Como indianas usam até alfinetes para se defendersecure online casinoassédio sexual :secure online casino

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Desde que foram inventados,secure online casino1849, os alfinetessecure online casinosegurança são usados por mulheressecure online casinotodo o mundo para unir diferentes peçassecure online casinoroupas ou para resolver algum problema inesperado.

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E mulheressecure online casinotodo o mundo também o usam para revidar contra seus agressores.

Poucos meses atrás, diversas mulheres da Índia foram ao Twitter dizer que sempre carregam um alfinete na bolsa ou junto ao corpo – e que esta é a arma que elas escolheram para lutar contra os assediadoressecure online casinoespaços cheiossecure online casinogente.

Uma delas, Deepika Shergill, escreveu sobre um incidente no qual ela usou o objeto. Ela contou à BBC que aconteceusecure online casinoum ônibus que ela sempre pegava para ir ao escritório. O episódio ocorreu décadas atrás, mas ela ainda relembra os mínimos detalhes.

Crédito, Deepika Shergill

Legenda da foto, Deepika Shergill usou um alfinetesecure online casinosegurança contra um homem que a assediou por meses no transporte público
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Shergill tinha cercasecure online casino20 anossecure online casinoidade e o abusador estava na casa dos 40 anos. Ela sempre usava um safári cinza (uma roupa indianasecure online casinoduas peças que costuma ser usada pelas funcionárias públicas), sandálias abertas e uma bolsasecure online casinocouro retangular.

"Ele sempre vinha e ficava pertosecure online casinomim", ela conta. "Ele se inclinava, esfregava a virilha nas minhas costas e caíasecure online casinocimasecure online casinomim sempre que o motorista freava."

Shergill conta que, naquela época, era "muito tímida e não queria chamar a atenção para mim". Por isso, ela sofreusecure online casinosilêncio por meses.

Mas, uma noite, quando "ele começou a se masturbar e ejaculou no meu ombro", ela decidiu que bastava.

"Eu me senti suja", relembra ela. "Quando chegueisecure online casinocasa, eu tomei um banho muito longo. Não contei nem à minha mãe o que havia acontecido comigo."

"Naquela noite, não consegui dormir e até penseisecure online casinosair do emprego, até que comecei a pensarsecure online casinovingança. Eu queria feri-lo, machucá-lo, fazer com que ele nunca mais fizesse aquilo comigo", ela conta.

No dia seguinte, Shergill trocou as sandálias baixas por sapatossecure online casinosalto alto e embarcou no ônibus armada com um alfinetesecure online casinosegurança.

"Assim que ele chegou e ficou pertosecure online casinomim, levantei do meu assento e amassei os dedos dos pés dele com os saltos. Eu o ouvi ofegante e fiquei muito alegre", afirma ela. "Então usei o alfinete para furar seu antebraço e rapidamente saí do ônibus."

Shergill continuou pegando aquele ônibus por mais um ano, mas aquela foi a última vez que o encontrou.

É uma história impressionante, mas não é algo rarosecure online casinoacontecer.

Uma colegasecure online casinoShergill, na casa dos 30 anos, narra um incidentesecure online casinoque um homem tentou apalpá-la várias vezessecure online casinoum ônibus noturno, entre as cidadessecure online casinoCochin e Bangalore, no sul da Índia.

"No início, eu me livrava dele, achando que fosse acidental", ela conta.

Mas, quando ele continuou, ela percebeu que era deliberado – e o alfinetesecure online casinosegurança que ela usava para manter o cachecol no lugar "salvou o dia".

"Eu o espetei e ele se afastou, mas continuou tentando mais e mais vezes e eu continuei espetandosecure online casinovolta. Por fim, ele foi embora", ela conta. "Ainda bem que eu tinha o alfinete, embora eu me sinta uma boba por não ter me virado e lhe dado um tapa."

