Coronavírus: como convencer seus familiarespoker edgeque a quarentena é necessária:poker edge

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Legenda da foto, O distanciamento social é uma forma eficazpoker edgecontrolar a disseminação da covid-19

Para alguns, como Karen Swallow Prior, no Estado americano do Maine, isso levou a uma inversão geracionalpoker edgepapéis — ela tentava convencer seus pais idosos a não escapar para a cidade.

Diante do fatopoker edgeque órgãospoker edgesaúde pública, como a Organização Mundialpoker edgeSaúde (OMS), o Serviço Nacionalpoker edgeSaúde do Reino Unido (NHS), os Centrospoker edgeControle e Prevençãopoker edgeDoenças dos EUA (CDC), entre outros, estão deixando claro que existem maneiras eficazespoker edgeretardar a propagação da covid-19, evitando o contato próximo com outras pessoas, por que tantos deixampoker edgeprestar atenção mesmo após a introduçãopoker edgemedidas rígidas?

E como você pode convencer as pessoas a começarem a cuidarpoker edgesi mesmas e das pessoas ao seu redor?

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Legenda da foto, Quando se saipoker edgepúblico, é preciso tomar alguns cuidaos, como usar máscara

Uma pesquisa descobriu que pessoas nos EUA e no Reino Unido entenderam logo cedo quais eram medidaspoker edgesaúde pública para conter o vírus, diz Pascal Geldsetzer, pesquisador da Escolapoker edgeSaúde Pública T.H. Chan, da Universidadepoker edgeHarvard.

Em um estudo realizado entre 23poker edgefevereiro e 2poker edgemarço, Geldsetzer usou um questionário on-line para perguntar a 2.986 pessoas nos EUA e 2.988 no Reino Unido sobre suas opiniões epoker edgecompreensão do novo coronavírus.

A maioria dos participantes (93% nos EUA e 86% no Reino Unido) sabia quais medidas poderiam impedir a disseminação do vírus: lavar as mãos, evitar contato próximo com pessoas doentes e evitar tocarpoker edgeseu rosto. Mas há uma diferença entre saber quais ações podem reduzir a transmissão do vírus e colocá-laspoker edgeprática. (Leia mais sobre por que é tão difícil pararpoker edgetocarpoker edgeseu rosto)

Espíritopoker edgeguerra

Uma das razões pelas quais isso é tão difícil pode ser que, quando se tratapoker edgeuma crise, geralmente procuramos experiências passadas para entendê-la.

Há um exemplo histórico óbvio a ser usadopoker edgepaíses onde as epidemiaspoker edgeSíndrome Respiratória do Oriente Médio (Mers, na siglapoker edgeinglês) e Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars, na siglapoker edgeinglês), ambas causadas por outros tipospoker edgecoronavírus, ocorreram anteriormente.

Mas mesmo no Canadá, que era um pontopoker edgeacesso da Sars, o impacto desse conhecimento parece ter se dissipado, diz Jacalyn Duffin, professora eméritapoker edgeHistória da Medicina na Universidade canadensepoker edgeQueens.

A Sars matou 44 pessoas no paíspoker edge2003, mas isso não se traduziupoker edgeum planejamento consistente a longo prazo para lidar com futuros surtospoker edgedoenças respiratórias. "O planejamento pandêmico foi realmente grande logo após a Sars", diz Duffin. "Isso durou alguns anos no Canadá, mas é incrível a rapidez com que desapareceu".

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Legenda da foto, Em filas, é preciso manter uma distância segura das pessoas à frente e que está atrás

Mesmo para quem viveu uma delas, a pandemiapoker edgecovid-19 estápoker edgeoutra escala, diz Duffin. E para as pessoas que não o fizeram, quando nos voltamos para nossas próprias histórias pessoais para comparação, há um espaçopoker edgebranco.

"Nós nunca passamos por isso antes, mas vivemos coisas que têm semelhançaspoker edgealguma forma", diz Robert West, professorpoker edgeciências comportamentais e saúde da Universidade College London. "Sempre que os humanos se deparam com uma nova situação procuram paralelos."

Na Europa, talvez a primeira comparação que as pessoas tenham feito, principalmente as gerações mais antigas, seja com os tempospoker edgeguerra. "Você notará algumas pessoas falando sobre isso", diz West. "Existem algumas coisas semelhantes e outras diferentes".

A semelhança, diz West, é a ideia centralpoker edgeameaça existencial. "Não apenas havia o riscopoker edgeserem mortos a curto prazo dentropoker edgecasa, como também havia a ameaçapoker edgeinvasão, o que seria catastrófico. Uma coisa que essa pandemiapoker edgecoronavírus compartilha com essa situação é a sensação comumpoker edgeansiedade."

Esse paralelo é útil para entender a resposta das pessoas às orientaçõespoker edgesaúde pública — segui-las atentamente ou ter comportamentos evitáveis. "Tem gente andando por aí sentindo que nada vai acontecer e essas pessoas vão lidando com os problemas à medida que forem surgindo", diz West. "E haverá outros com um sentimentopoker edgeansiedade do momentopoker edgeque acordam até o final do dia."

Onde quer que você se enquadre nesse espectro, uma crise trarápoker edgeresposta com mais nitidez do que nunca, diz West.

Então, como você lida com alguém que permanece complacentepoker edgemeio a uma pandemia?

Leslie Martin, psicólogapoker edgesaúde da Universidade La Sierra, na Califórnia, e coautora do Manualpoker edgeOxford sobre Comunicaçãopoker edgeSaúde, Mudançapoker edgeComportamento e Adesão a Tratamentos, diz que sem um precedente para comparar com a crise, precisamos ser um pouco mais criativos. Martin sugere tentar imaginar o mundo meses ou anos no futuro, quando a pandemia já tiver se encerrado.

