Por que poucas mulheres venceram o prêmio Nobel:concurso da quina de ontem

Estereótipos enganosos

Estereótipos tradicionais sustentam que as mulheres "não gostamconcurso da quina de ontemmatemática" e "não são boasconcurso da quina de ontemciência". Tanto homens quanto mulheres reforçam essas afirmações, que, no entanto, têm sido contestadas por pesquisas empíricas.

Elas mostram que meninas e mulheres evitam a educação Stem não por incapacidade, mas pela pouca exposição e experiência com o Stem, assim como pela faltaconcurso da quina de ontemmodelos, políticas públicas educacionais e contexto cultural desfavorável.

Nas últimas décadas, houve esforços para melhorar a representaçãoconcurso da quina de ontemmulheres na ciência. Eles focaram no combate a estereótipos com reformas educacionais e programas que aumentem o númeroconcurso da quina de ontemmeninas entrando e permanecendo no que é chamadoconcurso da quina de ontemStem Pipeline - o percurso desde a escola básica à pós-graduação na área científica.

As ações têm funcionado. Mulheres estão cada vez mais propensas a expressar interesse por carreiras Stem e por buscar formações universitárias nos setores. Hoje, mulheres representam metade ou mais dos profissionais das áreasconcurso da quina de ontempsicologia e ciências sociais; e estão cada vez mais representadas na forçaconcurso da quina de ontemtrabalho científica - com exceção das ciências computacionais e matemáticas.

De acordo com o Instituto Americanoconcurso da quina de ontemFísica, mulheres ganharam cercaconcurso da quina de ontem20% dos diplomasconcurso da quina de ontemgraduação e 18% dos doutoradosconcurso da quina de ontemFísicaconcurso da quina de ontem2017, contra 10% e 5%, respectivamente,concurso da quina de ontem1975.

Mais mulheres estão se graduandoconcurso da quina de ontemdoutorados Stem e assumindo posições acadêmicas. Mas elas se deparam com abismos e tetosconcurso da quina de ontemvidro à medida que avançamconcurso da quina de ontemsuas carreiras acadêmicas.

'Teto Stem'

Mulheres enfrentam várias barreiras estruturais e institucionaisconcurso da quina de ontemcarreiras acadêmicas nas áreas Stem. Alémconcurso da quina de ontemquestões relacionadas às disparidades salariais entre os gêneros, a estrutura da ciência acadêmica dificulta o avançoconcurso da quina de ontemmulheres.

Isso porque a ciência experimental requer anosconcurso da quina de ontemdedicaçãoconcurso da quina de ontemum laboratório, e as imposições da carreira podem tornar difícil, senão impossível, o equilíbrio entre o trabalho e os cuidados familiares que geralmente recaem sobre elas.

Além disso, trabalharconcurso da quina de ontemum ambiente dominado por homens pode gerar uma sensaçãoconcurso da quina de ontemisolamento para as mulheres - que se percebem como exceções e mais suscetíveis a assédios. As mulheres são frequentemente excluídas da culturaconcurso da quina de ontemtrabalho e das oportunidadesconcurso da quina de ontemnetworking e eventos sociais.

Quando a representação das mulheres não chega a 15%, elas são menos empoderadas para advogar por suas causas e mais propensas a se perceberem como um grupo minoritário e como uma exceção. Quando estão na posição minoritária, as mulheres são mais propensas a assumir mais tarefas extras como "símbolos" do compromisso.

Como há poucas colegas, as mulheres têm mais dificuldadeconcurso da quina de ontemestabelecer relações com colaboradoras ou redesconcurso da quina de ontemapoio e aconselhamento. O isolamento pode se intensificar quando elas não conseguem participarconcurso da quina de ontemeventosconcurso da quina de ontemtrabalho ouconcurso da quina de ontemconferências por causaconcurso da quina de ontemresponsabilidades familiares.

Universidades, associações profissionais e financiadores federais vêm trabalhando para dar uma solução a várias dessas barreiras estruturais. Esforços incluem criar políticas atentas às questões familiares, aumentar a transparência salarial, reforçar proteções legais à igualdadeconcurso da quina de ontemgênero, garantir programasconcurso da quina de ontemmentoria e apoio a mulheres cientistas, proteger o períodoconcurso da quina de ontempesquisa para as mulheres cientistas e selecionar mulheresconcurso da quina de ontemcontratações e açõesconcurso da quina de ontemfomento à pesquisa.

Esses programas têm tido resultados variados. Por exemplo, pesquisas indicam que políticasconcurso da quina de ontemapoio à família, como licença ou local para crianças no espaçoconcurso da quina de ontemtrabalho, podem intensificar a desigualdadeconcurso da quina de ontemgênero, resultandoconcurso da quina de ontemaumento da produtividadeconcurso da quina de ontemhomens e mais obrigações para mulheres.

Todos provavelmente têm uma ideia mental da aparênciaconcurso da quina de ontemum cientista ganhador do Prêmio Nobel. A imagem é predominantemente masculina, branca e mais velha - o que faz sentido, já que 97% dos ganhadores são homens.

