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A bizarra epidemia que levou franceses a dançar até à morte no século 16:galera bet gratis
Não há música. Seu coração mantém os batimentos, trabalhando arduamente para manter o corpogalera bet gratismovimento.
Ela dança assim por cercagalera bet gratisuma semana, ocasionalmente caigalera bet gratisexaustão, mas logo se levanta e segue, ignorando dores, fome e vergonha. Quando ela é levada da praça, já é tarde demais. Outras pessoas haviam passado a acompanhá-la. E,galera bet gratisagosto, seriam centenasgalera bet gratispessoas dançando sem parar.
Como Troffea, elas dançam por compulsão, com os pés sangrando e espasmos dos membros.
Um poemagalera bet gratisuma crônica da época descreve: "Homens e mulheres dançando e pulando... //No mercado público, nos becos e nas ruas, //Dia e noite."
Até que a "doença" finalmente desaparece. Outras crônicas descrevem medidas tomadas pelas autoridades para combatê-la. Um autor descreve que os dançarinos eram levadosgalera bet gratiscarroças até um santuário dedicado a São Vito, perto da cidade, onde eles "recebiam pequenas cruzes e sapatos vermelhos".
Outro autor menciona medidas mais diretas para tentar levar os dançantes à exaustão, juntando-os a "pessoas... especialmente selecionadas para dançar com elesgalera bet gratistrocagalera bet gratispagamento, com músicagalera bet gratistambores e flautas".
Mas não ajudou. "Nada disso teve efeito e muitos dançaram até a morte", diz o autor.
Por quê?
Ao longo dos maisgalera bet gratis500 anos passados após esse bizarro evento - a chamada "epidemiagalera bet gratisdançagalera bet gratisEstrasburgo" -, foram apresentadas várias teorias para explicar o que teria acontecido. É um evento que nos fascina até hoje, que pede para ser recontado e segue inspirando artistas a dargalera bet gratisprópria interpretação desse estranho acontecimento.
Em maiogalera bet gratis2022, foram lançadas no Reino Unido duas obras importantes sobre a praga da dança: o álbum Dance Fever ("Febregalera bet gratisdança",galera bet gratistradução livre), da banda Florence + The Machine, e o livro The Dance Tree ("A árvore da dança",galera bet gratistradução livre),galera bet gratisKiran Millwood Hargrave.
São duas obrasgalera bet gratisque a coreomania (como o fenômeno foi chamado posteriormente) é usada como formagalera bet gratisrefletir sobre inibição e extroversão.
Estrasburgo é o exemplo mais famoso, mas não foi o único lugar da Europa atingido pela "epidemiagalera bet gratisdança" na era medieval e no início da era moderna. Muitos casosgalera bet gratispessoas dançando descontroladamente foram registrados na Alemanha, na França egalera bet gratisoutras partes do então chamado Sacro Império Romano.
Naquela época, esses eventos eram interpretados como punição divina ou possessão demoníaca e combatidos com soluções religiosas, como procissões, missas ou intervenção diretagalera bet gratispadres. Duas décadas antes do verãogalera bet gratis1518, um clérigogalera bet gratisEstrasburgo chamado Sebastian Brant escreveu, emgalera bet gratisalegoria satírica O Navio dos Tolos, que "a dança e o pecado são uma coisa só", culpando Satã por toda essa "dança alegre e inebriada".
Vários anos depois do incidentegalera bet gratisEstrasburgo, o médico suíço Paracelso elaborou uma sériegalera bet gratistratados sobre a coreomania, incluindo As Doenças que Privam o Homem da Razão, como a Dançagalera bet gratisSão Vito, a Epilepsia, a Melancolia e a Insanidade, e seu Tratamento Correto (em tradução livre).
