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Os móveis brasileiros que estão conquistando o mercado internacionalvitória betsdesign:vitória bets
Com cores e formas idiossincráticas e esculturais, o design mid-century-modern ofereceu uma alternativa mais tranquilavitória betsrelação ao modernismo estritamente funcionalista do começo do século 20.
E sem dúvidas, o mobiliário latino-americano é um dos ramos mais expressivos desse segmento com suas formas volumosas, esculturais e muitas vezes feitas à mão a partirvitória betsmadeira nativa, como o jacarandá, com ricos tonsvitória betsmelaço, couro e rotim. E, desde os anos 1980, designers jovens, como os Irmãos Campana, baseadosvitória betsSão Paulo, mantiveram essa tradição, criando peças que dão prioridade à forma - e não à funcionalidade.
Moderno e rústico
A Espasso, uma galeria permanentevitória betsMiami, vende produtos vintage, reedições e trabalhos contemporâneosvitória betsdesigners como Sergio Rodrigues, Zanine Caldas e Joaquim Tenreiro - e está se expandindo por lá.
Tenreiro nasceuvitória betsPortugal e se mudou para o Riovitória betsJaneiro na décadavitória bets1920. Ele criou peças que misturam a estética modernista europeia com características mais rústicas e esculturais do Brasil.
Entre suas obras estão aparadores elegantes no estilo europeu, masvitória betscadeiravitória betsbalançovitória bets1940, feitavitória betsrotim e jacarandá - exposta na galeria Mercado Moderno, no Rio - representa o gosto brasileiro por formas orgânicas. Tenreiro criou várias peças para celebrar o arquiteto brasileiro Oscar Niemeyer, cuja estética também era assim, orgânica.
Já na Design Miami/, a galeria R & Companyvitória betsNova York, que também vende móveis escandinavos e italianos, expôs a mesavitória betsjantar Mesa Parker, feitavitória betspinho, e dez mesasvitória betsjantar feitasvitória betspinho e cana, criadasvitória bets1978, todas obrasvitória betsRodrigues.
As altas cadeiras têm um ar antropomórfico, sugerindo pessoas sentadasvitória betsvoltavitória betsuma mesa. Elas são finas no topo, com círculos cravados na madeira evocando cabeças, enquanto seus encostos lembram a espinha do corpo humano.
"Esse conjunto emprestou o nome da família Parker, que o encomendou paravitória betscasa no Riovitória betsJaneiro", diz o fundador da galeria Zesty Meyers. "É a primeira vez que estamos apresentando esse trabalho. Era o design preferidovitória betsRodrigues e demonstra seu domínio manual evitória betsproporção."
O papelvitória betsNiemeyer
Os irmãos Campana rejeitaram o funcionalismo criando peças excêntricas - e muitas vezes erráticas. Aliás, a relação entre avant-garde e o a arquitetura e o mobiliário mid-century latino-americano é parcialmente responsável pelo renovado interesse pelo design da América do Sul.
"Não foi design que nos atraiu ao Brasil, e sim a arquiteturavitória betsNiemeyer", diz Meyers, que cofundou a galeriavitória bets1997. "Nós estávamos interessadosvitória betscomo ele reimaginava a arquitetura no Brasil, o que nos levou a viajar até lá e a descobrir o trabalhovitória betsTenreiro, Rodrigues e Zanine Caldas".
Essa perspectiva reafirma a teoriavitória betsRodman Primack, chefe criativo da Design Miami/, sobre o motivo por trás da popularidade do mobiliário latino-americano. "Parte do que mobiliza os colecionadores são os novos mundos que eles descobrem atravésvitória betssuas coleções. Eles aprendem sobre história, cultura, design e idiomavitória betsum país e ficam empolgados para descobrir mais", diz ele.
Ainda assim, regimes políticos muitas vezes impossibilitaram essa descoberta por parte dos colecionadores - o que aconteceu com o Brasil até o fim da ditadura militar.
"O mundo não tinha acesso ao design brasileiro antesvitória bets1980, já que a exportação era ilegal durante a ditadura (entre 1964 e 1985)", diz Meyers. "O design moderno do Brasil é realmente a última grande descoberta do mobiliário mid-century."
Não é uma coincidência, portanto, que o design brasileiro tenha começado a florescervitória betsnovo na décadavitória bets1980. A Cadeira Flama, feitavitória betsmetalvitória bets1989 pelos Irmãos Campana, atualmente exposta no Mercado Moderno, foi uma das obras que encabeçaram esse revival.
De certa forma, seu trabalho representa um rompimento com mid-century-modern o brasileiro, no sentidovitória betsque eles não buscavam usar madeiravitória betsalta qualidade:vitória betsicônica cadeira Favela,vitória bets1990, é feitavitória betslascasvitória betsmadeira crua.
Assim como os expoentes do mid-century-modern, os Irmãos Campana rejeitaram o funcionalismo e foram além, criando trabalhos excêntricos e erráticos. Peças da coleção Hibridismo,vitória bets2017, estãovitória betsexposição na Galeria Friedman Benda,vitória betsNova York, incluindo o banco Noah, cujo estofado verde é apoiado por uma matilhavitória betscachorrosvitória betsalumínio.
A Friedman Benda também está expondo peças do coletivo chileno GT2P ("Great Things to People" ou "Coisas Excelentes para o Povo"), criadovitória bets2009.
Entre elas, estão uma luminária com uma pedravitória betslava como base, braçosvitória betsbronze, materiais cerâmicos e até bancos feitosvitória betslava chilena, que foi submetida aos mesmos métodosvitória betscalor usados para cerâmicasvitória betsgeral.
Novas ideias vêm surgindo na América Latina no período pós-ditaduras - e estão se proliferando no mundo do século 21.
- vitória bets Leia a versão original desta reportagema vitória bets (em inglês) no site BBC Culture
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