisando que chegaria tarde e que um grupocasas de apostas inglesasjovens havia parado para ajudá-los. Essa foi a última vez que Darya ouviu a vozcasas de apostas inglesasKirill.

Pela manhã, a dupla ainda não havia chegadocasas de apostas inglesascasa. Sentindo que algo estava errado, Darya chamou a polícia.

Centenascasas de apostas inglesaspessoas ajudaram nas buscas pelo interior, e a mãecasas de apostas inglesasTatyana iniciou uma jornadacasas de apostas inglesasseis horas até a área, saindocasas de apostas inglesasseu pequeno vilarejo na Siberia, pegando um avião e um trem.

"O pior foi quando pousamos e eu liguei meu telefone novamente. Havia inúmeras mensagens", lembra Nadezhda. "Você não pode imaginar como entreicasas de apostas inglesaspânico. Joguei o telefone longe, porque elas [as mensagens] só podiam significar uma coisa: que estava tudo acabado."

Três suspeitos foram presos, incluindo Kevorkyan. Os outros dois, Anatoly Dvoynikov e Aram Tatosyan, levaram os investigadores a sepulturas improvisadascasas de apostas inglesasuma floresta não muito longe do carro incendiadocasas de apostas inglesasKirill.

Kirill e Tatyana foram esfaqueados. A polícia disse que a jovem apresentava "sinaiscasas de apostas inglesasmorte violenta".

Dvoynikov e Tatosyan confessaram roubo e assassinato e disseram que Kevorkyan liderou o crime, embora ele negue qualquer envolvimento.

Nadezhda não consegue acreditar que Kevorkyan era um homem livre, tendo sido condenado a 18 anoscasas de apostas inglesasprisão por um crime semelhante ao que levoucasas de apostas inglesasfilha embora.

"Ele não deveria ter saído antescasas de apostas inglesas2028", diz a mãe.

Kevorkyan havia sido condenado por comandar uma gangue que sequestrou um carro não muito longecasas de apostas inglesasonde Tatyana e Kirill foram assassinados. Eles roubaram as pessoas no carro e mataram um deles a tiros.

"Em que base legítima ele foi libertado?", indaga Nadezhda.

De acordo com a lei russa, os presos devem cumprir pelo menos dois terçoscasas de apostas inglesassua sentença.

"Ele deveria ter cumprido pelo menos 12 anos, mas cumpriu apenas seis", diz ela, enquanto luta para lidar com o pensamentocasas de apostas inglesasque o assassinato brutalcasas de apostas inglesasTatyana poderia ter sido evitado.

Quem foi solto?

Um vídeocasas de apostas inglesasalgum tempo atrás mostra Prigozhincasas de apostas inglesasuma prisão russa dizendo a fileirascasas de apostas inglesasdetentos que ele preferia recrutar condenados que já mataram maiscasas de apostas inglesasuma vez e criminosos que espancaram funcionários públicos ou policiais.

"Precisamoscasas de apostas inglesasseus talentos criminosos", disse ele, alertando que 10% a 15% retornariam da Ucrânia "em caixõescasas de apostas inglesaszinco".

Mas ele prometeu que aqueles que sobrevivessem seis meses na linhacasas de apostas inglesasfrente poderiam voltar para casa com um bônuscasas de apostas inglesas100.000 rublos (cercacasas de apostas inglesasR$ 5 mil) e, principalmente, com o perdão por seus crimes.

Em junhocasas de apostas inglesas2023, o presidente Putin confirmou publicamente pela primeira vez que havia assinado anistias para prisioneiros que haviam retornado da guerra na Ucrânia.

Prigozhin já afirmou que, ao longocasas de apostas inglesasum ano, apenas 32.000 dos 49.000 prisioneiros recrutados pelo grupo Wagner retornaram da guerra.

Essa é uma baixa muito maior do que o originalmente prometido. Pesquisadores independentes acreditam que o número realcasas de apostas inglesassobreviventes é ainda menor, cercacasas de apostas inglesas20.000.