Hojegalera bet gratisdia, Paracelso é mais conhecido pelo seu trabalho pioneiro com a química na medicina, mas ele argumentava que o fenômeno da coreomania provavelmente era mais terreno que divino. Ele sugeriu que nesses episódios, os movimentos frenéticos e incontroláveis eram causadosgalera bet gratisdeterminadas pessoas por sangue aquecidogalera bet gratis"veias das risadas", provocando uma "sensaçãogalera bet gratiscócegas" que subia dos membros à cabeça, até que o "sangue frenético" se acalmasse.
Mas isso não abolia o pecado. Paracelso escreveu que as pessoas mais afligidas pela doença incluíam "prostitutas e malandros que encontram prazer ao tocar violão e alaúde... satisfazendo toda agalera bet gratisvoluptuosidade, prazer do corpo, imaginação e fantasia".
Ele argumentava que a "imaginação" era uma causa mais plausível do que Deus ou o diabo. A imaginação, segundo Paracelso, "não se transporta apenasgalera bet gratisuma casa para outra... mas também passa mais rapidamentegalera bet gratisuma cidade egalera bet gratisum país para outro,galera bet gratisforma que, com a imaginaçãogalera bet gratisuma única pessoa, a peste pode chegar a toda uma cidade ou país."
Essa interpretação se alinha mais com as teorias atuais sobre as doenças psicogênicasgalera bet gratismassa, induzidas por circunstâncias políticas e sociais atípicas.
Houve, por algum tempo, especulaçõesgalera bet gratisque o fungo do centeio - encontrado nos caules da planta, capazgalera bet gratiscausar fortes convulsões e alucinações - pudesse estar por trás das epidemiasgalera bet gratisdança, mas elas foramgalera bet gratisgrande parte descartadas. John Waller, autor do livrogalera bet gratisnão ficção mais popular sobre o tema - A Time to Dance, a Time to Die: the Extraordinary Story of the Dancing Plague of 1518 ("Hora para dançar, hora para dormir: a história extraordinária da praga da dançagalera bet gratis1518",galera bet gratistradução livre) - define a coreomania como uma "epidemia psíquica", similar a outras pelo mundo que envolvem outras reações involuntárias do corpo, como rir ou desmaiar.
Coreomania moderna
Em última análise, a história do verão surrealgalera bet gratis1518 é apenas isso: uma história.
As dançasgalera bet gratismassagalera bet gratisEstrasburgo são documentadasgalera bet gratisalguma formagalera bet gratispelo menos seis crônicas diferentes da época. Elas registram que os movimentos das pessoas persistiram por semanas e Frau Troffea é indicada como a instigadoragalera bet gratisvárias dessas crônicas. Mas, a partir daí, os detalhes começam a divergir.
Há datas diferentes para quando as danças começaram. E são apontados vários métodos para lidar com o fenômeno. Como tantos outros eventos históricos, este foi retratado a partirgalera bet gratisfragmentos.
Independentemente do que ocorreugalera bet gratisverdade, a história continua a despertar nossa imaginação. Uma figura isolada que deflagra um movimentogalera bet gratismassa. Uma dança que é tão envolvente que transcender a vontade individual e as limitações físicas, às vezes com consequências fatais.
É o tipogalera bet gratisevento que cativa até nós que continuamos a escrever sobre ele, conjurando imagens detalhadas sobre os pés machucados ou o batimento cardíacogalera bet gratisFrau Troffea.
A 'praga da dança' nas artes
A dança incontrolável parece ter um efeito contagiante sobrenatural. Faz lembrar do popular conto Os Sapatinhos Vermelhos,galera bet gratisHans Christian Andersen, dos sapatos vermelhos amaldiçoados que condenamgalera bet gratisdona a uma dança tão excruciante que ela pede a um carrasco para que corte seus pés.
A história é chocante, mas as pessoas a adoram. Apesargalera bet gratissuas implicações morais serem relativamente diretas (uma boa dosegalera bet gratispunição por vaidade: a menina passou por essa provação porque se atreveu a cobiçar aqueles belos sapatos antesgalera bet gratistudo), suas referências mais sombrias a possessão e perdagalera bet gratiscontrole sobre os movimentos inspiraram inúmeras obras, incluindo o filme Os Sapatinhos Vemelhos dos cineastas britânicos Michael Powell e Emeric Pressburger, um álbum da cantora Kate Bush e diversos balés.