Este é um exemploconcurso da quina de ontemum preconceito implícito: presunções subconscientes, involuntárias e naturais que todos nós, homens e mulheres, formamos sobre o mundo ao nosso redor. As pessoas tomam decisões baseadas nessas suposições, preferências e estereótipos - mesmo que essas presunções sejam contrárias às suas crenças explícitas.

Preconceitos implícitos

Estudos revelam que existem preconceitos implícitos difundidos contra mulheres vistas como especialistas ou cientistas. Eles se manifestam quando se atribui mais reconhecimento e se premiam mais homens do que mulheres com bolsas científicas, por exemplo.

Preconceitos implícitos podem atrapalhar a contratação, o avanço e o reconhecimento do trabalhoconcurso da quina de ontemmulheres. Por exemplo, mulheres que buscam empregos acadêmicos são mais propensas a serem vistas e julgadas com baseconcurso da quina de onteminformações pessoais e na aparência física. Cartasconcurso da quina de ontemrecomendação para mulheres são mais propensas a levantar dúvidas e a usar uma linguagem que tenha resultados negativos emconcurso da quina de ontemcarreira.

O preconceito implícito pode afetar também a capacidadeconcurso da quina de ontema mulher publicar descobertas científicas e ganhar reconhecimento pelo trabalho. Homens citam seu próprio trabalho 56% mais vezes que as mulheres.

Há ainda uma desigualdadeconcurso da quina de ontemgênero no reconhecimento, na premiação e nas citações. As pesquisas conduzidas por mulheres têm menos chancesconcurso da quina de ontemserem citadas por outros acadêmicos, e suas ideias são mais propensas a serem atribuídas a homens do que o contrário.

As pesquisas assinadas apenas por uma mulher levam duas vezes mais tempo para avançar no processoconcurso da quina de ontemrevisão. Poucas mulheres editam periódicos científicos, são pesquisadoras seniores, autoras principais ou revisorasconcurso da quina de ontemartigos. Essa marginalização na pesquisaconcurso da quina de ontemposiçõesconcurso da quina de ontemcontrole dificultam a promoçãoconcurso da quina de ontemmulheres na ciência.

Quando uma mulher se torna uma cientista reconhecida internacionalmente, preconceitos implícitos agem contra a probabilidadeconcurso da quina de ontemque ela seja convidada como palestrante para compartilhar suas descobertasconcurso da quina de ontempesquisa, diminuindo, assim,concurso da quina de ontemvisibilidade no campo e, logo, a possibilidadeconcurso da quina de ontemque ela seja indicada a prêmios. Nota-se esse desequilíbrioconcurso da quina de ontemgênero pela baixa frequênciaconcurso da quina de ontemmulheres especialistas sendo citadasconcurso da quina de ontemnotícias sobre vários temas.

As cientistas também são menos respeitadas e reconhecidas do que deveriam por suas conquistas. Pesquisas mostram que é mais comum tratar especialistas homens pelo sobrenome, e mulheres, pelo primeiro nome. Por que isso importa? Porque experimentos mostram que indivíduos citados pelo sobrenome são percebidos como famosos e importantes. Na realidade, um estudo descobriu que cientistas chamados pelo sobrenome são considerados 14% mais merecedoresconcurso da quina de ontemprêmios da Fundação Nacionalconcurso da quina de ontemCiência dos EUA.

Ambiente masculino

Trata-seconcurso da quina de ontemuma grande conquistaconcurso da quina de ontemStrickland ganhar o prêmio Nobel como professora associadaconcurso da quina de ontemFísica; chegar a esse patamar como uma mulher que certamente enfrentou mais barreiras do que seus colegas homens é monumental.

Quando perguntada como ela se senteconcurso da quina de ontemser a terceira mulher laureada pelo Nobelconcurso da quina de ontemFísica, Strickland ficou surpresa ao se dar contaconcurso da quina de ontemque poucas mulheres haviam ganhado o prêmio. Em seguida, ponderou: "Mas, quer dizer, eu vivoconcurso da quina de ontemum mundo com a maioriaconcurso da quina de ontemhomens, então, ver principalmente homens, na realidade, não me surpreende", disse ela.

A participação principalmenteconcurso da quina de ontemhomens tem traçado a história da ciência. Responder a preconceitos implícitos e estruturais evitará outra esperaconcurso da quina de ontemmeio século para que a próxima mulher seja reconhecida com um Prêmio Nobel porconcurso da quina de ontemcontribuição à Física. Aguardo ansiosamente o diaconcurso da quina de ontemque a atenção dada à mulher que receber o prêmioconcurso da quina de ontemmaior prestígio na ciência se reflita apenas por seu trabalho e não pelo seu gênero.

concurso da quina de ontem Já assistiu aos nossos novos vídeos no YouTube concurso da quina de ontem ? Inscreva-se no nosso canal!