A curiosa influência dos idiomas na sensaçãoos betstempo e espaço:os bets

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Legenda da foto, Os idiomas podem exercer efeito fascinante sobre a formaos betsque pensamos sobre o tempo e o espaço

E, aparentemente, os idiomas podem exercer efeito fascinante sobre a formaos betsque pensamos sobre o tempo e o espaço.

A relação entre o idioma e a nossa percepção dessas duas importantes dimensões é o centroos betsuma questão debatida há muito tempo: o pensamento é universal e independente da linguagem ou o idioma determina nossos pensamentos?

Poucos pesquisadores acreditam hojeos betsdia que os nossos pensamentos são inteiramente moldados pelo idioma — afinal, sabemos que os bebês pensam antesos betscomeçar a falar. Mas cada vez mais especialistas acreditam que o idioma pode influenciar como pensamos, da mesma forma que os nossos pensamentos e a nossa cultura podem moldar o desenvolvimento dos idiomas.

"É realmente uma viaos betsmão dupla", segundo a linguista Thora Tenbrink, da Universidadeos betsBangor, no Reino Unido. E, para o psicólogo cognitivo Daniel Casasanto, da Universidade Cornell, nos Estados Unidos, é difícil ignorar as evidênciasos betsque o idioma influencia o pensamento.

Sabemos, por exemplo, que as pessoas se lembram das coisas às quais prestam mais atenção. E diferentes idiomas nos forçam a prestar atençãoos betsuma sérieos betscoisas diferentes, que podem ser o gênero, o movimento ou as cores.

"Este é um princípio cognitivo que, eu acho, ninguém mais contesta", afirma Casasanto.

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Legenda da foto, Mesmo a direçãoos betsque se lê um idioma escrito pode ter influência

Os idiomas e o tempo

Linguistas, neurocientistas, psicólogos e outros profissionais vêm tentando há décadas descobrir as formasos betsque o idioma influencia os nossos pensamentos. Muitas vezes, eles se concentramos betsconceitos abstratos, como o tempo e o espaço, que são abertos a interpretações. Mas conseguir resultados científicos não é fácil.

Se compararmos apenas o pensamento e o comportamento das pessoas que falam diferentes idiomas, é difícil ter certeza se as diferenças não se devem à cultura, à personalidade ou a outro fator completamente diferente.

O papel central desempenhado pelo idioma na nossa expressão também dificultaos betsseparação das outras influências. Mas existem formasos betscontornar esse dilema.

Sabemos, por exemplo, que as pessoas frequentemente usam metáforas para pensaros betsconceitos abstratos — "preço alto", "tempo longo" ou "mistério profundo", por exemplo.

Casasanto ensina frequentemente às pessoas no seu laboratório o usoos betsmetáforasos betsoutros idiomas (naos betsprópria língua) e pesquisa qual o impacto naos betsformaos betspensar.

Desta forma, você não está comparando pessoasos betsculturas diferentes, o que pode influenciar os resultados. Você está se concentrandoos betscomo o pensamento é alterado nas mesmas pessoas, da mesma cultura, falandoos betsduas formas diferentes. As diferenças culturais são retiradas da equação.

A cientista cognitiva Lera Boroditsky, uma das pioneiras das pesquisas sobre como o idioma manipula nossos pensamentos, demonstrou que os falantes do idioma inglês tipicamente observam o tempo como uma linha horizontal.

Eles podem transferir reuniões para frente ou trazer os prazos para trás. Eles também tendem a observar o tempo como se movendo da esquerda para a direita, muito provavelmente da mesma forma que você está lendo este textoos betsportuguês, ou da formaos betsque a língua inglesa também é escrita.

Esta relação entre o tempo e a direçãoos betsescrita do texto também se aplica a outros idiomas. Os falantes nativosos betshebraico, por exemplo, leem e escrevem da direita para a esquerda e imaginam o tempo seguindo a mesma direção do seu texto.

Se você pedir para um falanteos betshebraico colocar fotografiasos betsordem cronológica, muito provavelmente ele começará com as imagens mais antigas à direita e irá posicionar as mais recentes à esquerda.

