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Após afastamento, reprovação a Temer chega a 70% e avaliação8 bets.netDilma melhora, diz pesquisa:8 bets.net
Danilo Cersosimo, diretor na Ipsos Public Affairs e responsável pela pesquisa, diz que a baixa popularidade8 bets.netTemer é explicada por três fatores: a falta8 bets.netuma agenda clara8 bets.netmudanças, a imagem8 bets.netpolítico tradicional e o contexto turbulento no qual governa.
Segundo Cersosismo, por não ter passado por eleições, Temer não teve um conjunto8 bets.netmedidas apresentado e aprovado pela população. Seus problemas8 bets.netcomunicar as ações intensificariam o problema. Soma-se a isso o momento8 bets.netinstabilidade, com escândalos8 bets.netcorrupção, Congresso arredio, queda8 bets.netministros e a própria interinidade8 bets.netsua gestão.
"Dado que não passou por um crivo popular, não teve uma agenda aprovada e nunca foi gestor, não se sabe o que esperar dele."
O diretor da Ipsos lembra que o peemedebista não foi escolhido pelos brasileiros como o sucessor8 bets.netDilma, mas que8 bets.netposse foi consequência8 bets.netuma vontade8 bets.nettirá-la do poder.
"Era muito mais o impeachment dela, do que uma esperança que se depositava nele. O pensamento era: com ela se tornou tão insustentável que é impossível o vice ser pior."
Os resultados ruins para Temer e a leve recuperação8 bets.netDilma, no entanto, não significam que houve uma transferência8 bets.netpopularidade ou um certo saudosismo, alertam os especialistas.
Para Cersosismo, o aumento da aprovação da petista se explica por seu afastamento. Ela não estaria mais no "olho do furacão", o que diminuiria o desgaste8 bets.netsua imagem. O culpado pelos problemas agora seria Temer, alvo da opinião pública.
Já o cientista político e professor do Insper Carlos Melo vê um processo8 bets.netvitimização gerado pelo impeachment.
O discurso8 bets.netgolpe teria reunido uma base social mais8 bets.netesquerda que, mesmo crítica à presidente afastada, estaria defendendo seu mandato. Dessa forma, ao responderem que aprovam a petista, não necessariamente elogiam a8 bets.netgestão, mas se mostram contrários a um processo supostamente antidemocrático.
Corrupção e economia
Melo explica que até o ano passado Temer era um grande desconhecido e as avaliações sobre ele eram mais dúvidas com viés positivo ou negativo.
A partir do começo8 bets.netseu governo, com um gabinete criticado pela falta8 bets.netmulheres, a saída8 bets.nettrês ministros, supostas ameças à continuidade da Lava Jato e vários recuos, muitas das interrogações se tornaram visões críticas.
Para o professor, dois pontos pesam nessa definição: os casos8 bets.netcorrupção e a falta8 bets.netrespostas imediatas para os problemas políticos e econômicos.
"Ele cometeu um erro inegável ao compor o gabinete com um monte8 bets.netgente investigada. Colocar o (Romero) Jucá como segundo ministro mais importante foi um erro. Isso é percebido (pela população)."
Jucá teve8 bets.netdeixar o Ministério do Planejamento horas após o jornal Folha8 bets.netS. Paulo divulgar uma gravação8 bets.netque ele sugere uma articulação para conter a Operação Lava Jato, estratégia que incluiria o impeachment da então presidente. Ele também é investigado por suposto envolvimento no esquema8 bets.netcorrupção da Petrobras.
Segundo Rita Biason, coordenadora do Centro8 bets.netEstudos e Pesquisas sobre Corrupção da Unesp, esperava-se que a equipe do interino não estivesse tão envolvida com a Lava Jato e oferecesse um período8 bets.nettranquilidade8 bets.netmeio a tantos escândalos. O que não aconteceu.
"É a corrupção que continua, acrescida à crise e ao desemprego. O brasileiro é mais sensível aos problemas políticos8 bets.nettempos8 bets.netdificuldade econômica. Quando há uma prosperidade, ele não olha muito, a exemplo do que aconteceu no mensalão."
Sobre a economia, Melo diz que as ações anunciadas até então, como a PEC que estipula um teto para o crescimento dos gastos públicos, ainda são abstratas. Elas dão sinais positivos para o mercado e os empresários, mas não dizem muito para o cidadão comum.
"Nada disso significou queda8 bets.netdesemprego ou aumento8 bets.netrenda, e é o que as pessoas veem."
Avaliação do governo
A falta8 bets.netmudanças na política e na economia, diz o diretor da Ipsos, também foi o fator crucial para a má avaliação do governo interino na pesquisa. Em junho, para 43% dos entrevistados, o governo federal era ruim ou péssimo. O número é menor do que o último registrado no mandato8 bets.netDilma - 69% - mas é um mau começo, pondera Cersosismo.
A queda na reprovação não foi traduzida8 bets.netaprovação (que caiu8 bets.net9% para 6%), mas no aumento do "regular' (de 21% para 29%) e do "não sabe/não respondeu" (de 2% para 22%), o que seria um resultado comum nesses primeiros meses8 bets.netgestão.
"É como se as pessoas estivessem esperando mais para avaliar", diz o diretor da Ipsos.
Rumo do país
Além8 bets.netindicar a desaprovação do presidente interino e8 bets.netseu governo, o levantamento também mostrou pessimismo quanto ao futuro do país. Para 89% dos entrevistados, o Brasil está no rumo errado. A porcentagem se mantém no patamar dos 90% desde junho8 bets.net2015.
Após o processo8 bets.netimpeachment, não deveria se esperar uma visão mais otimista? O cientista político Carlos Melo afirma que não.
"Isso passa pela autoestima. O governo A pode ser um pouco melhor do que o B, mas o país no geral não está bem. A violência, a insegurança, o sentimento8 bets.netinfelicidade....o governo é parte desse mal estar, mas não é o todo."
A falta8 bets.netcredibilidade dos políticos e da política estariam incluídos nesse ceticismo, diz Melo.
"O que deputados, senadores e governadores falam é pouco assimilado. Toda a ideia8 bets.netlíder está8 bets.netcrise."
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