Como um canal do YouTube levou a polícia a investigar 1,2 mil brasileiros por tráficoonabet max creammaconha:onabet max cream

"A Cooperativaonabet max creamCultivadores do Brasil (CCB) repassava sementes para interessadosonabet max creamtodo o país por meio dos Correios. Nesse esquema, cada um dos envolvidos pagava um valor mensal para receber a mercadoriaonabet max creamcasa. Nosso objetivo agora é identificar essas pessoas e saber qual o envolvimentoonabet max creamcada uma com esse tráfico", disse o delegadoonabet max creamentrevista à BBC Brasil.

A polícia encontrou documentos no computadoronabet max creamSérgio Costa com endereço e telefoneonabet max creamcada um dos integrantes da cooperativa. Mas a maioria ainda não foi identificada porque a maior parte das informações estão codificadas.

"O computador do THC [Procê] tinha toda a relaçãoonabet max creamseus clientes, mas ele escreveuonabet max creamcódigos para dificultar a investigação", disse o delegado responsável pelas investigações.

O delegado que investiga o caso afirmou que o inquérito principal já foi enviado para a Justiça. Agora, ele aguarda o posicionamento do Ministério Público para avaliar se será necessário acionar a Polícia Federal para auxiliar a investigaçãoonabet max creamoutras regiões do país.

Caso seja comprovado o envolvimento direto dessas pessoas com o youtuber, elas poderão responder por associação ao tráfico e até mesmo por tráficoonabet max creamdrogas.

O advogado Emílio Figueiredo, que ajuda na defesaonabet max creamSérgio Costa e faz parte da Rede Jurídica pela Reforma da Políticaonabet max creamDrogas, disse que a investigação contra os seguidoresonabet max creamTHC Procê é uma perdaonabet max creamtempo.

"Não há prova sobre esse relacionamento que configure crime. Além disso, a polícia vai perder um tempo enorme para tentar saber se essas pessoas estão cultivando canabis, quando o foco dela deveria seronabet max creamcrimes graves. É se preocupar com muito pouco", afirmou.

Mensalidade

THC Procê confirmou à polícia que a plantaçãoonabet max creammaconha era dele e que ele fuma a erva desde os 16 anosonabet max creamidade. Ele também afirmou que distrubuía sementes para seus seguidores, mas não cobrava. Apenas pedia, segundo ele, doaçõesonabet max creamR$ 30 para quem tivesse condiçõesonabet max creamajudá-lo.

Já a investigação policial aponta que THC Procê cobrava mensalidadesonabet max creamR$ 32,80 a R$ 74,80onabet max creamcada participante da cooperativa.

Os advogados que acompanham o processo disseram que Sérgio Costa está ciente da complexidadeonabet max creamseu caso, mas se diz preparado para se defender judicialmente.

Mata Atlântica

A investigação para prender THC Procê, batizadaonabet max creamMata Atlântica, começou após a polícia receber uma denúncia anônimaonabet max creamque ele cultivava uma grande plantaçãoonabet max creammaconha no seu quintal. Policiais usaram até um helicóptero para fazer imagens aéreas da casa do youtuber antes da operação.

Além do plantio, os policiais também apreenderam fertilizantes e sementes que seriam enviadas para diversas regiões do país. Em depoimento à polícia, TCH Procê afirmou que a plantação era para consumo próprio.

THC Procê afirmou ainda que havia criado a cooperativa para distribuir sementes, com a intençãoonabet max creamreduzir os danos causados aos usuários e combater o tráfico, mas não sabia que era um crime.

O advogado Emílio Figueiredo afirmou que as sementes estão num limbo jurídico e não podem ser consideradas entorpecentes. "É um fruto que não tem característicaonabet max creamdroga. Ela também não é matéria-prima principal do processo industrial do entorpecente e por isso não pode ser tratada dessa forma."

Último vídeo

Após a prisãoonabet max creamTHC Procê, três policiais civis que participaram da operação para capturá-lo gravaram um vídeo e o publicaram no canal do YouTubeonabet max creamTHC Procê. "Quero infomar que nós temos o endereçoonabet max creamcada um dos senhores. Vamos bater na casaonabet max creamvocês e vão responder por tráficoonabet max creamdrogas e associação para o tráfico", diz um dos policiais civis durante a gravação.

O mesmo agente ainda faz um apelo para os internautas. "Esse é o último vídeo do canal. Quem não é a favor dessa legalização, quem preserva a família, compartilhe esse vídeo para mostrar que a polícia está presente e que o crime dura pouco tempo", afirmou.

Para o advogado Emílio Figueiredo, que auxilia a defesaonabet max creamTHC Procê, a atitude dos policiais foi ilegal. "O que eles fizeram foi um abusoonabet max creamautoridade. Eles violaram um sigilo telemático e usaram uma conta pessoal particular para publicar um conteúdo sem autorização. Depois disso, ficaram constrangindo e ameaçando as pessoas que criticavam a ação nas redes sociais. Eles [policiais] chegaram até a expor telefones pessoaisonabet max creamusuários nas redes", afirmou Figueiredo.

De acordo com a defesa, os policiais chegaram até a divulgar o telefone da mãeonabet max creamum dos usuários do Facebook que criticou a ação dos policiais. Figueiredo disse que tem registroonabet max creamtodos os abusos cometidos.

Protestos

A prisãoonabet max creamTHC Procê causou uma ondaonabet max creamprotestos nas redes sociais. A hashtag #‎LiberdadeTHCProcê se popularizou principalmente no Twitter e Facebook, acompanhadaonabet max creamfotos e protestos pedindo para que Sérgio Costa seja solto.

A defesa do acusado disse estar conscienteonabet max creamque seu caso é complexo, mas está tranquilo e vai "provar na Justiça que seu plantio era para uso pessoal".

O casoonabet max creamTHC Procê é semelhante aoonabet max creamGeraldo Antonio Baptista, o Ras Geraldinho, 55, condenado por tráficoonabet max creamdrogas após ser preso com uma plantaçãoonabet max cream37 pésonabet max creammaconhaonabet max cream2012. Ele continua preso até hoje no interioronabet max creamSão Paulo.