Já os falantesos betsmandarim, muitas vezes, idealizam o tempo como uma linha vertical - a parteos betscima representa o passado e aos betsbaixo, o futuro. Eles usam a palavra 下, xià ("baixo") para falar sobre eventos futuros, por exemplo. Assim, "a próxima semana" fica, literalmente, "a semana para baixo".

E, como ocorre com o inglês e o hebraico, também estáos betsacordo com a formaos betsque o mandarim era lido e escrito tradicionalmente -os betslinhas verticais,os betscima para baixo.

Esta associação entre a forma como lemos e organizamos o tempo nos nossos pensamentos também traz impactos sobre a nossa cognição temporal. Falantesos betsdiferentes idiomas processam informações sobre o tempo com mais rapidez se estiverem organizadas na mesma direção da escrita do seu idioma.

Um experimento demonstrou, por exemplo, que as pessoas que falam inglês como única língua determinavam com mais rapidez se uma imagem era do passado ou do futuro (representado por imagensos betsficção científica) se o botão que eles precisavam pressionar para indicar o passado estivesse à esquerda do botão do futuro, do que se eles estivessem na posição inversa.

Para os falantesos betsinglês, não fazia diferença se os botões fossem colocados um acima ou abaixo do outro.

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Legenda da foto, O aimará e uma língua aglutinante como o quechua, o japonês e o turco

O tempo dos bilíngues

Tudo começa a ficar mais estranho quando observamos as mentesos betspessoas que falam fluentemente maisos betsum idioma.

"Com os bilíngues, você está literalmente observando dois idiomas diferentes na mesma mente", explica o linguista Panos Athanasopoulos, da Universidadeos betsLancaster, no Reino Unido. "Isso significa que você pode estabelecer um papel causal da língua sobre a cognição, se concluir que o mesmo indivíduo altera seu comportamento quando muda o contexto do idioma."

Falantes bilínguesos betsmandarim e inglês que moramos betsSingapura demonstraram preferência pelo mapeamento do tempo mental da esquerda para a direita e não ao contrário. Mas, surpreendentemente, esse mesmo grupo também reagiu com rapidez às imagens ordenadas no tempo se o botão do futuro estivesse localizado abaixo do botão do passado -os betssintonia com o idioma mandarim.

Isso,os betsfato, também sugere que os bilíngues podem ter duas visões diferentesos betsdireção do tempo, particularmente se aprenderem os dois idiomas desde cedo.

Mas não estamos necessariamente presos a pensaros betsuma certa maneira para sempre. É fascinante observar que Casasanto demonstrou que é possível reverter rapidamente a representação do tempo mental das pessoas, treinando-as para que leiam textos invertidos no espelho,os betsdireção oposta àquela a que estão acostumadas.

Isso faz com que as pessoas reajam com mais rapidez a indicações que mostrem o tempo correndo no sentido oposto aoos betscostume.

Mas tudo pode ficar ainda mais interessante. Em inglês eos betsvários outros idiomas europeus, nós tipicamente observamos o passado como estando atrásos betsnós e o futuro à nossa frente. Em sueco, por exemplo, a palavra para "futuro", framtid, significa literalmente "tempo à frente".

Mas,os betsidioma aimará - falado pelo povo aimará, que vive nos Andes da Bolívia, Chile, Peru e Argentina - a palavra para futuro significa "tempo atrás". O raciocínio é que, como não podemos ver o futuro, ele deve estar atrásos betsnós.

De fato, quando os aimarás falam sobre o futuro, eles costumam fazer gestos voltados para trás. Já as pessoas que falam espanhol, por exemplo, que veem o futuro àos betsfrente, gesticulam para frente.

Da mesma forma que os aimarás, os falantesos betsmandarim também imaginam o futuro atrás deles, chamando "anteontem"os bets"diaos betsfrente" e "depoisos betsamanhã"os bets"dia atrás". E as pessoas bilíngues que falam inglês e mandarim tendem a alternar entre o conceitoos betsfuturo à frente e atrás, às vezesos betsforma conflitante.