Em 2022, a praga da dança estágalera bet gratisvolta com força. O quinto álbum da banda britânica Florence + The Machine, lançadogalera bet gratismaio, chama-se exatamente Dance Fever e é inspirado nos impulsos incontroláveis da coreomania.
O press release destaca o interesse da vocalista, Florence Welch, por esse pontogalera bet gratisencontro volátil entre movimentação energética e pânico moral, e aponta para o fato desse álbum ter sido gravado durante a pandemiagalera bet gratiscovid-19, quando todos ansiavam pelo retorno do "turbilhãogalera bet gratismovimento e união".
Uma praga da dança é um tema propício para qualquer pessoa que desejar explorar incerteza e mudança. Os versos iniciais da música Choreomania - composta antes da pandemia - são excepcionalmente proféticos:
"E estou perdendo a cabeça no meio da rua // Com a total convicçãogalera bet gratisalguém para quem, na verdade, nunca aconteceu algogalera bet gratisrealmente ruim."
E ela também é propícia para uma cantora tão preocupada com o corpo como instrumentogalera bet gratisexpressão. Os clipes das faixas King e Heaven is Here apresentam o mesmo grupogalera bet gratisdançarinas que rodopiam ao redorgalera bet gratisWelch, com seus movimentos desinibidos batendo os pés no chão e girando seus vestidos.
Paralelamente, o último romance da escritora Kiran Millwood Hargrave, The Dance Tree, examina especificamente os supostos eventos do incidentegalera bet gratis1518galera bet gratisEstrasburgo através da vidagalera bet gratismulheres envolvidas nele.
Na versãogalera bet gratisMillwood Hargrave, a praga da dança aflige apenas as mulheres - começando com Frau Troffea, que se movimenta "como se estivesse sendo puxada por duas cordas diabolicamente presas aos seus membros" e se expandindo até formar um esmagador amontoadogalera bet gratis"corpos pulsantes" que desestabiliza tudo ao seu redor.
Escritagalera bet gratisterceira pessoa, a história é observada,galera bet gratisgrande parte, pelos olhos da criadoragalera bet gratisabelhas grávida Lisbet, uma mulher calejada que busca desvendar os mistérios da família do seu marido. Ela é uma observadora e não participa do evento. Mas, à medida que a dança muda a natureza da cidade, ela também muda. Revelações e desejos sobem à tona.
A narrativa é costurada com breves retratos das mulheres que aderem à dança: mulheres que perderam seus pais, seus filhos ougalera bet gratissanidade; mulheres que conheceram paixões que lhes foram negadas; mulheres que permanecem sendo espectadoras até não conseguirem resistir à promessagalera bet gratisliberdade oferecida pela multidão dançante.
Êxtase e raiva
Talvez fosse inevitável que a praga da dança ganhasse novamente popularidade neste momento.
Os últimos dois anos geraram intenso interesse pelas muitas pandemias que enfrentamos no passado, da peste bubônica à gripe espanhola. Nós as buscamos não apenas para comparação, mas também, ao que parece, para nos assegurar que todas as epidemiasgalera bet gratisalgum momento chegam ao seu final.
Nesse contexto, algo vagamente classificado como uma praga, cujo contágio não gera uma doença, mas sim movimento, sempre é atraente. Florence Welch reconhece que uma das sensações perdidas durante o lockdown foi o sentimentogalera bet gratiscomunidade oferecido pela dança - aquela delicada sensaçãogalera bet gratisestar fisicamente próximogalera bet gratiscentenasgalera bet gratisoutras pessoas, todas conduzidas pela música que comanda os músculos, transformando um margalera bet gratisestranhosgalera bet gratiscompanheirosgalera bet gratisviagem unidos por aquela experiência comum.
