O surfista inglês que estampava perfilbet nacional apostasfalso fotógrafo 'galã'bet nacional apostasguerra:bet nacional apostas

Como a BBC Brasil mostrou na sexta-feira, Eduardo Martins enganou jornalistas, outros fotógrafos, agênciasbet nacional apostasnotícias e veículosbet nacional apostasimprensa como a Vice e a própria BBC Brasil, que publicou uma entrevista acompanhadabet nacional apostasum vídeo compostobet nacional apostasfotos enviadas por ele - material que foi removido na última sexta. Após ser alertadobet nacional apostasquebet nacional apostasfarsa corria perigo, o "fake" deletou suas contas no Instagram e no WhatsApp.

"Eu trabalho muito longebet nacional apostaszonasbet nacional apostasguerra, com viagensbet nacional apostassurfe. Todas as minhas fotos sempre foram tiradas nesse contexto", afirmou Max, entre incrédulo e divertido. "Não gosto da ideiabet nacional apostasse glamourizar um paísbet nacional apostasguerra".

O surfista britânico, nascido na Cornuália, sudoeste da Inglaterra, vive e trabalha há cercabet nacional apostastrês meses no norte da Espanha, perto da praiabet nacional apostasSantander, conhecida pelas poderosas ondas, uma das melhores da Europa.

Durante a conversa com a BBC Brasil, no entanto, ele estava no País Basco, onde está comandando um tourbet nacional apostasbicicleta e surfe para a empresa na qual trabalha, a Ticket to Ride, baseada na cidade inglesabet nacional apostasExeter. O evento prevê 80 kmbet nacional apostaspedaladas por dia.

Max contou que soube da história graças a um amigo, editorbet nacional apostasuma revista para a qual escreve, que lhe enviou um link com a reportagem que revelava a históriabet nacional apostasEduardo Martins, publicada na última sexta pela BBC Brasil.

"Estava relaxando, tomando um vinho, quando um amigo (editor da revista Wavelength, para a qual escreve) entroubet nacional apostascontato comigo dizendo que haviam roubado minha identidadebet nacional apostasuma espéciebet nacional apostaspegadinha na internet."

Foi também graças à disseminação da história, que envolveu uma espéciebet nacional apostasmutirão entre surfistas, que a reportagem conseguiu localizá-lo.

A primeira identificação chegou pelo fotojornalista português Paulo Nunes dos Santos. Radicado na Irlanda, ele comentou uma publicaçãobet nacional apostasum outro fotógrafo no Facebook sobre a história. Na sequência, uma conhecidabet nacional apostasSantos, da região da Cornuália, afirmou conhecer o rosto usado por Eduardo Martins.

Santos resolveu pesquisar e chegou ao perfil no Instagrambet nacional apostasMax.

"Esse falso fotógrafo me seguia no Instagram, fazia comentários nas minhas fotos. E me chamava a atenção que eu nunca tivesse visto esse Eduardo. Trabalho há muitos anos na Síria, na Líbia, no Malauí, no Sudão do Sul, somos poucos colegas nesse campo, então, todo mundo se conhece. Quando saiu a publicação fiquei espantado que alguém pudesse fazer isso por tanto tempo, recebendo tanta atenção, sem ser descoberto. É fora do comum", afirmou Santos, que tem trabalhos publicados no jornal americano The New York Times.

Embora afirme não saber quem pode ter se apropriadobet nacional apostassuas fotos, Max se recordabet nacional apostasum episódio que pode dar indicativos sobre como o problema começou.

"Quando eu tinha Facebook, há três anos, uma pessoa que se identificou como Bruno entroubet nacional apostascontato comigo e disse que queria propor um trabalho sobre surfe. Eu disse: 'ok, vamos conversar'. Mas nós tivemos uma conversa bizarra por Skype, o vídeo dele não estava funcionando direito, aí eu disse que não estava mais interessado", contou, adicionando ter achado estranho que a pessoa tivesse conta no Facebook há menosbet nacional apostasum ano, um indíciobet nacional apostasum possível perfil falso.

"Uma semana mais tarde alguém fez um perfil falsobet nacional apostasmim mesmo no Facebook. E eu pensei: 'que diabos?'. Achei aquilo muito sinistro e decidi fechar minha conta no Facebook. Talvez tenha a ver com isso."

A história contatada por Max coincide com o possível períodobet nacional apostascriação do perfilbet nacional apostasEduardo Martins,bet nacional apostas2014. Além disso, pessoas entrevistadas pela BBC Brasil que tiveram contato com o suposto fotógrafo afirmam quebet nacional apostasversão soava verossímil porque,bet nacional apostasconversas por Skype, conseguiam ver a imagem do homem loiro por alguns minutos.

Mas que o vídeo e o som surgiam sempre truncados e a conexão ficava insustentável rapidamente. O autor do perfil falso do fotógrafo pode ter gravado as imagens da conversa por Skype com Max para reproduzi-las mais tarde, com suas vítimas. "Não sei se isso foi possível", disse.

Embora impressionado com a história, o surfista britânico não pensabet nacional apostasprocessar ninguém: "Como eu acharia esse sujeito que fez isso?", afirmou, para depois complementar: "O que esse cara fez é realmente impressionante. A dedicação é inacreditável. Adoraria ter tantos seguidores assim para promover as coisas nas quais eu acredito, entre elas: não faça mal a ninguém".