Casasanto observou também que as pessoas costumam usar metáforas espaciais para falar sobre a duração do tempo. Em inglês, francês, alemão e nos idiomas escandinavos, por exemplo, uma reunião pode ser "longa" e um feriado, "curto", da mesma forma queos betsportuguês.

Casasanto demonstrou que essas metáforas são mais do que formasos betsfalar. As pessoas conceitualizam os "comprimentos"os betstempo como se fossem linhas no espaço.

Inicialmente, ele acreditava que fosse algo universal, para todas as pessoas, independentemente do idioma que elas falam. Mas, ao apresentar suas conclusõesos betsuma conferência na Grécia, ele foi interrompido por uma pesquisadora local que insistia que isso não era correto no seu idioma.

"Minha primeira reação foi um tanto depreciativa", admite Casasanto, que acabou dobrandoos betsaposta. Mas ele conta que,os betsum dado momento, "parouos betsfalar e começou a ouvir".

E o resultado mudou o curso daos betspesquisa para concentrar-se nas diferenças relativas ao idioma, não mais no pensamento universal. Ele descobriu que, na Grécia, as pessoas tendem a ver o tempo como uma entidade tridimensional, como uma garrafa, que pode estar cheia ou vazia. Por isso,os betsgrego, uma reunião não é "longa", mas sim "grande" ou "muita", enquanto um intervalo não é "curto", mas sim "pequeno". E o mesmo ocorreos betsespanhol.

"Eu posso falaros bets'tempo longo' [em inglês ou português], mas, se usar essa expressãoos betsgrego, as pessoas irão achar engraçado", explica Athanasopoulos, que é falanteos betsgrego nativo. "Eles irão pensar que estou usandoos betsforma poética ou para enfatizar algo."

Athanasopoulos achou fascinantes as conclusõesos betsCasasanto e começou a investigar essa questão.

Ele colocou falantesos betssueco eos betsespanholos betsfrente a uma telaos betscomputador e pediu a eles que estimassem quanto tempo havia passado enquanto assistiam a uma linha crescer ou a um recipiente ficar cheio. A questão é que os dois eventos ocorriamos betsvelocidades diferentes.

Os falantesos betssueco como único idioma enganaram-se facilmente quando foi exibida a linha. Eles acreditavam que uma linha mais longa significava que havia decorrido mais tempo, mesmo quando não fosse o caso. Mas suas estimativasos betstempo não foram influenciadas pelo enchimentoos betsum recipiente. Já para os falantesos betsespanhol, foi exatamente o contrário.

Athanasopoulos prosseguiu com seus estudos, agora observando falantes bilínguesos betsespanhol e sueco - e suas conclusões foram notáveis.

Quando a palavra para "duração"os betssueco (tid) aparecia no canto superior da tela do computador, os participantes estimavam o tempo usando o comprimento da linha e não eram prejudicados pelo volume do recipiente. Mas, quando a palavra era substituída pelo termoos betsespanhol (duración), os resultados se invertiam completamente.

E o efeito sofrido pelos bilíngues devido às metáforasos betstempo do seu segundo idioma era proporcional àos betsproficiência naquela língua.

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Legenda da foto, Idiomas têm diferentes formasos betsexpressar barreiras linguísticas entre o presente e o futuro

Os idiomas e a física

Essas peculiaridades linguísticas são fascinantes, mas qual o seu impacto real sobre o nosso pensamento?

Casasanto levanta um ponto curioso. Quando você imagina o tempo sobre uma linha, cada ponto é fixadoos betsforma que dois pontos no tempo não possam trocaros betslugar - existe uma seta rígida. Mas,os betsum recipiente, os pontos do tempo estão flutuando e podem ser capazesos betsmudaros betslugar.

"Venho me perguntando há muito tempo se a nossa física do tempo pode ser moldada pelo fatoos betsque os falantesos betsinglês, alemão e francês foram fundamentais paraos betscriação", afirma ele.

É interessante observar que o tempo é um problema cada vez mais delicado na física e a impedeos betsreunir seus diferentes ramos.

