Sexo sustentável? Como alemães tornaram a camisinha veganadpsport betum negócio multimilionário:dpsport bet

Nessa época, tendo passado uma década no mundo das start-ups, Siefer e Zeiler estavam buscando uma formadpsport betescapar do sonho capitalista. "Depoisdpsport betdez anos como empreendedor, eu via colegas e amigos ao meu redor ganhando seus milhões, mas mesmo assim sendo infelizes", diz Siefer.

Para começar, eles lançaram uma campanhadpsport betfinanciamento coletivo que levantou 100 mil euros (R$ 460 mil), e foi nesse ponto que o veganismo se tornou parte do planejamentodpsport betprodutos da Einhorn.

"Queríamos criar um produto que fosse fácildpsport betvender e despachar online, e sem que tivéssemosdpsport betlidar com devoluções, que são uma das maiores fontesdpsport betcustosdpsport betnegócios online", diz Siefer. "Camisinhas eram, então, o produto perfeito. Nem havíamos pensado se elas seriam ou não veganas."

Embora o tempodpsport betque preservativos eram feitos do intestinodpsport betcordeiros tenha acabado faz tempo, a maioria das opções atuaisdpsport betcamisinha ainda contém a proteína animal caseína, encontrada no leitedpsport betmamíferos. A matéria-prima principal é o látex - seiva extraídadpsport betárvores (seringueiras) cultivadas principalmente na Ásia e suavizada pela adição da caseína.

A Einhorn trocou a caseína por um lubrificante natural feitodpsport betplantas, alémdpsport betadquirir látex que seja extraído do modo mais ecológico possível.

Vale destacar que a empresa não é a primeira a fazer isso: a marca americana Glyde lançou a camisinha vegana aindadpsport bet2013 e foi seguida por diversas alternativas sustentáveis que começaram a aparecerdpsport betprateleiras.

Extração sustentável

No que diz respeito à extração do látex, a história mostra que a expansão velozdpsport betmonoculturas da borrachadpsport betlarga escala resultaramdpsport betdesmatamento e na destruiçãodpsport bethabitats naturais. Para evitar isso, a Einhorn distanciou-sedpsport betmonoculturas tradicionais e passou a comprardpsport betpequenos produtores na Tailândia.

Esses produtores evitam o usodpsport betpesticida, e o objetivo é chegar a um plantio totalmente livredpsport betquímicos.

A produção também é acompanhada pela equipe da Einhorn durante ao menos três meses por ano, para evitar que trabalhadores braçais sejam submetidos a más condiçõesdpsport bettrabalho, o que já foi documentadodpsport betseringais. Os agricultores recebem 15% acima do salário mínimo.

Por enquanto, porém, a empresa ainda não conseguiu desenvolver uma embalagem livredpsport betalumínio, embora o papel usado já seja reciclado.

Na expectativadpsport betque valoresdpsport betsustentabilidade sejam expandidos a outros negócios, Zeiler e Siefer assinaram uma espéciedpsport betmanifesto ao fundar a Einhorn, que obriga a empresa a investir 50%dpsport betseus lucrosdpsport betprojetos sustentáveis - por exemplo,dpsport betprojetosdpsport betcompensação à emissãodpsport betCO2 edpsport betuma fundaçãodpsport betpromoção ao algodão orgânico.

Esse manifesto, assinado por cercadpsport bet100 empreendedores no total, acabou ajudando a Einhorn a expandir seus mercados - a empresa conseguiu, por exemplo, fornecer para a varejista alemã DM, gigante local no mercadodpsport betprodutosdpsport betcasa e higiene.

"Quando mostramos nossos preçosdpsport betcompra e varejo, eles não ficaram convencidos", diz Siefer. A empresa vende um pacotedpsport betsetedpsport betsuas camisinhas no varejo a 6 euros (R$ 27,5), sendo que gigantes da indústria vendem um pacote com 8 por cercadpsport bet5 euros (R$ 23). "Mas explicamos que vamos reinvestir 50%dpsport betnossos lucros. 'Então cada centavo que você (varejista) tirardpsport betnós agora (nos forçando a baixar nosso preço) você estará tirandodpsport betuma boa causa'."

A DM assentiu e ofereceu a Einhorn uma plataforma no mercado alemãodpsport betgrande escala. Sebastian Bayer, diretordpsport betmarketing da DM, diz que os consumidores locais estão cada vez mais preocupados com a sustentabilidade, "então queremos oferecer-lhes produtos alternativos sustentáveis".

Os alemães gastaram 60 bilhõesdpsport beteuros (R$ 275 bilhões)dpsport betprodutos sustentáveisdpsport bet2016, e a tendência édpsport betque esse número esteja aumentando.

No entanto, é preciso colocar issodpsport betuma perspectiva global, aponta Anna Sundermann, pesquisadora ambiental na Universidade Leuphana na cidade alemãdpsport betLüneburg. Embora produtos como os da Einhorn sejam bem-vindos, seu efeito potencialdpsport betlongo prazo no planeta é limitado. "Esses pequenos produtosdpsport betnicho são bons, mas precisamos mesmo é focardpsport betáreas como mobilidade e energia, que têm o maior impacto na emissãodpsport betCO2", diz ela. "Redesdpsport betempresas como a Einhorn podem fazer a diferença ao lidar com problemas sistêmicos, como criar uma rede sustentável na cadeiadpsport betsuprimentos."

Novas iniciativas

De qualquer modo, a Einhorn vendeu no ano passado maisdpsport bet4,5 milhõesdpsport betunidadesdpsport betcamisinhas. Também lançou produtosdpsport bethigiene feminina feitosdpsport betalgodão orgânico. "Ainda temosdpsport betnos beliscar para perceber que (o negócio) ainda está forte", diz Siefer.

A empresa agora quer levar seu conceitodpsport betjustiça e sustentabilidade à política alemã. Em um evento para 60 mil pessoas no estádio olímpicodpsport betBerlimdpsport bet2020, a ideia é criar petições que sejam levadas ao Parlamento alemãodpsport bettemas como políticas climáticas e igualdadedpsport betgênero.

Além disso, Siefer e Zeiler pretendem abrir mãodpsport betsua própria fatia da Einhorn: ao final deste ano, eles doarão suas ações da empresa para a própria empresa. Isso significa que essas ações nunca poderão ser vendidas,dpsport betforma a preservar os valores sustentáveisdpsport betsua fundação, econômica, ambiental e socialmente.

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