E não ficou só nisso. Em julhogalera bet gratis2020, o cineasta britânico Jonathan Glazer lançou um filmegalera bet gratis10 minutos intitulado Strasbourg 1518 ("Estrasburgo 1518", BBC Films/Artangel) mostrando dançarinos solo literalmente dançando até cair. Jágalera bet gratis2022, com o teatrogalera bet gratisvolta a todo vapor, produções como The Maladies ("As doenças",galera bet gratistradução livre), no Teatro Almeida,galera bet gratisLondres, Dance to the Bone ("Dance até os ossos"), no Teatro Shermangalera bet gratisCardiff, no Paísgalera bet gratisGales, e The Dancing Public ("O público dançarino"), da coreógrafa dinamarquesa Mette Ingvartsen, atualmentegalera bet gratistour pela Europa, fizeram alusões aos eventosgalera bet gratisEstrasburgo, usando-os como panogalera bet gratisfundo para meditações sobre opressão, desconexão e movimentosgalera bet gratismassa.
Um gritogalera bet gratisliberdade
O apelo sensorial desse fenômeno não se deve totalmente ao coronavírus. Ele se refere a outras preocupações atuais.
"Acho que, quanto mais nossas vidas forem pressionadas, regradas, nosso tempo for gerenciado... quanto mais necessidade tivermosgalera bet gratisproduzir e ser eficientes, quanto mais os nossos espaços públicos forem cercados e policiados... mais cresce a nossa fantasia, o sonho, a ânsiagalera bet gratisliberdade", afirma Kélina Gotman, autoragalera bet gratisChoreomania: Dance and Disorder ("Coreomania: dança e distúrbio",galera bet gratistradução livre).
O livrogalera bet gratisGotman, preocupadogalera bet gratisgrande parte com a patologização da coreomania, está menos interessado nas origens dos ataquesgalera bet gratisdança e maisgalera bet gratiscomo esses momentos foram descritos, interpretados e utilizados para justificar diferentes ideologias.
A liberdade é uma ideia central do álbum Dance Fever e do livro The Dance Tree. "Existe algo elevado, cheiogalera bet gratisesperança: um abandono", escreve Millwood Hargrave sobre a multidão crescente. A praga da dança, no seu livro, é uma situaçãogalera bet gratisdesordem, mas é também um refúgio arrebatador. "Eu queria observar a sensaçãogalera bet gratisficar envolvidogalera bet gratisalgo tão incrível, transcendente e incomum", ela conta. "Enfim, é um completo êxtase coletivo."
Essa ideia da dança como um espaçogalera bet gratisêxtase encontra paralelos no álbum Dance Fever. "Mas eu ouço a música, eu sinto a batida // E, por um momento, quando estou dançando, estou livre", canta Florence Welch na música Free.
A liberdade não é um estado a ser subestimado. O livro The Dance Tree inclui temas explícitos sobre a autonomia das mulheres e o poder decorrentegalera bet gratisse tornar um objeto que causa medo. "A ira e o desejo das mulheres" é como Millwood Hargrave caracteriza a preocupação central do seu romance.
A dança nem sempre é bonita. Ela pode ser feia, assustadora, suada, uma exibiçãogalera bet gratisespasmos, caretas e membros retorcidos. É uma forma bastante literalgalera bet gratismostrar autonomia. Ela parece dizer "ninguém pode me impedirgalera bet gratisme mover".
No ambiente religioso altamente claustrofóbico de The Dance Tree, a dança também desafia as normas comuns. Paracelso nos ajuda a relembrar que a dança é prazerosa demais para não despertar suspeitas.
"A dança desempenha um papel enormegalera bet gratistantas culturas além da nossa, particularmente na cultura indiana", explica Millwood Hargrave. "Em termosgalera bet gratisfé e movimento... eles são companheiros absolutamente perfeitos, pois a expressão mais pura da devoção está no corpo."
Mas, nas instituições religiosas que exigem devoção silenciosa, esses gestos tornam-se perigosos. "É algo realmente interessante que essas mulheres nunca tenham sido incentivadas a se movimentar...", prossegue Millwood Hargrave.