Os físicos passaram muito tempo imaginando o tempo como uma seta, avançandoos betsforma estável do passado para o futuro. Mas as teorias modernas são mais complicadas.

Na teoria da relatividade geralos betsEinstein, por exemplo, o tempo não parece fluir na maior escala do universo, o que é uma ideia estranha até mesmo para os físicos. Na verdade, o passado, presente e futuro parecem existir todos simultaneamente - como se fossem pontos flutuandoos betsuma garrafa.

Talvez o tempo como metáfora linear tenha apenas retardado o desenvolvimento da física. "Este seria um efeito bastante surpreendente do idioma sobre o pensamento", destaca Casasanto.

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Legenda da foto, Em inglês eos betsvários outros idiomas europeus, nós tipicamente observamos o passado como estando atrásos betsnós e o futuro à nossa frente

A preocupação com o futuro

Os idiomas também codificam o tempo naos betsgramática. Em português, o futuro é umos betstrês tempos simples, além do passado e do presente. Nós dizemos "choveu", "chove" e "choverá", por exemplo.

Mas,os betsalemão, você pode dizer Morgen regnet, que significa "chove amanhã". Você não precisa conjugar o futuro.

E o mesmo ocorreos betsvários outros idiomas, incluindo o mandarim. Nele, as circunstâncias externas muitas vezes indicam que algo irá acontecer no futuro, como "saioos betsférias no mês que vem" - o que também se dizos betsportuguês, mas apenas informalmente.

Como isso afeta nossa formaos betspensar?

Em 2013, o economista comportamental Keith Chen, da Universidade da Califórniaos betsLos Angeles, nos Estados Unidos, procurou determinar se as pessoas que falam idiomas "sem futuro gramatical" podem sentir-se mais próximas do futuro que as que falam outros idiomas.

Por exemplo, o alemão, chinês, japonês, holandês e as línguas escandinavas não têm barreiras linguísticas entre o presente e o futuro. Já os idiomas "com futuro", como o inglês, francês, italiano, espanhol e grego, incentivam seus falantes a observar o futuro como algo separado do presente.

Ele concluiu que os falantes dos idiomas sem futuro têm mais propensão a dedicar-se a atividades voltadas para o futuro. Eles demonstraram probabilidade 31% maioros betsdepositar dinheiro na poupançaos betsqualquer ano dado e haviam acumulado 39% mais dinheiro para a aposentadoria.

Eles também tinham 24% menos probabilidadeos betsfumar, 29% a maisos betsser fisicamente ativos e 13% menos chanceos betsser clinicamente obesos.

Estes resultados se mantiveram até quando eram controlados fatores como a situação socioeconômica e a religião. E,os betsfato, os países da OECD (o grupo das nações industrializadas) com idiomas sem futuro poupam,os betsmédia, 5% mais do seu PIB por ano.

Pode parecer que esta correlação é um mero acaso e que razões históricas e políticas complexas podem ser as verdadeiras causas. Mas Chen vem investigando desde então se variáveis como a cultura ou a relação entre os idiomas poderiam estar influenciando os resultados.

E, quando ele descontou esses fatores, a correlação ficou mais fraca, mas ainda se manteve na maior parte dos casos. "A hipótese ainda parece surpreendentemente robusta para mim", argumenta Chen.

Ela também é sustentada por um experimento realizadoos bets2018 na cidade bilíngueos betsMeran/Merano, no norte da Itália, onde cercaos betsmetade dos habitantes fala alemão (que não tem futuro gramatical) e a outra metade, italiano (que conjuga o futuro).

Os pesquisadores estudaram 1.154 crianças da escola primária para determinaros betscapacidadeos betsresistir à tentação, perguntando se elas gostariamos betsreceber dois vales (que podiam ser trocados por presentes) no final do experimento ou uma recompensa maior (três, quatro ou cinco vales) dali a quatro semanas.

Eles descobriram que as criançasos betsfala alemã,os betsmédia, tinham 16 pontos percentuais a maisos betsprobabilidadeos betsaguardar para receber um número maioros betsvales do que as criançasos betslíngua italiana - confirmando a hipóteseos betsChen. E os resultados se mantiveram mesmo controlando as atitudesos betsrisco, o QI, os antecedentes familiares e a área residencial das crianças.

