5 polêmicas sobre a nova reforma do Ensino Médio:grupo de apostas esportivas
Apresentada como uma medida provisória (MP), a reformulação já entrougrupo de apostas esportivasvigor mas, na prática, não há efeitos reais, já que ainda será analisada pelo Congresso, e seu conteúdo pode ser alterado por meiogrupo de apostas esportivasvotações na Câmara e no Senado. Esses procedimentos devem ocorrergrupo de apostas esportivas120 dias ou a MP deixagrupo de apostas esportivaster valor legal.
A BBC Brasil listou as principais polêmicas geradas pelo anúncio da reforma - que atinge escolas públicas e privadas - e conversou com especialistasgrupo de apostas esportivaseducação com diferentes opiniões sobre o tema.
1. A 'flexibilização' do currículo e as disciplinas que podem passar a ser optativas
O MEC acredita que ao permitir que alunos e escolas possam escolher o aprofundamentogrupo de apostas esportivasalgumas matérias vai colocar o currículo do ensino médio maisgrupo de apostas esportivassintonia com as necessidades do aluno. "Os jovens poderão escolher o currículo mais adaptado às suas vocações. Serão oferecidas opções curriculares, e não mais imposições", disse, na quinta-feira, o presidente Michel Temer.
O diretor do Instituto Ayrton Senna, Mozart Neves Ramos, concorda: "Com as atuais 13 disciplinas, a verdade é que o aluno vê tudo e não vê nada. Com a mudança, haverá mais direcionamento para o que ele quer seguir, para seus interesses. Precisamosgrupo de apostas esportivasum currículo que dialogue com o mundo juvenil e que seja mais direcionado,grupo de apostas esportivasconformidade inclusive com o endereço do estudante."
No entanto, o coordenador Geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação (CNDE), Daniel Cara, as medidas criam uma cortinagrupo de apostas esportivasfumaça para o cerne do problema.
"Essa reforma é uma falácia, porque não resolve as questões estruturais, como a formaçãogrupo de apostas esportivasprofessores e pontos que eram demandas dos estudantes que ocuparam as escolas, como a redução do númerogrupo de apostas esportivasalunos por classe. De nada adianta ênfasegrupo de apostas esportivasexatas ou humanidades, se o professor for mal preparado, se não houver recurso", afirma.
Além disso, ele questiona a flexibilizaçãogrupo de apostas esportivasalgumas matérias: "Artes, educação física, filosofia ou sociologia têmgrupo de apostas esportivasser obrigatórias. Sem elas, não há formação completagrupo de apostas esportivasum cidadão".
2. Carga horária ampliada
Segundo o plano proposto, gradualmente, as escolas passarão a ser integrais, passando a carga horáriagrupo de apostas esportivas800 para 1.400 horas anuais. Assim, os alunos passarão a ficar sete horas por dia na aula.
Defensores da ampliação da duração das aulas afirmam que ela é eficiente quando embasada um projeto pedagógico sólido. Pernambuco, por exemplo, vem investindo na educaçãogrupo de apostas esportivasperíodo integral aliada a outras apostas, e obteve melhora nos índices educacionais.
Mas, na opiniãogrupo de apostas esportivasDaniel,grupo de apostas esportivasnada adianta ampliar a quantidadegrupo de apostas esportivashoras sem qualidade. "Uma carga horáriagrupo de apostas esportivascinco horas ruim - como já acontece - fica ainda pior se forgrupo de apostas esportivassete horas. Haverá um desinteresse ainda maior por parte dos alunos, especialmente ao se tirar as disciplinas que eles tendem a gostar, como educação física e artes."
O governo reiterou que essa mudança será bastante lenta e gradual e que não há metas para a essa implementação.
