Por que usobwin 260 eurovéu por indústria da moda no Ocidente está irritando algumas mulheres muçulmanas?:bwin 260 euro

Crédito, ANNIESA HASIBUAN/INSTAGRAM

Legenda da foto, Modelo usa o hijab como parte da coleção Anniesa Hasibuan na Semanabwin 260 euroModabwin 260 euroNova Yorkbwin 260 euro2016. Hasibuan é uma designer muçulmana.

bwin 260 euro Um número crescentebwin 260 euroempresas tem inserindo aos poucos o véu islâmicobwin 260 eurosuas produções e anúncios.

No entanto, a investida não tem agradado a algumas mulheres que seguem a religião muçulmana.

Dolce&Gabbana, H&M e Nike foram algumas marcas a incluírem mulheres usando o hijab, o tradicional véu islâmico que cobre a cabeça, como destaquebwin 260 eurosuas campanhas publicitárias.

O hijab, aliás, é um tema constantebwin 260 eurodebates sobre feminismo, religião e conservadorismo.

Muitas comunidades na internet discutem os significados do uso do véu para as mulheres. Mas desta vez o questionamento foi à potencial banalizaçãobwin 260 euroum símbolo sagrado.

A jornalista Tasbeeh Harwees recentemente escreveu na revista Good sobre uma propaganda da Pepsi que viralizou, usando a modelo Kendall Jenner.

O anúncio já era polêmico por conta da alegaçãobwin 260 euroque banalizava os protestosbwin 260 eurorua - mas algumas mulheres muçulmanas não gostaram dele por um motivo diferente. Na peça, havia uma mulher fotografando o protesto. E usando um hijab.

"Uma empresa multibilionária estava usando a imagembwin 260 eurouma mulher muçulmana para projetar uma imagembwin 260 europrogresso que ela própria sequer pode viver", disse Harwees à BBC.

Poder da marca

Já a Nike anunciou recentemente que está desenvolvendo um véu específico mulheres que praticam esportes - e que chegará às lojasbwin 260 euro2018.

A H&M usou a primeira modelo com hijabbwin 260 eurouma peça publicitária, e outras inúmeras marcas lançaram campanhas com as chamadas "Coleção Ramadã", com o objetivobwin 260 euroatrair mulheres muçulmanas.

"Imagensbwin 260 euromulheres muçulmanas comunicam para os consumidores desses produtos que essas marcas são extremamente progressistas e inclusivas", afirma Harqee.

"Considerando o clima políticobwin 260 euroque vivemos, tornou-se socialmente conveniente alinhar com as minorias ou excluídos. E, para muitas pessoas, as mulheres muçulmanas representam isso."

Crédito, PA

Legenda da foto, Kendall Jenner fez partebwin 260 euroum comercial da Pepsibwin 260 euroque o hijab também era retratado

O crescimento da popularidade dos chamados "blogs da moda para hijab" ou outros oferecendo tutoriaisbwin 260 euromaquiagem para mulheres que usam o véu proporcionou uma intensificação do debate sobre o tema. Eles geram milhõesbwin 260 eurovisualizações, compartilhamentos e discussões.

Mas algumas mulheres contam que há uma pressão crescente para elas "entrarem na moda" e citam esse como um dos motivos pelos quais elas parambwin 260 eurousar o hijab.

O sentimento ébwin 260 euroque o véu islâmico pode estar sendo minado pelo comércio. Khadija Ahmed, editora da revista online Another Lenz, contoubwin 260 euroum texto pessoal como ela optou por usar o hijab por dois anos, e depois tomou a decisãobwin 260 euronão usá-lo mais.

À BBC, Ahmed disse que se sentia pressionada pelas imagens que viabwin 260 euroanúncios publicitários e nas redes sociais.

"Eu não sinto que as marcas agem como se estivessem nos fazendo um favor. Não precisamos do 'ok' das empresas mais famosas do mundo para aprovar nossa identidade", pontuou Ahmed.

Crédito, Reuters

Legenda da foto, A empresabwin 260 euromaterial esportivo Nike lançou hijab esportivo

"Elas não estão fazendo nada pela comunidade muçulmana, só estão reduzindo o significado do hijab - que, para mim, é um atobwin 260 eurolouvor - a algo tão simples como uma tendência da moda."

Do outro lado, há também um posicionamento fortebwin 260 eurogrupos feministas contrários ao uso do véu pelas mulheres muçulmanas, principalmente nos países onde ele ainda é obrigatório. Masih Alinejad é uma ativista iraniana e jornalista que começou uma campanha no Facebook, chamada "Minha liberdade furtiva", que mostrava mulhares tirando seu hijabbwin 260 euroum gestobwin 260 eurodesafio à ordembwin 260 eurotrajá-lo.

"Acho que às vezes a mídia no Ocidente quer normalizar a questão do hijab. Quer falar sobre minoria islâmica no Ocidente, mas se esquecebwin 260 euroque existem milhõesbwin 260 euromulheresbwin 260 europaíses muçulmanos que são obrigadas a usar o hijab", afirmou Alinejad.

"Se você quer falar sobre o véu e usá-lo como um símbolobwin 260 eurofeminismo oubwin 260 euroresistência, você precisa pensar naquelas meninas e mulheres que são forçadas a usá-lo."

Motivos

Mas se há potencial para tanto debate e polêmica, por que as empresas estão querendo tanto mostrar essa vestimenta religiosabwin 260 europarticular?

Crédito, HEND AMRY

Legenda da foto, Hend Amry é considerada a "rainha do Twitter muçulmano"

Shelina Janmohamed, vice-presidente da agênciabwin 260 europublicidade Ogilvy Noor, diz que a empresa está ajudando seus clientes a propagar seus produtos para muçulmanos ao redor do mundo.

"Nesse momento, há um segmentobwin 260 euroconsumidores muçulmanos crescente", ela diz. "Eles têm aspiraçõesbwin 260 euroestilobwin 260 eurovida e isso deveria ser refletido nos produtos."

Janmohamed explicou quem assim como as marcas refletem outros estilosbwin 260 eurovida para agradar outros tiposbwin 260 europúblico, essa seria a mesma lógica para muçulmanos

"Isso é uma questãobwin 260 euronegócios."

Apesar das críticas, essa abordagem também teve algum apoiobwin 260 eurofeministas muçulmanas. Hend Amry, chamadabwin 260 euro"rainha do Twitter muçulmano", consegue ver o lado positivo sobre esse destaque que o véu islâmico tem recebido no mundo da moda.

"Existem mulheres muçulmanas que usam hijab e tuítam essas reações divertidas ou compartilhambwin 260 eurosabedoria, alémbwin 260 euromostrar personalidades fortes ", diz ela.

"Apenas fazendo isso, já é possível acabar um pouco com os estereótipos da mulher muçulmana dócil, oprimida e silenciada, e isso é realmente empolgante ".

"Acho que só há uma mudança que precisa ser feita: as mulheres muçulmanas precisam contar suas próprias histórias. Uma vez que isso acontecer, as narrativas falarão por si só", acrescenta.