As referências espaciais

Os efeitos do idioma podem estender-se ainda mais para o nosso mundo físico, influenciando como nos orientamos no espaço. Diferentes idiomas podem nos forçar a pensaros betstermosos bets"quadrosos betsreferência" específicos.

Como demonstraram Lera Boroditsky eos betscolega Alice Gaby, o povo aborígene australiano Kuuk Thaayorre, por exemplo, usa os pontos cardeais - norte, sul, leste e oeste - para falar atéos betscoisas comuns, como "o copo está a sudoesteos betsvocê".

Isso é chamadoos betsquadroos betsreferência "absoluta": as coordenadas fornecidas são independentes do pontoos betsvista do observador ou da localizaçãoos betsobjetosos betsreferência.

Mas muitos idiomas, incluindo o inglês e o português, usam termos um tanto confusos para orientação espacial, como "perto", "à esquerda", "atrás" ou "acima". E, como se não fosse suficiente, também precisamos calcular a qual quadroos betsreferência eles se aplicam.

Se alguém disser para você pegar as chaves que estão à direita do computador, seria no lado direito do computador ou no lado direitoos betsquem olha para o computador? A primeira perspectiva é chamadaos betsquadroos betsreferência "intrínseca" (que tem dois pontosos betsreferência: o computador e as chaves), enquanto a última é chamadaos betsquadroos betsreferência "relativa" (existem três pontosos betsreferência: o computador, as chaves e o observador).

Isso pode moldar a forma como pensamos e nos orientamos. E é algo a se teros betsmente se você estiver marcando um localos betsencontro com alguém que fala um idioma diferente do seu. Os falantesos betsalguns idiomas, por exemplo, concentram-se mais nas ações do que no contexto mais amplo.

Depoisos betsassistir a vídeos que mostram movimentos, falantesos betsinglês, espanhol, árabe e russo costumam descrever o que aconteceuos betstermosos betsações, como "um homem andando". Já os falantesos betsalemão, africâner e sueco concentraram-se no quadro holístico, incluindo o destino, descrevendo a cena como "um homem andaos betsdireção a um carro".

Panos Athanasopoulos relembra um incidente que expôs claramente como isso pode interferir com a orientação espacial.

Ao trabalharos betsum projeto linguístico, ele saiu para um passeio com um grupoos betspesquisadores estrangeirosos betsuma zona rural da Inglaterra. Eles pretendiam iros betsuma cidade para uma pequena aldeia. Para isso, era preciso atravessar uma propriedade privada andando atravésos betsum campo, segundo uma placa que dizia: "atravesse o campoos betsdiagonal".

Para os falantesos betsinglês e espanhol, era algo intuitivo. Mas uma falanteos betsalemão hesitou, parecendo levemente confusa.

Quando alguém mostrou o caminho através do campo e que, no final, havia uma igreja, ela finalmente concluiu: "Ah, então você quer dizer que devemos andaros betsdireção à igreja?" Ela precisavaos betsum ponto inicial e um destino para visualizar a linha diagonal a que se referia a placa.

À medida que os estudos avançam, fica cada vez mais claro que o idioma influencia a formaos betsque pensamos sobre o mundo à nossa volta e nossos caminhos através dele. O que não significa que uma língua seja "melhor" do que outra. Como defende Thora Tenbrink, "o idioma desenvolve aquiloos betsque seus usuários precisam".

Conhecer como os idiomas são diferentes pode nos ajudar a pensar, transitar e comunicar melhor. E, ainda que ser poliglota não façaos betsvocê necessariamente um gênio, todos nós podemos ganhar novas perspectivas e uma compreensão mais flexível do mundo, aprendendo um novo idioma.

* Miriam Frankel e Matt Warren são jornalistas científicos e autores do livro 'Estamos Pensando com Clareza?'.

- Este texto foi publicadoos betshttp://vesser.net/vert-fut-63639348

Leia a versão original desta reportagem (em inglês) no site BBC Future.