'Achei que o prédio ia cair e liguei para me despedir do meu marido', diz brasileira que vivenciou terremoto na Turquia :vaidebet sede

Prédio desabadovaidebet sedeDiyarbakir, a nordestevaidebet sedeGaziantep

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Em Diyarbakir, a nordestevaidebet sedeGaziantep, estãovaidebet sedeandamento buscas por sobreviventes presos nos escombros

Um segundo terremoto,vaidebet sede7,5vaidebet sedemagnitude, foi registrado perto da cidadevaidebet sedeKahramanmaras às 13h30vaidebet sedesegundavaidebet sedehorário local (7h30 da manhãvaidebet sedesegunda-feira, no horáriovaidebet sedeBrasília).

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Bárbara, que mora na cidadevaidebet sedeKayseri com o marido e dois filhos, estava a cercavaidebet sede200 quilômetros do epicentro do primeiro tremor.

Ainda assim, teve que se segurar nas paredes para não cairvaidebet sedeseu apartamento, depoisvaidebet sedeser acordada pelo susto.

"Tudo que estava soltovaidebet sedecimavaidebet sedemesas e outras superfícies caiu no chão", relata. "Quando olhei pela janela, vi que o outro bloco do nosso condomínio estava claramente balançando também."

O maridovaidebet sedeBárbara, que começou a carreira no clube gaúcho Juventude, atua no time do Kayserispor.

Bárbara e Gustavo e os filhos Augusto e Gabriel

Crédito, Arquivo Pessoal

Legenda da foto, Bárbara e Gustavo moram há 3 anos na Turquia com os filhos Augusto e Gabriel

Rachaduras na parede

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A mãevaidebet sedeAugusto,vaidebet sede8 anos, e Gabriel,vaidebet sede3, diz que o primeiro tremor durou cercavaidebet sede2 ou 3 minutos.

Assim que passou, ela correu até o telefone para ligar para o marido, que estava viajando para uma partidavaidebet sedefutebol.

Gustavo, que estavavaidebet sedeGiresun, a cercavaidebet sede470 quilômetrosvaidebet sedeKayseri, e não sentiu os tremores, tentou acalmar a família. Pouco depois, um novo tremor foi sentido.

"Depois do segundo tremor uma vizinha me ligou dizendo que o apartamento dela estava com rachaduras na parede. Decidimos então sair do prédio", diz Bárbara.

No momento do terremoto, ela estavavaidebet sedecasa com os dois filhos,vaidebet sedemãe e uma sobrinhavaidebet sede12 anos.

"Minha sobrinha foi a primeira a acordar com o tremor e começou a chorar, sem entender o que estava acontecendo."

O filho caçula, Gabriel, continuou dormindo, mas o irmão mais velho também ficou bastante assustado, conta a gaúcha naturalvaidebet sedeCaxias do Sul.

"Ele sempre colaboravaidebet sedesituaçõesvaidebet sedeemergência, então mesmo assustado trocouvaidebet sederoupa e me ajudou a pegar tudo para evacuarmos o prédio. Mas ele está visivelmente abalado desde então, sem querer comer."

O prédio onde a família mora teve que ser interditado, apesarvaidebet sedenão apresentar grandes danos além das rachaduras evaidebet sedealgumas janelas quebradas.

Desde então, os brasileiros estão abrigados na sede do clubevaidebet sedeGustavo, o Kayserispor.

"Meu filho mais velho já disse que não quer voltar para aquele apartamento. Eu também estou muito fragilizada e com medovaidebet sedevoltar. Há previsãovaidebet sedeque novos eventos possam acontecer nas próximas semanas", diz Bárbara.

Bárbara, seus dois filhos,vaidebet sedemãe e a sobrinha

Crédito, Arquivo Pessoal

Legenda da foto, Bárbara, seus dois filhos,vaidebet sedemãe Solange e a sobrinha Ana Lara - mãe e sobrinha passavam férias na Turquia no momento do terremoto

O casal decidiu viajar temporariamente para Istambul – onde não foram registrados grandes tremores – até que a situação se acalme no sul do país.

"Mas ainda não sabemos o que vamos fazer depois", diz a brasileira.

Apesar dos fortes tremores, Kayseri não registrou grande destruição ou mortes.

Ainda assim, Bárbara afirma que a cidade está totalmente mobilizada pelos últimos acontecimentos.

"Muitas pessoas tiveram que sairvaidebet sedecasa. A cidade está parada e toda a Turquiavaidebet sedeluto."

Mapa dos terremotos na Síria e Turquia

País propenso a terremotos

O país está localizadovaidebet sedeuma das zonas sísmicas mais ativas do mundo, com várias falhas geológicas. Por isso, terremotos não são incomunsvaidebet sedealgumas partes do territórios.

Sóvaidebet sede2022, a Turquia registrou maisvaidebet sede20.000 terremotos. Mas destes, a grande maioria não excedeu a magnitude 4.

No caso mais recente, porém, o epicentro do primeiro tremor foi identificadovaidebet sedeuma área relativamente próxima da superfície – cercavaidebet sede18 km –, causando sérios danos aos edifícios.

Mas não é apenas a força do tremor que causa devastação. O terremoto inicial ocorreu nas primeiras horas da manhã, quando a população estava dentrovaidebet sedecasa e dormindo.

A estrutura dos edifícios e o quão sólidos eles são também é um fator, assim como o preparo da população para agirvaidebet sedesituaçõesvaidebet sedeemergência.

O tremorvaidebet sedesegunda aconteceuvaidebet sedeuma região da Turquia que não sofria tremores dessa magnitude havia maisvaidebet sede200 anos.

Então, tanto a população quanto as edificações stavam pouco preparadas.

Bárbara afirma que ela mesmo nunca passou por uma simulaçãovaidebet sedeterremoto. “Estava despreparada, não sabia como agir”, diz.

O Brasil fica bem no centro da placa tectônica sul-americana, então não costuma sentir grandes abalos.

Normalmente, não passamvaidebet sede5vaidebet sedemagnitude, medidos pela Escalavaidebet sedeMagnitudevaidebet sedeMovimento, que substituiu a escala Richter, considerada mais imprecisa.