"Mas, quando eu era mais jovem, eu tinha medo que as pessoas não me apoiassem se eu desse o alarme", afirma ela.

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, O metrô da capital indiana, Nova Déli, reserva um vagão exclusivo para mulheressecure online casinocada composição

Problema global

Ativistas afirmam que o medo e a vergonha da maioria das mulheres incentiva os abusadores e dissemina ainda mais o problema.

Em uma pesquisa onlinesecure online casino140 cidades indianassecure online casino2021, 56% das mulheres contaram que já sofreram abuso sexual no transporte público, mas apenas 2% foram à polícia.

A ampla maioria afirma que tomou iniciativas próprias ou preferiu ignorar a situação, muitas vezes se mudandosecure online casinolugar para não criar uma cena ou preocupadas para não agravar o contexto.

Maissecure online casino52% das mulheres entrevistadas contaram que já desistiramsecure online casinooportunidadessecure online casinoeducação e emprego, devido à "sensaçãosecure online casinoinsegurança".

"O medo da violência sexual afeta a mobilidade e o lado psicológico das mulheres, mais do que a violênciasecure online casinosi", afirma Kalpana Viswanath, uma das fundadoras da organização social Safetipin, que trabalha para tornar os espaços públicos seguros e inclusivos para as mulheres.

"As mulheres começam a impor restrições a si próprias, o que as impedesecure online casinoterem cidadania igual à dos homens", explica ela. "O impacto sobre a vida das mulheres é muito mais profundo que o fatosecure online casinoserem molestadas."

Viswanath indica que o abuso das mulheres não é apenas um problema indiano. A questão é mundial.

Uma pesquisa com mil mulheres realizada pela Fundação Thomson Reuterssecure online casinoLondres, Nova York (EUA), Cidade do México, Tóquio (Japão) e no Cairo (Egito) concluiu que "as redessecure online casinotransporte são ímãs para os predadores sexuais, que usam as aglomerações dos horáriossecure online casinorush para esconder seu comportamento e como desculpa se forem pegos."

Viswanath afirma que mulheres da África e da América Latina contaram a ela que também carregam alfinetessecure online casinosegurança. E, segundo a Smithsonian Magazine, as mulheres já usavam alfinetessecure online casinochapéu nos anos 1900 nos Estados Unidos, para ferir os homens que chegassem perto demais delas.

Mas, mesmo ocupando os primeiros lugaressecure online casinodiversas pesquisas globais sobre a escalasecure online casinoabusos públicos, a Índia não parece reconhecer que este seja um grande problema.

Viswanath afirma que isso ocorre,secure online casinoparte, porque a ausênciasecure online casinoqueixas faz com que o abuso não seja incluído nas estatísticas criminais. E a influência do cinema popular nos ensina que o abuso é apenas uma formasecure online casinocortejar as mulheres.

Mas Viswanath afirma que, nos últimos anos, a situação melhorousecure online casinovárias cidades.

Na capital indiana, Nova Déli, os ônibus têm botõessecure online casinopânico e câmerassecure online casinocircuito fechado. Foram contratadas mais mulheres motoristas e foram elaboradas sessõessecure online casinotreinamento para sensibilizar os motoristas e cobradores para que atendam melhor as mulheres passageiras.

Policiais também foram destacados para os ônibus. A polícia lançou ainda aplicativos e númerossecure online casinotelefonesecure online casinoemergência que as mulheres podem usar para ter ajuda.

Mas Viswanath afirma que nem sempre é questãosecure online casinopoliciamento.

"Acho que a solução mais importante é que precisamos falar mais sobre o assunto. É preciso ter uma campanha estruturada nos meiossecure online casinocomunicação, que coloque na cabeça das pessoas o que é comportamento aceitável e o que não é", segundo ela.

Até que isso aconteça, Shergill, minha colega e milhõessecure online casinomulheres indianas precisarão manter seus alfinetes ao alcance da mão.

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