"Em todas as outras formas, a igreja é tão teatral no lugar e na época do livro: as belas construções, o perfume, o incenso, a cera, as roupas, é tudo tão exótico, tão teatral. Mas, quando você entra, você fica imóvel egalera bet gratissilêncio... é o teatro sem o calor, sem a real conexão corporal entre as pessoas."
Praga da dança para todas as idades
Os distúrbiosgalera bet gratismassa sempre cativaram os artistas. Existe algo fundamentalmente fascinante nos momentosgalera bet gratisque o tecido social se rompe e as convenções são substituídas por acontecimentos incomuns e inexplicáveis.
No caso da coreomania, o que emerge não é um sentidogalera bet gratisencantamento ou autodestruição (outro tema artístico popular), masgalera bet gratisprotesto físico.
Hoje, a ideia da praga da dança surge não só como uma esquisitice, mas como algo mais libertador. Uma dança que não pode parar pode ser assustadora, mas tem também o seu fascínio.
O que poderia acontecer se nos permitíssemos ser seduzidos por ela? O que poderíamos atingir com essa sensação se ela fosse reproduzidagalera bet gratiscentenasgalera bet gratisoutras pessoasgalera bet gratismovimento à nossa volta?
Mas isso nem sempre aconteceu. Gotman destaca no seu livro que houve temposgalera bet gratisque a praga da dança, na formagalera bet gratisque foi concebida, era algo a ser observado com suspeita.
Ao pesquisar abordagens feitas no século 19 a episódiosgalera bet gratiscoreomania, ela se deparou com uma atitudegalera bet gratisalarme,galera bet gratisreceio ao "ser diferente": "havia uma articulação realgalera bet gratisuma versãogalera bet gratismodernidade, como sendo contrária ao que era considerado mais feminino, mais animal, mais selvagem e indomada", contou ela à BBC sobre registros médicos e históricos da era vitoriana descobertos por ela. "Havia um discurso racista egalera bet gratisforte discriminaçãogalera bet gratisgênero que estava tomando forma."
Naquele momento, ao contextualizar novos casos percebidosgalera bet gratiscoreomania, o período medieval era conveniente para entendê-los. "Os medievais... eram comparados com os africanos,galera bet gratisgrande parte como esse tipogalera bet gratis[período] pré-moderno, não europeu, retrógrado", explica Gotman.
O próprio conceito da "maniagalera bet gratisdançar" era um instrumento político útil, que permitia comparar - e rejeitar - os protestos e práticas que envolvessem qualquer elementogalera bet gratismovimentação física.
Gotman menciona o exemplo do rei Radama 2°, governante fantoche que assumiu o controlegalera bet gratisMadagascargalera bet gratis1861. Quando o povo demonstrou seu descontentamento, "exercendo seu direitogalera bet gratisprotesto contra os reinos [que] venderamgalera bet gratisterra para os europeus", e o rei acabou por ser deposto, ficou fácil para os missionários coloniais rechaçar essas ações como mais um exemplogalera bet gratiscoreomania, transformando um protesto políticogalera bet gratisum mero casogalera bet gratisloucura.
Agora, o sentimento dominante mudou. São exatamente a feminilidade e a diversidade da praga da dança que a tornam interessante.
Para os artistas ou pensadores atuais, ela é um símbolo e uma curiosidade histórica. A ideia central é simples. Um grupogalera bet gratispessoas começa a dançar e não consegue parar.
Mas o motivo da dança e seus propósitos permanecem uma questãogalera bet gratisaberto, que pode ser formulada muitas e muitas vezes, com diferentes respostas, dependendo do que se procura. Loucura. Fome. Protesto. Liberdade. Prazer. Êxtase.
Na nossa imaginação, os pés dos dançarinos permanecem para sempregalera bet gratismovimento,galera bet gratisseu ritmo próprio e impenetrável.
Leia a versão original desta reportagem (em inglês) no site BBC Culture.
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