Em um vídeocasas de apostas inglesasjaneiro dando as boas-vindas a ex-presidiários, Prigozhin disse a eles: "Você era um criminoso, como dizem — agora, você é um heróicasas de apostas inglesasguerra!"

Prigozhin afirma que a taxacasas de apostas inglesasreincidênciacasas de apostas inglesascrimes dos ex-recrutas do grupo Wagner é 10% a 20% menor do que a médiacasas de apostas inglesasprisioneiros soltos.

Mas a diretora da organizaçãocasas de apostas inglesasdireitos dos presos Rússia Atrás das Grades, Olga Romanova, diz que o número real pode ser muito maior, por conta da subnotificaçãocasas de apostas inglesascrimes.

Ela acha que isso pode ter piorado por contacasas de apostas inglesasuma nova lei que criminaliza qualquer pessoa que desmoralize pessoas que lutaram na chamada "operação militar especial".

As famíliascasas de apostas inglesasoutras vítimas também estão preocupadas com a volta dos ex-presidiários para casa — não apenas impunes, mas ainda mais brutalizados por suas experiências na guerra.

A filhacasas de apostas inglesas23 anoscasas de apostas inglesasOksana Pekhteleva, Vera, foi esfaqueada maiscasas de apostas inglesas100 vezes e depois estrangulada com um cabo elétricocasas de apostas inglesasum ataque tão violento que ganhou as manchetescasas de apostas inglesastoda a Rússia.

Em julhocasas de apostas inglesas2022, o ex-namoradocasas de apostas inglesasVera, Vladislav Kanius, foi condenado a passar 17 anoscasas de apostas inglesasuma colônia penal pelo assassinato.

Menoscasas de apostas inglesasum ano depois, não passava pela cabeçacasas de apostas inglesasOksana que ele pudesse estarcasas de apostas inglesasoutro lugar. Mas ela estava errada.

Em maio, fotos dele começaram a aparecer nas redes sociais. Ele estava armado e usava uniforme militar. No início, Oksana achou que as imagens eram falsas.

Mas, um mês depois, ela recebeu a confirmação oficialcasas de apostas inglesasque Kanius havia sido transferido para uma prisãocasas de apostas inglesasRostov, no sul da Rússia. Acredita-se que o local seja um pontocasas de apostas inglesasparada para prisioneiros russos que se ofereceram para lutar na Ucrânia.

Quando Oksana pediu à Justiça a informação sobre o paradeirocasas de apostas inglesasKanius, ela foi informada que a localização dele era um segredocasas de apostas inglesasEstado.

Oksana acha que é provável que o homem esteja lutando na Ucrânia e, se sobreviver, receberá um perdão oficial e poderá retornar à vida civil como um homem livre.

Para uma mãe que passou meses lutando por justiça paracasas de apostas inglesasfilha, é um duro golpe.

"Isso é uma blasfêmia", diz ela. "É como se todos nós tivéssemos sido agredidos. Este é um sinal para toda a escória por aí: 'Faça o que quiser, você não será punido'."

Muitos advogados nos disseram que eles não têm poder para intervir na situação — uma pessoa não pode ser julgada duas vezes pelo mesmo crime e a única maneiracasas de apostas inglesasser mandadacasas de apostas inglesasvolta para a prisão é cometendo um novo crime.

Isso está deixando os parentes das vítimascasas de apostas inglesasassassinato, como a mãecasas de apostas inglesasTatyana, Nadezhda, apavorados. O máximo que ela sente que pode fazer é apoiar uma petição que já ganhou dezenascasas de apostas inglesasmilharescasas de apostas inglesasassinaturas para exigir que Kevorkyan, o principal suspeito do assassinatocasas de apostas inglesassua filha, seja condenado à prisão perpétua.

"Tatyana foi tiradacasas de apostas inglesasmim e o chão sumiu sob meus pés", diz ela, lutando contra as lágrimas.

"Claro, eu entendo quem foi o responsável pela morte da minha filha e sei que não foi o primeiro delito dele... É difícil para mim... Mas eu não sou estúpida. Eu entendo que não vão prendê-lo por contacasas de apostas inglesasuma vida."

*Colaborou Lorna Hankin