O plano ultrassecreto dos EUA para detonar uma bombaapp galera bethidrogênio na Lua que nunca foi realizado:app galera bet

As bombasapp galera bethidrogênio eram muito mais destrutivas do que a bomba atômica lançada sobre Hiroshimaapp galera bet1945 e consideradas o que haviaapp galera betmais modernoapp galera betarmamento nuclear na época.

Entre maioapp galera bet1958 e janeiroapp galera bet1959, Reiffel produziu, a pedidoapp galera betmemebros do alto escalão da Força Aérea americana, vários relatórios sobre a viabilidade do projeto.

Inacreditavelmente, um dos cientistas que apoiou esse plano foi o astrônomo Carl Sagan (1934-1996), que se tornaria um ícone desse campo.

Na verdade, a existência do projeto só foi descoberta na décadaapp galera bet1990 porque Sagan o mencionouapp galera betum requerimento para uma universidadeapp galera betelite nos EUA.

Batalha espacial

Embora se acredite que o plano poderia ter ajudado a responder algumas questões científicas rudimentares sobre a Lua, o principal objetivo do Projeto A119 era uma demonstraçãoapp galera betforça.

A bomba explodiria na linha entre os lados claro e escuro da Lua, conhecida como terminador ou zonaapp galera betcrepúsculo, para criar um flashapp galera betluz brilhante que qualquer um, mas especialmente no Kremlin, poderia ver a olho nu.

A ausênciaapp galera betuma atmosfera significava que não haveria nuvemapp galera betcogumelo nuclear.

Existe apenas uma explicação convincente para propor um plano tão sombrio, eapp galera betmotivação estáapp galera betalgum ponto entre insegurança e desespero.

Na décadaapp galera bet1950, não parecia que os Estados Unidos estavam vencendo a Guerra Fria.

Havia uma sensação, alimentada por políticos americanos e pela própria opinião pública,app galera betque a União Soviética (URSS) estava à frente na corrida nuclear, especialmente no desenvolvimento e númeroapp galera betbombardeiros e mísseis nucleares.

Posteriormente, descobriu-se que esses temores eram infundados.

Mas os Estados Unidos tinham motivos para suspeitar que estavam ficando para trás, apesarapp galera betterem realizado a primeira explosãoapp galera betuma bombaapp galera bethidrogênioapp galera bet1952.

Para surpresaapp galera betWashington, os soviéticos conseguiram explodir a deles apenas três anos depois, e então,app galera bet1957, Moscou deu um grande salto na corrida espacial com o lançamento do Sputnik 1, o primeiro satélite artificialapp galera betórbita ao redor do mundo.

Contribuiu para o nervosismo dos americanos o fatoapp galera betque o Sputnik tenha sido lançadoapp galera betum míssil balístico intercontinental soviético — embora modificado — e que a própria tentativaapp galera betWashingtonapp galera betlançar um satélite tenha terminadoapp galera betum fracasso retumbante.

Imagens do foguete Vanguard transformando-seapp galera betuma enorme bolaapp galera betfogo deram a volta pelo mundo.

Na ocasião, um cinejornal britânico descreveu o episódio sem rodeios: "O (foguete) Vanguard falhou... um grande revés no campo do prestígio e da propaganda...".

Enquanto isso, nas escolas americanas, os alunos eram expostos ao famoso filme informativo Duck and Cover, no qual Bert, uma tartaruga animada, ensinava às crianças o que fazer no casoapp galera betum ataque nuclear.

Mais tarde naquele ano, jornais americanos, citando uma fonteapp galera betinteligência do alto escalão, noticiaram que "os soviéticos bombardearão H (hidrogênio) na Lua no aniversário da Revolução, 7app galera betnovembro".

Outras reportagens indicavam que os soviéticos podiam já estar planejando lançar um foguete com armas nucleares contra a Lua.

Tal como acontece com outros rumores da Guerra Fria, suas origens são difíceisapp galera betdecifrar.

Estranhamente, esse mesmo temor provavelmente motivou os soviéticos a levar seus planos adiante.

Um deles, com o codinome E4, era uma imitação do americano e acabou sendo descartado por Moscou por motivos semelhantes: medoapp galera betque um lançamento fracassado pudesse fazer com que a bomba caísseapp galera betsolo soviético, o que teria sido um "incidente internacional altamente indesejável".

Pode ser que eles tenham percebido que pousar na Lua seria mais vantajoso.

'Tecnicamente viável'

Em 2000, Reiffel disse que o projeto era "tecnicamente viável" e que a explosão teria sido visível na Terra.

Pelo visto, houve pouca preocupação com os possíveis danos causados ao ambiente lunar primitivo, pelo menos por parte da Força Aérea dos EUA.

"O Projeto A119 foi uma das várias ideias lançadas como resposta ao Sputnik", diz Alex Wellerstein, historiador da ciência e tecnologia nuclear.

"Outra foi abater o Sputnik. Essas ideias estapafúrdias... projetadas mais para impressionar as pessoas."

"O que os americanos fizeram no final foi colocar seu próprio satéliteapp galera betfuncionamento, e isso levou um poucoapp galera bettempo, mas eles continuaram com o projeto A119 com alguma seriedade, pelo menos até o final dos anos 1950", acrescenta o historiador.

Na visãoapp galera betWellerstein, "foi um período bastante interessante sobre o tipoapp galera betmentalidade americana da época. Essa necessidadeapp galera betque, para competir, era preciso criar algo muito impressionante".

"Acho que, nesse caso, era impressionante e aterrorizante ao mesmo tempo", opina.

No entanto, Wellerstein não sabe dizer até que ponto os físicos estavam mesmo engajados no projeto. Era uma épocaapp galera bet"caça à bruxas" e muitos temiam que pudessem ser acusadosapp galera betsimpatizantes do comunismo se se afastassemapp galera betprojetos desse tipo.

"Qualquer um que ocupou esses cargos (no projeto)_ provavelmente o fez porque estava motivado até certo ponto", opina.

"Eles não se importavamapp galera betrealizar o trabalho. Se tivessem medo, poderiam ter feito um milhãoapp galera betoutras coisas. Muitos cientistas fizeram isso na Guerra Fria; foram fazer outras coisas pois a física havia se tornado política demais."

Foco lunar

Outro pontoapp galera betinflexão teria sido a Guerra do Vietnã, que pode ter provocado uma espécieapp galera betexameapp galera betconsciência.

Bleddyn Bowen, especialistaapp galera betpolítica espacial e relações internacionais no espaço sideral, diz que os projetos como o A119 fizeram parte da "ondaapp galera bet'espaçomania' típica dos final dos anos 1950 e início dos anos 1960", mas recebiam pouca atenção fora da comunidade espacial.

"Se houver algo como esse tipoapp galera bethisteria lunar novamente, isso vai contra a ordem legal internacional estabelecida... acordada por quase todos os países do mundo", assinala ele.

E esses planos poderiam ressurgir, apesar do consenso internacional?

"Ouvi algum burburinho vindoapp galera betalguns lugares e do Pentágono sobre a Força Espacial dos EUA estudando missões para o ambiente lunar", afirma Bowen.

A questão, porém, é que se algumas das ideias mais malucas não foram levadas a cabo pelos Estados Unidos, isso não significa que elas não possam ter sucessoapp galera betoutros países, como a China.

"Não ficaria surpreso se houvesse um grupo na China que quisesse promover algumas dessas ideias porque estãoapp galera betolho na Lua e trabalham nas forças armadas", acrescenta Bowen.

A maioria dos detalhes do Projeto A119 permanece envolvidaapp galera betmistério. Aparentemente, muitos deles foram destruídos.