De mochilas a jato a motos voadoras: os veículos aéreos que podemfuteboldasortebreve mudar nossa rotina:futeboldasorte

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Legenda da foto, A Volocopter, com sede na Alemanha, apresentou seu veículo VoloCity ao mercado como o primeiro táxi aéreo movido a eletricidade com licença comercial

Essas aeronaves podem não parecer exatamente como as do mundo imagináriofuteboldasorteBlade Runner. Mas não estão tão distantes.

Bem menor que um avião comercial, a maioria é projetada com rotoresfuteboldasortevezfuteboldasorteasas, que permitem decolagem e pouso vertical. Os rotoresfuteboldasorteinclinação, por exemplo, proporcionam eficiênciafuteboldasortevoos linearesfuteboldasortelongas distâncias, enquanto os multirotores são desenvolvidos para reduzir o ruídofuteboldasortevoos "pairadores".

Mais importante, esses veículos são projetados para oferecer deslocamentos mais rápidos do que os modos tradicionaisfuteboldasortetransporte para os indivíduos, especialmentefuteboldasortecidades congestionadas.

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Legenda da foto, Carros voadores como os mostrados no filme 'Blade Runner',futeboldasorte1982, não estão tão distantes quanto você pode imaginar

Atualmente, o mercado autônomofuteboldasorteaeronaves urbanas ainda é meio que um Velho Oeste. Dezenasfuteboldasortestartups estão competindo para desenvolver jetpacks (mochilas a jato) comerciais, motos voadoras e táxis aéreos pessoais.

Investidoresfuteboldasortecapitalfuteboldasorterisco, companhias automotivas efuteboldasorteaviação (até mesmo a Uber, com seu ambicioso Uber Elevate) estão apostando na indústriafuteboldasorteexpansão, que pode valer até US$ 1,5 trilhãofuteboldasorte2040.

Enquanto isso, as autoridades da aviação discutem as políticas e os padrõesfuteboldasortesegurança que vão reger esse novo setorfuteboldasortetransporte.

A Volocopter, com sede na Alemanha, por exemplo, apresentou seu veículo VoloCity ao mercado como o primeiro táxi aéreo movido a eletricidade com licença comercial, um veículo que um dia funcionará sem piloto.

"É como um Uber Black ou qualquer outro serviço premium", diz Fabien Nestmann, vice-presidentefuteboldasorterelações públicas da Volocopter.

Com algumas diferenças importantes, claro. A princípio, o VoloCity terá espaço para apenas um passageiro. Isso significará um custo mais alto por viagem no início.

Mas a Volocopter espera conquistar a confiança do consumidor antesfuteboldasortefazer a transição para um modelofuteboldasorteautonomia total: um veículo elétrico sem asas movido por nove baterias, que transportará passageiros por uma rede planejadafuteboldasortevertiports — aeroportos para aeronaves que decolam e pousam verticalmente — nas principais cidades .

Os primeiros voos comerciais da VoloCity estão programados para acontecerfuteboldasorte2022.

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Legenda da foto, 'Não queremos que seja um brinquedo para os ricos, mas partefuteboldasorteuma jornada bem integrada para qualquer pessoa na área urbana', diz Fabien Nestmann, da Volocopter

Esses primeiros voos custarão 300 euros (cercafuteboldasorteR$ 2 mil) por passagem. Mas o objetivo da empresa, diz Nestmann, é tornar o custo tão competitivo quanto, digamos, um Uber Black.

"Não queremos que seja um brinquedo para os ricos, mas partefuteboldasorteuma jornada bem integrada para qualquer pessoa na área urbana", afirma.

"Todo mundo deve ter a opçãofuteboldasortecaminhar, dirigir, pedalar ou voar."

Outras empresas fizeram parceria com fabricantesfuteboldasorteautomóveis existentes para criar modelos que planejam desenvolver para um eventual uso comercial. A startup japonesa SkyDrive, por exemplo, recentemente se juntou à Toyota para conduzir um voofuteboldasorteteste do seu táxi aéreo totalmente elétrico, considerado o menor veículo elétrico do mundo que pode decolar e pousarfuteboldasorteposição vertical,

Neste verão, o veículo SD-03 da empresa voou por vários minutos ao redorfuteboldasorteum campofuteboldasorteaviação com um piloto no comando.

"A demanda do consumidor cresceu, mas os seres humanos ainda não ofereceram uma solução clara para o tráfego, mesmo com opções como carros elétricos ou alternativas rápidas como o TGV [trem intermunicipal da França]", diz Takako Wada, representante da SkyDrive.