3. Medida Provisória: ação necessária ou 'canetada'?
O fatogrupo de apostas esportivasas reformas terem sido feitas via MP foi outro ponto polêmico:grupo de apostas esportivasum lado, há quem acredite que os péssimos índices no Ensino Médio exigiam uma medida urgente, enquanto,grupo de apostas esportivasoutro, há a defesagrupo de apostas esportivasque uma mudança dessas exige um debate maior.
"Na prática, a MP foi uma maneira para colocargrupo de apostas esportivasprática o projetogrupo de apostas esportivaslei (PL 6840), que tramita desde 2013. Se esperássemos, esse projeto poderia ser implementado sógrupo de apostas esportivas2019. Já houve debate demais, já esperamos tempo demais", afirma Mozart, do Instituto Ayrton Senna.
Já na opiniãogrupo de apostas esportivasDaniel, a MP foi uma "canetada perigosa".
"Em nenhum lugar do mundo uma reforma dessa envergadura é colocadagrupo de apostas esportivasprática dessa forma. Na Austrália se levou dois anos, na Finlândia, 10. É preciso um debate sério, é preciso ouvir professores e alunos. A MP é autoritária, permitindo que o Executivo aja como um superlegislador. Houve pressa para atender a demandasgrupo de apostas esportivasgrupos educacionais."
4. Primeiro passo ou confusão e despreparo?
As idas e vindas por parte do governo e a faltagrupo de apostas esportivasdetalhamentogrupo de apostas esportivasfatores como quando exatamente as medidas devemgrupo de apostas esportivasfato entrargrupo de apostas esportivasvigor e quem vai bancá-las provocou polêmica entre os especialistas.
"É preciso tergrupo de apostas esportivasmente que a MP é apenas um primeiro passo. Agora, precisamos ficar atentos para os próximos, especialmente a articulação com os estados, algo muito desafiador", afirma Mozart. "É claro que o MEC falhou, podia ter divulgado um documento melhor, mais claro. Mas é uma reforma promissora, estou otimista."
Daniel, no entanto, afirma que as idas e vindas do governogrupo de apostas esportivasapenas um dia mostram a "fragilidade total da reforma".
Uma outra potencial confusão apontada por analistas está no fatogrupo de apostas esportivasas escolas não serem obrigadas a oferecer as cinco ênfases previstas. Movimentos estudantis já estão questionando esse ponto - entre outros - já que ele poderia obrigar um aluno que quer se focargrupo de apostas esportivasLinguagens, por exemplo, a mudargrupo de apostas esportivasescola, caso agrupo de apostas esportivasnão ofereça essa ênfase. Para os alunos, isso poderia levar a um entrave semelhante aos problemas que enfrentaram no ano passado, com a proposta reorganização da rede.
5. Como exatamente as alterações serão financiadas egrupo de apostas esportivasqual prazo?
O MEC nega que as mudanças implicarãogrupo de apostas esportivasmais gastos para os Estados, afirmando que o grosso dos recursos para se colocargrupo de apostas esportivasprática as mudanças será repassado pelo próprio Ministério.
"Basta olhargrupo de apostas esportivasperto para ver que não vai ter dinheiro para implementar mudanças como a da carga horária, especialmente quando se olha o que está sendo proposto na PEC 241, que limita os gastos nessa área", afirma Daniel,grupo de apostas esportivasreferência à Propostagrupo de apostas esportivasEmenda à Constituição que trata da limitação dos gastos públicos, integrando as novas medidas econômicas do governogrupo de apostas esportivasMichel Temer, inclusive no setor educacional.
Na rede privada, representantes já disseram que haverá aumento na mensalidade para se bancar mais horas/aulas, por exemplo.
Até o momento, está claro que apesargrupo de apostas esportivasa MP ter efeito imediato, as medidas devem ser debatidas e estarem definidas "em meadosgrupo de apostas esportivas2017", segundo o governo. Assim, devem entrargrupo de apostas esportivasvigorgrupo de apostas esportivasfato no ano letivogrupo de apostas esportivas2018.