"Como vamos olhar para trás e ver nosso comportamento? Teremos arrependimentos sobre como agimos?", ela diz. "Embora não tenhamos passado por isso antes, pensepoker edgecomo refletiremos sobre isso mais tarde. Isso poderia nos ajudar a fazer escolhas melhores."

Regras para nos guiar

Outro grande desafiopoker edgeseguir as orientaçõespoker edgesaúde pública sobre o coronavírus, diz Martin, é a natureza invisível e intangível da propagação do vírus.

"Os seres humanospoker edgegeral são muito mais receptivos quando há evidências imediatas do resultado", diz ela. "Mas como há um períodopoker edgeincubação tão longo e como muitas pessoas ficam assintomáticas no início, pode ficar tarde demais para que as pessoas pensem: 'Eu deveria ter me isolado mais'".

As imagens e gráficos, como os pontos usadospoker edgemuitas simulações, explicam a transmissão e a eficácia do distanciamento social. Se as pessoas que têm o vírus fossem imediatamente visíveis, pode-se imaginar que pessoas não infectadas ficariam mais vigilantes ao permanecer na distância recomendada. Na ausênciapoker edgeum marcador claro, diz Martin, a ameaça parece distante e hipotética.

Uma terceira razão é que muitaspoker edgenossas decisões são tomadaspoker edgetempo real. A escolha do que fazer minuto a minuto nos deixa com opções que concorrem entre si: devo comer outro biscoito agora ou dar uma corrida? Devo lavar as mãos, ou não devo me preocupar?

"Quando as pessoas estão tomando esse tipopoker edgedecisãopoker edgemomento, o pensamento é: 'vai dar tudo certo desta vez'", diz West. Um bom exemplo é pararpoker edgefumar, diz ele. O padrão é pensar que o próximo cigarro não vai te matar, então você continua, o acúmulopoker edgecigarros aumenta muito o riscopoker edgemorte prematura também.

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Legenda da foto, Se pudéssemos ver quem está portando o vírus, talvez tivéssemos mais cuidadopoker edgemanter boas práticaspoker edgesaúde

"Então, uma das tendências é que as pessoas pensem: 'Vai ficar tudo bem desta vez'. Precisamos que as pessoas entendam que não, não vai."

De fato, as evidências mostram que as pessoas tendem a ser muito ruins na avaliaçãopoker edgeriscos. É uma das razões pelas quais as pessoas têm mais probabilidadepoker edgeter medopoker edgevoarpoker edgeavião do quepoker edgedirigir, mesmo que o riscopoker edgeum acidente ou morte seja muito maiorpoker edgeum carro, ou que explica por que as pessoas se arriscam quando a probabilidade está contra elas.

A saída dessa avaliação defeituosa do risco é pararpoker edgeconfiar nas decisõespoker edgemomento. "As pessoas precisam pensar nos riscos, nãopoker edgetermospoker edgejulgamentopoker edgecada ocasião, mas como um conjuntopoker edgeregras às quais sempre aderem", diz West.

"É uma equação simples: quanto mais barreiras você colocar no caminho desse vírus, que passa dos pulmõespoker edgeuma pessoa para os pulmõespoker edgeoutra pessoa, menos infecções haverá".

Entendendo o recado

Portanto, diante desses desafios — como você pode conversar com pessoas que não levam a sério as orientaçõespoker edgesaúde públicapoker edgeuma maneira que seja eficaz?

Primeiro, cite as instituições médicas e os profissionais mais bem posicionados para fornecer informações sobre a epidemia, como órgãos independentespoker edgesaúde pública que fundamentam seus conselhospoker edgeevidências. "É muito mais provável que aceitemos seriamente conselhospoker edgepessoas que achamos que sabem do que estão falando".

Segundo, torne a mensagem positiva. "Como pedimos que as pessoas fiquem isoladas, e isso não é visto como algo positivo para a maioria das pessoas, o que podemos fazer é enquadrar esse isolamentopoker edgetermospoker edgealgo positivo", diz Martin. "Talvez esteja tendo mais tempo para algo que talvez você não tivesse, como a leitura."

Para os idosos, focar na oportunidadepoker edgefazer algo criativo e útil pode funcionar, acrescenta Martin, como cuidar do jardim ou fazer um projetopoker edgearte que sempre quiseram fazer.

Terceiro, faça um apelo pessoal aos seus entes queridos. "Faríamos coisas pelos outros que não necessariamente faríamos por nós mesmos", diz Martin. "Quanto mais pudermos tornar essas mensagens pessoais, melhor. Diga para a pessoa pensar nos netos ou nos seus pais e se perguntar: 'quero correr algum risco adicional que possa prejudicá-las?'". Quanto mais pessoal a mensagem, maior será a repercussão, diz Martin.

É aqui que a comunicaçãopoker edgemassapoker edgeórgãospoker edgesaúde pública pode ser menos eficaz do que o boca a boca. "As pessoas podem se tornar líderes dentropoker edgesua própria família e grupos sociais, para dar um bom exemplo", diz Martin. "É difícil ser o primeiro, mas esse é um presente realmente valioso que podemos dar aos outros, ser esse exemplo positivo".

A covid-19 é uma doença que tornou nossos sinais habituaispoker edgeafeto a coisa mais perigosa para as pessoas que amamos. Mas, independentementepoker edgealguém ser um jovempoker edgevinte e poucos anos ou um octogenário obstinado, apelar para as pessoas e os relacionamentos que eles realmente valorizam pode ser a melhor estratégia para protegê-las.

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