"Poderia dizer que a mobilidade da SkyDrive foi nutrida pelas demandasfuteboldasorteconsumo, assim como pelos avanços da tecnologia."

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Legenda da foto, Grandes participantes da indústria automobilística efuteboldasorteaviação já notaram o mercadofuteboldasorteveículos voadores: a Toyota, por exemplo, se uniu à start-up japonesa SkyDrive para criar o SD-03, um carro voador tripulado

De fato, esses avanços tornam possível para projetistasfuteboldasorteaeronaves clamar por tempo no ar, por assim dizer. Empresas como Lillium, Wisk, Joby Aviation, Bell e inúmeras outras estão capitalizandofuteboldasorteinovações como propulsão elétrica, que reduz drasticamente as emissõesfuteboldasorteruído, e energiafuteboldasortebateria, que aumenta o alcance.

Para uma indústria incipiente, não faltam projetosfuteboldasorteveículosfuteboldasortedecolagem e pouso verticais (VTOL, na siglafuteboldasorteinglês), oufuteboldasortealtitudes imaginárias que podem ser alcançadas com eles.

Ajuda dos céus

Pense na Gravity Industries, uma empresa aeronáutica com sede no Reino Unido que criou uma mochila a jatofuteboldasorte1.050 cavalosfuteboldasortepotência.

"É um pouco como um carrofuteboldasorteFórmula 1", diz Richard Browning, pilotofuteboldasortetestes chefe e fundador da empresa.

"O Jetsuit é um equipamento especializado que apenas pilotos comerciais profissionais e militares podem pilotar, por enquanto", Browning acrescenta, apontando para uma engenhoca metálica no estilo Batmanfuteboldasorteseu estúdio.

"Algum dia, a mochila a jato pode significar que um super-herói paramédico suspenso no ar pode tomar decisões sobre onde ir e o que fazer."

Este não é um projeto tão absurdo quanto parece: a Great North Air Ambulance Service fez recentemente uma parceria com a Gravity Industries para simular uma missãofuteboldasortebusca e resgate.

Browning voou comfuteboldasortemochila a jato da base do vale escarpadofuteboldasorteLangdale Pikes, no Lake District, na Inglaterra, para o localfuteboldasorteum acidente simulado. A pé, teria sido uma subida árduafuteboldasorte25 minutos. O voo durou 90 segundos.

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Legenda da foto, A empresa britânica Gravity Industries desenvolveu um 'jetpack' que foi testadofuteboldasortesimulaçõesfuteboldasorteoperaçõesfuteboldasorteresgatefuteboldasorteterrenos acidentados

O exercício ilustrou o potencial das mochilas a jatofuteboldasortefornecer serviçosfuteboldasortecuidados intensivosfuteboldasortelocais remotos.

"O sonho do transporte aéreo existe há muito tempo", diz Parimal Kopardekar, diretor do InstitutofuteboldasortePesquisa Aeronáutica da Nasa, agência espacial americana, no CentrofuteboldasortePesquisa Ames no Vale do Silício, na Califórnia.

"Há uma oportunidade poderosa agora para projetar veículos que podem transportar bens e serviços onde a aviação atual não consegue chegar."

Kopardekar é responsável por explorar as tendências da aviação no campofuteboldasorteautonomia e mobilidade aérea avançada, incluindo VTOLs. Dada a complexidade dessa empreitada, a equipe da Nasa precisa abordar e testar todo um ecossistemafuteboldasortefatores: aeronaves, espaço aéreo, infraestrutura, integração da comunidade, padrões climáticos, GPS, normas acústicas, manutenção, cadeiafuteboldasortesuprimentos, aquisiçãofuteboldasortepeças...

É uma lista que revela inúmeros (e nem sempre óbvios) problemas que devem ser resolvidos antes que o compartilhamentofuteboldasorteviagens aéreasfuteboldasortegrande escala se torne realidade.

Reimaginar o voo humano requer veículos que sejam "permitidos nas estradas" e seguros para voar, mas também um público disposto a voar neles.

Os líderes da indústria precisam convencer os usuáriosfuteboldasorteque os VTOLs não são atraentes simplesmente porque a tecnologia é possível, mas porque são preferíveis a outros modosfuteboldasortetransporte — e seguros.

"Você não pode oferecer serviços comerciais sem regimesfuteboldasorteteste extremamente vigorosos", diz Nestmann, que supervisiona as iniciativasfuteboldasorteeducação pública da Volocopter.

"Parte disso é desenvolver a infraestrutura para essas máquinas."

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Legenda da foto, O empresário chinês Zhao Deli construiu uma motocicleta voadora, que pilotoufuteboldasorteum voofuteboldasorteteste na Chinafuteboldasorte2019

Isso pode significar a construçãofuteboldasortehardwaresfuteboldasortevertiports e instalaçõesfuteboldasortearmazenamento equipadas com energia elétrica ou softwares rodando nos bastidores: os sistemas necessários para executar os VTOLs vão exigir sem dúvida automação quase total para coordenar adequadamente os enxamesfuteboldasorteveículos previstos.

Enquanto as aeronaves comerciaisfuteboldasorteque viajamos hoje são monitoradas por controladores humanosfuteboldasorteuma torre, as máquinas voadorasfuteboldasorteamanhã contarão com um UTM — siglafuteboldasorteinglês para GerenciamentofuteboldasorteTráfego Não Tripulado.

Dominando as 'vias do céu'

Este rastreamento digital vai garantir que todos os VTOLs tenham conhecimentofuteboldasorteoutros voosfuteboldasorteseu caminho.

O transporte vertical totalmente automatizado com experiência comprovada pode deixar o público à vontade, mas uma vasta redefuteboldasorteobjetos voadores cria uma sériefuteboldasortenovos desafios. Os VTOLs vão dispensar a necessidadefuteboldasortepistas ou estacionamentos no solo, mas exigirão corredores aéreos e portos no céu dedicados a armazenar os veículos.

Os táxis aéreos podem reduzir o númerofuteboldasortecarros no solo e aumentar a previsibilidade do horáriofuteboldasortechegada e partida, mas o grande númerofuteboldasorteobjetos no céu — edifícios, pássaros, dronesfuteboldasorteentrega e aviões — exigirá que os pilotos (pelo menos, enquanto os VTOLs são pilotados) pratiquem um novo tipofuteboldasortedinâmica para evitar obstáculos.

As "vias do céu", por faltafuteboldasorteum termo melhor, vão precisarfuteboldasorteseu próprio conjuntofuteboldasorteleis.

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Legenda da foto, Um drone sobrevoa um parquefuteboldasorteLondres: conforme mais objetos voadores são criados, as diretrizesfuteboldasortesegurança se tornam cada vez mais essenciais

Além disso, os fabricantes e operadores terãofuteboldasortemostrar que não haverá nenhum dano aos passageiros ou às pessoasfuteboldasortesolo.

Em conjunto com a Administração FederalfuteboldasorteAviação dos EUA e outros órgãos reguladores, a Kopardekar e a equipe da Nasa criaram uma "EscalafuteboldasorteNíveisfuteboldasorteMaturidadefuteboldasorteMobilidade Aérea Urbana", que classifica os veículos, o espaço aéreo e outros sistemasfuteboldasorteuma escalafuteboldasorteum a seis com base na complexidade e densidade urbana.

Eles estão desenvolvendo maneirasfuteboldasortesimplificar as operações da cabinefuteboldasortecomando, com uma combinaçãofuteboldasorteautomação e gerenciamentofuteboldasortecontingência: diretrizes sobre como um VTOL pode responder ao mau tempo, colisãofuteboldasortepássaros ou invasão repentinafuteboldasortemochilas a jato, por exemplo.

Uma proliferaçãofuteboldasortemáquinas voadoras

Os incidentes já mostraram a importância desses tiposfuteboldasortediretrizes:futeboldasorteoutubrofuteboldasorte2020, tripulantesfuteboldasorteum avião comercial próximo ao aeroportofuteboldasorteLos Angeles avistaram um jetpack a maisfuteboldasorte1.828 m — altitude que apresenta sério riscofuteboldasortecolisão.

A Agência Europeia para a Segurança da Aviação (EASA) também criou um conjuntofuteboldasorteespecificações técnicas para VTOLS, embora a agência ainda não tenha decidido como certificá-las.

Essas especificações visam abordar as características únicas dos carros voadores e detalhar padrõesfuteboldasorteaeronavegabilidade, como saídasfuteboldasorteemergência, proteção contra raios, sistemasfuteboldasortetremfuteboldasortepouso e cabines pressurizadas.

"Apesarfuteboldasorteter característicasfuteboldasortedesignfuteboldasorteaviões, helicópteros ou ambos na maioria dos casos, a EASA não foi capazfuteboldasorteclassificar esses novos veículos como aviões convencionais ou helicópteros", informou a EASAfuteboldasortecomunicado.

Em outras palavras, a EASA parece indecisa sobre o que exatamente separa os VTOLS dos jatos comerciaisfuteboldasorteasa fixa ou helicópteros.

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Legenda da foto, Carros voadores como o S-A1 da Hyundai estão obrigando as autoridadesfuteboldasortetráfego aéreo a repensar normas e regulamentos

Claramente, a operação bem-sucedidafuteboldasorteVTOLs exigirá esforços coordenadosfuteboldasortetodos os setores, incluindo governo, tecnologia, transporte, planejamento urbano e alcance público.

Mas o que explica a proliferação repentinafuteboldasortedesenvolvedoresfuteboldasorteVTOL?

Tendências globais como a ascensão do comércio eletrônico, mudanças climáticas, a "gig economy" (economia que girafuteboldasortetorno do trabalho temporário, free-lance ou independente) e uma cadeiafuteboldasortesuprimentos integrada aceleraram o interessefuteboldasorteviagens aéreas pessoais, enquanto falhasfuteboldasortenossa infraestrutura atual e setores relacionados enfatizamfuteboldasortenecessidade.

À medida que cidades como Hong Kong e Pequim atingemfuteboldasortecapacidade máxima, a vida urbana se torna cada vez menos sustentável — embora nossa economia cada vez mais interconectada demande mobilidade constante.

Os efeitos podem transformar nosso deslocamento diário e a vida como a conhecemos.

"No momento, a maioria das pessoas otimiza a vida com base no acesso ao transporte", observa Kopardekar, da Nasa.

"Os VTOLs e drones vão tornar possível alcançar as pessoas onde quer que estejam, para otimizar o transporte com base na vida delas."

As empresas não terão mais que procurar distritos comerciais centrais para suas sedes, enquanto os funcionários podem optar por morarfuteboldasortequalquer lugar ao alcancefuteboldasorteum táxi aéreo.

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Legenda da foto, À medida que cidades como Nova York, Hong Kong e Pequim atingemfuteboldasortecapacidade máxima, a vida urbana se torna cada vez menos sustentável

Ter um VTOL pode se tornar tão acessível e onipresente quanto ter uma bicicleta.

"No nível macro, as cidadesfuteboldasorteexpansão geram uma necessidade crescentefuteboldasortemobilidade dos cidadãos nessas cidades", diz Nestmann, da Volocopter.

"Isso nos leva a repensar a cidade, porque construir tudo ao redor do carro não melhora a qualidadefuteboldasortevida."

Uma transformação urbana

Os congestionamentosfuteboldasortetrânsito desgastam as rodoviasfuteboldasortenossas cidades e os carros que dirigimos nelas, contribuindo para as emissões que, porfuteboldasortevez, ameaçam os delicados ecossistemasfuteboldasortenosso planeta e nossa própria saúde.

Enquanto isso, eVTOLS (que são elétricos) reduzirão drasticamente as emissões ou a dependência do combustível a diesel.

O número crescentefuteboldasortecarros voadores vai naturalmente dar origem a uma mudança na forma como nossas cidades são estruturadas à medida que ficam mais altas, os pousos nos telhados se expandem e as rodovias aéreas conectam a superarranha-céus, liberando espaço abaixo.

A presençafuteboldasortemenos carrosfuteboldasortesolo vai reduzir o congestionamento e pode dar origem a parques e espaços verdes.

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Legenda da foto, O número cada vez maiorfuteboldasortecarros voadores vai levar naturalmente a uma mudança no layout da forma como nossas cidades estão estruturadas

"No longo prazo —futeboldasorte2045futeboldasortediante — os empreendimentos e os espaços verdes se tornarão muito mais integrados", diz Kopardekar.

"Embora possamos nunca eliminar metrôs e estradas, podemos reduzirfuteboldasortepegada com essas máquinas."

Os VTOLs têm vastas implicações para o futuro do transporte, vida pessoal e profissional, consumo, design urbano e até saúde e ecologia. Em 2030, os consumidores poderão apertar um botão e pedir um táxi aéreo direto para seu escritório conectado à nuvem.

Nas décadas seguintes, podemos ter cada vez menos razões para descer à terra, conduzindo nossos negócios e nossas vidas no topofuteboldasorteuma cidade no céu.

"Uma milha na estrada te leva a apenas uma milha", diz Kopardekar.

"Uma milhafuteboldasorteaviação pode te levar a qualquer lugar."

futeboldasorte Leia a versão original futeboldasorte desta reportagem (em inglês) no site BBC Future futeboldasorte .

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